Actualidad
Economia ibérica outubro 2021 ( mensal ) | N.º 292 | 2,5 € (cont.)
A inteligência artificial
ao serviço do campo PÁG. 32
Para as marcas portuguesas, o grande desafio é “não abdicar de ser marca” pág. 14
VII Torneio Ibérico de Padel CCILE pág. 50
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Índice
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Nº 292 - outubro de 2021
Actualidad
Economia ibérica
Diretora (interina) Belén Rodrigo Coordenação de Textos Clementina Fonseca Redação Belén Rodrigo, Clementina Fonseca e Susana Marques
Copy Desk Julia Nieto e Sara Gonçalves
Grande Tema 32.
Fotografia Sandra Marina Guerreiro Publicidade Rosa Pinto (rpinto@ccile.org) Assinaturas Sara Gonçalves (sara.goncalves@ccile.org) Projeto Gráfico e Direção de Arte Sandra Marina Guerreiro Paginação Sandra Marina Guerreiro Colaboraram neste número Célia Esteves, José-Benigno Pérez Rico, Luís Filipe Faria e Nuno Almeida Ramos Contactos da Redação Av. Marquês de Tomar, 2 – 7º 1050-155 Lisboa Telefone: 213 509 310 • Fax: 213 526 333 E-mail: actualidade@ccile.org Website: www.portugalespanha.org Impressão What Colour is This? Rua Roy Campbell, Lote 5 – 4ºB 1300-504 Lisboa Telefone: 219 267 950 E-mail: info@wcit.pt Website: www.wcit.pt Distribuição VASP – DISTRIBUIDORA DE PUBLICAÇÕES Sede: Media Logistics Park, Quinta do Grajal – Venda Seca 2739-511 Agualva-Cacém
La inteligencia artificial al servicio del campo
Editorial 04.
Inteligencia artificial, una aliada de la agricultura
06.
Incentivos ao sistema de inovação em Portugal precisam-se! - Célia Esteves
Nº de Depósito Legal: 33152/89 Nº de Registo na ERC: 117787 Estatuto Editorial: Disponível em www.portugalespanha.org As opiniões expressas nesta publicação pelos colaboradores, autores e anunciantes não refletem, necessariamente, as opiniões ou princípios do editor ou do diretor. Periodicidade: Mensal Tiragem: 6.000 exemplares _________________________________________ Propriedade e Editor CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA LUSO-ESPANHOLA - “Instituição de Utilidade Pública” NIPC: 501092382 Av. Marquês de Tomar, 2 – 7º 1050-155 Lisboa Comissão Executiva Enrique Santos, José Carlos Sítima, Luís Castro e Almeida, Ruth Breitenfeld, Eduardo Serra Jorge, José Gabriel Chimeno, Enrique Hidalgo e Maria Celeste Hagatong
E mais...
Opinião
26.
Despedida a mi querido amigo Enrique - José-Benigno Pérez Rico
40.
A indemnização de clientela no âmbito da distribuição de seguros - Luís Filipe Faria
Atualidade 20.
Sounds a Treat, um negócio que pode ser música para os nossos ouvidos
08. 14. 20. 22. 28. 38. 42. 46. 48. 50. 54. 56. 58. 60. 61. 62. 66.
Apontamentos de Economia Grande Entrevista Atualidade Marketing Fazer Bem Advocacia e Fiscalidade Ciência e Tecnologia Setor Imobiliário Vinhos & Gourmet Eventos Setor Automóvel Intercâmbio Comercial Oportunidades de Negócio Calendário Fiscal Bolsa de Trabalho Espaço de Lazer Statements
Câmara de Comércio e Indústria
Luso Espanhola OUTUBRO DE 2021
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editorial editorial
Inteligencia artificial,
una aliada de la agricultura
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ienen años apasionantes por delante. La tecnología está haciendo posible lo que parecía imposible y va solucionando problemas de difícil solución. En el mundo de la agricultura el principal desafío es hacer frente al aumento de la población mundial a la que habrá que alimentar con menos recursos. Y para conseguir una agricultura más eficiente va a ser necesario utilizar nuevas herramientas como la inteligencia artificial (IA) o la robótica, dentro de la llamada digitalización del sector. El desarrollo de la tecnología está permitiendo que la IA ofrezca un valor real. De la investigación se está dando paso a la acción y su uso en la agricultura se está desarrollando muy rápido. Y es bueno que así sea porque la esperada falta de mano de obra en la agricultura en los próximos años plantea un verdadero reto al sector. El uso de la IA y de la robótica en el campo es una necesidad y poco a poco van apareciendo compañías que trabajan en prototipos para dar respuesta a este desafío. Los expertos hablan de una hecatombe al referirse a la falta de humanos en la agricultura y que es necesario tomar las medidas que permitan acelerar su automatización. Ya vemos máquinas que trabajan en la supervisión y selección de bananas, en la recolección de fresas, en las viñas, en la eliminación de malas hiervas… Es un buen comienzo. Cuando hablamos de automatización podemos pensar que existe el riesgo de que las máquinas sustituyan al hombre, pero en el caso concreto de la agricultura, hay 4 ACT UALIDAD€
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trabajos para los cuales es difícil algo inalcanzable. Pero para todos encontrar mano de obra y las es igual de importante. En un máquinas serían una parte de la mundo cada vez más digitalizado solución. Las nuevas generaciones existen herramientas que pueden se sienten cada vez menos atraídas ayudar a conseguir las mejores por el trabajo del campo y desde cosechas posibles, rentabilizar el el sector se está haciendo un tiempo, reducir los costes. Y hay esfuerzo para revertir la situación. aplicaciones al alcance de todos. Aunque se hable mucho de IA, Es este aspecto falta formación hay pocas personas bien formadas entre los agricultores y todavía se en esta materia. Ellas podrían nota cierta desconfianza hacia lo desarrollar más y mejor todas las desconocido. Al hablar de robots puertas que abre la IA. y máquinas, la limitación finanEs cierto que en el mundo de la ciera es evidente ya que su adquiagricultura debemos diferenciar sición sigue siendo cara, pero se las grandes explotaciones, con encuentran ya nuevas modalidapotentes grupos económicos por des como “ Robot as a service ”, detrás, de las pequeñas en las que permite alquilarlo. En la que encontramos negocios mucho próxima década muchas cosas van más familiares. Para los prime- a cambiar y entre ellas, la forma ros la inversión en tecnología es de trabajar en los campos. mucho más rentable mientras que para los segundos aparece como E-mail: brodrigo@ccile.org
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opinião opinión
Por Célia Esteves*
Incentivos ao Sistema de Inovação em Portugal precisam-se!
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European Innovation Scoreboard (EIS), publicado anualmente, fornece uma avaliação comparativa do desempenho dos Estadosmembros da UE e de alguns países terceiros relevantes, em matéria de investigação e de inovação. Apresenta também os pontos fortes e fracos dos respetivos sistemas de investigação e de inovação, permitindo aos países determinarem os domínios em que devem concentrar os seus esforços para melhorarem o seu desempenho em termos de inovação. Em 2021 verificaram-se alterações nos indicadores considerados para efeito do índice, tendo sido acrescentados os âmbitos da digitalização e da inovação sustentável para aumentar a abrangência e a coerência com as preocupações atuais. De notar que a maior parte dos dados utilizados nesta edição não são suficientemente recentes para captar o impacto da pandemia da covid-19. Depois de, em 2020, Portugal ter sido noticiado por ótimas razões, já que pertencia, pela primeira vez, ao grupo dos países fortemente inovadores, é importante saber o que aconteceu na avaliação mais recente. Será que o Sistema de Inovação Português se manteve no segundo grupo mais inovador? O índice de inovação é composto por 32 indicadores agrupados em 12 âmbitos. Os Estados-membros são classificados num de quatro grupos
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conforme a pontuação média obtida nesses indicadores. Em 2021 obteve-se a seguinte distribuição: - Líderes de inovação – inclui quatro países com desempenho acima de 125% da média Europeia: Bélgica, Dinamarca, Finlândia e Suécia; - Fortemente inovadores – inclui sete países com desempenho entre 100% e 125% da média europeia: Áustria, Estónia, França, Alemanha, Irlanda, Luxemburgo e Países Baixos; - Inovadores moderados – inclui nove países com desempenho entre 70 e 100% da média europeia: Chipre, República Checa, Grécia, Itália, Lituânia, Malta, Portugal, Eslovénia e Espanha; - Inovadores emergentes – inclui sete países com desempenho abaixo de 70% da média europeia: Bulgária, Croácia, Hungria, Letónia, Polónia, Roménia e Eslováquia. De forma mais concreta, o índice de inovação europeu cresceu 12,5 pontos percentuais (p.p.) em relação a 2014, em particular como consequência do aumento significativo dos indicadores: penetração de banda larga, investimento por capital de risco e co-publicações científicas internacionais. Verificou-se uma melhoria de todos os Estados-Membros entre 2014 e 2021, sendo que Portugal cresceu menos (oito p.p.) do que a média (12,5 p.p.). Este aumento inferior à média europeia deveu-se bastante à redução de 8,2 p.p. de 2020 para
2021. Torna-se, então relevante analisar em que indicadores o desempenho de Portugal contribuiu negativamente para este resultado, com a correspondente consequência de passagem para o terceiro grupo mais inovador. Em que âmbitos o Sistema de Inovação Português tem provas dadas? O EIS de 2021 mostra Portugal acima do índice europeu nos âmbitos: atratividade dos sistemas de investigação, digitalização, uso de tecnologias de informação e capacidade de colaboração. Nestes âmbitos é de relevar indicadores específicos que contribuem para o reforço dos valores. Portugal tem elevada capacidade de atração de estudantes de doutoramento; elevada penetração de tecnologias de banda larga; e elevada mobilidade de recursos humanos nas áreas de ciências e tecnologia. Por outro lado, e ainda nos âmbitos identificados, é necessário tomar ações para melhorar a capacidade de colaboração entre PME, já que este indicador apresenta valores mais baixos do que em 2014 e muito abaixo dos da média europeia. E em que âmbitos é necessário intervir de forma mais determinada? Os responsáveis políticos portugueses precisam de tomar ações para inverter significativamente os resultados do EIS nos seguintes âmbitos: sustentabilidade ambiental; investimento empresarial em investigação, desenvolvimento e inovação; emprego em empresas inovadoras ou em atividades intensivas em conhecimento;
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capacidade de introdução de inovações no mercado. A sustentabilidade ambiental está na ordem do dia, mas as ações para a redução dos impactos negativos no ambiente ainda não estão nas prioridades portuguesas. Este é um âmbito de análise novo no EIS e os indicadores portugueses mostram insuficiente preocupação em aspetos como a utilização dos recursos materiais e as emissões de partículas. É determinante a definição e implementação de políticas que incentivem o investimento das empresas em investigação e desenvolvimento e outras atividades de inovação. Conjugando este parâmetro com a análise ao emprego, verifica-se que Portugal reduziu substancialmente, na comparação com a média europeia, os postos de trabalho em empresas inovadoras, mas, por outro lado, também reduziu o investimento per capita em atividades de inovação. Ou
seja, há uma evidente falta de pessoas em atividades com impacto na capacidade de inovar. Esta análise é corroborada pelos indicadores relacionados com a proporção de PME com capacidade de introduzir inovações de produto e de processo no mercado. Portugal retrocedeu substancialmente nestes indicadores, principalmente no que mede as empresas que introduzem inovações de processo. O impacto deste ponto fraco é mais profundo, já que empresas com processos pouco eficientes serão, consequentemente, pouco produtivas. Aliás, todos estes indicadores com classificação menos positiva no EIS contribuem negativamente para a produtividade da economia portuguesa. E como dar a volta? Os resultados de 2021 mostram redução de investimento em relação ao ano anterior, em alguns âmbitos, e ainda sem o impacto da pandemia.
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Assim, faz sentido começar por recuperar o investimento de 2020. As políticas podem passar por atribuir mais benefícios fiscais ou incentivos financeiros ao investimento em I&D e Inovação, vinculados a estes indicadores de resultados. Para começar, as agendas mobilizadoras do PRR podem ter um contributo para estes pontos fracos do Sistema de Inovação português já que proporcionarão incentivos financeiros a projetos que terão com resultado inovações de produto ou processo, a introduzir no mercado em três anos, suportadas em atividades de I&D. Os indicadores de resultados destes projetos têm em conta, por exemplo, o emprego tecnológico, e as inovações tecnológicas introduzidas no mercado, parecendo dar uma resposta direta aos pontos fracos identificados no EIS. * Diretora de Sistemas e Processos da Yunit Consulting E-mail: celia.esteves@yunit.pt
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apontamentos de economia apuntes de economÍa
EDP garante 1.250 milhões de euros com a colocação das duas tranches de dívida “verde”
A EDP fez uma emissão, no passado dia 6 de setembro, de duas tranches de dívida verde altamente subordinada. A colocação das duas tranches foi feita abaixo de 2% e trata-se da yield mais baixa de sempre numa emissão da energética portuguesa. A EDP colocou 1.250 milhões de euros de obrigações híbridas de elevada subordinação. Tal como já tinha sido noticiado, a dívida verde tem maturidade de 60,5 anos e é feita em duas tranches com opções de reembolso antecipado ao fim de 5,25 anos e de 7,75 anos. Na tranche que permite o reembolso ante-
cipado ao fim de 5,25 anos, o valor da aplicável até à primeira data de reset emissão é de 750 milhões de euros e a ocorrer oito anos após a emissão (as a taxa de juro é de 1,6%. Já na tranche NC8 Notes e juntamente com as NC5.5 que permite o reembolso antecipado Notes, as Notes)”. ao fim de 7,75 anos a emissão é de 500 Trata-se da yield mais baixa de semmilhões de euros e taxa de juro é de pre numa emissão da EDP. 1,95%. Em ambos os casos abaixo dos À semelhança das emissões realiza2%, tal como já era conhecido, adianta das em janeiro deste ano, janeiro de o “O Jornal Económico”. 2020 e janeiro de 2019, os instruEm comunicado enviado à Comissão mentos representativos de dívida não do Mercado de Valores Mobiliários são garantidos (unsecured), são sénior (CMVM), a EDP confirmou a emissão e apenas relativamente às ações ordinárevelou que “fixou hoje [6 de setembro] rias da EDP e subordinados às suas o preço para duas emissões de ins- obrigações de dívida sénior, explica trumentos representativos de dívida a elétrica. green subordinada fixed to reset rate: “De entre as suas características chave uma no montante total de 750 milhões destaca-se a opção de diferimento de de euros, com uma opção de reembol- juros, que é cash-cumulative e comso antecipado 5,25 anos após a data pounding, e estão sujeitos a eventos de emissão, data de vencimento em que despoletam o pagamento obrimarço de 2082 e uma yield de 1,6% gatório. O cupão está sujeito a resets aplicável até à primeira data de reset, a em datas pré-definidas e de acordo ocorrer cinco anos e seis meses após com mecânicas pré-definidas e melhor a emissão (as NC5.5 Notes) e outra descritas nos termos das emissões”, no montante total de 500 milhões de diz a EDP em comunicado. euros, com uma opção de reembol- O produto líquido das obrigações será so antecipado 7,75 anos após a data utilizado para financiar ou refinanciar, de emissão, data de vencimento em no todo ou em parte, a carteira de março de 2082 e uma yield de 1,95% Projetos Verdes Elegíveis da EDP.
Galp compra Mobiletric e adiciona 280 pontos de carregamento elétrico à sua rede A Galp comprou a Mobiletric, expandindo a sua rede de carregamento elétrico em 280 pontos, adiantou a petrolífera, em comunicado. “A Galp chegou a acordo para a compra da totalidade do capital da Mobiletric, um dos principais operadores do setor da mobilidade elétrica em Portugal, em particular na área do carregamento elétrico rápido e ultrarrápido”, lê-se na mesma nota, na qual a empresa não indica o valor da operação. O grupo liderado por Andy Brown avançou ainda que, “com esta aquisição, a Galp adiciona à sua rede no curto prazo
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280 pontos de carregamento, a maio- do seu plano de crescimento alinhado ria dos quais já em operação” além com a transição para um modelo enerde “uma sólida carteira de pontos de gético mais sustentável, a aquisição da carregamento projetados que assegura Mobiletric constitui assim um passo perspetivas de crescimento imediatas”. relevante na prossecução da meta da Por outro lado, a transação “combinada Galp de 10 mil pontos de carregamento com o forte crescimento orgânico da na Península Ibérica até ao final de rede da Galp” irá permitir “que a rede 2025”. De acordo com a empresa, a de pontos de carregamento geridos “conclusão do acordo está sujeita às pela empresa em Portugal duplique autorizações administrativas normalaté ao final de 2021 para mais de mil mente aplicáveis”. pontos, face aos 513 pontos que ope- A Mobiletric é uma empresa com sede rava no final do ano passado”, lê-se no em Lisboa, que fornece soluções de mesmo comunicado. carregamento para carros elétricos e A Galp garantiu ainda que, “no âmbito outras soluções de energia.
Breves DPD entra no capital da PUDO, a maior rede de lockers em Portugal A DPD chegou a um acordo com a PUDO mos um momento em que os consumiem Portugal, a rede de lockers (cacifos dores exigem cada vez mais opções de eletrónicos para entregas de encomen- entrega que se adaptem ao seu estilo de das) pertencente ao grupo suíço Kern, vida e a nossa empresa deve estar prepara entrar no seu capital com 25%. parada para oferecer soluções que vão “Com esta aliança, a DPD reforça o seu ao encontro das suas preferências. Esta compromisso de continuar a desenvolver aliança com a PUDO reforça o nosso comsoluções para as entregas online, nomea- promisso em responder às necessidades damente, desenvolvendo a sua rede de dos nossos clientes e em desenvolver pontos para entregas fora de casa (out of soluções out of home, cujo objetivo é ofehome)”, afirma o grupo de entregas. recer entregas e devoluções mais flexíveis “Os lockers são uma opção que se torna e sustentáveis para o consumidor final”. cada vez mais relevante. De acordo com o “A DPD Portugal, empresa líder no merE-shopper Barometer de 2019, um estudo cado doméstico do transporte expresque o DPDgroup prepara todos os anos, so, detém 15 estações (Vila Real, Porto, 10% dos compradores europeus esco- Maia, Guarda, Viseu, Coimbra, Leiria, lhem lockers para receber as suas enco- Torres Novas, Póvoa de Santa Iria, Lisboa, mendas. Rapidez, conforto e privacidade Corroios, Sintra, Évora, Faro e Funchal) são alguns dos seus principais atributos, e uma frota de mais de 700 viaturas de mas também se destacam como uma distribuição”. A empresa “combina tecnosolução mais sustentável. Na verdade, logia inovadora e conhecimento local para cada encomenda entregue num locker fornecer um serviço flexível e fácil de usar reduz as emissões de CO2 associadas ao para expedidores e compradores”, onde transporte em 63%”, adianta a DPD. se pode destacar o serviço Predict e uma Para Olivier Establet, CEO da DPD, “vive- rede de mais de 750 pontos Pickup.
El Corte Inglés e AICEP firmam acordo para promover marcas portuguesas através dos canais online O El Corte Inglés e a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) assinaram dia 22 de setembro um acordo de cooperação na área do retalho online, que vai permitir às empresas portuguesas comercializar os seus produtos no marketplace dos Grandes Armazéns. Através desta parceria, empresas portuguesas de diferentes setores, nomeadamente moda, casa e tecnologia, poderão vender os seus produtos na plataforma de e-commerce do El Corte Inglés. O objetivo primordial é aumentar o número de empresas e produtos portugueses que integram a cadeia de fornecimento online do retalhista em
Portugal e Espanha, indo ao encontro do objetivo da AICEP de contribuir para a internacionalização da economia portuguesa, no âmbito da ação “Rede de Fornecedores”. Este acordo é assinado numa altura em que o El Corte Inglés lança o e-marketplace em Portugal, onde pretende promover marcas portuguesas, abrir portas para a internacionalização e fomentar o acesso das empresas portuguesas ao marketplace em Espanha, de forma a poderem internacionalizar os seus produtos, que, desta forma, adquirem uma plataforma acessível a muitos milhões de consumidores de todo o mundo.
Fusões e aquisições de empresas somam 6.700 milhões de euros até julho Os negócios de capital de risco destacaram-se, uma vez que foram realizadas 53 operações de venture capital, o que representou um crescimento exponencial de 60%. O valor fixou-se nos mil milhões de euros, segundo o site “Transactional Track Record (TTR)”. Nos primeiros sete meses do ano, o mercado transacional português contabilizou – entre os dados que são conhecidos – um total de 267 transações, o que corresponde a um crescimento homólogo de 31% no número destes negócios do país. As operações divulgadas movimentaram 6.700 milhões de euros, menos 38% de capital mobilizado quando comparado com o mesmo período de 2020. Ainda assim, menos de metade (46%) das transações tiveram os seus valores revelados, de acordo com o mais recente relatório do “TTR”. Ainda de acordo com os dados recolhidos pelo diretório internacional e pela Datasite, os setores tecnológico e imobiliário renovaram o pódio dos mais atrativos. “Em relação ao mercado cross-border, até julho de 2021, as empresas norte-americanas aumentaram em 120% suas aquisições no mercado português, mobilizando um capital de 857,94 milhões de euros. Quanto à número de transações, a Espanha foi o país que mais investiu em Portugal, contabilizando 38 operações. Os Estados Unidos em segundo lugar, com 22 transações e o Reino Unido, com 16 transações”, lê-se no relatório. Em termos acumulados, o capital de risco destacou-se, uma vez que foram realizadas 53 operações de venture capital, o que representou um disparo de 60%. O valor fixou-se nos mil milhões de euros. Coviran inaugura o segundo supermercado Coviran Plus em Portugal A Coviran inaugurou o segundo supermercado em Portugal com a denominação Coviran Plus, no Monte Redondo,
em Leiria. Com um investimento superior a dois milhões de euros, este novo ponto de venda reflete a evolução do supermercado tradicional com um novo modelo de gestão e imagem, pensado para responder às necessidades e desafios futuros, já que integra os últimos elementos
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Breves tecnológicos, e oferecer ao sócio da Coviran ferramentas de competitividade e satisfazer as necessidades de um cliente cada vez mais exigente. Conta com uma área de venda de mil metros quadrados e uma imagem moderna que se projeta desde o exterior, convidando o cliente a entrar e a desfrutar de uma renovada experiência de compra, num espaço mais acessível e confortável. Uma das suas características passa por colocar a fruta no final da loja e os grandes artigos no início para que o cliente, no momento de compra, possa organizar o carrinho de compras da melhor forma. Volume de negócios da fileira da carne de porco atinge os 911 milhões de euros no primeiro semestre A Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores (FPAS) revela que a suinicultura portuguesa registou um volume de negócios de cerca de 911 milhões de euros, num acumulado de produção e indústria. Este foi também o semestre com o melhor desempenho das exportações de sempre, de carne de porco e seus derivados. Este é já considerado como o melhor período de sempre em termos de desempenho das exportações nacionais suinícolas. Embora as cotações agrícolas do SIMA apenas tenham a indicação do valor das exportações desde 2015, é possível concluir, por extrapolação com os volumes exportados, que o primeiro semestre de 2021 foi a altura em que mais se exportou porco, carne e seus derivados. Em termos relativos, Portugal foi o 12º país que mais exportou carne de porco para países terceiros no contexto da União Europeia no primeiro semestre, sendo assim o segundo melhor semestre de sempre, apenas superado pelo segundo semestre de 2020, no conjunto dos últimos seis anos. Repsol dá novo impulso ao negócio de lubrificantes A Repsol lançou uma nova gama de lubrificantes, dando um novo impulso a este negócio, o mais internacional do grupo. As novas embalagens, mais sustentáveis e ergonómicas, incorporarão um material feito de resíduos plásticos que é incorporado em resinas virgens e mantém a mesma qualidade, assegurando a consistência do material e a sua funcionalidade. Com esta nova embalagem e a incorporação de 10% menos plástico, a Repsol confirma o seu compromisso com a economia circular, comercializando soluções inovadoras que são mais sustentáveis para a sociedade. Graças ao crescimento internacional deste negócio, as novas embalagens serão expedidas das fábricas de produção da empresa multienergética em Espanha (Puertollano), México, Singapura e Indonésia. A Repsol lidera as vendas de lubrificantes na Península Ibérica, com uma quota de 26% em Espanha e 19% em Portugal, de acordo com os dados de 2020.
