Actualidad
Economia ibérica Fevereiro 2022 ( mensal ) | N.º 296 | 2,5 € (cont.)
Nanotecnologia o futuro constrói-se ao microscópio PÁG. 32
A solução do Hub Aeroportuário Alverca-Portela “é a que mais interessa a Espanha” pág. 14
Grupo Eulen apuesta por potenciar su servicio de seguridad integrada en el mercado portugués pág. 18
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Índice
Foto
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DR
Nº 296 - fevereiro de 2022
Actualidad
Economia ibérica
Grande Tema
Diretora (interina) Belén Rodrigo Coordenação de Textos Clementina Fonseca
32.
Redação Belén Rodrigo, Clementina Fonseca e Susana Marques
Copy Desk Julia Nieto e Sara Gonçalves Fotografia Sandra Marina Guerreiro Publicidade Rosa Pinto (rpinto@ccile.org) Assinaturas Sara Gonçalves (sara.goncalves@ccile.org) Projeto Gráfico e Direção de Arte Sandra Marina Guerreiro Paginação Sandra Marina Guerreiro Colaboraram neste número Carlos Silvério, João Costa e Nuno Almeida Ramos Contactos da Redação Av. Marquês de Tomar, 2 – 7º 1050-155 Lisboa Telefone: 213 509 310 • Fax: 213 526 333 E-mail: actualidade@ccile.org Website: www.portugalespanha.org Impressão What Colour is This? Rua Roy Campbell, Lote 5 – 4ºB 1300-504 Lisboa Telefone: 219 267 950 E-mail: info@wcit.pt Website: www.wcit.pt Distribuição VASP – DISTRIBUIDORA DE PUBLICAÇÕES Sede: Media Logistics Park, Quinta do Grajal – Venda Seca 2739-511 Agualva-Cacém Nº de Depósito Legal: 33152/89
Editorial 04.
Quando mais investidores privados conseguirem ver o potencial do mundo à escala nano…
Opinião E mais...
06.
Benefícios fiscais ao investimento: semelhanças, diferenças e especificidades - Carlos Silvério
23.
2022: ainda não é tarde para começar a poupar - João Costa
Nº de Registo na ERC: 117787 Estatuto Editorial: Disponível em www.portugalespanha.org As opiniões expressas nesta publicação pelos colaboradores, autores e anunciantes não refletem, necessariamente, as opiniões ou princípios do editor ou do diretor.
Nanotecnologia: o futuro constrói-se ao microscópio
Periodicidade: Mensal Tiragem: 6.000 exemplares _________________________________________ Propriedade e Editor CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA LUSO-ESPANHOLA - “Instituição de Utilidade Pública” NIPC: 501092382
Gestão e Estratégia
Av. Marquês de Tomar, 2 – 7º 1050-155 Lisboa
20.
Comissão Executiva Enrique Santos, José Carlos Sítima, Luís Castro e Almeida, Ruth Breitenfeld, Eduardo Serra Jorge, José Gabriel Chimeno, Enrique Hidalgo e Maria Celeste Hagatong
Galp y Northvolt tendrán en Portugal la planta de baterías de litio más grande de Europa
22.
Pandemia impulsiona e-commerce, mas ameaça rentabilidade no retalho alimentar
08. Apontamentos de Economia 14. Gestão e Estratégia 24. Marketing 28. Fazer Bem 44. Setor Imobiliário 46. Ciência e Tecnologia 50. Vinhos & Gourmet 54. Setor Automóvel 56. Intercâmbio Comercial 58. Oportunidades de Negócio 60. Calendário Fiscal 61. Bolsa de Trabalho 62. Espaço de Lazer 66. Statements
Câmara de Comércio e Indústria
Luso Espanhola FEVEREIRO DE 2022
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editorial editorial
Quando mais investidores privados conseguirem ver o potencial do mundo
à escala nano…
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apelo do paradoxo é quase irresistível: falar de nanotecnologia e falar de nanociência é mergulhar num mundo, só visível aos microscópios mais poderosos, onde já se operam transformações que prometem fazer do futuro um tempo muito melhor. Falar de nanotecnologia e falar de nanociência é falar do gigantesco impacto das coisas mais pequenas, que já é uma realidade em alguns contextos, mas que é também uma promessa em praticamente todas as áreas. A descoberta de que o tamanho importa quando falamos de propriedades da matéria revelou um mar de possibilidades. Por outras palavras, percebeu-se que as propriedades da matéria à escala nanométrica são distintas das propriedades da matéria quando a vemos a olho nu. Se o comportamento muda, então imagine-se o que poderemos fazer em intervenções à escala nanométrica, que nas últimas décadas se tornou mais acessível para cientistas e engenheiros. Na verdade, não existe área em que a nanotecnologia e a nanociência não possam intervir. A revolução está em curso e são já
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visíveis os seus efeitos na agricultura, no ambiente, na medicina, na área dos medicamentos, na cosmética, nos têxteis, nos materiais desportivos, nos produtos eletrónicos, no setor automóvel, na construção civil, na indústria naval e da aviação, na extração e processamento de petróleo, etc. Apesar de o investimento para as investigações no domínio da
nanociência serem ainda na maioria públicos, é de salientar que são cada vez mais os privados interessados em apostar em projetos de nanotecnologia. No caso do Laboratório Internacional Ibérico de Nanotecnologia (INL), o contributo das empresas tem vindo a crescer e a Direção do organismo acredita que continuará a atrair capital privado, confiando no potencial transformador da inves-
tigação que desenvolvem, desde 2008. Para que o investimento em nanotecnologia aumente é fundamental que mais empresas percebam que têm na ciência um aliado. Há setores onde a entrada de privados está a acelerar visivelmente a evolução, como é o caso do setor aeroespacial, outrora totalmente dependente do investimento público e atualmente cada vez mais incentivado por privados. O futuro passa pela nanotecnologia, como sugeria o físico sueco Lars Montelius, atual diretor do INL, no EuroNanoForum, realizado no ano passado: “As investigações à escala nano são a chave para o futuro e para pôr novos produtos e serviços no mercado, que permitirão ir ao encontro e mitigar os desafios que temos pela frente”. O mesmo responsável identifica “o acordo entre os ministros da Ciência de Portugal e Espanha, formalizado em 2006, para a criação conjunta do INL” como um momento decisivo”, não tendo dúvidas de que os dois países têm agora motivos para se orgulharem dessa decisão. Email smarques@ccile.org
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opinião opinión
Por Carlos Silvério*
Benefícios fiscais ao investimento:
semelhanças, diferenças e especificidades
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uando se pensa em benefícios fiscais, há um conjunto de dúvidas que preocupam os responsáveis pela área financeira das empresas. Qual a taxa máxima? Qual é o valor máximo a deduzir? Quais as condições de elegibilidade para usufruir dos benefícios fiscais? Que obrigações têm de ser cumpridas? É suficiente registar o valor no Modelo 22? Que documentos são necessários anexar ao “Dossier Fiscal”? Quais as despesas elegíveis? É necessária a submissão de uma candidatura específica? As respostas a estas e outras perguntas são determinantes para o planeamento e a otimização de um projeto de investimento, quer em termos financeiros, quer em termos fiscais. Existindo benefícios fiscais que incidem sobre o investimento já realizado e outros sobre o investimento futuro, torna-se importante perceber quais as semelhanças e diferenças entre estes. Neste artigo, focamo-nos em três benefícios: o RFAI – Regime Fiscal de Apoio ao Investimento, a DLRR – Dedução por Lucros Retidos e Reinvestidos e o CFEI – Crédito Fiscal ao Investimento.
