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Prefácio

Não espere por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida. Platão

É sempre bom ver que o mundo acadêmico se mobiliza e luta para se manter no melhor e mais importante que ele possa ser, para além das circunstâncias. Vemos isso nesse vigoroso livro organizado pelos professores Maylta e Wallace. Ambos nos presenteiam com trabalhos que demonstram que as pesquisas estão ocorrendo e a divulgação delas acontecem apesar de qualquer turbulência que aconteça ao redor. Com trabalhos ricos em análises, estudos, investigações, vemos ser tratados articulações de temas que se somam em diálogos construídos na área de ensino de ciências, seja ela da saúde, do ambiente e dos vários matizes que perpassam o ensino. Há um traço marcante e forte para formação de professores em reflexões diretas, éticas, autorais e responsáveis dos autores nos seus vários momentos e cursos de pós-graduação. As problemáticas aqui apresentadas constituem desafios para o conhecimento humano, nos mais variados aspectos e formas de interlocuções, dentro de uma linguagem natural, seja a linguagem algébrica, a formação de professores ou a robótica educativa. Nos apresenta, por exemplo, a educação matemática trabalhada com o público infantil nos espaços de educação não-formal. O livro passeia pelo pensamento de sustentabilidade socioambiental a partir do processo de licenciamento ambiental, bem como o da matriz conceitual e das percepções sociais sobre natureza e crise ambiental. No momento em que estudos sobre os temas ambientais reacendem o debate, se faz necessário observar os instrumentos para o ensino em ciências ambientais e o papel dos profissionais frente à educação ambiental.

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O livro também nos traz à memória as instituições de ensino e a vivência nelas num registro de lembranças singulares para a firmação profissional. Assim, com todos os assuntos que trata, a paisagem da natureza como essência da educação ambiental nos leva à leitura da expressão educacional como potência é grande mote a ser vivido. Nesse ritmo prosseguimos a perceber a influência da educação ambiental como experiência no ensino e na extensão universitária para formação docente. A educação inclusiva também permeia as discussões e não deixa ficar de fora esses assuntos nas salas de recursos assistivas. Por fim, são nas políticas públicas para Formação de Professores do magistério que temos convicção de haver em cada situação e interpretação escritos para nos percebermos melhor no fazer científico, que constitui um mundo em que ciência e tecnologia dão o tom da dinâmica e do movimento que se ergue no fazer social. São muitas vozes que se erguem para a explicativa do mundo. O livro traça um diálogo transversal com as vertentes do ensino de ciências para entender os aspectos que, notadamente, tangenciam e se perfazem na prática educacional. Os artigos são um convite para o deleite na área.

Maurício Castanheira Diretor de Pesquisa e Pós-Graduação do CEFET/RJ

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