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Millennium bcp é o principal banco das empresas em Portugal, de acordo com a Data E O Millennium bcp acaba de ser nomeado, pelo quarto ano consecutivo, como o “Banco Principal das Empresas em Portugal”, de acordo com o estudo “BFIN 2021”, realizado pela Data E, onde lidera com uma quota de 19,6% nas várias dimensões de empresas (microempresas, PME e grandes empresas). Enquanto “Banco principal”, o Millennium bcp lidera nos setores da indústria, construção e comércio, encabeçando ainda os índices de satisfação e liderança como principal banco das empresas que recorreram e ou se candidataram às linhas de apoio covid (financiamento e moratórias). Relativamente à imagem que transmite, o Millennium bcp é eleito como o banco com os “produtos mais adequados às empresas”, “globalmente mais eficiente”, “globalmente melhor para as empresas” e o “mais próximo dos seus clientes”. “Os dados revelados pela Data E traduzem em indicadores muito positivos o empenho e a dedicação que os profissionais do Millennium bcp colocam diariamente ao serviço dos clientes. É com
satisfação que recebemos estes resultados, os quais reforçam ainda mais a confiança na qualidade do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pelas equipas do banco, quer nas áreas comerciais quer nas áreas de suporte, trabalho esse que nos orgulha por evidenciar a capacidade do banco se afirmar como criador de valor para o tecido empresarial nacional, mesmo em contextos muito desafiantes como o que estamos a viver nestes tempos de pandemia”, afirmou Miguel Maya, presidente da Comissão Executiva do Millennium bcp. O “BFIN 2021 - Barómetro Serviços Financeiros Empresas, da Data E, tem como principal objetivo caracterizar o setor bancário português na ótica das empresas, relativamente aos produtos e serviços que os bancos disponibilizam. Os resultados são baseados numa amostra de 1.569 empresas de um universo de 316.861 empresas e extrapolados para o universo empresarial Português (sociedades). A informação foi recolhida entre fevereiro e maio de 2021.
Mercadona abre o seu segundo centro de coinovação em Portugal A Mercadona dá continuidade ao seu projeto de expansão em Portugal e conta, desde o mês passado, com um Centro de Coinovação em Lisboa (na foto). Com uma área total de cerca de 2.400 metros quadrados, distribuídos por dois andares, compostos por várias zonas de trabalho, incluindo espaço para cozinhar, área de provas-cegas, zonas para recriar a exposição dos produtos nos lineares, auditório e salas de reuniões, este centro representou um investimento de 2,2 milhões de euros. Os centros de coinovação da Mercadona são “macrolaboratórios” de ideias, onde os especialistas desenvolvem, em conjunto com os chefes, produtos que cor-
respondam aos seus gostos e detetam as suas necessidades quanto às escolhas que compõem o seu cabaz de compras habitual, podendo, desta forma, introduzir melhorias e lançar inovações nos cinco negócios que englobam todos os produtos comercializados pela empresa: comida, bebida, higiene pessoal, limpeza do lar e cuidado dos animais de estimação. Antes de chegarem às prateleiras dos supermercados, os produtos passam por uma fase de testes com os clientes, realizadas nestes centros.
Gestores
Glovo compra portuguesa Mercadão e espanhola Lola Market A Glovo comprou duas companhias de entregas de compras de supermercado– a portuguesa Mercadão (que trabalha com o Pingo Doce) e a espanhola Lola Market. Os valores dos negócios não foram divulgados, mas surgem depois de a Glovo ter concluído uma ronda de financiamento de 450 milhões de euros no início do ano. Como outras empresas do setor, também a Glovo tem procurado acelerar o crescimento das suas operações através de aquisições de outras companhias. No início deste ano, anunciou a aquisição das operações da Delivery Hero, no leste europeu, por 170 milhões de euros. Os catalães adiantam que as duas marcas, com um portefólio de mais de 30 parceiros em Portugal e Espanha, vão manter as respetivas identidades, operando de forma independente da Glovo. Após a aquisição, o objetivo passa agora por replicar o modelo de negócio das duas companhias nos países onde a
Glovo já tem operações e já estão definidos os dois primeiros mercados: Polónia e Itália. A Glovo indica que as duas aquisições irão fortalecer a posição competitiva na Europa nos principais mercados, e diz que a divisão Q-Commerce (quick commerce) está a caminho de atingir um valor bruto de faturação anual de 300 milhões de euros este ano, montante que deverá mais do que triplicar até final do próximo ano– acima dos mil milhões de euros. Gonçalo Soares da Costa permanecerá como CEO da Mercadão, que ajudou a fundar, e assumirá o cargo de CEO da Lola. “Acreditamos que a experiência e o talento combinados das equipes da Mercadão e da Lola Market, juntamente com o alcance internacional da Glovo, nos permitirão oferecer um serviço de entrega verdadeiramente incomparável aos clientes”, afirma o gestor português no comunicado divulgado pela empresa catalã.
BPI lança serviço de TPA para comerciantes mais simples e competitivo O BPI lançou uma nova oferta de aceitação de transações com cartões das marcas Visa e Mastercard nos seus terminais de pagamento automático (TPA/ POS), dirigida a pequenos comerciantes e negócios. Os comerciantes com terminal BPI poderão, num único contrato (sem necessidade de acordos com terceiros), aceitar um vasto leque de cartões bancários, especialmente cartões estrangeiros e cartões de crédito, bem como pagamentos sem contacto (contactless) por simples aproximação de cartão ou telemóvel. O novo serviço resulta da relação comercial entre o BPI e a Comercia Global Payments, empresa participada pelo CaixaBank, líder no mercado de pagamentos na Península Ibérica, e visa incentivar os comerciantes a aceitarem mais
transações com cartões, assegurando que as vendas são realizadas no momento de forma simples, rápida e segura, eliminando os riscos associados aos pagamentos em dinheiro físico ou cheques. Além da simplificação do processo de aceitação de cartões bancários, o BPI e a Comercia disponibilizam a nova oferta MyCommerce que apresenta um preçário inovador, por escalão de faturação, com o valor base mais competitivo do mercado (desde 15 euros/ mês, terminal e faturação incluída). No âmbito da referida parceria, o Banco BPI prevê também disponibilizar um conjunto de serviços adicionais, tais como informação de gestão detalhada e a possibilidade de utilizar o terminal de pagamento para suporte à atividade do cliente.
em Foco
Inês Santos (na foto) é a nova diretora de Relações Externas no Distrito de Lisboa e de Relações Empresariais da Mercadona. Anteriormente, Inês Santos integrou o Departamento de Relações Externas da Mercadona, em 2018, como responsável de Imprensa, tendo sido promovida a diretora regional de Relações Externas em 2019. Natural de Coimbra, licenciou-se em Comunicação Social e Cultural, pela Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, e tem uma pós-graduação em Comunicação Estratégica, pela Universidade Nova de Lisboa, tendo anteriormente trabalhado em assessoria de comunicação. A DB Schenker, empresa líder na gestão e logística da cadeia de abastecimento, anunciou a nomeação de António Paulo como o novo managing director de Portugal e Iberia West Area Manager. António Paulo também passa a ser membro do comité de Direção da Ibéria. Substitui, assim, Luís Marques, que passou a ocupar a posição de CEO do Brasil, Região Américas do transportador. O responsável é formado em HR Management & Strategic Organization, pelo ISLA – Instituto Superior de Línguas e Administração, e estudou na Universidade Europeia, da Laureate International Universities. Conta com 21 anos de experiência em gestão de cadeias de abastecimento e 15 anos em posições de gestão. A Engexpor reforçou o seu leque de serviços, com a criação das áreas de Technical & Urban Advisory Services e Sustainability & Environmental Advisory Services. A empresa especializada na gestão de projetos e na gestão da construção inaugurou as duas novas áreas de negócio de Technical & Urban Advisory Services e Sustainability & Environmental Advisory Services, lideradas por Nuno Marques e Ana Luísa Cabrita (na foto), respetivamente, e surgem como uma autonomização dos serviços que a Engexpor já desenvolve, mas que pretende agora intensificar e expandir. A primeira área estará focada em serviços de auditorias técnicas, licenciamento, planeamento e estratégia para o desenvolvimento de projetos imobiliários. Já no âmbito de Sustainability & Environmental Advisory Services, as soluções disponíveis incluem processos de certificação de construção sustentável, estudos de impacte ambiental, desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental, bem como a análise de risco ambiental e de solos contaminados.
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Breves Amazon duplicará su plantilla en España para 2025 alcanzando los 25.000 empleos fijos Amazon se ha comprometido a crear 25.000 empleos fijos en España y a formar a 50 mil pymes y emprendedores para vender online antes de finales de 2025. La cifra de empleos desvelada por la multinacional supone doblar su plantilla actual, pues el gigante del comercio electrónico ya emplea a más de 12 mil personas en España y prevé cerrar este año con 15 mil trabajadores fijos. Una cifra que también implica duplicar su fuerza laboral en el país en dos años, ya que a finales de 2019 tenía siete mil empleados en España, y elevarla un 25% en solo un año, pues tras crear cinco mil empleos indefinidos en 2020, concluyó ese año con una plantilla fija de 12 mil trabajadores. La vicepresidenta y directora general de Amazon en España, Mariangela Marseglia, ha explicado que planean elevar su número de centros logísticos en España hasta finales de 2021, frente a los 31 que tiene hoy operativos. CaixaBank lanza una división especializada en farmacias CaixaBank redobla su apuesta por la creación de divisiones especializadas en sectores empresariales para impulsar su negocio dirigido a empresas. La entidad catalana ha lanzado CaixaBank Pharma, una división que pretende fortalecer el sector de las farmacias a través de una oferta de productos y servicios específicos y adaptados a este tipo de negocio y de profesionales del sector. De esta forma, ofrecerá desde soluciones tecnológicas de cobro hasta financiación adaptada a los proyectos y necesidades de este tipo de negocios. También contará con seguros especializados, renting de equipos específicos y ofertas de ahorro e inversión. La entidad también ofrecerá asesoramiento especializado a aquellos profesionales que deseen abrir una nueva farmacia, adquirir una licencia o comprar un local para desarrollar su actividad y requieran de una financiación a medida. Igualmente, pondrá a disposición de los clientes herramientas específicas de gestión enfocadas sobre todo a la digitalización y que les permita simplificar su día a día en cuestiones como la gestión del establecimiento, el comercio online y el análisis de ventas. ACS y Acciona se adjudican obras para el nuevo aeropuerto australiano por 164 millones de euros ACS, en consorcio con Acciona, ha ganado un contrato para construir la zona de operaciones del Aeropuerto Internacional de Western Sydney (Nancy-Bird Walton) y llevar a cabo trabajos de pavimentación, lo que supondrá para su filial australiana CIMIC 164 millones de euros. Este es el tercer proyecto adjudicado por Western
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Abanca y Endesa firman un acuerdo de suministro de energía eólica de origen gallego a largo plazo Abanca y Endesa han suscrito un acuerdo de colaboración en energía renovable para cubrir con energía de origen gallego la mayor parte de la demanda de electricidad de la entidad financiera los próximos diez años. El contrato garantiza a Abanca el suministro de energía renovable en condiciones de estabilidad de precios y supondrá la construcción en Galicia de un nuevo parque eólico de Endesa. “Este acuerdo nos permite promover la sostenibilidad en nuestro funcionamiento como organización garantizando el origen local y renovable de la energía que consumimos. Además supone la posibilidad de desarrollar en Galicia nuevos proyectos
en un sector altamente tecnológico y estratégico”, valoró el consejero delegado de abanca, Francisco Botas. El acuerdo entra en vigor el uno enero de 2022 y tiene una vigencia de diez años. Durante ese periodo, Endesa suministrará a Abanca energía de origen eólico para cubrir el 70% de la demanda de electricidad de sus oficinas y sedes de España y Portugal.
Grifols compra por 1.100 millones de euros la farmacéutica Tiancheng
Grifols ha alcanzado un acuerdo para la adquisición por 1.100 millones de euros del capital social de Tiancheng Pharmaceutical Holding, propietaria del 90% de las acciones ordinarias y del 1% de los títulos preferentes de la compañía alemana Biotest. En concreto, la operación valora el capital de Biotest en aproximadamente 1.600 millones de euros y en 2.000 millones
de euros su valor de mercado, según ha informado la compañía a la Comisión Nacional del Mercado de Valores (CNMV). Una vez completada la transacción, Grifols poseerá indirectamente 17.783.776 acciones ordinarias de Biotest, representativas del 89,88% del capital con derecho de voto y del 44,94% del capital total, y 214.581 acciones preferentes de Biotest, representativas del 0,54% del capital total. Paralelamente a la transacción, Grifols lanza una oferta pública de adquisición (OPA) a todos los accionistas para adquirir en efectivo el resto de las acciones ordinarias y preferentes de Biotest.
EDP pone en funcionamiento la primera instalación fotovoltaica para autoconsumo en España de Exide EDP ha instalado y puesto en marcha la primera planta fotovoltaica para Exide Te c h no lo g ie s , ubicada en San Esteban de Gormaz, en Soria. La planta autoconsumirá el 100% de la energía que genera, 1.500 MWh, el equivalente al consumo medio de más de 360 hogares. La planta fotovoltaica tiene una potencia de 990 kWp y está formada por unos 2.000 paneles solares. Con una superficie de algo más de 15.000 m2, superior a la de dos campos de fútbol, supondrá una
importante reducción de las emisiones de CO2 y una mejora de la huella medioambiental de la compañía. Con esta instalación, gran parte del consumo total de la fábrica provendrá de fuentes renovables. Soria, con más de 2.500 horas de sol al año, es una de las zonas con mayor potencial de generación de energía solar en España.
El proyecto HIBA impulsará la digitalización del sector agroalimentario hispano-luso
Un total de 19 entidades relacionadas con el emprendimiento y la innovación digital en el sector agroalimentario participan en el proyecto del programa Interreg VA España-Portugal (POCTEP) “Hub Iberia Agrotech” (HIBA), cuyo objetivo es la creación de un ecosistema plurirregional dirigido a la digitalización del sector agroalimentario a través de los Digital Innovation Hubs (DIH). El proyecto HIBA, que cuenta con un presupues-
to de 5,3 millones de euros, cofinanciado al 75%, está liderado por la Consejería de Agricultura, Ganadería, Pesca y Desarrollo Sostenible de la Junta de Andalucía a través de Andalucía Agrotech DIH y Cooperativas Agroalimentarias de Andalucía es una de las entidades participantes. HIBA vinculará a distintos actores, incluidos varios DIH de España y Portugal, fortaleciendo la conexión de los ecosistemas locales de innovación agroalimentaria. Los 19 socios beneficiarios trabajarán hasta el 31 de diciembre de 2022 en la creación de una red ibérica de DIH en Agrotech para fomentar el emprendimiento y mejorar la competitividad empresarial a partir de la innovación digital.
Breves Sydney Airport a la empresa conjunta después de ser seleccionada para llevar a cabo trabajos de movimiento de tierras. El alcance de las obras incluye la pavimentación de la pistas y calles de rodaje, la plataforma de aislamiento de aeronaves, carreteras laterales, paisajismo, el sistema de iluminación aeronáutica, los edificios asociados de la subestación eléctrica, así como otros sistemas especializados. IBM realiza su mayor inversión en España con tres centros de datos IBM ha anunciado la instalación de su primera Región Cloud Multizona (MZR) en España, que se compondrá de tres centros de procesamiento de datos. Está previsto que entren en funcionamiento durante el 2023 y tendrán a CaixaBank como primer cliente. Estos centros, que implicarán “cientos” de empleos en los próximos años y se instalarán en la Comunidad de Madrid, suponen una apuesta firme por el estratégico mercado español, según ha informado IBM en una nota de prensa. Para ayudar a escalar la adopción de la nube híbrida, este MZR de IBM estará diseñado para permitir a sus clientes europeos implementar sus cargas de trabajo de misión crítica con altos estándares de seguridad y dar respuesta a los requisitos normativos y de soberanía del dato. La compañía ha desvelado su primer acuerdo relativo a esta infraestructura, que tendrá a CaixaBank como protagonista y que servirá para que la entidad lance su proyecto “CloudNow”, que tiene como objetivo evolucionar sus aplicaciones de negocio. Diamond Foundry elige España para su proyecto de factoría de diamantes La empresa norteamericana Diamond Foundry ha elegido la localidad española de Trujillo para instalar una planta dedicada a la fabricación de diamantes, mediante reactores de plasma, para utilizar principalmente como semiconductores en el ámbito de alta tecnología. La empresa, que tendrá una superficie de 30.000 metros cuadrados y generará alrededor de 300 empleos directos y 700 indirectos, supondrá una inversión de 670 millones de euros y su construcción se prolongará durante dos años. “Tenemos terreno, agua, sol, seguridad política y ciudadana, gente preparada para trabajar y leyes medioambientales y urbanísticas y simplificación administrativa. Tenemos mejores cartas que hace 50 años, ahora depende de nosotros, de nuestra capacidad para hacerlo posible”, afirmó el presidente de la Junta de Extremadura, Fernández Vara, durante la firma de un convenio con la empresa americana y el ministerio de Industria.
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Para as marcas portuguesas, o grande desafio é “não abdicar
de ser marca”
Em alturas de crise, impõe-se muitas vezes às empresas o dilema de canalizar a energia para a subsistência ou para nutrir o conceito, os valores e a patine que definem a identidade das suas marcas. Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca, associação que representa cerca de 80% das marcas de grande consumo, considera que esse é o desafio dos próximos tempos. A associação presta sobretudo serviços de assessoria jurídica, intermediando a relação entre os fabricantes dessas marcas e as empresas que as comercializam. O gestor apontou algumas das fragilidades relacionadas com o comércio online, nomeadamente ao nível do transporte e da logística.
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Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
uem são os associados da Centromarca?
A Centromarca tem 55 associados, que detêm quase mil marcas e geram um volume de vendas anual no mercado nacional perto dos sete mil milhões de euros. Estes números vão flutuando. Temos empresas associadas que têm uma marca e outras com 50. Um pequeno conjunto de associados são apenas distribuidores de marcas acionais e internacionais, mas não produzem. No entanto, mais de 90% dos nossos associados são produtores e comercializam os seus produtos,
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que podem ou não ser produzidos em Portugal. Se pensarmos num supermercado, onde há habitualmente marcas de fabricantes e marcas brancas, a Centromarca representa seguramente mais de 80% das marcas dos fabricantes. Penso que este número exemplifica melhor do que qualquer outro quem são os nossos associados. São, sobretudo, marcas de grande consumo e que faturam significativamente. Os nossos associados de menor dimensão faturam na ordem dos 30 milhões de euros, o que à escala portuguesa é significativo.
O que leva os associados a procurar os vossos serviços?
A Centromarca é diferente das restantes associações empresariais, que habitualmente se organizam em torno de um setor ou de uma geografia. Dedicamo-nos a tudo que tem a ver com a marca e com os direitos sobre a marca – questões como a contrafação, as falsificações, ou os chamados copycats, as cópias parasitárias de produtos que se confundem com outros, porque foram intencionalmente criados para isso, e que constituem um problema sério para as marcas. Dedicamo-nos, igualmente, aos temas
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Pedro Pimentel Diretor-geral da Centromarca associados à relação comercial entre fornecedores e distribuidores. Importa contextualizar que a Centromarca nasceu em 1994 e o primeiro hipermercado em Portugal abriu em Matosinhos, em 1985. Nesses primeiros anos, houve uma espécie de lua de mel, as pessoas viajavam de outros pontos do país para visitarem os hipermercados, os clientes ficavam admirados, porque à escala nacional era gigante, e houve também uma grande revolução ao nível da logística. Introduziu-se uma disciplina diferente na forma de trabalhar, mas que não é isenta de problemas. Mesmo as grandes empresas com quem trabalhamos têm dificuldade em contestar algumas práticas. É aí que nós entramos. Digamos que a Centromarca, como todas as associações tem dois propósitos: o sonho e a dor de dentes. A componente de sonho prende-se com ajudar a elevar o valor das marcas porque comprar uma marca não é a mesma coisa que comprar um produto. Uma marca reúne vários conceitos: definição, inovação, comunicação, responsabilidade, história, etc. Uma coisa é pedir um produto, outra
é pedir um produto pelo nome da sua marca. Este trabalho é a parte do sonho. A componente de dor de dentes é a que ocupa a maior parte do nosso tempo e a que leva os associados a pagar uma quota. Essa componente consiste no trabalho duro de tentar equilibrar o terreno das marcas com o das grandes empresas que as comercializam. Ao longo dos anos a terraplanagem do terreno foi-se inclinando a favor dos grupos de distribuição e o nosso trabalho é colocar mais terra do outro lado. Vamos conseguindo isso, passo a passo, mas num processo em que há sempre fricção. Atuamos sobretudo a nível jurídico. Temos uma assessoria jurídica muito forte, das melhores do mercado, que presta serviço às nossas associadas. Isso é muito valioso. Para alguns somos o “primeiro médico” e para outros, que têm o seu próprio departamento jurídico, somos o “segundo médico”. Somos também intermediários na medida em que ajudamos a traduzir a linguagem jurídica numa linguagem mais prática e acessível para as empresas. Procuramos trabalhar sempre com boa informação. A Centromarca produz
muita informação de qualidade, com o apoio de empresas especializadas, e também compra e divulga muita informação. Somos um banco de três pernas: a mais forte é a jurídica, que dá segurança, e as outras duas, a da informação e da comunicação, que dão estabilidade ao banco e que fazem com que sejamos uma entidade de lobbying ou de advocacy. Temos uma visão geral e como tal comunicamos em nome dos nossos associados com os decisores políticos e económicos. De que forma a pandemia afetou os associados da Centromarca? Qual foi a atuação da associação neste período?