criação e manutenção de postos de trabalho, pretende contribuir para o crescimento sustentável da economia nacional. Permite deduções à coleta do IRC de 10% ou 25% do montante global do investimento, consoante a região. Destina-se às PME e não PME (NPME) inseridas em atividades económicas identificadas como estratégicas, como são a indústria extrativa e indústria transformadora, o turismo e atividades de investigação e desenvolvimento e de alta intensidade tecnológica. Em 2020, foram atribuídos 142 milhões de euros em benefícios fiscais no âmbito do RFAI. O RFAI tem um caráter de exclusividade, ou seja, à partida, ao beneficiar dele não poderá usufruir de outros apoios para os mesmos investimentos. No entanto, prevê, a título de exceção, a possibilidade de ser cumulável com a DLRR, desde que não sejam ultrapassados os limites máximos resultantes da aplicação do mapa nacional dos auxílios estatais com finalidade regional. No mesmo sentido, não obstante a regra geral de não cumulatividade do RFAI e da DLRR com outros benefícios fiscais da mesma natureza, RFAI – Regime Fiscal de Apoio ao ambos podem ser cumuláveis com Investimento os incentivos financeiros, como os O RFAI é um instrumento de polí- dos programas do Portugal 2020. tica fiscal que, por via da promoção Em todos os casos de uso de vários do investimento empresarial e da benefícios ou incentivos, é determi-
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nante calcular o ESB – Equivalente de Subvenção Bruta, tendo em consideração a taxa de atualização, para determinar o benefício máximo aplicável a cada item de investimento. DLRR – Dedução por lucros retidos e reinvestidos A DLRR é um benefício fiscal ao investimento aplicável a micro, pequenas e médias empresas que permite a dedução à coleta do IRC de 10% de lucros retidos que sejam reinvestidos, no prazo de quatro anos, em aplicações relevantes. Em 2020, foram deduzidos 68 milhões de euros em benefícios fiscais via dedução de lucros retidos e reinvestidos. Consideram-se aplicações relevantes, os ativos fixos tangíveis adquiridos em estado novo, com exceção de: • Terrenos, salvo os que se destinem à exploração de concessões mineiras, águas minerais naturais e de nascente, pedreiras, barreiros e areeiros em projetos de indústria extrativa; • Construção, aquisição, reparação e ampliação de quaisquer edifícios, salvo quando afetos a atividades produtivas ou administrativas; • Viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, barcos de recreio e aeronaves de turismo; • Artigos de conforto ou decoração, salvo equipamentos hoteleiros afetos à exploração turística;
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• Ativos afetos a atividades no Crédito Fiscal Extraordinário ao âmbito de acordos de concessão Investimento. O CFEI destaca-se pela sua aplicaou de parceria público-privada celebrados com entidades do setor ção generalizada, tanto ao nível dos setores de atividade, como no que público. Quando estão em causa investi- diz respeito à dimensão e localização mentos realizados em territórios do das empresas. O CFEI não permite o benefício cumulativo com outros interior, a taxa aplicável é de 12%. benefícios fiscais da mesma natureza CFEI – Crédito Fiscal Extraordinário para as mesmas despesas de investimento, como é o caso do RFAI e ao Investimento Por último, o CFEI é um benefício da DLRR. fiscal por dedução à coleta do IRC que, como o próprio nome indi- Condições essenciais para ter ca, é extraordinário e, por isso, de acesso a benefícios fiscais A atribuição de benefícios fiscais aplicação temporária. Encontra-se circunscrito aos investimentos afetos depende do cumprimento de requià exploração realizados entre 1 de sitos específicos definidos para cada julho de 2020 e 30 de junho de 2021 um dos benefícios. No entanto, e permite uma dedução de 20% do algumas condições são transversais, nomeadamente: montante global elegível. Em 2020, foram deduzidos • Dispor de contabilidade organizada; 144,5 milhões de euros através do
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• Não ser considerada “empresa em dificuldade”; • Ter a situação regularizada perante a Autoridade Tributária e a Segurança Social; • O lucro tributável ser determinado por métodos diretos. Como já mencionado, cada benefício fiscal é caracterizado por condições de elegibilidade específicas distintas, sendo, por isso, essencial realizar um diagnóstico, não esquecendo, no final, a elaboração da documentação fiscal exigida legalmente. Em conclusão, compreender os benefícios fiscais constitui uma ferramenta fundamental no quadro de uma gestão financeira eficiente. *Consultor da Yunit Consulting E-mail:carlos.silverio@yunit.pt
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apontamentos de economia apuntes de economÍa
EDP Renováveis assegura direitos para novo projeto eólico offshore na Escócia
A Ocean Winds, a joint-venture detida pela EDPR (50%) e Engie (50%), foi atribuída com o bloco NE4 por parte da Crown Estate Scotland, no leilão offshore ScotWind. Esta joint-venture assegurou os “direitos exclusivos para o desenvolvimento de um projeto bottom-fixed offshore com cerca de um GW no bloco NE4, o projeto Caledonia Offshore Wind, estando a ser ponderado o uso de parte da sua geração para produção de hidrogénio verde”, adianta a EDPR, num comunicado enviado
à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). “Os 440 quilómetros quadrados de área marítima do projeto Caledonia está adjacente aos 950 MW do projeto offshore Moray East [na foto] e aos 900 MW do projeto offshore Moray West, permitindo à Ocean Winds alavancar na experiência e sinergias operacionais de desenvolvimento, construção e operação do projeto Caledonia em conjunto com Moray East e Moray West”. O Reino Unido está entre os maiores mercados de eólico offshore no mundo, tendo recentemente aumento o seu objetivo de capacidade instalada offshore para 40 GW até 2030. “A Ocean Winds continua a expandir a sua presença e está totalmente comprometida a investir na Escócia, com
os 950 MW de Moray East a liderar o caminho como o maior projeto offshore da Escócia, os 900 MW da Moray West, que estão prontos para iniciar construção, e agora os cerca de um GW da Caledonia, que entrarão em operação até ao final da década, posicionando a Ocean Winds como líder do mercado offshore escocês e ativamente contribuindo com 2,9 GW para o objetivo do Reino Unido de 40 GW até 2030, acrescenta a EDPR. Com este novo anúncio, “a EDPR aumenta as suas opções de crescimento no eólico offshore num mercado atrativo, aumentando e diversificando assim as opções de crescimento rentável a longo prazo da companhia, mantendo um perfil risco balanceado”, conclui a mesma fonte.
Efacec lidera consórcio que visa desenvolver soluções inovadoras para o mercado ferroviário A Efacec é líder do projeto Ferrovia 4.0, cofinanciado pelo Compete 2020, Lisboa 2020, Portugal 2020 e pela União Europeia (Fundos Europeus Estruturais e de Investimento), que tem como objetivo global desenvolver diferentes componentes, ferramentas e sistemas a serem testados em veículos e infraestruturas reais, que aumentem a competitividade, a qualidade e a segurança do serviço de transporte ferroviário. O projeto Ferrovia 4.0 envolve um investimento na ordem dos oito milhões de euros, teve início no final de 2020 e tem data de conclusão agendada para junho de 2023. Pretende endereçar, de forma integrada, os desafios tecnológicos e de mercado que se têm colocado ao setor ferroviário global, dinamizando uma ação coletiva mobilizadora em torno de empresas e entidades do Sistema de I&I que integram o Cluster da Plataforma Ferroviária Portuguesa, na realização de atividades de inovação e de investigação industriais.
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O Ferrovia 4.0 é liderado pela Efacec e está a ser desenvolvido no seio da Plataforma Ferroviária Portuguesa e em parceria com várias empresas e entidades de Investigação, tais como AlmadaDesign, Evoleo, FEUP, INEGI, ISEL, ISEP, ISQ, Instituto Politécnico do Porto, IST, IT, ITECONS, IP, LNEC, Mota-Engil, tos críticos de segurança.” MCG, Nomad Tech, Solvit, Universidade Estratégico para o setor ferroviário, o de Coimbra, Universidade do Minho, e consórcio estará representado na feira em colaboração com a INOVA+. “Hannover Messe2022”, que decorre em Para Paulo Paixão, coordenador glo- abril, e, também, na Feira mundial de bal do Ferrovia 4.0, “Com este pro- “Transportes Innotrans2022”, que será jeto ambiciona-se o desenvolvimento realizada em Berlim, em setembro. de soluções que potenciem a susten- Com uma presença abrangente na tabilidade económica e ecológica do cadeia de valor de energia, mobilidade sistema ferroviário, destacando-se, na e ambiente, a Efacec atua como fornecolaboração específica da Efacec, a cedor de soluções e de sistemas integraredução de custos operacionais e de dos EPC (engineering, procurement and manutenção, assentes no desenvolvi- construction) e parceiro de serviços O&M mento e disponibilização de sistemas de (operations and maintenance). Está preinformação fiáveis de apoio à decisão e sente em mercados estratégicos, como capazes de monitorizar a infraestrutura os EUA e em regiões como a Europa, a e o material circulante, desencadeando América Latina, a Ásia, o Médio Oriente, alertas e medidas na presença de even- o Magrebe e a África Subsariana.
Mercadona amplia capacidade logística com a criação de um novo armazém na Póvoa de Varzim
A Mercadona ampliou a capacidade de armazenamento do Bloco Logístico da Póvoa de Varzim com a criação de uma nave de 12 mil metros quadrados. Este novo armazém, construído num terreno de 50 mil metros quadrados, adjacente ao que já tem a funcionar desde 2019, vem dar resposta à evolução do projeto de expansão da empresa em Portugal e representou um investimento de 24,5 milhões de euros. Com a criação desta nave, que se junta às outras duas que a empresa já tinha em funcionamento, procedeu-se a uma reconfiguração total do espaço. Assim, a nova nave passará a armazenar as frutas e legumes que diariamente saem para os supermercados da cadeia em Portugal. Além disso, fruto do seu modelo de logística sustentável e em colaboração com a Logifruit, haverá uma área dedicada à gestão de embalagens. Adicionalmente, a superfície onde está
inserido o novo armazém conta com uma área de 17 mil metros quadrados de zonas verdes e 100 lugares de estacionamento, dois dos quais destinados ao carregamento de veículos elétricos, ligados à rede Mobi.E, indo, deste modo, ao encontro do compromisso da empresa para com a mobilidade elétrica. Em 2019, a Mercadona arrancou com a operação do Bloco Logístico da Póvoa de Varzim com duas naves, tendo investido 60 milhões de euros. No total, a empresa já investiu 84,5 milhões de euros no desenvolvimento do Bloco Logístico da Póvoa de Varzim, que conta com três naves construídas numa área total de cem mil metros quadrados, contabilizando 350 postos de trabalho, dos quais 20 foram criados para dar resposta a este novo projeto de ampliação. Segundo Carlos Lopes, diretor deste bloco logístico, este irá proporcionar mais emprego local e ainda melhor serviço às lojas do grupo, na sua expansão em Portugal”. Em 2021, a empresa anunciou o desenvolvimento de um futuro bloco logístico localizado em Almeirim, distrito de Santarém, cujo início das obras está previsto para este ano.
Grupo Brasmar adquire a maioria do capital da francesa Sedisal
O grupo Brasmar, líder nacional no setor alimentar de produtos do mar, adquiriu a maioria do capital da francesa Sedisal, especializada na distribuição de produtos do mar refrigerados. Com um volume de negócios de cerca de 13 milhões de euros, a Sedisal tornou-se, nos últimos anos, “um parceiro de referência na distribuição moderna em França, desenvolvendo uma gama de produtos de elevada qualidade e reconhecimento”, refere um comunicado da Brasmar. A aquisição da maioria do capital da
empresa francesa (assegurando um call option sobre os restantes 49%), fundada em 1999 e localizada em SaintJean-de-Luz, permitirá à Brasmar a consolidação das operações no mercado francófono, potenciando as vendas tanto no negócio de produtos refrigerados, como nos produtos congelados. A Brasmar, empresa participada do VigentGroup e do fundo de private equity MCH, tem vindo a intensificar o seu processo de internacionalização, através de um conjunto de aquisições e da abertura de filiais.