O grande consumo não se saiu mal. A evolução das vendas no supermercado foi positiva. Mas se pensarmos na nossa vida pessoal, há vários momentos de consumo que caíram porque saímos menos de casa e isso reflete-se em vários setores. O que se ganhou no consumo dentro de casa nem sempre compensou o que se perdeu fora de casa. Basta pensar no drama que a restauração e a hotelaria viveram e vivem ainda. Há outubro de 2021
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grande entrevista gran entrevista com as bebidas alcoólicas, por exemplo. Houve também um grupo de produtos que sofreram imenso com a pandemia, por exemplo os cosméticos e outros produtos mais relacionados com a nossa vida fora de casa. Que expectativas têm face ao pacote de ajudas às empresas e à forma como ele será distribuído?
hotéis que ainda não abriram, outros abriram parcialmente... A restauração em Matosinhos talvez não tenha sido tão penalizada como foi a da Baixa ou da Ribeira no Porto, porque estavam mais dependentes do turismo. Acresce que estar fechado é mau, mas o custo de abrir é enorme, sobretudo se quinze dias depois se tiver que fechar. Esta lógica de “eletrocardiograma” que vigorou foi péssima para estes negócios. Em 2019, tivemos 29 milhões de turistas e desses, 19 milhões eram estrangeiros. Esses números caíram drasticamente e com eles o consumo relacionado com o setor do turismo. Este verão já se compôs um bocadinho, sobretudo em zonas como o interior norte e centro, a região que mais cresceu comparativamente com anos anteriores… O turismo vai ser funda16 ACT UALIDAD€
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mental na recuperação da economia. Na primeira fase da pandemia, foi possível não chegar ao caos porque muitas pessoas se sacrificaram neste setor do grande consumo, muitas pessoas trabalharam para que não faltassem estes produtos, enfrentando os riscos de ameaça latente de um encerramento de fábrica em caso de alguma contaminação com covid 19… Houve produtos que até aumentaram as vendas no primeiro momento, mas depois estabilizaram ou quebraram. Se hoje compramos 50 latas de atum, se calhar nos próximos meses não compraremos… Outros produtos viram as suas vendas a crescer progressivamente, já que não eram a primeira necessidade, mas depois foram sendo mais requisitados, à medida que as pessoas se habituaram a estar em casa, como aconteceu
Enquanto associação não temos uma posição formal sobre o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Entendemos que deve haver uma gestão o mais correta e eficiente possível, que acima de tudo seja reprodutiva e promova a multiplicação de riqueza. As crises têm muitas coisas más, mas também desnudam os cadáveres que andavam a circular aí há muito tempo e que tinham que ser arrumados. No entanto, há que encarar o drama social. Fala-se muito do desemprego jovem, mas há muitas pessoas acima dos 45 anos que ficaram desempregados e que dificilmente irão conseguir novo emprego. Também considero que quem vai sofrer mais com a crise são os que já antes tinham dificuldades, os que já estão a levar a segunda pancada em menos de 10 anos e isto é muito complicado. Quando somamos o desaparecimento das moratórias com as pessoas que estão desempregadas, percebemos que teremos uma crise social – que já se sente – e isso vai refletir-se no consumo. O nosso consumo deriva do nosso rendimento disponível. Por outro lado, é verdade que uma quantidade significativa de pessoas teve aumentos salariais encapotados, relacionados com as moratórias, e os depósitos bancários até aumentaram, para níveis recorde. Discute-se muito se a parcela de ajudas destinada ao setor público deveria ser maior ou menor. Não me zangava nada se o PRR destinado ao setor público fosse maior, desde que esse dinheiro fosse usado para remover custos de contexto que geram fortes encargos na atividade normal das pessoas e das empresas, como, por exemplo, para baixar o preço
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da energia, para ter um tratamento de lixos mais eficiente e mais barato. Se uma empresa conseguir gastar menos nessas coisas consegue investir noutras como a inovação, etc. O Governo quer remover a ideia de austeridade, mas está-se sempre a falar de novas taxas e impostos. Tudo somado são valores significativos e que implicam recursos e burocracia. Penso que os fundos devem também ser usados com esta lógica de simplificação. As coisas são mais simples do que eram, mas esta é uma oportunidade para intervir de maneira a melhorar de forma transversal. Considero também que muitas vezes os investimentos são canalizados para onde estão as pessoas e os votantes, mas há outro Portugal que precisa de ser visto com atenção e há muita coisa que o Estado poderia e deveria canalizar para outras regiões, com impacto local significativo. Temos ótimas estradas e o país é pequeno, a comunicação entre as diferentes regiões é fácil. No âmbito legislativo, quais são as principais reivindicações da Centromarca e dos seus associados?
Temos feito um bom trabalho a esse nível com os últimos governos, independentemente das maiorias partidárias que têm estado no poder. Neste momento o maior problema não é a legislação, mas sim a sua aplicação. O nosso sistema do IVA por exemplo é algo caótico. Um produto novo recebe sempre a taxa máxima. Há produtos semelhantes com taxas diferentes, o que levanta problemas de concorrência. A legislação feita na área em que atuamos não é autista e resulta de diálogo de todas as partes, pelo que estamos satisfeitos. Este é um setor muito importante com vendas diretas de 16 mil milhões de euros e que mexe com a nossa vida diária. Os cidadãos não têm a noção que por detrás do produto que compram no supermercado há todo um ciclo de implicações e de negociação, desde a origem até à prateleira. Como dizia, o problema maior reside na aplicação da legislação. Por exemplo,
o Estado despeja para a ASAE muita responsabilidade em relação a diversas áreas. Nós temos uma excelente relação de trabalho com a ASAE e considero que a equipa está bem preparada, mas é muito pequena. Faltam recursos à ASAE para estar no terreno e dissuadir. A ASAE não tem recursos para ir a todas e assegurar que as coisas correm bem. A interiorização das regras está a ser feita, mas penso que prevalece a necessidade de uma autoridade mais atuante. Nós alertamos para estas questões também. Precisamos de leis claras e bem escritas e de autoridades que as façam cumprir. Não podemos apontar um dedo genérico. Quem faz bem não tem culpa de quem faz mal e até preferirá, por certo, que quem faz mal seja penalizado. Quais são atualmente os principais desafios que se colocam às marcas portuguesas? Quais são ainda as principais fragilidades?
O desafio mais determinante é não abdicar de ser marca. Uma marca assenta em três pernas: a inovação, a responsabilidade e a comunicação. Se abdica de qualquer uma delas deixa de ser marca. Nestas fases há sempre este desafio porque o dinheiro não chega para tudo e a preocupação é amanhã estar vivo e por vezes isso tolda a necessidade de atender a esses três pilares. Se investir numa equipa para não descer de divisão, não vou ser campeão! As empresas têm que perceber isto para depois não terem que correr atrás do prejuízo. Como estão as marcas portuguesas a responder aos desafios da digitalização e da sustentabilidade? O tamanho excessivo de algumas embalagens, face ao conteúdo, prevalece porquê?
Na parte ambiental há muita coisa a fazer e na área da embalagem as melhorias nunca podem cessar. Claro que se deve minimizar tudo o que é supérfluo em produtos que tem embalagens e mais embalagens. Há um trabalho que está a ser feito de melhoria, mas muitas vezes os processos produtivos integrados não o permitem e não é tão linear que se fa-
çam alterações desse tipo. No entanto, por vezes recorre-se a isso para não aumentar o preço do produto (o chamado fenómeno shrinking: diminuir a quantidade vendida na mesma embalagem). É uma questão de perceção. Mas nada disto impede de realçar um esforço muito grande e permanente das marcas, em torno da sustentabilidade. Relativamente à dimensão das embalagens, é de referir que os consumidores têm necessidades diferentes. Nos últimos 30 a 40 anos, as famílias diminuíram de tamanho e isto leva a uma tendência de mercado que tanto aponta para a minidose, como para as doses familiares. Sociedades mais exigentes têm empresas mais exigentes e responsáveis. Acho que todos os setores evoluem em função da evolução de todas as partes envolventes. Se o público o exigir, cada vez mais isso vai acontecer. As indignações são muito efémeras e nem sempre racionais. O plástico, por exemplo, que tem sido alvo de uma guerra, ajudou e ajuda a salvar muitas vidas, do ponto de vista da segurança alimentar. A compra a granel, que tem muitos defensores, é mais vulnerável e no caso de um problema levanta questões de rastreabilidade e de responsabilidade. Um produto que tem uma marca e identidade permite, para o bem e para o mal, saber com o que contamos e quem podemos contactar se houver um qualquer problema. Por outro lado, a maior parte das pessoas reivindica mudanças, mas não está disponível para pagar o preço que custam. Também é preciso clarificar que no que se refere à sustentabilidade, o cidadão é intocável e as empresas têm as costas largas. Quando se diz que as praias estão cheias de latas e de sacos, é mais tentador culpar as marcas do que penalizar quem deixou lá o lixo. O mesmo se passa com o desperdício alimentar. Há muito desperdício alimentar em casa das pessoas, mas é mais fácil falar apenas das empresas ou dos restaurantes. Uma empresa só tem desperdício se não o puder evitar, porque, em última análise, desperdício é sempre custo. OUTUBRO DE 2021
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grande entrevista gran entrevista A comunicação das marcas com os seus clientes também está em constante mudança... Que leitura faz desse processo no contexto português?
Uma marca só é marca se comunicar. Se deixar de comunicar deixa de ser marca. A marca tem uma história, uma estruturação, uma patine e a esse nível a comunicação é muito importante. Importa referir ainda que a marca só é marca se contribuir para a qualidade de vida das pessoas. E foi isso que as marcas fizeram na pandemia ao dizer “estamos aqui e pelo menos com este produto não têm que se preocupar”. Por outro lado, houve menos dinheiro para o fazer e muitas marcas não estarão a aproveitar todas as oportunidades de comunicação. Do ponto de vista de quem coloca produtos no mercado, há várias questões a ter em conta, como a demografia por exemplo. São muitas vezes os mais velhos que compram para os mais novos e a forma de comunicar com eles é diferente. Além de perceber como comunicar, um dos grandes dilemas das empresas é onde comunicar. No digital? Na televisão...? A questão da digitalização é transversal: ela está bem presente, desde há anos em vários contextos de compra, como no segmento das viagens por exemplo. No caso dos supermercados, antes da pandemia, o comércio online representava cerca de 1%. Por várias razões. as pessoas têm alguma dificuldade em comprar produtos frescos online e há supermercados em todo o lado. A pandemia, inicialmente, fez com que se recorresse ao online. A pressão chegou a ser brutal e com impacto na experiência de compra. Houve um pico, mas passámos de 1,4% para cerca de 4%. Triplicámos, mas ainda assim estamos a falar de menos de 5% do total de compras. Há uma parte dos compradores que aderiu e se manteve. Há consumidores que já eram fiéis ao online, outros que perceberam as vantagens, mas utilizam-no parcialmente e outros que deixaram de o fazer. Há faixas etárias que não faziam compras online, mas despertaram para essa realidade, para a realidade dos 18 ACT UALIDAD€
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smartphones e das conversas online. Por outro lado, a logística é muito complicada para assegurar o processo de compras online e entregas em casa. Há produtos congelados, outros frescos e outros à temperatura ambiente e isso exige muito ao nível do transporte. A digitalização é um passo que não tem retorno, mas não se resume à encomenda ou compra. A digitalização no processo de venda no retalho é brutal, desde a gestão de stock à forma como se paga. Vamos seguramente assistir a muita evolução nos próximos tempos, inclusive na atitude do consumidor. A questão logística também vai ter que evoluir, mesmo em termos de gestão autárquica porque vivemos em cidades muito complexas do ponto de vista do trânsito, onde abastecer o comércio local e realizar as entregas nas casas dos consumidores é muito difícil. Por outro lado, se vou a um centro comercial, posso comprar 50 produtos numa única visita, mas se eu comprar online 50 vezes, 50 carrinhas vão a minha casa, o que também é pesado em termos económicos e ambientais.
cas dos fabricantes e afeta também os consumidores. As marcas próprias são produzidas, na sua quase totalidade, por fabricantes e estes investiram muito em investigação e inovação, no fundo fizeram o trabalho de casa que permite aos retalhistas colocar no mercado as sua próprias marcas. Mas o que está em verdadeiramente causa é que o trabalho de inovação e de desenvolvimento de produtos é feito pelos fabricantes e se reduzirmos substancialmente a presença de produtos das marcas dos fabricantes nas prateleiras, há menor disponibilidade para investir em novos produtos. A liberdade de escolha também no consumo é um valor, que tende a ser esquecido. No limite, é a primeiro sinal de uma democracia. A questão da liberdade de escolha coloca-se quando se pensa no espaço reservado aos produtos dos fabricantes nas prateleiras. O preço não é tudo porque às vezes um produto mais barato não é exatamente o mesmo produto que o produto mais caro. Se houver menos diversidade de marcas, para determinado produto, a liberdade de escolha é lesada.
No domínio do grande consumo, que impacto está a ter a entrada de novos players?
Como prevê que possa ser a recuperação da economia portuguesa?
A entrada de novos operadores é sempre favorável porque mais concorrência no mercado é muito positiva. O relacionamento comercial desses operadores com os seus fornecedores não tem sido, pelo menos até agora, muito problemático. É positivo haver mais concorrência e haver mais operadores. No entanto, os vários operadores têm distintos modelos de negócio, em termos de sortido, por exemplo. Há operadores em que 75% das vendas são marcas de distribuidor, as geralmente chamadas marcas brancas, enquanto noutros essa fasquia ronda os 35%-40%. Do ponto de vista dos fabricantes isto não é indiferente porque há maior ou menor disponibilidade para colocar os seus produtos. Quando a opção de negócio de um operador é maioritariamente pelas suas próprias marcas isto afeta as mar-
Acho que vamos ter uma recuperação a duas velocidades, o tal crescimento em K apontado por alguns especialistas tem alguma lógica. Há uma parte da economia, ligada ao setor dos serviços, que conseguiu reagir muito bem. A área da saúde vai crescer, a área relacionada com o digital vai crescer, mas teremos outras áreas que vão sofrer, as mais tradicionais, como o comércio de rua, a restauração. A área dos eventos sofreu um impacto gigante, que parou durante dois anos, empresas que faturaram zero. A cultura sofreu brutalmente. Haverá uma grande assimetria, com uma parte da sociedade a passar dificuldades e isso é muito relevante para o consumo. O mercado vai acusar este problema social. Penso que chegaremos a um ponto em que Portugal estará melhor, mas uma franja significativa de portugueses nem por isso.
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Sounds a Treat, um negócio que pode ser música para os nossos ouvidos António Sá-Dantas compôs e cantou uma versão especial do “parabéns” para oferecer à mãe, mas a mãe não foi a única a aplaudir. Tanto que o compositor e maestro percebeu que esta ideia perspetiva várias possibilidades de negócio no âmbito da personalização musical e criou o projeto Sounds a Treat. Texto Susana Marques smarques@ccile.org Foto DR
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á pensou em oferecer uma música a alguém? Licenciado em Composição Musical e em Direção de Orquestra, António Sá-Dantas pensou e concretizou: “A minha mãe faz anos em janeiro e no ano passado eu decidi gravar uma versão da música ‘parabéns’ para lhe oferecer, com um arranjo musical composto, tocado, cantado e gravado por mim. A minha mãe gostou muito, mostrou a várias pessoas e eu comecei a receber encomendas de personalização do ‘parabéns’.” António Sá-Dantas procura saber “quais as características e preferências musicais da pessoa a quem a música será dedicada”, para que a personalização seja bem-sucedida, podendo misturar várias músicas e géneros musicais. Até à data da entrevista, o compositor já gravou “perto de uma centena de arranjos musicais completamente distintos uns dos outros” transformados em presente. Os arranjos destinados a aniversariantes são os mais pedidos, mas também já fez para casamentos, batizados e o músico considera que não há limites: “É possível dedicar uma música a alguém que se vai reformar, 20 ACT UALIDAD€
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por exemplo, posso fazer arranjos musicais para oferecer no Natal, para empresas, para diferentes ocasiões, pode ser apenas um miminho musical curto, com beijinhos, …” Perante o potencial da sua ideia, António Sá-Dantas criou a plataforma “Sounds a Treat”, que já está online, e disponibiliza vários templates musicais que podem ser escolhidos pelos clientes e depois personalizados. “Por enquanto, a plataforma tem um leque de 50 templates diferentes de arranjos musicais, no entanto é possível fazer um novo arranjo completamente à medida, de acordo com as indicações que me forem dadas”. Este presente pode custar 35 euros, se o template já estiver feito no site, e 75 euros, se for feito de raiz. Por enquanto é António Sá-Dantas quem faz tudo e disponibiliza a gravação via Youtube. O destinatário da música recebe um “postal com um QR code para aceder ao presente musical”, explica. O músico não conhece outros projetos neste âmbito e acredita que “o negócio é viável” e que pode crescer em diferentes direções: “Quero trabalhar com um animador digital, para poder enriquecer com imagens ou vídeo musical. Tenho a vantagem de trabalhar com música e de ter tido formação de edição e consigo fazer estes arranjos em algumas horas, pelo que é uma atividade que posso coordenar com as minhas outras atividades. No entanto, quando o trabalho o justificar, poderá integrar outros músicos. Tenho a certeza que este negócio é rentável porque se trata
de uma personalização musical que é ao mesmo tempo leve, engraçada e com qualidade. Faz sorrir e tem substância. O feedback tem sido muito positivo e não há limites para o que se pode fazer.” António Sá-Dantas vive e trabalha em Londres, onde fez mestrado em Composição Musical no Royal College of Music. Enquanto maestro, dirige o coro da Union Chapel Singers, assim como a orquestra de câmara Cat’s Cradle Collective, que fundou em 2019. Está a trabalhar na segunda edição do “Das Tripas Coração”, podcast da sua autoria disponível na Antena 2, que convida compositores a trabalhar sobre versões de músicas tradicionais portuguesas. Também a transmitir na Antena 2, o compositor dirige a peça de teatro musical “As Cidades Invisíveis”, baseada na obra de Italo Calvino. António Sá-Dantas começou a estudar música aos cinco anos (violino), mas foi aos 15, quando entrou na Academia de Amadores de Música de Lisboa, que percebeu que era em música que queria trabalhar. O curso de Análises e Técnicas de Composição, com Eurico Carrapatoso, indicou-lhe o caminho da composição: “Fiquei fascinado com os métodos na música renascentista e com o compositor francês Olivier Messiaen, que é incrivelmente criativo, escrevendo músicas modernas usando métodos antigos.” Mais tarde, as aulas de composição livre com João Madureira mostraram-lhe novos autores e possibilidades musicais. Licenciou-se em Composição e Direção de Orquestra na Kunstuniversität em Graz (Áustria) onde estudou com Beat Furrer e detém um mestrado em composição do Royal College of Music em Londres.
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MDS nos finalistas dos “European Risk Management Awards” A MDS integra a lista de finalistas para “Broker Innovation of the Year” dos “European Risk Management Awards”, prémios promovidos pela FERMA–Federation of European Risk Management Associations e pela revista “Commercial Risk Europe”. Na categoria Inovação (corretoras), a MDS compete, entre outras, com a Marsh ou a Howden. Os vencedores da edição de 2021 serão conhecidos no próximo dia 14 de dezembro. O programa de transformação digital da MDS foi reconhecido por um painel independente de juízes formado pelos principais gestores de risco da FERMA como um dos projetos mais inovadores
do setor da corretagem a nível europeu. É a única empresa portuguesa finalista da edição de 2021 dos “European Risk Management Awards”. “A transformação digital está já a desempenhar um papel fundamental no futuro do setor segurador a nível mundial, estando a MDS empenhada em potenciar as vantagens da tecnologia e da inovação em benefício dos seus clientes e da própria organização. As nossas valências em sistemas de informação, operações, business intelligence e qualidade estão a contribuir para a inovação contínua que temos vindo a conseguir realizar”. O objetivo é “consolidar e reforçar a posição de liderança
da MDS nos mercados em que opera”, afiança João Rangel Vieira, diretor-geral de Operações e Sistemas de Informação da MDS Portugal e Brasil. Entre as soluções desenvolvidas pela MDS, no âmbito da sua estratégia de transformação digital, estão ferramentas digitais que permitem aos clientes o contacto 24/7, como um portal de relacionamento B2B/B2C e B2B2C, um marketplace, o chatbot “Will”, o bot do Whatsapp e o click-to-call e, mais recentemente, a aplicação MDS, que permite aos clientes individuais gerirem todos os seus seguros e património através de uma única app no seu telemóvel.