Breves Exportações no agroalimentar crescem face a período pré-pandemia As exportações de produtos alimentares e bebidas cresceram 13,5% no acumulado de janeiro a setembro de 2021, face ao mesmo período de 2019, de acordo a análise feita pela FIPA – Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares aos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Nesta comparação com a fase pré-pandemia, o maior contributo foi dado pelas transações para os mercados extra-União Europeia, que cresceram mais de 26%, registando-se também um aumento próximo dos 7% nas exportações para a UE. No que diz respeito às importações, foi registado um decréscimo de 0,8%, impulsionado por uma diminuição de 9% nas importações oriundas dos mercados extra-União Europeia, tendo sido verificado um ligeiro aumento de 0,63% nas trocas originárias de mercados da UE. Na análise global, foi registada uma diminuição próxima dos 533 milhões de euros no défice da balança comercial. “A expectativa é continuarmos este caminho até ao final do ano, no entanto importa estarmos muito atentos à atual conjuntura de disrupções na cadeia de abastecimento, cenário
que impacta não só a disponibilidade e custo das diversas matérias-primas, mas que pode ter impacto também nesta trajetória de exportação”, afirma Jorge Tomás Henriques, presidente da FIPA. Medway investe €93 milhões de euros na aquisição de locomotivas elétricas e vagões A Medway assinou, com as empresas Stadler e Tatravagonka, um contrato para a aquisição de 16 locomotivas elétricas interoperáveis e 113 novos vagões, respetivamente. Esta compra de material rolante mais eficiente e menos poluente, para reforçar a frota da Medway, representa um investimento de €93 milhões e constitui um contributo significativo para o setor ferroviário nacional e ibérico, inserindo-se na ambição europeia de promover este meio de transporte. Bruno Silva, diretor-geral da Medway, salientou que “este investimento traduz o compromisso da Medway no esforço de melhorar a sua atividade e eficiência, de modo a corresponder aos desafios que hoje se colocam para fazer face ao programa de expansão em que estamos envolvidos, às exigências da descarbonização e da economia sustentável e, sobretudo, para corresponder às necessidades dos clientes e das suas cadeias logísticas”. As novas locomotivas, que deverão ser entregues entre o
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Breves final de 2023 e o primeiro semestre de 2024, serão elétricas bi-tensão, de última geração a nível de eficiência e com a maior capacidade de tração existente no mercado. Serão locomotivas interoperáveis, capazes de circular em toda a rede ferroviária eletrificada portuguesa e espanhola e preparadas para poderem circular em bitola UIC no futuro. Carga movimentada nos portos do Norte equivale a 71% do total galego até novembro A carga movimentada nos portos do Norte equivaleu, de janeiro a novembro de 2021, a cerca de 71% do volume total movimentado pelos cinco maiores portos da Galiza no mesmo período, de acordo com dados oficiais consultados pela Lusa. De acordo com dados da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) e do Porto de Aveiro, o Porto de Leixões e o terminal aveirense movimentaram, em conjunto, 19.154.273 de toneladas de mercadorias nos primeiros 11 meses de 2021. Comparativamente, este número representa 70,7% da carga movimentada pelos cinco maiores portos da Galiza, sob administração do Governo de Madrid, ao invés do que acontece com as 122 estruturas portuárias mais pequenas, que são geridas pelo Governo da Comunidade Autónoma, a Junta da Galiza. Assim, em conjunto, até ao final de novembro do ano passado, os portos da Corunha, Ferrol – São Cibrão, Vigo, Marín e Ria de Pontevedra, e Vilagarcía de Arousa movimentaram 27.074.299 toneladas de mercadorias. No Norte de Portugal, Leixões lidera destacadamente, com 13.990.252 toneladas movimentadas até novembro, seguido do porto de Aveiro, com 5.164.021 toneladas, segundo dados das respetivas administrações. “Salão imobiliário Imobinvest” regressa ao Porto, entre 25 e 27 de março A 3ª edição do Imobinvest -Salão do Imobiliário vai ter lugar no Centro de Congressos da Alfândega do Porto entre 25 e 27 de março de 2022, junto com a 2ª edição do Smart Home Show - Salão de Domótica, que vai trazer novidades tecnológicas que tornam as casas mais inteligentes. Além da área de exposição, os dois salões contarão com um ciclo de seminários temáticos, onde se vai explorar as tendências de mercado no imobiliário e domótica. “A procura crescente e incessante de sistemas relacionados com a gestão de edifícios permite ao salão posicionar-se como um espaço inovador não só na divulgação das novas tecnologias de automação de lares, como também realçar a importância que setores como a arquitetura, o design, construção e a engenharia possuem na escolha de uma habitação”, explica em comunicado José Oliveira, diretor do evento. O evento arranca na Alfândega do Porto na sexta-feira, dia 25 de março de 2022, e prolonga-se pelo fim de semana. A entrada é gratuita, mas é necessário registo.
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Santander é o “Melhor Banco para PME” em Portugal O Santander foi premiado pela revis- Joseph Giarraputo, “as PME foram ta “Global Finance” como o “Melhor das mais atingidas pela pandemia Banco para PME” em Portugal, no da covid-19 e irão desempenhar um âmbito dos “SME Bank Awards 2022”. papel crítico na recuperação de qualEste prémio, que tem a sua primei- quer país”, explicando que “este novo ra edição, distingue as instituições prémio pretende reconhecer este financeiras que melhor respondem mesmo facto”. às necessidades das PME nos seus “O Santander tem mantido um forte mercados, reconhecendo o apoio compromisso com o tecido empresaprestado e a qualidade dos serviços rial português, através de um posiciooferecidos. namento de proximidade e de qualiA “Global Finance” avaliou o desem- dade do serviço prestado. Para isso, penho dos bancos no período entre tem vindo a melhorar procedimen1 de abril de 2020 e 31 de março de tos e processos internos, de forma a 2021, tendo por base critérios como garantir a disponibilização de liquidez o conhecimento dos mercados e as às empresas de modo rápido e em necessidades das PME, a variedade tempo oportuno. Este esforço tem de produtos e serviços, o posicio- permitido um crescimento sustentado namento de mercado e a inovação. do negócio neste segmento, com a Recebeu ainda os inputs de especia- quota de mercado de produção de listas do setor, executivos e experts novo crédito a empresas a atingir os em tecnologia. O estudo foi efetuado 22,5% (valores acumulados a setemem 66 países. bro)”, de acordo com um comunicado Segundo frisa o diretor da publicação, do banco.
Corticeira Amorim faz nova emissão verde, de 11,6 milhões de euros A Corticeira Amorim colocou, em dezembro, 11,6 milhões de euros em obrigações verdes, numa emissão que foi montada pelo BBVA. A emissão tem uma maturidade até 2026 e soma-se a outras duas operações semelhantes: uma de 40 milhões de euros realizada em 3 de dezembro de 2020 e outra de 20 milhões de euro a 5 de agosto último. “Num espaço de cerca de um ano, este é o terceiro financiamento sustentável da Corticeira Amorim, reafirmando o compromisso com a aplicação dos princípios e melhores práticas ESG (environmental, social and governance) e alinhamento com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável”. A empresa liderada por António Rios Amorim indica ainda que “está deter-
minada em aumentar a proporção do consumo de energia proveniente de fontes renováveis controladas pelo grupo que, em 2020, ascendia a 66%. Assim, as emissões ao abrigo deste Programa destinar-se-ão a financiar “a aquisição de painéis fotovoltaicos para diversas empresas do perímetro da Corticeira Amorim no período de 2021 a 2024, que permitirão gerar mais 30 GWh (cerca de 20% do consumo de eletricidade reportado em 2020), evitando a emissão de cerca de 14.600 toneladas de CO2”. O Programa de Emissões de Papel Comercial Verde permitirá ainda “alongar a estrutura de maturidades do financiamento da Corticeira Amorim, reforçando os seus capitais permanentes e a componente de financiamento sustentével”, adianta a empresa.
Gestores
Novo Fundo de Investimento da Sonae Sierra adquire cinco supermercados na Alemanha A Sonae Sierra anunciou o lançamento de um novo fundo de investimento alternativo (FIA) na Alemanha, com a criação do Sierra German Food Retail Income Fund I. Este fundo investe principalmente no setor do retalho alimentar na Alemanha e é dirigido a investidores institucionais. Com foco em supermercados, hipermercados e discounters por toda a Alemanha, de preferência propriedades stand-alone estáveis, com arrendamentos de longo prazo a operadores líderes de mercado, o fundo tem um volume de investimento alvo de, pelo menos, 200 milhões de euros. “A criação deste veículo financeiro reforça o foco da Sonae Sierra na expansão do negócio de gestão de fundos de investimento, uma parte fundamental da ambição estratégica da empresa, na qual combina o seu vasto know-how em criação de valor patrimonial, com parcerias de longa
data com investidores institucionais de referência”, refere a companhia. O novo Sierra German Food Retail Income Fund I arranca com cinco ativos de retalho alimentar, cobrindo uma área total de aproximadamente 6.500 metros quadrados de área bruta locável, operados por marcas-chave no mercado alemão, como a Aldi, Rewe e Netto. Christoph Billwiller, líder da equipa de Investment Management da Sonae Sierra na Alemanha, afirma que “a criação deste novo FIA aberto representa um novo marco para a Sonae Sierra na Alemanha” e que “faz parte da estratégia da Sonae Sierra aumentar a exposição a novos veículos de investimento imobiliário, capitalizando a nossa experiência internacional e as relações de parceria que construímos ao longo dos últimos 30 anos com múltiplos investidores institucionais”.
Volume de negócios do retalho e restauração caiu 29% em 2021
O volume de negócios dos setores de retalho não-alimentar e restauração caiu 28,6% em 2021 face a 2019, e, nos últimos dois anos, marcados pela pandemia do covid-19, a perda rondou um terço da faturação, ou o equivalente a oito meses, calcula uma associação da área. As conclusões da Associação de Marcas de Retalho e Restauração (AMRR) decorrem de um inquérito feito junto dos associados, representantes de 3.500 espaços comerciais e de restauração. Face ao último ano pré-pandemia, os inquiridos reportam uma queda de 28,6% na faturação em 2021. E, acumulando com a quebra de 37,6% no volume de negócios registada em 2020, a perda equivale a um terço da faturação de 2019, equivalente a oito meses. “A AMRR recorda que em 2021 os espaços comerciais tiveram encerrados (cerca de três meses) ou limitados no desenvolvimento da sua atividade (na
maior parte do ano), designadamente ao nível dos horários e do rácio de lotação. A associação recorda ainda as duas semanas seguintes ao Natal, fortemente penalizadoras, com a medida de proibição dos saldos”, pode ler-se no comunicado. A associação apresentou ao Governo onze medidas para aliviar a situação dos setores, como sejam a redução temporária do IVA na restauração; alargamento a todas as empresas com faturação até 50 milhões de euros do pagamento a prestações dos impostos; pagamento a prestações das contribuições para a segurança social; redução da taxa do IRC; fim do pagamento especial por conta; regresso da possibilidade de moratória de créditos para os setores; Introdução de linhas de crédito garantidas pelo Estado; e a reativação do Programa Apoiar nos próximos seis meses para empresas com faturação abaixo dos 50 milhões de euros.
em Foco
Rui Miguel Nabeiro (na foto) assumiu a presidência executiva da Delta Cafés. O neto do fundador da empresa de torrefação de café de Campo Maior, Rui Nabeiro, irá liderar a nova comissão executiva do grupo dono da Delta Cafés, órgão que antes não exista, e que conta ainda com Rita Nabeiro e Ivan Nabeiro. O fundador Rui Nabeiro continua a ser presidente do conselho de administração, órgão composto por João Manuel Nabeiro, Helena Nabeiro, Rui Miguel Nabeiro, Ivan Nabeiro, Rita Nabeiro e António Cachola. A Epson Ibérica nomeou Jordi Yagües como novo diretor Comercial da divisão Commercial & Industrial Printing. Na sua nova posição, Jordi Yagües irá contribuir para consolidar o crescimento na impressão comercial e industrial, uma das áreas de negócio mais estratégicas da empresa. Tudo isto, alinhado com as principais tendências do setor, tais como o crescente interesse na personalização e a procura de soluções mais sustentáveis. O vasto conhecimento de Jordi Yagües sobre o setor está totalmente em linha com o objetivo da empresa de continuar a consolidar a sua posição líder em tecnologias de impressão inovadoras destinadas aos setores mais técnicos e exigentes. Licenciado em engenharia industrial com especialização em eletrónica pela Universidade Politécnica da Catalunha, Jordi Yagües tem mais de 19 anos de experiência na Epson, tendo ocupado diferentes cargos de responsabilidade no seio da multinacional. O NAU Morgado Golf & Country Club anunciou que Bruno Gamito vai assumir a liderança da unidade hoteleira. O profissional ingressou no grupo NAU Hotels & Resorts em 2013 e assume agora o cargo de diretor da unidade do grupo em Portimão. Até ao final de 2021, Bruno Gamito desempenhava funções de assistente de Direção do grupo NAU Hotels & Resorts. O profissional tinha a seu cargo, com o apoio e supervisão do diretor, a gestão operacional de duas unidades hoteleiras, o NAU Salgados Palace e o NAU Salgados Palm Village, e ainda de um centro de congressos na Herdade dos Salgados, o Palácio de Congressos do Algarve.