Whirlpool apresenta uma das máquinas de lavar roupa mais silenciosas e economizadoras do mercado
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om a maioria das pessoas a passar mais tempo que nunca em casa, e a fronteira entre o trabalho e a vida pessoal a ficar cada vez mais ténue, criar um ambiente calmo e silencioso nas nossas casas tornou-se cada vez mais importante para o nosso bem-estar geral. Com o lançamento da gama Supreme Silence – que inclui “a máquina de lavar roupa mais silenciosa” do mercado–, a Whirlpool ajuda ao necessário silêncio em casa. Graças à sua inovadora tecnologia 6º Sentido e às funções WaterSave e AutoDose, o último lançamento da Whirlpool também contribui para o bem-estar do nosso planeta, permitindo poupar
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até 45% de energia, 59% de água e 30% de detergente a cada lavagem. Ideal para quem aprecia design, a máquina de lavar roupa Supreme Silence da Whirlpool é o equilíbrio perfeito entre função e forma devido ao seu fantástico design e ao seu interface moderno e intuitivo, garante esta marca. Trabalhando a um máximo de apenas 65dBa– o nível de ruído durante a centrifugação– a máquina de lavar roupa Supreme Silence tem a certificação de classe A para ruído em toda a sua gama, graças ao ZenMotor e aos painéis laterais Zen, que mantêm as vibrações ao mínimo para um ciclo de lavagem eficaz e silencioso. Silenciosa em todos os aspetos, esta novidade da Whirlpool possui também uma silenciosa gaveta de detergente deslizante com um mecanismo push-to-open (pressionar para abrir). Ainda melhor, o programa de Extra-Silêncio foi projetado para ser utilizado pelos con-
sumidores a qualquer altura do dia, tornando a máquina Supreme Silence perfeita para as atarefadas horas de trabalho, ou para pessoas com sono leve. Por outro lado, a nova máquina também está equipada com as mais recentes tecnologias que permitem ótimas poupanças de energia, água e detergente. Asssim, a sua inovadora tecnologia 6º Sentido adapta de forma inteligente o consumo energético, de acordo com o peso de cada carga, economizando até 45% de energia, garantindo ainda bons resultados de lavagem. Além disso, a sua função WaterSave foi projetada para economizar até 59% de água em cada ciclo (38 litros por lavagem). A máquina de lavar roupa Supreme Silence também possui AutoDose, um sistema que garante que haja detergente suficiente para até 26 ciclos sem a necessidade de reencher, ajudando a economizar até 30% de detergente em cada lavagem.
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Repensar os espaços com estratégias de design, em debate no RocaGallery.com
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plataforma online da Roca repensa os espaços com estratégias de design e artigos semanais que exploram novas ideias para o espaço público e doméstico. Num mundo em constante mudança, o RocaGallery.com pretende ajudar a repensar as cidades, os bairros e as casas, abrindo caminho para um futuro mais sustentável. “De que maneira os avanços tecnológicos e conceptuais nestas áreas inspiram melhorias na maneira de viver?” Estas foram algumas questões abordadas no último tema do mês (de agosto) no Rocagallery.com: “repensar os espaços”. “A mudança é cada vez mais rápida e constante, devido à velocidade a que a tecnologia avança. Este ritmo frenético repercute-se profundamente no dia a dia, no estilo de vida e no
modo como as pessoas se relacionam. Por essa razão, é fundamental olhar para as cidades, bairros e habitações, no sentido de considerar uma nova forma de projetar e construir os espaços domésticos e públicos. Por sua vez, a pandemia, as alterações climáticas e as respetivas consequências forçaram a repensar os diferentes espaços em que o ser humano habita, em todo o mundo”, desafia a marca. Estas transformações exigem uma revisão no que respeita ao design e à construção de espaços, a começar pelas casas, comunidades e cidades. Em “Repensar os espaços”, o Roca Gallery explora novas formas de avançar neste debate atual, apresentando a visão de um painel de especialistas multidisciplinar através de uma série de novos artigos publicados todas as semanas na plataforma digital, durante o último mês de agosto. Entre os artigos disponíveis, o arquiteto Byron George explica o impacto da revolução tecnológica nos espaços destacando ideias para design de interiores que promovem o bem-estar e
o compromisso no contexto atual. Também vai ser possível ter acesso à opinião de arquitetos como Ramon Bosch e Bet Capdeferro, recetores do UE-Premio Mies van der Rohe, que defendem uma nova abordagem para a prática da arquitetura baseada na gestão inteligente dos recursos naturais disponíveis, recuperando o papel de criadora de microclimas ideais para a vida humana. Por sua vez, Sarah Ichioka, consultora, curadora de arte e escritora, fez também um resumo sobre iniciativas para repensar as casas promovidas pelo Governo e sua infraestrutura, através do exemplo de Singapura. Por outro lado, Somi Kim, diretora sénior de Soluções de Cuidados de Saúde da Johnson & Johnson, propõe um novo modelo de espaços de banho escolares que incentiva a defesa da acessibilidade, direitos civis e design inclusivo. Este princípio também é considerado por Paul Priestman, designer e diretor da PriestmanGoode, que concebe a próxima geração de espaços de banho públicos como espaços democráticos que respondem às necessidades de cada usuário, independentemente da idade, capacidades físicas ou contexto socioeconómico.
Carmo Wood apresenta nova gama de circuitos de manutenção ao ar livre A
Carmo Wood, empresa portuguesa especializada em madeiras que há muitos anos colabora com autarquias e juntas de freguesia para desenhar espaços da cidade mais naturais e dedicados aos cidadãos, acaba de lançar uma nova gama de circuitos de manutenção. Ao todo são mais de 16 produtos, cada um correspondente a um tipo de exercício diferente ou complementar.
Seja num parque natural, seja num parque urbano, os circuitos Carmo Wood foram desenhados para o exercício físico ao ar livre, da maneira mais eficiente possível, desfrutando do melhor que a natureza e os espaços da cidade têm para dar. Construídos totalmente em madeira tratada Carmo Wood, que lhes confere elevada resistência e durabilidade, os novos circuitos de manutenção
Carmo Wood são projetados para uma completa integração na natureza e na paisagem.
Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR
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opinião opinión
Cartas de Madrid Por José-Benigno Pérez Rico*
Despedida a mi querido amigo Enrique: oy conocedor de que en la actua l convocatoria de elecciones no va s a presenta r c a nd idatu ra a la presidencia de la Cá mara de Comercio e Industria Luso Español a . Tr a s m á s d e 2 2 a ñ o s c o m o p r e s i d e n t e , corresponde reconocer el excelente trabajo desa rrollado que siempre rea liza ste con su mo interés, honestidad y tota l acier to. Du ra nte esta s má s de dos déc ada s de notable gestión, en el tra nscurso de la s cua les yo tuve el orgullo de acompa ñarte como vicepresidente cerc a de siete a ños, pude aprecia r de cerca tu dedicación y entrega en el día a día y la modélica gestión a l ser vicio de la Cámara.
de vista persona l son mucha s la s cua lidades que merecen ser resa ltada s, comenz a ndo por tu ta la nte abier to, solida rio, generoso y lea l con tus equipos y socios de empresa s portuguesa s y espa ñola s. A hora que deja s la presidencia, tengo entendido que seguirá s vinculado a la Cáma ra en otros órga nos de gobierno má s a lejado del día a día, pero estoy seguro que sea cua l sea t u nue va re sponsabi lid ad seg u irá s apor ta ndo va lor a la institución con tu s gra ndes conocimientos y d i latada experiencia. Te d e s e o l o m e j o r e n t u n u e v a e t a p a . Un f uer te abr a z o!
Las actividades desarrolladas en el transcurso de tu la rgo ma ndato se ha n mu ltiplicado y pese a la s crisis económica s habida s en este período, la cuenta de resu ltados experimentó su sta nciosos benef icios gracias a los cua les se han podido ma ntener los empleados f ijos en pla nt i l la y adqu irir en propiedad el inmueble destinado a la sede social de la Cámara, cuya inversión, lo recuerdo muy bien, supu so un desembolso cerca no a l millón de euros y q u e h o y e n t i e n d o e s t á t o t a l m e n t e a m o rtiz ado. * Ex-vicepresidente de la Cámara de Comercio e Industria
S i c o m o g e s t o r t u c o m p o r t a m i e n t o p r o f e - Luso Española s i o n a l h a s i d o e x c e p c i o n a l , d e s d e e l p u n t o E-mail: jbperezrico@hotmail.com
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fazer bem Hacer bien
Repsol forma aliança para promover embalagens circulares no setor alimentar A Repsol irá fornecer o polipropileno circular que a Berry Superfos utilizará na sua fábrica de Pamplona para fabricar o icónico recipiente de “Allioli” em forma de almofariz para o grupo Choví, líder em produtos especializados no mercado dos molhos em Espanha. A aliança entre as três empresas torna possível promover a embalagem circular no setor alimentar, um dos mais exigentes em termos de requisitos técnicos e de segurança. Graças a este acordo, as novas embalagens de “Allioli” da marca Choví deverão conter 25% de material quimicamente reciclado, proveniente de plásticos pós-consumo, tornando-se a primeira empresa do setor a adotar esta solução sustentável. Além disso, todo o recipiente será 100% reciclável após a vida útil. Todos os complexos petroquímicos da Repsol são certificados pelo ISCC Plus desde o início de 2020, uma certificação que é sinónimo da utilização e rastreabilidade de materiais reciclados. Por sua vez, a Berry Superfos em Pamplona e o grupo Choví receberam esta certificação no final de 2020 e
início de 2021, respetivamente. A Repsol produz uma vasta gama de poliolefinas circulares sob o nome Repsol Reciclex. A multienergética utiliza tecnologia de reciclagem, de origem mecânica e química, tornando possível tirar partido dos resíduos plásticos que não são adequados para a reciclagem mecânica e que de outra forma acabariam no aterro sanitário. Graças à combinação destas tecnologias de ponta, os resíduos transformam-se em nova matéria-prima nos processos de produção de novos materiais circulares. As poliolefinas circulares de reciclagem química comercializadas pela Repsol conseguem cumprir os rigorosos requisitos de qualidade e higiene da indústria alimentar. “Esta conquista vem juntar-se a todos os progressos que fizemos nos últimos anos em termos de sustentabilidade. O nosso compromisso com a inovação é forte, considerando sempre o impacto positivo no desenvolvimento de soluções, produtos e embalagens mais sustentáveis. Por esta razão, esta aliança que nos permite ter uma ‘argamassa’ mais sustentável, é um
marco significativo para Choví”, afirma David Moya, diretor Industrial do grupo Choví. “Este projeto é mais um exemplo da intenção diária da Berry Superfos em apostar em novos desenvolvimentos e no reforço das relações com os nossos clientes. Fornecendo inovação, em conjunto com tecnologia, serviço, e compromisso com o ambiente que é hoje necessário”, sublinha Ignacio Igea, diretor Comercial da empresa na Península Ibérica. Por seu lado, Fernando Arroyo, diretor de Polipropileno da Repsol Química, salienta que “esta nova aliança representa uma oportunidade para a Repsol oferecer soluções sustentáveis para a cadeia de valor à luz das atuais exigências da sociedade e de produtos altamente diferenciados, tais como esta emblemática embalagem em forma de almofariz. Graças à aplicação de tecnologia de ponta, as nossas poliolefinas circulares mantêm as mesmas propriedades que as resinas virgens”. Com esta aliança, as três empresas continuam a promover a economia circular, num setor com elevados requisitos de segurança e higiene.
Eco-Oil produz combustível 100% reciclado para a indústria e navegação
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Eco-Oil, no seu terminal dedicado no Porto de Setúbal trata águas contaminadas de navios com destino aos estaleiros da Lisnave, desde 28 act ACT ualidad€ UALIDAD€
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2001. A empresa pretende agora alargar a sua aposta à navegação marítima com a criação de um combustível melhorado, o EcoGreen Power Plus, permitindo substituir o combustível original por um 100% reciclado e mais sustentável. O objetivo passa por duplicar a capacidade de produção para as 60 mil toneladas anuais. A Eco-Oil tem a maior capacidade instalada do país nesta área e recicla
96% dos resíduos recebidos, que são transformados no Ecogreen Power, um combustível 100% reciclado e com baixo teor de carbono, destinado ao abastecimento de clientes industriais, que beneficiam, assim, de um melhor rendimento e da redução de emissões de CO2. É mais um parceiro do Porto de Setúbal que se prepara para responder positivamente ao período da transição energética que a navegação marítima está já a atravessar, alicerçado na inovação e na sustentabilidade.
fazer bem
Hacer bien
Fundação MAPFRE e Fundação Grupo Siro unem-se no combate à desnutrição A Fundação MAPFRE e a Fundação Grupo Siro uniram-se num projeto solidário que envolve a produção e distribuição de dois milhões e meio de bolachas, enriquecidas com vitaminas e minerais, para ajudar a cobrir as deficiências nutricionais de milhares de famílias com carências alimentares em Portugal e Espanha. No passado dia 6 de setembro, a fábrica da Cerealto Siro Foods, situada em Sintra e responsável pela produção total das bolachas para distribuição ibérica, assinalou o arranque da produção, durante uma cerimónia que contou com a presença de Luis Ángel López, CEO da Cerealto Siro Foods, e de Luís Anula, CEO da MAPFRE Portugal. Em Portugal, serão distribuídas 500 mil bolachas (o equivalente a seis toneladas) nos próximos dias, junto das três instituições abran-
gidas pela iniciativa: Banco Alimentar Contra a Fome, Casa – Centro de Apoio ao Sem Abrigo e Refood. Já em Espanha, a distribuição será feita através do projeto “Sé Solidario” da Fundação MAPFRE e da Federação Espanhola de Bancos de Alimentos, sendo que em ambos os países a iniciativa conta com a colaboração do voluntariado da Fundação MAPFRE. Segundo frisou Luis Anula, “estamos muitos orgulhosos por participar num projeto tão inovador e solidário, que nos permite unir forças com o grupo Siro, no sentido de combater a desnutrição, um
problema que afeta mais de 800 milhões de pessoas no mundo e que, lamentavelmente, aumentou em todos os países como resultado da pandemia”. Estas bolachas nutricionais, com distribuição gratuita, não estão disponíveis para venda ao público e foram desenvolvidas através de investigação conduzida pela Fundação Grupo Siro, como resultado da pandemia.
P&G acelera estratégia para atingir emissões líquidas de zero GEE até 2040 A Procter & Gamble (NYSE:PG) anunciou o Plano de Ação de Transição Climática que tem como objetivo acelerar todas as ações relacionadas com as alterações climáticas. Foi estabelecida ainda uma nova meta, a de atingir emissões líquidas de zero gases com efeito de estufa (GEE) em toda a cadeia de abastecimento e operações, desde a matéria-prima até ao retalhista, até 2040, bem como objetivos intermédios para 2030, a fim de obter progressos significativos já esta década. A crise climática afeta todas as casas e famílias, em todo o mundo. A nível global, a maioria dos consumidores querem hoje comprar marcas para os
ajudarem a viver um estilo de vida mais ambientalmente consciente. A ciência evidenciou recentemente que devem ser tomadas medidas urgentes e decisivas para evitar impactos piores consequentes das alterações climáticas. “Estamos totalmente empenhados em utilizar a inovação, e o engenho da P&G, para desbloquear novas soluções para enfrentar as alterações climáticas”, disse David S. Taylor, chairman e presidente da P&G. “A tarefa que temos pela frente é urgente, difícil, e muito maior do que qualquer outra empresa ou país. A P&G está a enfrentar estes desafios de frente, reduzindo a nossa pegada
e alavancando a nossa escala para fomentar uma colaboração sem precedentes em toda a cadeia de valor”. As ações da P&G em relação ao clima começaram há mais de uma década, mas há ainda mais trabalho pela frente. O plano da P&G, elaborado com uma sólida base científica, com o objetivo de atingir emissões líquidas zero, dará prioridade à redução da maior parte das emissões em toda a cadeia de abastecimento e operações, desde a matéria-prima até ao retalhista. Para emissões residuais que não podem ser eliminadas, serão utilizadas soluções naturais ou técnicas que removam e armazenem carbono. Ou o U tT u Ub Br Ro O d De E 2021
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Moderna unidade de economia circular trata resíduos de navios
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grupo Carmona, dedicado à limpeza e gestão de resíduos perigosos, não perigosos e valorizáveis para empresas de várias indústrias, tem em funcionamento no
parque industrial da SapecBay, na Península da Mitrena em Setúbal, uma das mais modernas unidades de economia circular da Europa na reciclagem e reaproveitamento de resíduos oleosos, com quatro hectares de implantação e que representou um investimento de 15 milhões de euros. O Porto de Setúbal é um dos utilizadores desta unidade de economia circular pois parte dos resí-
duos dos navios descarregados no porto são tratados nestas modernas instalações, permitindo o reaproveitamento dos subprodutos de forma proteger o meio ambiente e evitar a poluição do mar. A unidade industrial inclui sete linhas de tratamento de resíduos líquidos, desde águas até hidrocarbonetos. Um processo que assume grande inovação a nível europeu, através de reatores com capacidade para evaporação e destilação, com capacidade para receber e tratar quatro mil metros cúbicos de resíduos e dois mil metros cúbicos na unidade de produtos acabados.
Compreender a nova etiqueta energética: uma mudança para um meio ambiente melhor A
nova etiqueta energética, que foi lançada no último mês de março e que torna mais fácil para os consumidores escolher produtos com maior eficiência energética, está já disponível em todos os eletrodomésticos à venda. “Como pioneira em negócios e produtos sustentáveis, a Whirlpool tem o prazer de receber um novo sistema que incentivará a criação de eletrodomésticos cada vez mais eficientes em termos de recursos”, enquadrou a marca de eletrodomésticos. Atualmente visíveis e reconhecidas em todas as lojas de eletrodomésticos, as etiquetas energéticas foram originalmente criadas com a intenção de ajudar os consumidores a escolher os equipamentos com maior eficiência energética – e, em última análise, ajudar a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa. “Este processo provou ser um sucesso e fabricantes como a 30 ACT UALIDAD€
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Whirlpool criaram produtos ainda mais eficientes, uma vez que a procura por escolhas ambientalmente conscientes aumentou”. À medida que os produtos se tornaram mais eficientes, o sistema de rotulagem existente ficou cada vez mais complexo, reflexo dos avanços tecnológicos. Por exemplo, classes adicionais “+” foram adicionadas para descrever produtos que ultrapassam a classificação A original. Introduzido pela Comissão Europeia, a nova Regulamentação de Classificação Energética exige a utilização de novas etiquetas com uma escala mais simples. As classes Plus atuais (por exemplo, A+++, A++ e A+) foram substituídas por uma escala de consumo de energia uniforme e menos confusa, de A a G. A nova escala usará ainda a escala de sete cores atual. Sobre a nova etiqueta energética, Armando Anjos, Market Director
Iberia da Whirlpool, referiu: “como empresa, a Whirlpool sempre procurou estar na vanguarda das melhores práticas sustentáveis. Lideramos o caminho num fabrico mais sustentável, que utiliza menos recursos e menos energia, ao mesmo tempo que apoiamos os esforços globais por via do protocolo de Quioto e, posteriormente, ao adiantarmo-nos para superar as metas estabelecidas pelo Acordo de Paris”, adiantou. “Também estamos empenhados em ajudar os consumidores nesta jornada, por meio de produtos que facilitam a redução do consumo de recursos domésticos em casa. Com base em métodos de medição mais rigorosos, a nova etiqueta energética permite representar de uma forma mais eficaz, os eletrodomésticos com o melhor desempenho de hoje, e definir metas mais ambiciosas para os de amanhã”, rematou o responsável.
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Cruz Vermelha Portuguesa e Mercadona assinam acordo de colaboração A
Mercadona e a Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) assinaram, em junho, um acordo de colaboração que vem dar continuidade ao compromisso que ambas têm no apoio às pessoas mais carenciadas. A Mercadona tem vindo a reforçar o seu plano de responsabilidade social e, com vista a dar uma pronta resposta às necessidades de quem tanto precisa, tem intensificado as suas doações a diversas instituições com as quais colabora, garantindo a entrega de bens de primeira necessidade. Este protocolo de colaboração permitirá alargar o apoio prestado pela Mercadona e chegar a um maior número de pessoas carenciadas. As doações alimentares, inseridas dentro do plano de ação social da Mercadona, têm crescido progressivamente, acompanhando a expansão da cadeia em Portugal. Estas práticas
fazem parte do quotidiano das lojas Mercadona desde o primeiro dia em que abrem as suas portas ao público. Deste modo a empresa reforça o seu compromisso de “Partilhar com a sociedade parte do que dela recebe”, tendo em 2020 doado 1.200 toneladas de bens alimentares, o equivalente a 20 mil carrinhos de compras. Francisco George, presidente da CVP, referiu, a propósito desta colaboração, que “a pandemia veio evidenciar a vulnerabilidade de milhares de famílias que viviam no limiar da pobreza. O apoio da Mercadona revela-se de grande importância para a capacidade de resposta da CVP ao número crescente de pedidos de ajuda. Sem dúvida, juntos somos #imparáveis”. Ana Mendia, diretora de responsabilidade social da Mercadona em Portugal, reforça: “a assinatura deste acordo de colaboração com a CVP representa
mais um passo na política de responsabilidade social da empresa no âmbito das doações alimentares. Estamos certos de que, através deste acordo e de outros que temos vindo a realizar neste âmbito, a Mercadona vai poder chegar a mais famílias carenciadas”. A Mercadona, dentro do seu compromisso de partilhar com a sociedade parte do que dela recebe, integra o seu plano de responsabilidade social no dia a dia da sua atividade, atendendo à componente social e ética através de diferentes linhas de ação sustentáveis que reforçam a sua aposta no crescimento partilhado. No âmbito deste trabalho, a Mercadona colabora, em Portugal, com mais de 20 cantinas sociais, quatro Bancos Alimentares e outras entidades sociais, às quais doa diariamente e participa nas campanhas de arrecadação de alimentos que estas entidades organizam.