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Breves Banco Sabadell invertirá 200 millones en renovables hasta 2026 Banco Sabadell ha ampliado su inversión en proyectos de energía renovable, segmento en el que fue pionero entre los bancos españoles al apostar por este negocio hace 25 años. Así, en el plan estratégico 2021-2026 de Sinia Renovables, pata de BS Capital, la división de private equity del banco, se ha incluido un fondo con capital del propio grupo de 200 millones de euros para invertir en proyectos renovables, que se suma a otros 150 millones incluidos en el anterior plan de esta unidad. El banco ha anunciado una alianza con EiDF para financiar 13,4 millones para la construcción a gran escala de instalaciones de autoconsumo industrial. El acuerdo contempla inicialmente la financiación de 18 instalaciones de autoconsumo por un volumen de 23,6 MW, de las que EiDF es propietaria a través de seis sociedades, en cuyo capital social entrará Sinia con un 24,9%. Ibercaja anuncia su salida a bolsa en 2022 Ibercaja Banco ha comunicado de manera oficial su intención de salir a bolsa en 2022 mediante una oferta pública inicial de venta de acciones ordinarias a inversores cualificados. El banco aragonés inició los preparativos antes de la pandemia, pero en marzo de 2020 decidió retrasar los planes por la crisis sanitaria y porque el Gobierno amplió el plazo para que las antiguas cajas de ahorros empezaran a cotizar. La Fundación Bancaria Ibercaja, que posee un 88% del capital del banco, se quedará finalmente con un 46%. El 11,96% restante de las acciones se encuentra en manos de la Fundación Círculo de Burgos, la Fundación Inmaculada de Aragón y la Fundación Caja Badajoz. La Fundación Ibercaja reducirá su participación en el banco por debajo del 50% como exige la Ley de Fundaciones Bancarias. Además, seguirá manteniendo el control del banco. También se ha conocido que la Fundación destinará parte de los ingresos obtenidos en la oferta a la constitución de un fondo de reserva para potenciales necesidades de recapitalización del banco. SRR 2022 acogerá el congreso internacional “European Recycling Conference” La 8ª Feria Internacional de la Recuperación y el Reciclado, SRR, organizada por Ifema Madrid del 14 al 16 de junio de 2022, acogerá como novedad el congreso internacional “European Recycling Conference (ERC)”. Este importante evento mundial, que organiza la European Recycling Industries Confederation, EuRIC, junto con la Federación Española de
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Iberdrola invertirá 22.500 millones tras ganar una mega subasta eólica en Reino Unido Iberdrola se ha adjudicado los derechos para construir 7.000 megavatios (MW) de energía eólica marina en Escocia, en el mayor contrato de la historia lanzado por Edimburgo. El desarrollo supondrá una inversión de 22.500 millones de euros, de los cuales casi 12.000 millones se han comprometido con empresas e instituciones escocesas, incluyendo un Fondo de Estímulo de la Cadena de Suministro de casi 90 millones. El grupo desarrollará tres proyectos a gran escala que forman parte del programa ScotWind y cuya puesta en marcha está prevista para el 2030. De ellos, dos se construirán con tecnología flotante a través de una alianza con Shell y el tercero sobre estructura fija. En conjunto podrían suministrar energía limpia a casi 8,5 millones de hogares,
tres veces el número de hogares de Escocia. “La tendencia a la neutralidad climática es imparable, pero hacerla realidad conlleva descarbonizar el sector energético y en ese proceso la tecnología eólica marina es esencial por su inmenso potencial energético, su competitividad y las grandes oportunidades de desarrollo industrial y creación de empleo”, ha señalado el presidente de Iberdrola, Ignacio Galán, en un comunicado.
ACS cierra la venta de su negocio industrial a Vinci, por 4.902 millones
La constructora española ACS ha llevado a cabo la ejecución de la venta de su división industrial (Cobra) al grupo francés Vinci por 4.902 millones de euros. Una operación anunciada en abril de 2021 para la cual recibió las autorizaciones pertinentes en noviembre. Con la venta de Cobra a Vinci, ACS obtiene “una
plusvalía neta no inferior a 2.900 millones de euros”, según ha comunicado a la CNMV. La contraprestación pactada por ambas compañías también contempla un pago variable máximo de 600 millones de euros en metálico por la división industrial (hasta el estado ready to built) entre el 31 de marzo de 2021 y hasta los siete años siguientes, prorrogable por 18 meses adicionales si Cobra no llegara a desarrollar seis gigavatios (GW) en los primeros 42 meses. El grupo galo tendrá un 51% de derechos políticos y económicos, mientras que ACS se quedará con el 49%.
Breves Adif invertirá 12,4 millones de euros en la renovación de la vía de Guillarei a Valença do Minho El consejo de administración de Adif ha autorizado en su última reunión la licitación, por impor te de 12,379 millones de euros, del proyecto de renovación de infraestructura y vía del tramo Estación de Guillarei-Frontera por tuguesa, per teneciente a la línea Guillarei-Valença do Minho (España-Portugal). El contrato, que tiene como objetivo mejorar el estado de la infraestructura y la fiabilidad de la línea férrea, incluye, entre otras actuaciones; explanaciones, limpieza y regularización de cunetas; ejecución de muros de escollera.
Las obras también afectarán a la configuración actual de la estación de Tui, con la rebaja de la plataforma y la construcción de una nueva con tres pasos superiores. A su vez se prolongará el andén existente para dejarlo a una cota que mejore la accesibilidad de los viajeros y la creación de un nuevo andén lateral al otro lado de las vías.
Nextil compra la firma portuguesa Keupe para crecer en el textil de lujo
La compañía textil catalana Nextil ha firmado la adquisición de la firma portuguesa Keupe, especializada en prendas de lujo, para elevar su capacidad de producción, según ha informado en un comunicado. En concreto, la firma ha señalado que esta compra supone un paso más en la incorporación de compañías que aporten valor en cada una de las fases del negocio, y en la consolidación de su posiciona-
miento en segmentos de referencia en la industria textil, como es el lujo. La operación, valorada en unos 225.000 euros, permitirá al grupo incrementar la capacidad productiva de su unidad de prendas de lujo en un 20%, con un modelo de fabricación propia donde el grupo controla la producción de las prendas bajo estándares comunes de calidad. La empresa lusa, situada en Ponte de Lima, se convierte en la tercera adquisición de Nextil en Portugal, que en 2018 compró SICI93 y Playvest, afincadas en Braga, y con centros de trabajo en VilaVerde, Vizela y Braga.
Recuperación y Reciclado, FER, ha escogido como sede de su próxima convocatoria al salón SRR, la Feria de referencia del sur de Europa para la industria de reciclado, que verá con esta iniciativa reforzado su perfil internacional. Además, el evento coincidirá también con el 19º Congreso Nacional de la Recuperación y el Reciclado de FER, que se celebra cada dos años dentro de la Feria Internacional de la Recuperación y el Reciclado. SRR forma parte del Foro de Medio Ambiente y Sostenibilidad – FSMS- junto con la 21ª Feria Internacional del Urbanismo y Medio Ambiente, TECMA y el 5º Foro de las Ciudades de Madrid. Santander lanza una plataforma de empresas para impulsar a pymes y emprendedores Banco Santander ha puesto en marcha Santander Impulsa Empresa, una plataforma cuyo objetivo es apoyar el negocio de empresas, pymes y emprendedores a través de contenidos dirigidos a ayudar, impulsar y acompañar a autónomos, medianas y grandes empresas en sus actuales retos. Santander Impulsa Empresa cuenta con una oferta de contenidos multiformato y enriquecido, que profundiza en los pilares de los grandes desafíos de las empresas españolas y sus objetivos: digitalización, sostenibilidad, internacionalización, financiación, y ayudas y subvenciones, como los Fondos Europeos Next Gen. Según la entidad financiera, se trata de un proyecto con vocación de servicio que, desde la innovación, explica y acerca diferentes realidades a través de artículos, reportajes, informes, test, vídeos y contenido interactivo. Además de contar con voces expertas para presentar las claves de los hitos informativos, también ofrece el testimonio de emprendedores y de profesionales del mundo de la empresa y las finanzas. Gympass crece en España con la compra de Andjoy a Sodexo Gympass, la startup brasileña que intermedia entre empresas, clientes particulares y gimnasios y que está valorada en cerca de dos mil millones de euros, continúa apostando por el crecimiento inorgánico en España. Ha cerrado la compra de la catalana Andjoy, hasta ahora propiedad de la francesa Sodexo, y que es una de las principales plataformas españolas en la intermediación entre clientes corporativos y gimnasios, con el objetivo de ofrecer el deporte como incentivo laboral. Fundada en 2013, cuenta con 2.200 centros deportivos asociados y una base de más de 400 clientes corporativos, entre los que se encuentran Glovo o Iberdrola. Con esta adquisición, de la que no se han dado a conocer cifras, Gympass dobla su presencia en España y se refuerza en Cataluña, donde se encontraba el grueso de los gimnasios asociados a Andjoy, que hasta 2019 se denominaba GymForLess y que fue adquirida un año antes por Sodexo.
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A solução do Hub Aeroportuário Alverca-Portela “é a que mais interessa a Espanha” A candidatura do Hub Aeroportuário Alverca-Portela apresenta-se como a solução para o novo aeroporto da capital portuguesa mais económica, de mais rápida implementação, com melhor acesso à cidade e melhor para o ambiente. Os defensores desta proposta autónoma e independente promovem o desenvolvimento de Lisboa como hub intercontinental de tráfego aéreo. Além de ampliar a capacidade do aeroporto, viabiliza uma ligação de alta velocidade Lisboa – Madrid, com uma ponte em Alverca. José Furtado, principal rosto deste projeto, explica à “Actualidad€” o que representa esta opção para o futuro da Península Ibérica.
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Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
á mais de 30 anos que se a conexão de alta velocidade [AV] fala do novo aeroporto de Lisboa-Madrid. Lisboa, sem ainda existir consenso sobre qual é a Lisboa precisa de uma solução para dar melhor solução. Um grupo resposta ao crescimento do tráfego de oito técnicos portugueses decidi- aéreo. Qual é a situação do aeroporto ram, há cinco anos, desenvolver uma de Portela? nova proposta que além de ser mais Antes da pandemia, estava a operar viável desde o ponto de vista eco- para 31 milhões de passageiros, quando nómico e meio ambiental, viabiliza foi desenhado para 22 milhões. Mas a
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Portela tem um problema básico que impede a sua continuidade como grande aeroporto. Em 2016, afetava – com ruído acima de 60 decibéis–, cerca de 143 mil pessoas. Para entender a gravidade destes números, temos que saber, por exemplo, que em Madrid o problema do ruído afeta sete mil pessoas, e entre os dois aeroportos de Paris, afeta metade das pessoas que em Lisboa.
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Como aparece a vossa proposta de Alverca-Portela?
Há muitos anos que se discute o problema da localização e a última solução foi optar pela margem Sul. Como cerca do 90% do tráfego aéreo está na margem Norte, era preciso uma nova ponte, aproveitada para fazer a alta velocidade Lisboa–Madrid, que passava a ser a maior ponte da Europa. Mas estamos a falar que só o tramo Oriente e Poceirão seria um investimento de perto de 2.500 milhões de euros. Lisboa tem o mais largo estuário da Europa e contemplamos que uma das suas ilhotas, o mouchão da Póvoa de Sta. Iria (encostado à margem Norte), pudesse ser aproveitado para fazer a ampliação do aeroporto, porque está junto a uma base aérea. Se juntamos a ilha fluvial e a base aérea, temos 1.600 hectares. Por outro lado, em Alverca o rio se estreita e pode ser construída uma ponte baixa, com um preço totalmente diferente. A nossa solução é nova porque sempre se pensou que a pista de Alverca conflituava com a de Portela. Uma
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impedia a outra porque as pistas se cruzavam, mas nós optamos por uma pista paralela, formando assim um par de pistas paralelas independentes. E permite também viabilizar a alta velocidade entre as duas capitais ibéricas?
Sim, com esta solução passamos não só a viabilizar o aeroporto, com um valor muito baixo do previsto. Também permite ter uma nova ponte para a ligação ferroviária de alta velocidade de Lisboa – Madrid. Esta é a proposta que mais interessa a Espanha. A ligação junta dois polos económicos, une duas capitais europeias que somam dez milhões de habitantes e que são
os mais importantes polos económicos dos respetivos países, ao mesmo tempo que resolve histórica carência ferroviária do interior transfronteiriço e abre um novo cenário de desenvolvimento para regiões economicamente deprimidas. Com o comboio a passar no aeroporto, o transporte entre as duas cidades passa a ser direto. A maioria dos turistas são europeus e podem entrar por um lado e sair por outro, e visitar pelo meio um interessante roteiro de cidades património: Elvas e Évora, no lado português, e Cáceres, Mérida e Toledo, no espanhol. A nova visão substitui a dispendiosa solução com a megaponte rodoferroviária Chelas-Barreiro, baixando o custo do troço Lisboa-Évora do patamar de 3.000 milhões para 650 milhões de euros. A ligação transfronteiriça mista (passageiros e carga) tem uma extensão total de 660 quilómetros, com um terço em Portugal e dois terços em Espanha, e terá, destacadamente, o mais baixo custo por quilómetro de todas as ligações europeias. Para completar a ligação, falta hoje lançar do lado espanhol o troço Oropesa-Toledo (+/- 125 quilómetros; 1.000 milhões de euros) e do lado português o troço Alverca-Évora (+/110 quilómetros; 650 milhões de euros). fF e Ev Ve Er Re E iI r Ro O d De E 2022
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A proposta contempla igualmente um comboio entre o aeroporto de Lisboa e Alverca?