Sociedade Ponto Verde e AHRESP promovem reciclagem A
Sociedade Ponto Verde (SPV) e a AHRESP - Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal assinaram um protocolo de colaboração para promover as melhores práticas de reciclagem e sustentabilidade nos estabelecimentos de restauração, similares e alojamento turístico. O acordo foi desenhado à medida das especificidades destas atividades económicas, pelo que integra também a divulgação e a prestação de esclarecimentos que decorram da aplicação da legislação nacional, nomeadamente no que diz respeito à Diretiva sobre os Plásticos de Uso Único. No quadro desta cooperação, será ainda partilhada informação e experiências entre os empresários destes
setores, de forma a ampliar o conhecimento de políticas no âmbito das embalagens e resíduos de embalagens, assim como dos comportamentos necessários à implementação e execução de projetos. “A colaboração resulta do papel preponderante que os setores representados pela AHRESP têm no ciclo de vida das embalagens e do potencial do seu contributo para o atingimento das metas de reciclagem”. “É de extrema importância a promoção de sinergias de atuação como a que desenvolvemos com a AHRESP, que pretende dar um impulso efetivo no que respeita à reciclagem de embalagens e à sustentabilidade ambiental. Globalmente também irá ter efeitos na eficiência e em ganhos
económicos e ambientais em setores estratégicos como são o canal horeca e o turismo,” refere a CEO da SPV, Ana Trigo Morais. Já Carlos Moura, primeiro vice-presidente da Direção da AHRESP, afirma que a associação dá “atenção especial à sustentabilidade ambiental, promovendo as melhores práticas de separação e reciclagem de embalagens. É neste âmbito que procuramos desenvolver várias iniciativas com metas e objetivos de implementação muito concretos, pois sabemos que só assim será possível atender aos desafios com que a restauração e o alojamento se deparam. Sem dúvida que a parceria com a SPV vem reforçar a nossa atuação e aportar conhecimento técnico nesta matéria”.
Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR OUTUBRO DE 2021
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La inteligencia artificial al
servicio del campo Robots, drones e inteligencia artificial harán que el trabajo en la huerta esté automatizado dentro de unos años. España, como potencia agrícola de clase mundial, busca la transformación digital de un sector para ayudar en diferentes pasos de la cadena agroalimentaria. El desarrollo de las tecnologías va más adelantado que su implementación, pero ya se puede apreciar el resultado de algunos de sus usos en el campo. Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
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a inteligencia artificial (IA) lleva años aplicándose en los más diversos ámbitos, entre ellos el de la agricultura, aunque parece que es ahora cuando despierta mucho más interés. Una de las razones es la necesidad de alimentar a una población mundial creciente (9.300 millones de personas en 2050, según la ONU) con menos recursos y en un espacio menor al existente. Ante esta realidad, las innovaciones tecnológicas en la agricultura se centran en desarrollar cultivos adaptados a los espacios del futuro y especialmente a cultivos que consuman menos recursos. La transformación digital de la agricultura cambiará la forma de trabajo de los agricultores para que puedan producir más en menos tiempo, sin olvidar la sostenibilidad. “Se puede ver la IA desde dos puntos de vista: el
aprovechamiento inteligente de cha; la detección y cuantificación datos masivos y simular algún de residuos derivados de operacomportamiento humano”, seña- ciones agrícolas (ej. pesticidas) la José Ángel Olivas, profesor de mediante sensores optoelectrónila UCLM y colaborador de OBS cos; la utilización de conjuntos Business School. Además, “pode- de datos históricos y meteorolómos simular determinado cono- gicos para predecir el periodo de cimiento humano y esto combi- maduración óptimo y el volumen nado con el uso de datos para de cosecha con modelos basados corroborar hipótesis puede dar en big data, la percepción del entorno mediante sensores para muy buenos resultados”, añade. Cuando hablamos del caso el guiado autónomo de robots concreto de la agricultura, son agrícolas; la detección automática muchos los usos de la IA que de frutos, ramas y troncos, con ya se utilizan en el campo, tal el fin de automatizar la poda o y como indican los investigado- la recolección y la detección y res de AgróTICa y Agricultura clasificación automática de malas de Precisión, GR A P, de la hierbas. Sin embargo, la peneUniversidad de Lleida (Cataluña). tración de las nuevas tecnologías Ente ellos, la detección automá- en la agricultura está siendo más tica de plagas y enfermedades lenta si lo comparamos con otros mediante sensores para una apli- ámbitos como el de la industria. cación de productos de protec- “Se han desarrollado sistemas ción más eficiente; la detección y muy interesantes y la transferenmedición de frutos mediante sen- cia de la tecnología es posible sores para poder predecir la cose- siempre que haya financiación. OUTUBRO DE 2021
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Prototipos y modelos desarrollados
Investigadores de la Universitat Politècnica de València (UPV) han desarrollado un nuevo robot agrícola (junto con su sistema de navegación y método de procesamiento de datos) que, a través de diferentes sensores, permite registrar en todo momento el estado de la vid y ayuda al viticultor a sacarle el máximo partido a sus parcelas. Fruto de 7 años de trabajo, es el primer robot de observación
Hay interés porque la agricultura es un dominio importante y mueve mucho dinero”, recuerda José Ángel Olivas. Señala también que hay que diferenciar el trabajo de investigación que se está realizando, muy puntero y beneficioso, pero a su vez “hay que acercarse a la gente que trabaja en el campo para mejorar las técnicas y lograr cosas mejores”. Espera que el interés por la IA en el sector siga en aumento, sobre todo por la importancia que tiene la accesibilidad de los datos meteorológicos. “Todo lo que se pueda adelantar de las previsiones es crítico porque va unido con ventas”, puntualiza. Cree que estamos en un momento esencial para apostar en la 34 ACT UALIDAD€
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vitícola totalmente eléctrico, con autonomía para al menos dos jornadas, y desarrollado a nivel internacional desde un punto de vista agronómico. De forma totalmente autónoma, VineScout mide parámetros clave del viñedo que permiten estimar sus necesidades hídricas, el desarrollo vegetativo o anticipar la variación del grado de maduración dentro de la misma parcela. Todo ello lo hace gracias a
IA pero “hacen falta verdaderos profesionales, es imprescindible una formación más profunda en lo que es la IA". “La robótica y la IA han abierto nuevas posibilidades, pueden ayudar en diferentes pasos de la cadena agroalimentaria. Nos ayudan a predecir el rendimiento de los cultivos para saber qué plantar y cuándo, o predecir las propiedades del suelo, proteger los cultivos…”, resalta Ander Ansuategui, investigador del centro tecnológico y de investigación Tekniker. Este centro ha participado en un proyecto europeo con otras empresas y el prototipo desarrollado se ha utilizado en el cultivo del tomate, pero se puede aplicar a otros. Para este investigador
la combinación de una serie de sensores ambientales, radiométricos y espectrales. Agrobot, por su parte, es una de las empresas pioneras en el uso de robots para el cultivo de fresas. Esta compañía fue creada en 2008 en Huelva pero en poco tiempo se trasladó a Estados Unidos donde se interesaron por el proyecto. “Comenzamos con la fresa y ahora estamos probando con otros cultivos. Está funcionando muy bien, pero es difícil lograr un buen ratio de rentabilidad en el caso de las fresas donde el envasado es un arte. Los trabajadores del campo recolectan y envasan y la máquina no, hace solo una cosa”, afirma Juan Bravo, cofundador de Agrobot. Todo lo aprendido con las fresas lo están poniendo en práctica para otros cultivos. “Se está produciendo una revolución bestial en la agricultura motivada sobre todo por la IA”, indica.
una de las ventajas de robotizar el sector agrícola es el de hacer el trabajo de campo más atractivo para las nuevas generaciones. Falta de mano de obra La esperada falta de mano de obra en la agricultura en los próximos años plantea un verdadero reto al sector. En este escenario, el uso de la robótica junto a la IA en el campo es una necesidad y poco a poco van apareciendo startups que trabajan en prototipos para dar respuesta a este desafío. “Va a haber una hecatombe de falta de humanos en la agricultora. Se está viendo venir, pero parece que no tomamos las medidas adecuadas para acelerar la automatización en el
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sector agrícola”, afirma Marius Robles, cofundador de Food By Robots. “Ya se trabaja con prototipos en la supervisión y selección de bananas, recolección de fresas, en las viñas, en la eliminación de malas hiervas…Ya se pueden solucionar varias cosas”, añade. Tal y como refiere este consultor, en los últimos años, el número de proyectos y patentes relacionados con la robótica se ha multiplicado por cinco. “El control de las sequías y de las plagas, encontrar la eficiencia de los regadíos, la explotación intensiva de los campos de cultivo, la posibilidad de trabajar durante 24 horas, la falta de mano de obra y, en definitiva, buscar la eficiencia del modelo productivo agrícola están requiriendo identif icar alternativas. Eso pasa en muchos casos por la robótica”, puntualiza. Y en algunos países se encuentran granjas automatizadas, robots recolectores (como Root AI), cosechadora robótica de Abundant Robotics o la nueva generación de robots que están reemplazando a los tractores. En su opinión, “España debería ser pionera en los próximos cinco años en este campo, desde un brazo robot, drones, robots…hace falta tener un plan estratégico para que esto sea una realidad. Debe ir en paralelo el proyecto político e industrial y que los fabricantes de robots quieran integrarse en este sentido”. Espera que en dos años vivamos un salto signif icativo en la aplicación de la robótica a la agricultura, pero para ello “es necesario una amplia sensibilización, comunicación y análisis de todas las perspectivas que va a comportar este cambio. Teniendo en cuenta que el principal factor es que no hay humanos, es un argumento convincente”. “En la agricultura cada vez se quiere trabajar menos en campo,
Ander Ansuategui: “La robótica y la IA pueden ayudar en diferentes pasos de la cadena agroalimentaria. Nos ayudan a predecir el rendimiento de los cultivos para saber qué plantar y cuándo"
En base a nuestro diagnóstico lo que vemos es que actualmente en el sector agrícola existe mucha oferta, la tecnología ya está, pero falta adaptarla y desarrollarla. Hay un decalaje entre el ritmo de desarrollo y la adopción. No estamos aprovechando ni el 50% del potencial que existe en el mercado”, indica García. Recuerda también que dentro de la agricultura debemos separar la parte de logística, donde es más fácil de estandarizar los procesos, pero “la parte productiva es más difícil de modelizar”.
cuesta más encontrar profesionales, que sean del oficio y la gente joven tampoco quiere”, resalta Fran Garcia, miembro del Grupo de Trabajo de Agricultura 4.0 del Colegio de Ingenieros Agrónomos de Cataluña. “Al final de alguna forma tendremos que enseñar a las máquinas para que puedan hacerlo”, añade. Este organismo forma parte de una comisión intercolegial de industria 4.0 donde la industria automovilística es un ejemplo de todo lo que se puede llegar a hacer gracias a la transformación digital. “La IA es una pata de la digitalización.
Factor económico Antonio Barrientos, del Centro de Automática y Robótica de la Universidad Politécnica de Madrid, señala el factor económico como uno de los problemas para la entrada de los robots en el campo. “Según qué países, puede ser difícil rentabilizar la inversión en un sistema automatizado en general y robotizado en particular frente al coste de la mano de obra”, explica el experto. Por otro lado, si bien en agricultura intensiva la inversión de robotizar puede resultar ventajosa, en pequeñas explotaciones, con cultivos más diversificados la roboOUTUBRO DE 2021
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grande tema gran tema
Fede, el primer atomizador inteligente y conectado Pulverizadores Fede cuenta con el primer atomizador inteligente y conectado. Con el Smartomizador, los técnicos de las explotaciones agrícolas pueden confeccionar la orden de trabajo con todos los parámetros del tratamiento desde la plataforma digital y enviarla directamente al atomizador para que se autorregule. Este equipo es inteligente porque, en función de la masa vegetal, sugiere la dosis y el volumen de aire adecuados, que el técnico puede ajustar bajo su criterio profesional en respuesta a otros factores tomados en consideración. Esto se traduce en aproximadamente un 48% de reducción de la deriva, según los ensayos realizados por el IVIA (Instituto Valenciano de Investigaciones Agrarias) y la UMA-UPC (Unidad de Mecanización Agraria de la Universitat Politècnica de Catalunya). La importante reducción es posible porque el tratamiento está focalizado en el cultivo en función de sus características, minimizando así su pérdida en el medio ambiente. La pulverización supone el 30%
tización, “si bien posible, es más compleja y por ello menos rentable”, añade. En cuanto a aspectos más propios de la investigación, recuerda que aún hay camino por recorrer en la interpretación de la información y la toma de decisiones, “por ejemplo para identificar las necesidades fitosanitarias del cultivo, incluso planta a planta en el caso de horticultura”. Antonio Barrientos cree que en agricultura de exteriores la robotización puede cubrir buena parte de las tareas mecanizadas. En la 36 ACT UALIDAD€
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de los costes de producción en los cultivos especiales y de ella depende directamente la calidad de la cosecha y su venta en el mercado. Con el actual estado de la técnica, aproximadamente el 80% del fracaso en un tratamiento es consecuencia del uso incorrecto del atomizador, en este sentido el Smartomizador se presenta como la solución a este problema compartido por todas las plantaciones agrarias. El Smartomizador permite una conexión directa entre el técnico, el equipo y el operario, teniendo en todo momento información sobre la aplicación a tiempo real. Una vez finalizado el tratamiento, todos los datos están disponibles en la plata-
forma digital para que el técnico pueda visualizar al detalle sobre el mapa todas las zonas tratadas y conocer las incidencias registradas. Esta información dota de gran poder a las empresas agrícolas ya que pueden corregir los tratamientos aplicando de nuevo únicamente en las zonas que lo requieran. Esta empresa de Cheste (Valencia), ha invertido en proyectos de I+D+i cuatro millones de euros de los cuales 2,9 millones han sido de subvenciones europeas. La compañía tiene aprobadas inversiones hasta 2030 por cinco millones. Fede destina el 12% de su facturación anual a I+D, lo que supuso el año pasado unos 660 mil euros.
producción de cereal, por ejem- terreno, siembra, crecimiento del plo, “las tareas de preparación de cultivo y cosechado, la maquinaria convencional, tanto en lo que se refiere a vehículos como En agricultura de a los aperos, pueden ser robotizada, dotándola de capacidad exteriores la robotide medir, planif icar y actuar zación puede cubrir con precisión sobre el terreno”, indica. Se pueden abordar así buena parte de las tareas de plantación, localización tareas mecanizadas. y eliminación selectiva de maleza, Por ejemplo, en la pro- aplicación con la dosif icación individualizada de fitosanitarios, ducción de cereal cosechado con medida en línea de la producción. “En este ámbi-
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to los robots agrícolas están en solitario como en combinación un grado de madurez muy ele- con robots que actúan sobre el vado. Además, los rápidos avan- terreno”, puntualiza. Pero en la ces obtenidos con la robótica recolección de frutos, tanto en aérea en la última década (los horticultura como en frutales, popularmente conocidos como es una tarea más compleja pues “drones”) facilita muchas tareas precisa de localizar el fruto a tanto con su inter vención en recoger, llegar a ellos sin dañar
al resto de la planta y separarle de esta sin causar daños ni al fruto recolectado ni al resto. “Es una tarea compleja, sobre la que se han realizado mucho esfuerzo de investigación y desarrollo, pero aún no está suficientemente resuelta”, matiza. PUB
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ADVOCACIA E FISCALIDADE
aBOGACÍA Y FISCALIDAD
Ranking dos escritórios de advogados em Portugal em 2020 O conjunto das 30 maiores sociedades de advogados a atuar em Portugal atingiu um volume de negócios de cerca de 538,8 milhões de euros em 2020, de acordo com dados da “Iberian Lawyer”, citados pela “Advocatus”. De acordo com a mesma fonte, a Vieira de Almeida, Morais Leitão, PLMJ, Úria Menéndez e Abreu foram os cinco escritórios de advogados a operar em Portugal que mais faturaram em 2020. Assim, a “Iberian Lawyer” refere que a Vieira de Almeida terá faturado 70 milhões de euros, enquanto a Morais Leitão terá atingido os 63 milhões. Na lista, seguem-se a PLMJ, que terá faturado 56,3 milhões de euros, e a Uría Menéndez–Proença de Carvalho, que terá obtido 36,3 milhões em 2020. A listagem dos cinco maiores escritórios de advoga-
dos em Portugal completa-se com a Abreu, que faturou 33,6 milhões de euros, ainda de acordo com aquela publicação especializada ibérica. Os valores apontados resultam de estimativas que juntam dados das empresas e dos clientes. No ano de 2020, marcado pela pandemia, os 30 maiores escritórios de advogados em faturação registaram uma faturação total de 538,83 milhões de euros, uma subida de 6,1% face a 2019. Com efeito, se a Vieira de Almeida foi a sociedade que mais faturou em 2020, não foi a que mais cresceu, pois terá sido a Antas da Cunha Ecija a que registou um maior crescimento face a 2019, de cerca de 23%, entre as firmas que faturaram mais de cinco milhões de euros no ano passado. Mas estes valores refletem apenas dados de faturação
absoluta e, ao contrário de outros anos, não analisa a rentabilidade medida em termos de faturação por advogados e sócios. De destacar ainda que as três primeiras firmas deste ranking terão atingido uma faturação acumulada de cerca de 189,3 milhões de euros, o que representa mais de um terço da faturação do “top 30”. Em 2019, as maiores sociedades de advogados a operar em Portugal fecharam o exercício com a faturação global de 517,4 milhões de euros, também sob a liderança da Vieira de Almeida, que atingiu os 66 milhões de euros. Segundo os novos dados, a empresa liderada por João Vieira de Almeida voltou a liderar em 2020, destacando-se com uma faturação de 70 milhões de euros, um crescimento de 6,1%, aponta a “Iberian Lawyer”.
CCA associa-se às Nações Unidas na promoção da igualdade de género A
sociedade de advogados CCA – através do CCA ON, o seu Centro de Conhecimento e Inovação–, associou-se às Nações Unidas, ao assinar o Women’s Empowerment Principles (WEP), uma iniciativa conjunta do United Nations Global Compact e do United Nations Development Fund for Women, que visa o fortalecimento do papel das mulheres no local de trabalho, no mercado e na comunidade. A CCA surge, assim, como a 25ª empresa em Portugal a assinar este compromisso, num universo de 1200 entidades em todo o mundo. Para Rita Cruz, presidente do CCA ON e sócia da CCA, “é absolutamente essencial criar condições de trabalho para garantir que todos, mulheres e homens, se possam desenvolver e realizar profissionalmente. E o desafio passa 38 ACT UALIDAD€
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não só por manter um equilíbrio entre a percentagem de homens e mulheres que connosco colaboram – o que permite efetivamente retirar o que cada um tem de melhor – mas, e sobretudo, criar condições iguais de formação e de progressão. Situações em que as mulheres (ou mesmo os homens) têm que optar entre o exercício pleno da sua profissão e a vida pessoal, devem ser absolutamente excecionais. É evidente que muitas coisas na sociedade em geral têm que mudar, mas se cada um de nós, se cada empresa der o seu contributo, acredito que poderemos acelerar essa mudança, os hábitos e os preconceitos. Na CCA, estamos convictos de que a igualdade de oportunidades e a diversidade são elementos essenciais para o sucesso e para a retenção de talento.” Na CCA, 66% da equipa são mulhe-
res, sendo que 52% se encontram em cargos de gestão e 47% no Conselho de Administração, o que revela a aposta da sociedade na criação de condições que promovam a igualdade, a inclusão e o bem-estar, sendo estes eixos fundamentais na política de gestão de pessoas. Ao subscrever este compromisso a CCA declara o seu empenho na adoção dos sete princípios fundamentais do WEP, como sejam, estabelecer uma liderança corporativa de alto nível para a igualdade de género, tratar todas as mulheres e homens de forma justa no trabalho: respeitar e apoiar os direitos humanos e a não-discriminação, garantir a saúde, segurança e bem-estar de todos os colaboradores, independentemente do género, promover a educação, a capacitação e o desenvolvimento profissional das mulheres, entre outros.
aBOGACÍA Y FISCALIDAD
PRA renova o seu sistema de gestão da qualidade A PRA – Raposo, Sá Miranda & Associados renovou o seu Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) com base nos requisitos previstos na Norma NP EN ISO 9001:2015, com vista à melhoria dos seus processos organizacionais e à certificação da qualidade dos seus serviços jurídicos. “Este passo importante resulta da visão da PRA, que tem, ao longo dos últimos anos, crescido e diversificado
as suas áreas de atuação, a sua dimensão geográfica e as suas parcerias”. “A implementação do SGQ permite-nos consolidar a confiança nos nossos procedimentos, incrementando os nossos objetivos de sempre, a proximidade com o cliente, o rigor e o profissionalismo, e fortalecer a nossa presença no mercado”, refere Miguel Miranda, sócio da PRA e o administrador responsável pelo pelouro do
ADVOCACIA E FISCALIDADE
SGQ. A PRA, c o m escritórios em L isboa , Por to, Faro, Leiria e Ponta Delgada, encontra-se organizada por 10 áreas de prática, contando com uma equipa de mais de 140 profissionais.
CRS Advogados abre novo escritório no Algarve A CRS Advogados abriu um novo escritório no Algarve, na freguesia de Almancil. Depois da expansão do escritório de Lisboa para o Porto, no final de 2020, agora chega a vez do Algarve. A CRS Advogados terá no sul uma equipa de advogados especializados em private clients, dado a crescente procura destes clientes por Portugal e, em especial pela região do Algarve, e estará focada nos setores da indústria, imobiliário e turismo, adianta a sociedade de advogados. Com este novo escritório, “a CRS oferece a todos os clientes uma presença no
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território continental, disponibilizando a sua capacidade e recursos ao serviço dos clientes, independentemente do local onde se encontrem”. Nuno Pereira da Cruz, managing partner da CRS Advogados adianta que ”decidimos abrir escritório no Algarve, porque nos últimos anos fomos conquistando clientes de referência a sul do país, e em especial no Algarve, e porque acreditamos que esta é uma região com grandes oportunidades”. Além disso, acrescenta, “agora, mais do que nunca, a CRS Advogados entende que a proximidade
Andrea Gomes da Silva junta-se à equipa de Europeu e Concorrência da PLMJ como special advisor a partir de novembro. Antes de integrar a PLMJ, Andrea Gomes da Silva desempenhava o cargo de membro da administração da Autoridade da Concorrência britânica, a Competition and Markets Authority, com especial responsabilidade na área das fusões e aquisições. Andrea Gomes da Silva integrou desde 2001 a Freshfields, tendo ascendido à posição de sócia em 2008. Durante este período, destaca-se, entre outros, o seu papel relevante no desenvolvimento do programa de parceria internacional Stronger Together da sociedade, que é hoje uma
com os seus clientes é fundamental, pois existe uma grave crise e os nossos clientes devem sentir que estamos presentes e prontos para enfrentá-la juntos”. O novo escritório será coordenado por Telmo Guerreiro Semião, sócio fundador da CRS Advogados, natural do Algarve, que, na mesma linha, acrescenta que “esta expansão para o Algarve é uma aposta da CRS Advogados na recuperação da economia local e na resiliência das empresas, acreditando que as mesmas irão crescer e saber aproveitar as oportunidades que uma crise destas sempre cria”.
Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Foto DR
rede de mais de 300 escritórios no mundo, no quadro do qual assumiu a responsabilidade pelas parcerias nos países lusófonos.
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A Andersen Portugal acaba de anunciar a integração, no escritório do Porto, de Ana Reis como sócia da área de Fiscal. Ana Reis transitou da PwC Portugal, consultora que integrou por mais de 25 anos e onde exercia funções de Tax Director. A carreira de Ana Reis consolidou-se na área da consultoria fiscal, em todas as suas vertentes, com especial incidência na assessoria a clientes nacionais e internacionais em matérias de corporate e de fusões e aquisições. Ou o U tT u Ub Br Ro O d De E 2021
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opinião opinión
A indemnização de clientela no âmbito
da distribuição de seguros
A
cessação de um contrato mais estrito do termo, mas antes como de distribuição com uma uma compensação ao agente que visa o empresa de seguros é sempre reforço da sua proteção social, na medium momento importante na da em que este poderá vir a ficar numa atividade de um mediador, situação fragilizada. na medida em que este se poderá ver priApesar de ter sido consagrada, no vado de uma importante fonte de ren- nosso ordenamento jurídico, no âmbito dimento. No entanto, após a cessação do contrato de agência, a verdade é do contrato, o mediador poderá ainda, que a sua importância era de tal ordem desde que cumpridos determinados que passou a ser aplicada também no pressupostos, ter direito ao recebimen- âmbito de outras atividades, como a to de uma indemnização, a chamada mediação de seguros, por exemplo. indemnização de clientela. Deste modo, e sem prejuízo de qualEsta indemnização teve os seus primór- quer outra indemnização a que haja dios na Áustria, no longínquo ano de lugar, o mediador de seguros (ou os seus 1921, no âmbito do contrato de agência, herdeiros, no caso de morte deste) terá e era devida sempre que ocorriam situa- direito a uma indemnização de clienções em que o contrato terminava por tela desde que tenha angariado novos determinação do principal, sem culpa clientes para a empresa de seguros ou do agente, e em que este havia criado aumentado substancialmente o volume clientela em favor daquele. Mais tarde, de negócios com a clientela já existente e este tema veio a ser consagrado na legis- a empresa de seguros venha a beneficiar, lação comunitária, através da Diretiva após a cessação do contrato, da atividanº 86/653/CEE, de 18 de dezembro de de por si desenvolvida. 1986, e consequentemente disseminada O montante desta indemnização/ compelos ordenamentos jurídicos europeus. pensação deverá ser fixado em termos Aquando da transposição da referida equitativos, estabelecendo a lei um limite Diretiva para os seus ordenamentos mínimo: não poderá ser inferior ao valor jurídicos, os vários Estados-membros equivalente ao dobro da remuneração puderam optar pela adoção de um de média anual do mediador nos últimos dois modelos distintos: o modelo ger- cinco anos, ou do período de tempo em mânico, que tinha subjacente uma ideia que o contrato esteve em vigor, se inferior. de compensação ao agente pelo benefíNo entanto, cumpre esclarecer que cio que o principal obteria da clientela a atribuição ao mediador de seguros angariada; e o modelo francês, o qual da indemnização de clientela não é tinha como fundamento uma ideia de automática, existindo algumas situareparação dos danos suportados pelo ções em que tal não se verifica e que agente, como consequência da cessação importa considerar. Com efeito, existem do contrato. Em Portugal, o legislador exceções a esta regra, nomeadamente optou por seguir o modelo germânico, quando o contrato tenha sido resolvido pelo que, entre nós, a indemnização por (i) iniciativa do mediador sem justa de clientela é vista, não como uma causa ou (ii) por iniciativa da empresa verdadeira indemnização, no sentido de seguros com justa causa. Pensemos, 40 ACT UALIDAD€
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Por Luís Filipe Faria*
por exemplo, nas situações em que o mediador de seguros denuncia o contrato de distribuição ou quando existe uma violação, por parte deste, dos deveres de lealdade e confiança para com a empresa de seguros, entendendo-se que o seu comportamento, pela sua gravidade e consequências, torna imediata e praticamente impossível a subsistência da relação contratual. Em ambos os casos, não haverá lugar ao pagamento de qualquer indemnização de clientela. Acresce ainda que, a empresa de seguros e o mediador poderão também acordar, se assim o entenderem, na fixação, no contrato de distribuição, de um conjunto de situações que, se não forem cumpridas, poderão levar ao afastamento da obrigação do pagamento da indemnização de clientela. Por outras palavras, as partes poderão definir contratualmente os casos em que, no seu entendimento, existirá uma justa causa de resolução do contrato. Estamos a pensar, por exemplo, no não cumprimento, por parte do mediador, de determinados limites mínimos de vendas de produtos. Cumpre, no entanto, esclarecer que o ónus da prova da existência de justa causa na cessação caberá sempre à parte que fizer cessar o contrato. Em suma, a atribuição de uma indemnização/ compensação de clientela ao mediador de seguros, estará sempre dependente do cumprimento de uma série de requisitos que deverão ser devidamente analisados, no sentido de se aferir se, após a cessação do contrato de distribuição, haverá ou não lugar ao pagamento da mesma. *Advogado da Belzuz Abogados E-mail luis.faria@belzuz.com.pt
ciência e tecnologia
Ciencia y tecnología
Cobee cierra ronda de 14 millones de euros para seguir mejorando el bienestar de los empleados
La fintech española Cobee, presente en Portugal desde el pasado mes de enero, ofrece una plataforma digital para gestionar de forma flexible y totalmente automatizada los beneficios sociales para empleados.
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Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
obee ha dado un paso más en su expansión y crecimiento con el cierre de una ronda de financiación serie A de 14 millones de euros que le permitirá continuar con su objetivo de mejorar el bienestar de los empleados. Esta fintech española, fundada en 2019 por Borja Aranguren, Daniel Olea y Nacho Travesí ya ha conseguido que con su modelo en España los empleados de las empresas obtengan un aumento de su poder adquisitivo equivalente a un incremento del 15% de su salario anual. Entre sus clientes se encuentran nombres como Ogilvy, Group M,
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Línea Directa, Glovo, Avis, Tripadvisor, N26 o Booking. Desde sus comienzos, Cobee ha buscado poner en el centro al empleado y convertir su compensación en una experiencia completa en la empresa, más allá de una mera transacción económica mensual. Para ello, reúnen en una sola plataforma totalmente digital los beneficios más demandados por los trabajadores, para que cada uno pueda elegir lo que necesita en cada momento, de acuerdo con sus necesidades. Tal y como indica Borja Aranguren, cofundador y CEO de Cobee, “el salario supone el mayor ingreso de los trabajadores, sin em-
bargo, la relación financiera entre empleado y empresa no es satisfactoria para nadie. Empezando por la retribución flexible y los beneficios para empleados, queremos dar una mejor experiencia al trabajador en torno a su compensación”. Esta nueva ronda les permitirá seguir apostando por los empleados y ayudar a los equipos de Recursos Humanos a llegar a ellos con mayor facilidad. Quieren mantener un crecimiento basado en “adelantarnos a las necesidades del empleado, tanto en beneficios como en nuevas funcionalidades de producto”, resalta el CEO. Van a realizar una gran inversión en tecnología, así
Ciencia y tecnología
como volver a duplicar el equipo con grandes profesionales en todas las áreas. Pretenden duplicar el portfolio actual con una fuerte apuesta por los productos financieros y servicios relacionados con la salud y el bienestar, incluyendo nuevos beneficios como gimnasios, apoyo en salud mental, programas de wellness , plataformas de entretenimiento, entre otros servicios, todo diseñado para satisfacer las crecientes necesidades de las compañías que están buscando formas de mejorar y personalizar sus paquetes de compensación. “La crisis del covid-19 y el teletrabajo lo han acelerado todo. La urgencia por la digitalización ha puesto a los departamentos de Recursos Humanos en una situación inédita en fondo británico cuenta con un ambusca de una transformación digi- plio historial de apoyo a empresas tal centrada en el bienestar de sus de software como Aircall, Conempleados”, resalta Aranguren. tentful, Peakon y Tessian. Además, Para esta nueva etapa han conta- la ronda incorpora a reconocidos do con Balderton Capital, la firma Business Angels con roles clave europea líder en capital riesgo. El en Zalando, N26, Uber o Gym-
ciência e tecnologia
pass, entre otras. Se suma también la consultora Invested y cuenta igualmente con la confianza de los inversores previos que renuevan la apuesta hecha en la ronda seed , speedinvest y target global, y preseed , Encomenda y Lanai. PUB
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ciência e tecnologia
Ciencia y tecnología
Millennium bcp é o “Melhor Banco Digital” em Portugal A Ocidental – nomeadamente em banca digital, marketing digital, segurança de dados e crédito ao consumo –, constitui motivo de satisfação para todos os profissionais do Millennium bcp. Estes resultados são mais um relevante reconhecimento que os investimentos em talento e tecnologia que temos realizado nos permitem corresponder ao ambicionado pelos clientes. Destaco também que estas distinções traduzem a preocupação que temos com o estabelecimento de uma relação simbiótica entre o atendimento personalizado que disponibilizamos nas sucursais com a simplicidade e conveniência dos canais digitais
(APP e portal Millenniumbcp), pois o sucesso que temos vindo a alcançar não seria possível sem o excecional contributo de todos os que no banco prestam serviço de atendimento presencial aos clientes”, afirmou Miguel Maya, CEO do Millennium bcp. Este e ́o 22.º ano em que a “Global Finance” nomeia os melhores bancos do mundo em várias categorias. Os bancos candidatos foram avaliados por um painel internacional organizado pela Infosys, empresa líder em consultoria, tecnologia e outsourcing. Os editores da “Global Finance” foram responsáveis pela seleção final de todos os vencedores.
Iberdrola inaugura casa do futuro assente em energias limpas, mobilidade verde e inteligência artificial N o passado dia 2 de julho, a Iberdrola inaugurou, em Matosinhos, uma infraestrutura rotativa assente num modelo de sustentabilidade energética e completamente adaptada à mobilidade elétrica. Movida a energia verde, ligada a sistemas de inteligência artificial e de internet of things, esta infraestrutura permite vislumbrar uma casa de um futuro próximo. Estará aberta a visitantes a partir da data de inauguração. Com tecnologia portuguesa patenteada em 77 países, esta casa inspira-se no movimento do girassol, rodando para criar zonas de sombra no Verão, aumentar a exposição solar no Inverno e potenciar a eficiência energética. Este edifício inteligente e inovador acompanha o sol enquanto produz energia limpa através de painéis fotovoltaicos, oferecendo espaços dinâmicos, totalmente adaptáveis a quem os utiliza. Para provar a eficácia quotidiana desoluções energéticas verdes, a Iberdrola
adaptou o protótipo de casa a uma Smart Store, apostando na demonstração de opções de energia solar e mobilidade elétrica verde. Instalou painéis solares que fornecem energia a toda a infraestrutura, desde a sua rotação a todos os equipamentos e aplicações tecnológicas no seu interior, instalando também cinco postos de carregamento de viaturas elétricas no exterior, cuja exploração se estende durante um período de 10 anos. No interior, os visitantes encontrarão aplicações tecnológicas de ponta alimentadas com energia proveniente de fontes renováveis, como um sistema de monitorização por wi fi do perfil de consumo e produção e app wallbox, que permite gerir remotamente as sessões de carregamento e consultar as estatísticas de consumo. A aposta na mobilidade é feita em con-
Foto Câmara Municipal de Matosinhos/ Facebook
revista “Global Finance” acaba de distinguir o Millennium bcp como o Melhor Banco Digital (“Best Consumer Digital Bank”) em Portugal, no âmbito dos seus “World’s Best Digital Bank Awards 2021”. Para além do galardão do melhor banco digital, o Millennium bcp também foi distinguido como o “Melhor Banco em Segurança de Informação Corporativa e Gestão de Fraudes”, “Melhor Banco em Marketing e Serviços nas Redes Sociais” e “Melhor Banco no Crédito ao Consumo” na Europa Ocidental, em 2021. “As distinções atribuídas pela ‘Global Finance’ em quatro categorias – três das quais no âmbito de toda a Europa
junto com a Volkswagen, disponibilizando aos visitantes experiências de condução e simulações de carregamento de veículos elétricos de última geração. O fabricante automóvel estará presente com os seus modelos 100% elétricos ID.3 e ID.4, os quais poderão ser experimentados durante uma semana no local. Estes novos modelos, construídos em cima da nova plataforma MEB do grupo Volkswagen, oferecem autonomias de 420 km e 520 km, respetivamente, em modo totalmente elétrico.
Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Foto DR
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Ciencia y tecnología
ciência e tecnologia
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setor imobiliário
sector inmobiliario
Sandra Ortega planeia construir resort de luxo em Tróia A empresária Sandra Ortega, filha de Amancio Ortega, fundador do grupo Inditex, pretende construir um resort de luxo na freguesia do Carvalhal, na península de Tróia. O licenciamento do projeto era esperado para o mês de setembro. Este será o primeiro investimento de Sandra Ortega em Portugal e terá uma área de cerca de 30 mil metros quadrados. O resort vai nascer na
freguesia do Carvalhal, na península de Tróia, em terrenos comprados, em 2018, à Sonae Capital. De acordo com o jornal online “Eco”, o projeto turístico estaria na fase final de apreciação das infraestruturas do plano de urbanização, para licenciamento ainda em setembro. A primeira fase do projeto corresponderá às obras de infraestruturas, ou seja, à criação de estradas/ruas,
instalação da rede elétrica e água. Só mais tarde arrancará a construção dos edifícios, cujo projeto de arquitetura estará sujeito à aprovação da Câmara Municipal de Grândola. O projeto de arquitetura previa a construção de um hotel de cinco estrelas, três aldeamentos turísticos e dois equipamentos de desporto e lazer, num total de 123 unidades de alojamento e 506 camas.
Condomínio fechado The Brick nasce em Marvila
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arvila, um dos principais eixos de expansão urbana na cidade de Lisboa, vai ter um novo condomínio residencial. O novo The Brick vai disponibilizar 10 apartamentos únicos, inspirados na arquitetura da herança industrial deste bairro lisboeta. A comercialização em exclusivo deste empreendimento foi atribuída à JLL. O design inteligente e contemporâneo é um dos traços distintivos do novo condomínio fechado que homenageia a memória do bairro de Marvila, integrando elementos como as grandes janelas de inspi-
ração industrial, linhas depuradas e tijolos maciços. Os apartamentos, disponíveis nas tipologias T1 a T3 e T3 duplex , foram desenhados de acordo com os mais elevados padrões de bem-estar e conforto, simultaneamente apostando em espaços sofisticados e modernos. As generosas áreas abertas para o exterior, com amplos terraços e jardins privados que funcionam quase como uma extensão das zonas de estar, são outro trunfo do The Brick, que contará ainda com um jardim comum. Para Patrícia Barão, head of
Residential da JLL, “o The Brick é uma adição icónica a um dos bairros mais promissores da cidade de Lisboa. Marvila está em pleno desenvolvimento e tem um enorme potencial de valorização, estando a afirmar-se como um destino incontornável para viver, trabalhar e investir. Este novo projeto residencial dá um contributo muito importante para esta afirmação de Marvila, um bairro que tem o Tejo como pano de fundo”. Durante décadas um bairro marcado pela atividade industrial dada a sua proximidade ao rio, Marvila tem sido progressivamente regenerada sem perder a sua memória e autenticidade. Beneficiando de uma localização privilegiada na frente ribeirinha oriental de Lisboa, esta freguesia tem vindo a afirmar-se como uma nova centralidade trendy chic , com a instalação de galerias de arte, novos conceitos de restauração e lazer, bem como destino de novos espaços de co-working . A zona tem vindo a atrair cada vez mais investimento em habitação, usufruindo também de uma vasta rede de transportes.
Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Foto DR
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sector inmobiliario
setor imobiliário
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Vinhos & Gourmet
vinos & Gourmet
Real Companhia Velha reabre Museu da 1.ª Demarcação e brinda aos 265 anos
O
Museu da 1.ª Demarcação reabriu ao público no passado dia 8, a tempo de brindar ao 265.º aniversário da Real Companhia Velha e da Demarcação da Região do Douro e Porto, efemérides coincidentes e celebradas a 10 de Setembro, data em que se assinala também o dia do Vinho do Porto. Com o título da mais antiga empresa portuguesa, foi fundada em 1756, por Alvará Régio do rei D. José I, sob os auspícios
do seu PrimeiroMinistro, Sebastião José de Carvalho e Mello, mais conhecido por Marquês de Pombal. Uma data que merece ser celebrada no local onde melhor se pode conhecer ou revisitar esta que é parte da história de Portugal e do seu vinho: o Museu da 1.ª Demarcação, situado no centro de visitas 17•56 Museu & Enoteca da Real Companhia Velha, localizado à beira do rio Douro, em Vila Nova de Gaia. Após a sua reabertura, o museu passou a funcionar de quarta-feira a sábado, durante a parte da tarde, sendo a última entrada às 18h00. A visita ao museu pode ser complementada com uma refeição na
Enoteca 17•56, bastando para isso subir ao primeiro piso, para almoçar, petiscar ou jantar e prolongar o conhecimento sobre a Real Companhia Velha, em forma de vinho. Existem várias opções de entrada ou bilhetes para o Museu da 1.ª Demarcação: o bilhete Simples Bilhete Museu (que custa cinco euros); o Porto Experience - Bilhete Museu + Prova de Vinho do Porto (15 euros); o Enoteca Experience - Bilhete Museu + Enoteca Experience, com prova de quatro vinhos do Porto (a um custo de 25 euros); e o bilhete infantil (2,5 euros). A entrada é gratuita para membros do Conselho Internacional de Museus (ICOM) e da Associação Portuguesa de Museologia (APOM) e, no segundo sábado de cada mês, para cidadãos nacionais.
Vinte Vinte recebe quatro prémios nos “Academy of Chocolate Awards” O s “Academy of Chocolate Awards”, um dos mais conceituados concursos de chocolate do mundo que se realiza em Londres, atribuiu na edição deste ano quatro prémios à Vinte Vinte: uma medalha de prata e três de bronze. “Em novembro do ano passado, estávamos a lançar a marca, um início de uma viagem que queríamos que fosse de sucesso. Hoje, apenas 10 meses depois, recebemos quatro prémios de uma das mais prestigiadas entidades que premeiam o chocolate bean-to-bar. Estou muito orgulhoso e a com a certeza que trilhámos o caminho certo”, comentou Pedro Araújo, mestre chocolateiro da Vinte Vinte sobre os galardões atribuídos à nova empresa.
48 ACT UALIDAD€
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O chocolate negro 100% cacau do Peru da gama Intensity é o grande vencedor da medalha de prata da Academy of Chocolate Awards 2021. Já as tabletes de Grand Cru 70% Finca La Rioja e as 65% República Dominicana e 85% Madagáscar da gama Intensity arrecadaram medalhas de Bronze. Lançados em Londres em 2005, os “Academy of Chocolate Awards” pretendem identificar, reconhecer e enaltecer os produtores mais talentosos e os melhores chocolates do mundo. Desde então, a entidade tem ganho relevância e notoriedade,
destacando-se atualmente como um dos prémios mais prestigiados mundialmente. Os prémios são decididos por um jurado de produtores, jornalistas, bloggers e outros especialistas do setor do chocolate.
vinos & Gourmet
Vinhos & Gourmet
Vale do Minho Marketplace afirma-se no desenvolvimento local da região
O
Vale do Minho Marketplace tem sido um sucesso, desde que foi lançado, em dezembro de 2020. Esta iniciativa da Adriminho, em parceria com os seis municípios do Vale do Minho, tem permitido promover o escoamento de produtos locais da região, divulgando o melhor do território, com produtos e características únicas, quer em termos de tradição, como de inovação, ou de autenticidade. Aliar o melhor da região à retoma da
economia local é o mote desta iniciativa que procura apoiar os produtores locais, de forma a integrá-los no desenvolvimento do território. Para fazer face ao escoamento dos produtos, a Adriminho associou-se à plataforma digital Unique Flavours, a partir da qual qualquer consumidor, de forma simples, pode encomendar produtos autênticos do Vale do Minho. Desta forma, têm sido inseridos na plataforma os vários produtores envolvidos, sendo objetivo da Adriminho, e restantes parceiros, mobilizar o maior número de produtos e produtores representativos do território do Vale do Minho. Também no âmbito do Vale do Minho Marketplace, a Adriminho coloca à
disposição a Loja Vale do Minho, com o objetivo de criar mais uma ferramenta de promoção e comercialização dos produtos do Vale do Minho, procurando contribuir para a geração de rendimento alternativo aos produtores locais. São cerca de uma dezena os produtores do Vale do Minho que aderiram à plataforma, como a Delícias do Planalto, a Quinta da Folga, a Prados de Melgaço ou a Decanter do Vinho. Na plataforma, poderão encontrar-se os seguintes produtos da região: produtos de fumeiro, como salpicão ou presunto, compotas e doces, infusões e chás, biscoitos de milho, mel, roscas de Monção ou licor de Pericos, entre outros. A plataforma comercializa também cabazes de Natal, box gourmet ou packs de produtos do Vale do Minho.
Vinhos do Tejo criam Tejo Wine Route 118 para promover enoturismo A
Tejo Wine Route 118 (TWR118), uma iniciativa da Rota dos Vinhos do Tejo, em parceria com a Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVR Tejo) e com o apoio da Turismo do Alentejo e do Ribatejo, foi recentemente apresentada. A nova rota vínica e gastronómica visa alavancar o enoturismo, promovendo o território e os vinhos da região. Recorde-se que a Estrada Nacional 118 foi construída para ser a marginal de toda a margem esquerda do rio Tejo, desde a fronteira, em Marvão, até ao imponente estuário, na capital. A Sul do Tejo, esta é uma estrada estratégica para o país e, em particular, para a região dos Vinhos do Tejo. Se não há dúvidas que a mais famosa estrada do mundo é a Route 666 e que a mais longa wine route é a 62, na África do Sul, a Tejo Wine Route 118 tem
tudo para ser uma reconhecida estrada vínica. A EN118 é uma das estradas onde é mais fácil conduzir, devido ao seu traçado quase sempre plano e retilíneo. Atravessa a região dos Vinhos do Tejo, na margem esquerda do rio, percorrendo cerca de 150 quilómetros e sete concelhos – Abrantes, Constância, Chamusca, Alpiarça, Almeirim, Salvaterra de Magos e Benavente. São 14 os produtores de vinho que integram a Tejo Wine Route 118, com ofertas que vão desde zona de loja, a provas de vinhos, ou alojamento. O lançamento da Tejo Wine Route 118 surge no momento em que Portugal foi eleito, pela plataforma online “Momondo”, como o melhor entre 31 países da Europa para a realização de uma road trip. E é precisamente na pacatez do interior de Portugal que está a
Tejo Wine Route 118. “A ideia da Tejo Wine Route 118 é muito recente e há todo um trabalho associado ao levantamento de pontos de interesse, que ainda está a ser feito. Considerámos, contudo, que esta é a melhor altura para a apresentar e começar a promover. Estamos em plena época de vindimas, sendo o ponto alto para quem produz e o mais apetecível para os viajantes, principalmente os enófilos. A Tejo Wine Route 118 é uma ferramenta de promoção do território e dos vinhos da região, sendo que vai reunir outros players para além dos produtores de vinho, estendendo-se à gastronomia, aos costumes e tradições locais e também a experiências nativas, como passeios a cavalo, viagens de barco no rio Tejo...”, enumera João Silvestre, presidente da Rota dos Vinhos do Tejo.
Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR OUTUBRO DE 2021
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eventos eventos
Torneio Ibérico de Padel retomado com muito interesse por gestores e quadros
01
Pelo sétimo ano, a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola organizou o Torneio Ibérico de Padel CCILE, que decorreu no passado dia 11, em Lisboa, e que voltou a atrair diversos praticantes desta modalidade. As 19 duplas participantes desfrutaram de um dia descontraído, que serviu não só para a prática saudável de desporto, como também para o networking entre os gestores e outros quadros e atletas presentes.
A
Texto Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos Sandra Marina Guerreiro sguerreiro@ccile.org
sétima edição do Torneio Ibérico Alguns dos atletas participaram neste na foto em cima), formaram a dupla que de Padel CCILE, que se reali- torneio amador pela primeira vez, como acabaria por vencer a prova. Esta dupla de advogados costuma prazou no passado dia 11, repre- foi o caso de José Reymão, que, juntasentou o regresso deste evento mente com Antonio Villacampa (ambos ticar padel nos tempos livres, e, para José desportivo amador organizado pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola (CCILE), depois da sua interrupção no ano passado, devido à pandemia. A prova decorreu, mais uma vez, nos campos da Rackets Pro EUL, junto ao Estádio Universitário de Lisboa, e foi disputada por 19 duplas, com idades compreendidas entre os 17 e os 60 anos. Os participantes eram sobretudo gestores e outros quadros de várias empresas nacionais e multinacionais, que puderam, assim, desfrutar de um dia diferente, com muita atividade física, convívio entre amigos e ainda alguns momentos de networking 02 de negócios. 50 ACT UALIDAD€
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eventos
eventos
03
04
05 Reymão, este foi mais um dos diversos torneios da modalidade em que tem vindo a participar e, segundo destacam, a amizade e o facto de, muitas vezes, treinarem habitualmente como dupla permitiram chegar ao resultado obtido, o de vencer esta prova. Já Antonio Villacampa afirma dispor de menos tempo para dedicar a torneios, praticando padel de forma mais ocasional. O advogado e sócio de um escritório de advocacia ibérico salienta, por outro lado, que, ao fim de 20 anos desta prática, nos últimos anos tem vindo a acompanhar a grande evolução do seu parceiro na modalidade, José Reymão. “Acompanho-o desde o início e ele rapidamente me ultrapassou, é curioso”, destacou Antonio Villacampa à “Actualidad€”. Já relativamente aos vencedores do quadro B, que este ano foram Sergio Rodrigo e Fernando Soeiro, a vitória acabou por lhes sorrir também logo na primeira participação que faziam na prova. Esta dupla,
que já tinha praticado em parceria noutras VII Torneio Ibérico de Padel CCILE desocasiões, venceu a final disputada contra tacaram à “Actualidad€” o bom momento os irmãos Luís Nunes e João Nunes. que esta modalidade atravesssa, com o “Gostámos muito, a nossa dupla foi muito aumento crescente do número de pratiforte”, afirma, de forma divertida, Sergio cantes, de todas as idades, que, também Rodrigo, sobre a final da prova. O gestor deste modo, procuram ter hábitos de vida espanhol sublinhou ainda que os quatro mais saudáveis. Manuel Paula, diretor de Marketing jogadores desta final acabaram por ter uma boa interação durante o jogo e que do El Corte Inglés Portugal, salienta que “ficaram amigos”no final da prova organi- “o torneio foi um excelente momento de convívio e de prática desportiva no cumzada pela CCILE. Os vencedores da final do quadro B primento total das normas de segurança atualmente em vigor”. “Queremos que a jogam padel há cerca de três anos. marca El Corte Inglés esteja presente em O papel do desporto nos hábitos de momentos agradáveis, que proporcionem uma recordação positiva às pessoas que uma vida saudável Ambos os atletas vencedores da prova contactam com a marca, e sobretudo na sublinham, ainda, o interesse que a moda- promoção de estilos de vida saudáveis, lidade lhes transmite, pelo facto de se em tendência e procurados por um target tratar de “um jogo divertido e que apela com afinidade com a nossa marca”, adianao convívio entre a equipa”, destacam ta o mesmo gestor, quando questionado Antonio Villacampa e José Reymão. sobre a importância para esta cadeia de Também as marcas patrocinadoras do patrocinar este tipo de eventos. OUTUBRO DE 2021
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eventos eventos
Sobre o retorno comercial esperado com Quanto a futuros torneios desportivos este patrocínio, Manuel Paula frisa que organizados pela CCILE, a marca manesta marca de distribuição pretende, com tém a sua intenção de continuar ligada a esta iniciativa, ganhar sobretudo “noto- este tipo de iniciativas. “Somos sócios da riedade e envolvimento com as pessoas, CCILE e valorizamos muito a sua atividagerando recordação positiva, algo que de, pelo que queremos continuar a contrise deverá trazer retorno de imagem e de buir para a sua dinamização. O patrocínio negócio positivos”. aos eventos desportivos organizados pela 52 ACT UALIDAD€
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CCILE é uma óptima forma de darmos o nosso contributo”. Por seu lado, a vice-presidente da Cepsa Portugal, outra das empresas que patrocinaram o evento, comenta que “a Cepsa, como membro integrante da CCILE, apoia algumas iniciativas institucionais promovidas pela CCILE, na medida em
eventos
que as mesmas promovem a interação entre os seus membros”, sendo formas “excelentes para promover as relações bilaterais entre Portugal e Espanha”, destaca Ruth Breitenfeld. Torneio disputado em segurança e em clima de grande animação Muitos dos jogadores entrevistados, após
destacarem a boa organização e seguran- destacou ter sido “muito divertida” a ça – a nível das normas sanitárias – da participação no evento, pelo facto de prova, afirmaram a intenção de voltar a “ter conhecido novas pessoas” e de "ter participar no próximo torneio de padel aproveitado também algum networking que a CCILE venha a organizar. de negócios, o que é sempre interessanFoi este o caso de Élio Nuno Mesquita, te também”, referiu. Apesar da prova um dos convidados que participou pela não ter lhes corrido da melhor maneira, primeira vez na prova, fazendo dupla a dupla fez questão na mesma de “dar com José António Quintino, e que os parabéns à organização”.
01. António Villacampa e José Reymão formaram a dupla vencedora do torneio deste ano, aqui ao lado de Nuno Ferreira (à esq.) e de Manuel Paula (à dir.)
03. e 04.Sergio Rodrigo e Fernando Soeiro venceram a final do quadro B, disputada contra Luís Nunes e João Nunes (ambos ao centro, na foto nº 04)
02.Ao centro, a dupla vencida do torneio – André Salvado e Diogo Pires – recebeu o respetivo troféu, ladeada por Simon Troufa Real e Francisco Contreras
05.Élio Nuno Mesquita foi um dos jogadores a quem coube um dos prémios do sorteio oferecido por uma das marcas patrocinadoras do evento
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Setor automóvel sector automóvil
Por Nuno Ramos nrc.gmv@gmail.com
SEAT Arona Em sintonia com a cidade
O SUV Arona, que desde que foi lançado em 2017 vendeu mais de 350 mil unidades, surge agora com uma imagem exterior fortemente renovada e mais robusta. Vocacionado para uma utilização citadina, está mais dinâmico, confortável e tecnológico.
E
Fotos DR
ste novo Seat, é pratica- Atributo que, em conjunto com a mente todo novo e apre- suspensão elevada 15 mm, com os senta uma melhor ergono- bancos montados em posição mais mia, mais conectividade, elevada e com a colocação mais ecrãs de maiores dimensões e acima de tudo, mais qualidade, a mesma intervenção foi efetuada no Ibiza. Alinha-se assim, com a restante gama da marca de Martorell, que recentemente renovou os SUV Ateca e Tarraco e lançou uma nova geração do Leon. Assente na plataforma MQB A0, recentemente estreada pela quinta geração do Ibiza, o Arona mede 4,138 mm de comprimento, sendo 79 mm mais comprido e 99 mm alto do que o seu “primo direito” da classe dos utilitários. 54 ACT UALIDAD€
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vertical do para-brisas, assegura a Seat ser suficiente para garantir não só uma habitabilidade bem mais generosa, como uma maior
sector automóvil Setor automóvel
facilidade para subir a bordo ou sair do veículo. E, claro, uma capacidade da bagageira muito mais convincente, com nada menos do que 400 litros. O desenho exterior do renovado Arona fica completo com os três novos designs de jantes, que variam entre as 17 e as 18 polegadas e com a palete de 10 cores que inclui três estreias absolutas: Verde Camouflage, Azul Asphalt e Azul Sapphire. A isto ainda se podem somar três tonalidades distintas para o tejadilho (Preto Midnight, Cinzento Magnetic e o novo Branco Candy), o que permite que cada Arona possa ser personalizado ao gosto de cada um. Segundo a Seat, foram feitas melhorias ao nível da montagem e dos acabamentos, para uma qualidade geral superior. Isso faz-se sentir no novo volante multifunções em Nappa e na nova consola. As grelhas de ventilação contornadas por luzes LED também são novidade. No que toca a conectividade, o novo Arona passa a contar com o sistema Full Link sem fios, com Apple CarPlay e Android Auto, bem como o sistema SEAT Connect com um eSIM integrado. O sistema de infoentretenimen-
to proporciona uma experiência ainda mais envolvente através dos conteúdos online , disponíveis com o toque de um botão, ou através de voz natural que responde ao comando de “ hello hello ”. A juntar a estes sistemas, existem ainda duas portas USB tipo-C na secção dianteira do habitáculo e outras duas nos bancos traseiros. Por fim, a gama de motores integralmente composta por unidades dotadas de injeção direta de combustível, turbocompressor e sistema Start/ Stop. A oferta a gasolina inclui um motor de três cilindros em alumínio 1.0 TSI, nas suas versões de 95 cavalos, combinada
com uma caixa manual de cinco velocidades e de 115 cavalos, disponível com caixa manual de seis velocidades ou pilotada DSG de dupla embraiagem e sete relações, bem como o novo quatro cilindros 1.5 TSI de 150 cavalos com sistema de descativação de cilindros, disponível apenas com caixa manual de seis velocidades e nível de equipamento FR. Não está prevista qualquer versão do Arona com mecânica híbrida, seja híbrida convencional ou plug-in , e muito menos uma versão exclusivamente elétrica. As variantes eletrificadas do pequeno SUV espanhol só devem chegar na próxima geração. PUB
Sponsors Oficiais Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola
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intercâmbio comercial intercambio comercial
Intercambio comercial hispano portugués en enero-julio 2021
D
a t a c ome x-E s t a d i s t ic a s del Comercio Exterior Español de la Secretaria de Estado de Comercio acaba de hacer públicos las estadísticas del comercio exterior español referentes al periodo enero-julio 2021 (datos provisionales) y analizando el comercio hispano portugués se verifica un importante incremento de los f lujos comerciales del 24%, respeto al periodo homólogo del año pasado (ver cuadro 1). En estos siete meses del año, la cifra española de ventas superó los 13.475,2 millones de euros y las compras los 7.506,6 millones, lo cual representan crecimientos del 22 y del 26,5%, respectivamente. Estos aumentos han generado un superávit favorable al mercado español de 5.968,7 millones de euros
y una tasa de cobertura del 179,51%. Pese al fuerte impacto que la pandemia creada por el covid-19, tuvo en el comercio exterior español en su conjunto y en particular en el comercio hispano portugués, estas últimas cifras dan muestra de una rápida recuperación y la vitalidad que caracteriza el comercio entre los dos países ibéricos. Portugal mantiene su peso relativo en el comercio exterior español (cuadros 2 y 3), ocupando la cuarta posición entre los principales clientes de España con un peso relativo del 7,5% y la séptima posición entre nuestros principales proveedores. De destacar los mercados francés y alemán que tradicionalmente siempre han sido los principales socios comerciales de España con un peso relativo en el comercio ex-
terior español que supera el 25%. Respecto a la distribución sectorial del comercio hispano portugués que se recoge en los cuadros 4 y 5 la partida 87-vehículos automóviles; tractor encabeza ambas listas. En la demanda española destaca asimismo la partida 27-combustibles, aceites minerales (733,5 millones de euros), seguido de 39-materias plásticas; sus manufacturas (550,7 millones), 84-máquinas y aparatos mecánicos (508,8 millones) y en la quinta posición la partida 72-fundición, hierro y acero (465,6 millones de euros). De destacar que este conjunto de cinco partidas representa el 42% de las compras españolas a Portugal. Por lo que a las ventas españolas se refiere destacan, además de la partida 87 del sector automóvil las
Balanza
1. Balanza comercial España - Portugal en enero-julio 2021 VENTAS ESPAÑOLAS 21
COMPRAS ESPAÑOLAS 21
Saldo 21
VENTAS COMPRAS Cober 21 % ESPAÑOLAS 20 ESPAÑOLAS 20
Saldo 20
Cober 20 %
ene
1 581 387,44
897 431,77
683 955,67
176,21
1 778 762,75
1 003 845,34
774 917,41
177,19
feb
1 571 724,32
1 009 320,52
562 403,80
155,72
1 724 629,55
1 005 714,30
718 915,25
171,48
mar
2 008 010,68
1 095 762,87
912 247,81
183,25
1 581 766,04
906 741,35
675 024,69
174,45
abr
1 980 168,47
1 071 108,28
909 060,19
184,87
1 055 661,19
571 257,22
484 403,97
184,80
may
2 118 632,54
1 065 230,82
1 053 401,72
198,89
1 336 168,90
598 908,11
737 260,79
223,10
jun
2 065 822,03
1 237 518,11
828 303,92
166,93
1 718 689,32
852 608,01
866 081,31
201,58
jul
2 149 500,37
1 130 197,83
1 019 302,54
190,19
1 814 995,51
994 977,75
820 017,76
182,42
ago
1 489 093,95
758 815,50
730 278,45
196,24
sep
1 825 809,88
1 005 194,80
820 615,08
181,64
oct
1 906 349,26
1 017 340,08
889 009,18
187,39
nov
1 870 842,64
1 049 345,10
821 497,54
178,29
dic
1 688 171,73
981 264,79
706 906,94
172,04
19 790 940,72
10 746 012,35
9 044 928,37
184,17
Total
13 475 245,85
7 506 570,20
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
56 ACT UALIDAD€
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5 968 675,65
179,51
Rankings 2.Ranking principales países clientes de España enero-julio 2021
partidas 84-máquinas y aparatos mecánicos (1.043,2 millones de euros), 27-combustibles, aceites minerales (887,4 millones), la 85-aparatos y materiales eléctricos (854,3 millones) y por último la 39-materias plásticas; sus manufacturas (833,9 millones). También en este caso el peso de las cinco principales partidas presenta un peso muy significativo habiendo superado el 34,8% sobre el total de las ventas españolas a su vecino Portugal. En la distribución geográfica, por CC.A A. Cataluña lidera la oferta española a Portugal (2.890,4 millones de euros) seguido de Madrid (2.332,9 millones) y Galicia (1.658,2 millones). En la demanda española, la Comunidad de Madrid con 1.265,9 millones de euros se pone a la cabeza, seguido de Cataluña (1.189,3 millones) y en la tercera posición Galicia (1.102,6 millones). Estas tres CC.A A. representan el 49,8% del comercio bilateral en estos siete primeros meses de 2021.
Las empresas que deseen información más concreta sobre el comercio bilateral deberán ponerse en contacto con la Cámara que con mucho gusto les facilitará los datos: Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola Email: ccile@ccile.org
Orden País
Importe
4.Ranking principales productos comprados por España a Portugal enero-julio 2021 Orden Sector
Importe
1
001 Francia
29 309 403,57
1
87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR
886 277,22
2
004 Alemania
19 128 901,97
2
27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.
733 538,85 550 660,02
3
005 Italia
15 374 738,54
3
39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.
4
010 Portugal
13 475 245,83
4
84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS
508 758,20
5
006 Reino Unido
10 886 261,99
5
72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO
465 631,56 339 701,38
6
400 Estados Unidos
8 368 122,86
6
85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS
7
017 Bélgica
7 101 779,50
7
73 MANUF. DE FUNDIC., HIER./ACERO
258 087,55
48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA
244 234,73
94 MUEBLES, SILLAS, LÁMPARAS
8
003 Países Bajos
6 302 201,96
8
9
204 Marruecos
5 348 900,90
9
10
720 China
5 262 504,45
11
060 Polonia
4 252 156,09
12
039 Suiza
3 392 039,12
13
052 Turquía
2 912 577,79
14
412 México
2 200 976,98
15
061 República Checa
1 800 328,21
16
030 Suecia
1 726 036,18
17
732 Japón
1 663 313,92
7 506 570,20
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
5.Ranking principales productos vendidos por España a Portugal enero-julio 2021 Orden Sector 1
Importe
87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR
1 074 258,57 1 043 155,52
2
84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS
3
27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.
887 454,41
18
038 Austria
19
009 Grecia
1 425 836,86
4
85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS
854 250,14
20
508 Brasil
1 424 601,16
5
39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.
833 935,35
142 861 502,51
6
72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO
686 524,29
179 528 778,64
7
02 CARNE Y DESPOJOS COMESTIBLES
380 449,42
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
8
15 GRASAS, ACEITE ANIMAL O VEGETA
373 053,78
9
73 MANUF. DE FUNDIC., HIER./ACERO
357 227,86
SUBTOTAL TOTAL
1 505 574,63
233 431,05
TOTAL
3.Ranking principales países proveedores de España enero-julio 2021 Orden País 1
004 Alemania
TOTAL
13 475 245,85
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia
Importe 6.Evolución del intercambio comercial enero-julio 2021
22 282 253,17
2
001 Francia
19 101 037,93
3
720 China
17 908 945,63
4
005 Italia
12 843 016,63
5
003 Países Bajos
8 873 706,80
6
400 Estados Unidos
8 536 895,64
7
010 Portugal
7 506 570,20
8
017 Bélgica
5 069 866,97 4 639 098,85
9
006 Reino Unido
10
039 Suiza
4 589 118,28
11
052 Turquía
4 585 921,13
12
204 Marruecos
4 313 107,28
13
060 Polonia
3 670 322,83
14
075 Rusia
2 870 972,26
15
288 Nigeria
2 793 224,36
16
412 México
2 643 663,29
7.Ranking principales CC.AA proveedoras/clientes de Portugal enero-julio 2021 CC.AA.
VENTAS ESPAÑOLAS 21
COMPRAS ESPAÑOLAS 21
Cataluña
2 890 408,62
Madrid, Comunidad de
Madrid, Comunidad de
2 332 918,18
Cataluña
1 189 269,53
Galicia
1 658 186,93
Galicia
1 102 595,63
Andalucía
17
061 República Checa
2 587 753,97
18
508 Brasil
2 402 158,03
19
664 India
2 383 793,46
20
208 Argelia
2 237 290,97
1 343 493,54
Andalucía
860 214,64
SUBTOTAL
141 838 717,68
Castilla-La Mancha
959 235,34
Comunitat Valenciana
590 863,64
TOTAL
186 523 479,60
Comunitat Valenciana
951 958,63
Castilla-La Mancha
354 099,36
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
1 265 934,70
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
OUTUBRO DE 2021
AC T UA L I DA D € 57
oportunidades de negócio
oportunidades de negocio
Empresas Portuguesas
Oportunidades de
negócio à sua espera
BUSCAN
REFERENCIA
Consultor Imobiliário (m/f), fluente em Espanhol, com interesse em desenvolver uma carreira do segmento premium
OP210801
Veterinários para hospital Veterinário de Viseu
OP210701
Empresas españolas ropa formal para hombres
DP210501
Locais de 300 a 450 m2 idealmente com esplanada com prioridade em Lisboa nas zonas de Avenidas Novas, Parque das Naçoes e Chiado
OP210401
Licenciado/a em contabilidade, economia ou finanças, com 5 anos de experiência e fluente em espanhol e inglês
OP210101
Distribuidores de equipos de estética
DP201102
Empresas Espanholas PROCURAM
REFERÊNCIA
Empresas portuguesas fabricantes de roupa Empresas portuguesas produtoras de kiwis Empresas portuguesas de escorredores de louça e tábuas de madeira para cozinha Hotéis em Lisboa para comprar Motoristas perto da fornteira Salamanca-Portugal Empresas portuguesas de Automação, Robótica , Montagem Mecânica e Montagem Elétrica
DE210603 DE210602 DE210601 OE210501 DE210501 DE210401
Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE- Oferta espanhola
Las oportunidades de negocios indicadas han sido recibidas en la CCILE en los últimos días y las facilitamos a todos nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un fax (21 352 63 33) o un e-mail (ccile@ccile.org), solicitando los contactos de la referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de las mismas. As oportunidades de negócio indicadas foram recebidas na CCILE nos últimos dias e são cedidas aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um fax (21 352 63 33) ou e-mail (ccile@ccile.org), solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo das mesmas.
58 ACT UALIDAD€
OUTUBRO DE 2021
oportunidades de negocio
oportunidades de negócio
OUTUBRO DE 2021
AC T UA L I DA D € 59
calendário fiscal calendario fiscal >
S T Q Q S S D S T Q Q S S D 1 2 3 4 F 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
outubro Prazo Imposto Até
Declaração a enviar/Obrigação
Entidades Sujeitas ao cumprimento da obrigação
Observações
11
IVA
Declaração periódica mensal e respetivos anexos, relativa às operações efetuadas em agosto/2021
Contribuintes do regime normal mensal
11
Segurança Social
Envio da declaração de remunerações com as contribuições relativas ao mês de setembro/2021
Entidades empregadoras
11
IRS
Entrega da declaração mensal de remunerações, relativas a setembro/2021
Entidades devedoras de rendimentos do trabalho dependente sujeitos a IRS (ainda que isentos ou excluídos da tributação)
12
IVA
Comunicação dos elementos das faturas emitidas em setembro/2021
Sujeitos passivos do IVA
- Por transmissão eletrónica de dados (faturação eletrónica), em tempo real, através do webservice da AT; - Por envio do ficheiro SAF-T(PT), mensalmente, através do Portal da AT; - Por inserção direta no Portal da AT
15
IVA
Pagamento do IVA apurado na declaração periódica mensal relativa às operações efetuadas em agosto/2021
Contribuintes do regime normal mensal
Pode ainda ser pago até ao dia 25
20
IRS/IRC/ Selo
Pagamento das retenções na fonte de IRS e IRC efetuadas ou do Imposto do selo liquidado em setembro/2021
Entidades devedoras dos rendimentos e do Imposto do selo
20
Segurança Social
Pagamento das contribuições relativas a setembro/2021
Entidades empregadoras
20
IVA
Entrega da declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas em setembro/2021
Contribuintes do regime normal mensal, ou do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens tenha excedido 50.000 € no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores
20
IVA
Entrega da declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas no 3º trimestre/2021
Contribuintes do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens não tenha excedido 50.000 € no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores
20
Selo
Envio da Declaração mensal de imposto do selo (DMIS), referente a setembro/2021
Sujeitos passivos que titulem atos, contratos, documento, títulos ou outros factos sujeitos a imposto do selo, ainda que dele isento
31
IRC
Pagamento especial por conta (PEC)2ª prestação
Sujeitos passivos que exercem a título principal, uma atividade de natureza comercial industrial ou agrícola
31
IRS/IRC
Envio da declaração mod. 30 – Rendimentos pagos ou colocados à disposição de não residentes, em agosto/2021
Entidades devedoras dos rendimentos
60 ACT UALIDAD€
OUTUBRO DE 2021
Pode ainda ser enviada até ao dia 20
Obtenção de NIF especial para o não residente
bolsa de trabajo Bolsa de trabalho
Página dedicada à divulgação de Currículos Vitae de gestores e quadros disponíveis para entrarem no mercado de trabalho Código
Sexo
Data de Nascimento Línguas
BE200147
M
BE200148
F
17/03/1992
BE200149
F
12/04/1995
BE200150
F
BE200151
F
BE200152
F
19/01/1992
BE200153
F
BE200154
Área de Atividade
ESPANHOL/ INGLÊS
ARTE / GRAFISMO E COMUNICAÇÃO
ESPANHOL/ INGLÊS/ PORTUGUÊS
ASSISTENTE ADMINISTRATIVO
INGLÊS/ PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ FRANCÊS
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ INGLÊS
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
ESPANHOL/ FRANCÊS/ INGLÊS/ ITALIANO/ PORTUGUÊS
ADVOCACIA
INGLÊS/ PORTUGUÊS
ADVOCACIA
01/12/1975
ESPANHOL/ INGLÊS/ PORTUGUÊS
ADMINISTRAÇÃO/ LOGÍSTICA/ PRODUÇÃO/ ÁREA COMERCIAL
M
18/02/1993
ESPANHOL
ADVOCACIA
BE200155
F
23/10/1980
PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ INGLÊS
SECRETÁRIA DE DIREÇÃO / TESOURARIA
BE200156
M
ESPANHOL/ALEMÃO/INGLÊS/PORTUGUÊS/ITALIANO
COMERCIAL DE MÁQUINAS DE PRODUÇÃO INDUSTRIAL
BE200157
F
BE200158
F
06/03/1979
INGLÊS
ADVOCACIA
INGLÊS/ ESPANHOL/PORTUGUÊS
ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS / COMÉRCIO EXTERNO MARKETING
BE200159
F
ESPANHOL/INGLÊS/PORTUGUÊS
BE200160
F
ESPANHOL/ INGLÊS/ FRANCÊS/ PORTUGUÊS
DESIGNER DIGITAL
BE200161
F
ESPANHOL/PORTUGUÊS/INGLÊS
Gestão de StockS / Logística / Transporte
Os Currículos Vitae indicados foram recebidos pela CCILE e são cedidos aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo dos mesmos. Los Currículos Vitae indicados han sido recibidos en la CCILE y los facilitamos a nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando los contactos de cada referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de los mismos.
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novembro de 2014
ac t ua l i da d € 61
espaço de lazer
espacio de ocio
Vogue Café Porto: estética, história e gastronomia na ementa O mais antigo cinco estrelas do Porto em parceria com a marca Vogue Café tem desde 2018 um restaurante que alia o glamour à gastronomia de topo. Com a sua própria identidade, o Vogue Café Porto dialoga harmoniosamente com o recentemente remodelado hotel Infante de Sagres.
A
Texto Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
data 1951 passa a designar um dos cocktails do Vogue Café Porto. Trata-se do ano de construção do primeiro hotel de cinco estrelas do Porto, o Infante de Sagres, que integra desde a sua reabertura o restaurante da rede Vogue. “Feito com vinho do Porto branco, entre outros ingredientes”, revela José Luís Gomes, o diretor do Vogue Porto Café, o “1951” assinala os 70 anos deste histórico hotel e junta-se a uma lista de 15 cocktails criados pelo restaurante: cinco com vinho do Porto, homenageando a bebida que mais ilustre da 62 ACT UALIDAD€
OUTUBRO DE 2021
cidade, cinco cocktails Vogue e cinco sem álcool, além de outros clássicos, como a caipirinha ou o mojito. “As receitas para fazer cocktails estão cada vez mais elaboradas e sofisticadas, assemelhando-se à pastelaria, com uma lista infindável de ingredientes e de combinações possíveis”, frisa o diretor do restaurante, acrescentando que o mais pedido é o “blueberry recuar até 2016, ano em que o grupo crown”. The Fladgate Partnership adquiriu Mantendo a inspiração pasteleira, este histórico ‘cinco estrelas’. O grupo dir-se-ia que o Vogue Café Porto foi sabia que tinha em mãos uma “joia”, a cereja no topo do bolo na reaber- percetível assim que se avistam os tura do hotel Infante de Sagres, em vitrais do atelier de Ricardo Leone, 2018… No entanto, a história deve que iluminam a escadaria bordada a
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ferro forjado, bem como a riqueza dos detalhes da madeira trabalhada, ou do mobiliário e lustres. O primeiro dono do hotel, o empresário e filantropo Delfim Ferreira estava empenhado em dotar o Porto de um hotel de luxo, dos melhores da Europa. Em 2016, o hotel que homenageia o impulsionador dos descobrimentos, Infante D. Henrique, “acusava alguma degradação”, mas foi remodelado em tempo recorde (cinco meses), como nos explica o diretor do hotel, Carlos Trindade, e reabriu em abril de 2018, “restituindo a dignidade ao espaço e ao serviço”. Totalizando um investimento na ordem dos 8,5 milhões de euros, o gestor conta que “não há nada no hotel que não tenha sido tocado na minuciosa remodelação”, de modo a enobrecer os detalhes arquitetónicos originais projetados pelo arquiteto Rogério de Azevedo no histórico do hotel, que foi considerado um dos exemplares pioneiros do modernismo na cidade. O arquiteto portuense António Teixeira Lopes, discípulo do autor original, comandou toda a remodelação do hotel, que reabriu com 85 quartos e suítes e com uma novidade: um restaurante, com entrada pela rua de Avis e pelo próprio hotel. A cidade juntava-se assim à seleta rede de moradas da marca Vogue Café, detida pelo grupo norte-americano Condé Nast (com espaços de restauração em Kiev, Moscovo, Riade, Kuala Lumpur, Berlim e Istambul). Decorado por Paulo Longo, o Vogue Café Porto ocupa duas salas e um generoso pátio interior, que comunica com o hotel. Preto, branco e dourado, cores assinatura dos espaços Vogue, combinam modernidade, elegância e requinte. A ementa ecoa os mesmos atributos, reunindo pratos internacionais e reinterpretações de alguns clássicos portugueses. Atributos incontornáveis, mesmo em pratos mais tradicionais como o Leitão à Bairrada. A
espaço de lazer
lidade, pelo que quero usar cada vez mais ingredientes saudáveis e que não lesem o ambiente”. O menu tem várias propostas vegans, saladas e sandes. Tem também referências internacionais, como o ceviche, o poke bowl de salmão ou atum, ou a tempura de peixe, habitualmente servidos como entrada. Entre os pratos, além da barriga de leitão, o salmão assado com ervas, acompanhado de risoto de açafrão, alho francês e lima é um dos mais pedidos. A nova ementa, a estrear este mês, mantém estes pratos e propõe outros como uma garoupa em papelote de folha de bananeira, com legumes da estação, proposta do chefe Tiago Matos com- como abóbora e batata-doce, ou um bina “o crocante leitão com cubi- magret de pato com castanhas e brónhos de polenta fritos e a frescura colos). A lista de sobremesas integra de uma salada fria de aipo e endívias, as tradicionais farófias com creme inglês e canela (em pó e numa fina e regada a sumo de lima”. O chefe, formado na Escola estaladiça bolacha), a panna cotta e a Profissional de Penacova, trabalhou charlotte de frutos vermelhos. Todos os dias pode ser dia de nas cozinhas do Yeatman e do Vintage House do Pinhão (também detidos brunch à carta no Vogue Café do pelo grupo The Fladgate Partnership), Porto. Pode pedir diferentes panqueonde chegou a subchefe. No Vogue cas, scones, ovos mexidos, escalfados, Café começou também como sub- Florentine, ou Benedict. chefe, mas ascendeu ao comando da Vogue Café Porto cozinha no fim de 2018: “Procuro homenagear pratos da cozinha por- Rua de Avis 10, Porto Tel. 22 3398550 tuguesa, conferindo-lhes elegância e leveza. Outro objetivo é a sustentabi- http://voguecafe.pt OUTUBRO DE 2021
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Agenda cultural Livro
“O Vento Mudou de Direção”
Um rapaz treinado para ser um bombista suicida; Um jovem que atravessou oito países para escapar aos talibãs; Uma afegã em fuga da ocupação americana; Uma iraquiana com um pai misterioso; O espião chefe dos serviços secretos paquistaneses; Uma poetiza admiradora de Gabriel García Márquez e o jornalista a quem Bin Laden dá a última entrevista antes e anunciando os ataques de 11 de setembro de 2001. São sete entrevistas que protagonizam “O Vento Mudou de Direção, o 11 de Setembro que Ninguém Viu”, da jornalista Simone Duarte. A obra surge 20 anos passados sobre os ataques ao World Trade Center, e evoca os dias desta tragédia, através das entrevistas a estas sete pessoas de quatro nacionalidades que nada teriam em comum, não fosse a tragédia do atentado às Torres Gémeas em Nova Iorque e as suas consequências. “Este livro é sobre as vidas de seis pessoas do Afeganistão, do Iraque e do Paquistão, países que foram arrasados pelas consequências dos atentados às Torres Gémeas. E também sobre a vida de um jordano de origem palestina. Como me resumiu um deles: ‘Os americanos tiveram um 11 de setembro, nós vivemos o nosso 11 de setembro até hoje’. Ao longo de dois anos e meio, entrevistei, acompanhei e reconstituí as suas vidas. Estas são as minhas memórias das memórias deles.” Como se explica na apresentação da obra, “ao dar-lhes voz, a jornalista faz emergir a ponta de um iceberg de histórias que o Ocidente desconhece — mesmo passadas duas décadas do instante em que o vento mudaria de direção”. Neste livro, “Simone Duarte reabilita a humanidade de algumas das vítimas esquecidas dos ‘efeitos colaterais’ do ataque a Nova Iorque, resgatando as histórias de vida daqueles cujas existências foram estilhaçadas quando o vento mudou de direção e se abateu com fúria sobre as suas casas e o seu quotidiano”. A jornalista foi diretora-adjunta do “Público”.
64 act ACT ualidad€ UALIDAD€
Ou o U tT u Ub Br Ro O d De E 2021
Mostra Espanha chega a 21 cidades Águeda, Almada, Alocobaça, Braga, Bragança, Caldas da Rainha, Cascais, Castelo de Vide, Coimbra, Elvas, Espinho, Lagos, Lisboa, Marvão, Palmela, Pombal, Porto, Sintra, Torres Vedras, Viana do Castelo e Vila Real são as cidades que acolhem a programação da Mostra Espanha 2021, a sétima edição do festival bienal de cultura espanhola em Portugal. Promovido pelo Ministério da Cultura e Desporto de Espanha, a mostra visa sublinhar “o dinamismo e a criatividade das indústrias culturais espanholas no presente” e “ proporcionar experiências para o diálogo cultural entre os dois países, que permitam criar projetos comuns num futuro imediato”. Até ao final do ano estão previstas mais de 50 atividades com “a participação conjunta de instituições espanholas e portuguesas” e que “abrangem diferentes campos, que vão desde as exposições de pintura e fotografia até aos encontros de artistas, escritores e especialistas em diferentes áreas, passando pelas artes cénicas ou pelos concertos e interpretações musicais”. Em outubro, destaque para a exposição na galeria Municipal do Porto “Atravessar a fronteira. Os novo babilónios”, de Pedro G. Romero. Em Braga, em colaboração com a 31ª edição do Encontros da Imagem Festival Internacional de Fotografia e Artes Visuais, expoem-se os trabalhos de dois fotógrafos espanhóis: “Como Manolete en vísperas de su muerte” de Álvaro López Pidal, um trabalho que surgiu após a visita do fotógrafo a Israel; e “Welcome to Paradise” de Manolo Espaliú, desenvolvido nos centros urbanos iranianos. O Instituto Cervantes de Lisboa acolhe a exposição “Fahrenheit 2021”, com obras de Luis Costillo (19562019), um artista da Extremadura com vasta experiência em diversas disciplinas. Nele será exibida uma seleção de obras realizadas de 2005 até sua morte, onde o humor e a ironia se cruzam com a decepção e o desespero. No domínio das artes cénicas, está agendada para 1 de outubro, no teatro Sá de Miranda, em Viana do Castelo, a peça “Gostava de estar viva para vê-los sofrer! “, pela Companhia de teatro de Braga, uma história de Max Aub, que situa o drama “entre o final da Guerra Civil Espanhola e o início da Segunda Guerra Mundial, e coloca a sua protagonista na encruzilhada entre os dois conflitos, entre todos os totalitarismos que varreram a Europa naqueles anos”. No dia seguinte, o Parque João José da Luz, em Castelo de Vide, recebe a atriz, dançarina e clown Mireia Miracle, com o espetáculo “Rojo”, que “aposta numa linguagem universal e sem palavras, com o intuito de chegar a qualquer tipo de espectador, independentemente da sua nacionalidade, cultura, idade, género ou situação social.” No dia 16 de outubro, o Museu do Dinheiro, em Lisboa, será palco para a
espacio de ocio
Madrid Soloists Chamber Orchestra, que tocará no dia 17, no Teatro-Cine Torres Vedras. Nos dias 23, 24 e 26, o Teatro-Cine de Pombal e o espaço XX, em Alcobaça, e o Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra, respetivamente, recebem o espetáculo “A vida secreta. Uma ópera de bolso”, que retrata o mundo surrealista do pintor espanhol Salvador Dalí através dos olhos da sua companheira e musa Gala. Federico García Lorca é homenageado através do espetáculo “Samuel Diz. Lorca peregrino”, no dia 30, na Igreja Santiago, em Palmela. O guitarrista e investigador Samuel Diz apresenta o seu trabalho de recuperação e interpretação da música da Geração de 27, no qual se enquadra o disco Memoria de la melancolía, realizado com a guitarra original de Lorca.
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A organização da Mostra Espanha é da responsabilidade da Subdireção-Geral de Relações Internacionais e União Europeia do Ministério da Cultura e Desporto de Espanha, numa parceria com a Embaixada de Espanha em Portugal e com o apoio da Acción Cultural Española (AC/E) e do Instituto Cervantes de Lisboa. A Mostra conta ainda com o apoio do governo português, através do Ministério da Cultura, diversas câmaras municipais e um grande número de instituições culturais e festivais e certames já consolidados no país vizinho. Esta sétima edição da Mostra Espanha caracteriza-se pela dificuldade imposta pelo período pós-pandémico, mas também pela urgente necessidade de recuperar o entusiasmo e mostrar que a cultura pode ser e é segura. Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
Ai Weiwei: a sustentabilidade, em Serralves, e a liberdade de expressão, na Cordoaria Nacional ”Entrelaçar” é o nome da exposição do artista de origem chinesa Ai Weiwei, no Museu de Arte Contemporânea da Fundação de Serralves, no Porto. Nos jardins do museu, estão algumas das peças do artista, como a obra “Pequi Vinagreiro”, uma estreia, que representa em ferro uma árvore típica brasileira com 32 metros de altura. “Moldado no Brasil, produzido na China e agora instalado no Parque de Serralves, este trabalho testemunha a desaparição da coexistência harmoniosa entre natureza e seres humanos, passando da madeira para o metal e de mortal a eterno, como elemento de prova e como monumento.” A exposição do artista, pensador e ativista, expressa “a sua preocupação com as questões ambientais e, mais especificamente, com a desflorestação da Mata Atlântica brasileira”, como se lê na sinopse da mostra. As peças funcionam como uma denúncia e um apelo: “As esculturas de Ai representam o que resta desses gigantes outrora verdejantes e são a expressão das atuais consequências da gananciosa devastação do meio ambiente natural. Ao contemplar estas raízes, entendemos o valor das florestas — pulmões da Terra — que fornecem o oxigénio de que necessitamos para respirar. Preservar estes recursos em rápido desaparecimento é uma questão fundamental para o futuro dos seres humanos.” Além do Parque de Serralves, a exposição passa também pela sala central do Museu. “Ai Weiwei: Entrelaçar” teve a curadoria de Philippe Vergne e Paula Fernandes, com o apoio do estúdio do artista, galeria Lisson e neugerriemschneider, Berlim. Moldado no Brasil, produzido na China e agora instalado no Parque de Serralves, este trabalho testemunha a desaparição da coexistência harmoniosa entre natureza
e seres humanos, passando da madeira para o metal e de mortal a eterno, como elemento de prova e como monumento. Concebida para o Parque de Serralves e para a sala central do Museu, “Ai Weiwei: Entrelaçar” teve a curadoria de Philippe Vergne e Paula Fernandes, com o apoio do estúdio do artista, galeria Lisson e neugerriemschneider, Berlim. O artista, considerado um símbolo da liberdade de expressão, tanto na China como internacionalmente, protagoniza também a exposição “Rapture”; patente na Cordoaria Nacional, em Lisboa: “A palavra rapture tem vários significados. Em inglês, é o momento transcendente que liga a dimensão terrena e a dimensão espiritual. Ao mesmo tempo, é o rapto, o sequestro dos nossos direitos e liberdade. Rapture pode ser também o entusiasmo sensorial com o êxtase. Ai Weiwei – Rapture reúne essas ideias sob a forma de uma exposição que apresenta as duas dimensões criativas de um artista ícone dos nossos tempos: o lado da fantasia, onde essa pesquisa do imaginário é explorada; enquanto o outro incide sobre a realidade e a emergência de assuntos que transbordam nas nossas vidas com o agravamento das condições humanas, por razões políticas, sociais ou ambientais. Ai Weiwei oferece-nos uma visão atenta a questões essenciais que afligem todos os povos, como de onde viemos e o que estamos a fazer aqui.” A mostra reúne 85 obras, onde se incluem instalações e esculturas em grande, média e pequena escala, assim como vídeos/filmes e fotografias. A curadoria é assinada pelo brasileiro Marcello Dantas, idealizador de uma série de grandes exposições do artista pela América Latina nos últimos anos. Até 9 julho de 2022, em Serralves, no Porto, e até 28 de novembro na Cordoaria Nacional, em Lisboa oOuUtTuUbBrRoO D dE e 2021
AC tT ua ac UA lL iI da DA d D € 65
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espacio de ocio
últimas
últimas
Statements Para pensar
“A Comissão Europeia adotou hoje [7 de setembro] um enquadramento de obrigações verdes avaliadas independentemente, dando, assim, um passo em frente para a emissão de até 250 mil milhões de euros de obrigações verdes, ou 30% do total da emissão do [fundo] Próxima Geração da UE” Comunicado da Comissão Europeia, ”DinheiroVivo.pt”, 7/9/21
As receitas da emissão de obrigações verdes da Próxima Geração da UE irão financiar a parte das despesas relevantes para o clima no Mecanismo de Recuperação e Resiliência” Idem, ibidem
“Esta é também uma expressão do nosso compromisso com a sustentabilidade e coloca a economia sustentável na linha da frente do esforço de recuperação da UE” Johannes Hahn, comissário europeu responsável pelo Orçamento e Administração, afirmando que “a intenção da UE de emitir até 250 mil milhões de euros em obrigações verdes até ao final de 2026 vai torná-la no maior emissor de obrigações ‘verdes’ do mundo”, “DinheiroVivo.pt”, 7/9/21
“A confirmação do nosso plano de financiamento original para 2021 [que vai incluir ainda a emissão de cerca de 80 mil milhões de euros de obrigações de longo prazo este ano, a serem complementados por dezenas de milhares de milhões de euros de títulos de curto prazo da UE] é um sinal do excelente planeamento e trabalho preparatório realizado até à data” Idem, ibidem
“EE UU creció mucho entre 1995 y 2005 de la mano de las grandes plataformas que emergieron con la revolución tecnológica, como Google, Amazon, Facebook y Apple, pero al volverse hegemónicas, esas empresas están bloqueando el crecimiento de otras. Las desincentivan a competir porque saben que si entran en el mercado les pueden hacer dumping [vender un producto por debajo del precio de mercado]. El problema de EE UU es que la política de competencia no está adaptada a la era digital, el único criterio es la cuota de mercado, y no si dificultan la aparición de nuevas firmas” Philippe Aghion, economista que acaba de recibir el “Premio Fronteras del Conocimiento”, concedido por la Fundación BBVA “ElPais.es”, 24/9/21
66 ACT UALIDAD€
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