Sim, com esta proposta há espaço para fazer a conexão ferroviária entre Alverca e a Portela, como estão a fazer em Madrid, com Chamartín e Atocha. Todas as ligações de alta velocidade de Madrid vão passar pelo aeroporto (que terá uma estação AV), mediante uma derivação na estação principal de Chamartín. Em Lisboa, a estação Alverca-aeroporto acumula as funções das duas estações espanholas, por estar encostada à Linha do Norte . A alta velocidade Lisboa-Madrid, com hubs de interface direta avião-
-comboio nas extremidades (Alverca O projeto já foi apresentado oficiale Barajas), potencia o corredor trans- mente. Quais são os passos a seguir? fronteiriço, que passa a ter a massa Quando vai ser tomada a decisão? crítica de sete integrados pólos turís- O projeto começou a ser desenvolticos. vido há cinco anos, está em fase avançada e a implementação é rapiQual vai ser o investimento total? díssima. Alcochete surgiu antes da O custo do aeroporto, até 50 milhões crise financeira de 2008, foi um sono de passageiros, é de 1.200 milhões nacional, inspirado nos aeroportos de euros. E até 70 milhões, o total asiáticos, mas precisávamos de ter acumulado será de 1.900 milhões de mais de 12.000 milhões de euros. E euros. Estamos a falar de três pistas Montijo foi uma solução um pouco paralelas e uma cruzada, e aproveita- desesperada. Só cabe uma pista de mos muito do que já está feito. Em 2.400 metros, nunca é viável. Barcelona, por exemplo, a ampliação A empresa francesa Vinci ganhou a de 55 a 70 milhões de passageiros conceção dos aeroportos nacionais e vai custar cerca de 1.600 milhões ela tinha o direito de apresentar uma de euros. variante à inicial que era Alcochete,
Pilares da solução Hub Alverca – Portela • Apenas um só aeroporto HUB-dual (Alverca 2 Pistas / Portela 2 Pistas); • A separação entre o uso civil e o uso militar; • A manutenção da pista windshear na Portela, em sintonia com posição da APPLA (Associação dos Pilotos Portugueses das Linhas Aéreas); • Extensão total de pistas: 15.050 m; • Solução definitiva – até 160/170 stands-aviões (com pista windshear); • O desvio das aeronaves de grande envergadura da atual plataforma citadina (Portela) para a plataforma exterior (Alverca), concentrando longo-
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-curso/transferência; • Focar a plataforma citadina nas aeronaves de médio-curso, já que estas apenas operam em horário reduzido, o que supõe uma melhoria de bem-estar para a população da cidade; • O acesso ao resto do país e à área metropolitana de Lisboa por via ferroviária, aproveitando a infraestrutura existente (linha do Norte); • O acesso a Lisboa por via rodoviária sem portagem; • Entrosamento no coração da logística nacional (núcleo Bobadela-Alverca-Carregado). Área útil total: 950 ha (Alverca 620 + Portela 330) Indicativo balanceamento de
tráfego: Alverca 2/3: Portela 1/3 Capacidade: Até 55-60 MPAX (milhões de passageiros) com sistema 4 pistas → 400.00450.000 mov/ano com ponta de 1.000 dia: Terminais Passageiros: Portela T1 e Alverca T2 interligados por comboio automático em 10 minutos Manutenção de aeronaves: Portela: TAP Engineering + Alverca: OGMA. Acessibilidade ferroviária: Metro + Suburbano + Nacional + Ligação direta ao centro da cidade. Acessibilidade rodoviária: Sem portagem: A1/ IC2 /CRIL + Com portagem: CREL
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e apresentou Montijo, mas sem “Avaliação Ambiental Estratégica”. Em janeiro de 2019, foi formalizada a candidatura do hub Alverca-Portela, a “Alternativa do Concedente”, com entrega do processo da solução técnica e o processo da “Avaliação Ambiental Estratégica”. É a figura prevista no contrato de concessão para o caso da concessionária apresentar uma solução que não preenche os termos do contratos e/ ou não satisfaz os interesses de Portugal (o caso da solução reforço Portela + aeroporto Montijo da concessionária Vinci). A Assembleia da República, em 2020, tomou a decisão de mandar fazer dita avaliação, que vai começar em breve. Julgamos que a nossa vai ser uma solução que muita gente vai apoiar, também do lado espanhol. Depois das eleições [eleições legislativas, de 30 de janeiro de 2022], vai ser adjudicado o trabalho, e, dentro de um ano, aproximadamente, vão tomar a decisão.
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Principais responsáveis pela proposta José Proença Furtado é engenheiro civil, especialista em planeamento estratégico de infraestruturas de transporte. De 1982 a 2000, foi responsável pela construção de portos, pontes, mini-hídricas “chave na mão” e unidades industriais e logísticas. A partir de 2001, foi responsável por estudos/ desenvolvimento de propostas em Portugal e no Brasil para alta velocidade ferroviária, gasodutos, acessibilidade ferroviária a aeroportos, plataformas logísticas, terceira travessia do Tejo e implantação/ ampliação de aeroportos. Junto com ele, a apoiar nes-
ta candidatura, estão António Carmona Rodrigues, ex-presidente da Câmara de Lisboa e ex-ministro das Obras Públicas, Transportes e Habitação; António Gonçalves Henriques, que foi diretor-geral da antiga Agência Portuguesa do Ambiente; Ricardo Ferreira Reis, da Católica Lisbon Business & School; António Segadães Tavares, autor dos projetos premiados da ampliação do aeroporto da Madeira e do Pavilhão de Portugal da Expo’98, entre outros; Rui Vallejo de Carvalho e Luís Póvoa Janeiro, ambos professores da Universidade Católica de Lisboa, e Fernando Nunes da Silva, docente do IST.
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Grupo Eulen apuesta por potenciar su servicio de seguridad integrada en el mercado portugués El grupo español Eulen lleva más de dos décadas presente en Portugal donde desarrolla diferentes actividades como limpiezas industriales e agroalimentaria, seguridad y trabajo temporal. Su apuesta en este mercado para los próximos años pasa por potenciar la seguridad integrada, un servicio de consultoría especializado en la identificación de la mejor solución de seguridad para el cliente. Marco Pinto, director general de Eulen Portugal, analiza el desempeño de la compañía y sus próximos desafíos.
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Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR
n 1962, David Álvarez Díez una sucursal, ubicada en Oporto, con fundó Central de Limpieza El el objetivo de ampliar la cobertura de Sol, en Bilbao (España), empre- la prestación de servicios prácticamente sa que representó una nueva en todo el territorio nacional”, explica forma de entender la actividad Marco Pinto (en la foto arriba), director de la limpieza, contando con una escue- general de Eulen Portugal. Con toda su experiencia y porfolio la de formación y un laboratorio en el que se experimentaba con productos y materiales. El negocio fue creciendo y extendiendo actividades y hoy es un grupo en el que trabajan cerca de 76 mil trabajadores en once países, con unas ventas que el año pasado alcanzaron los 1.440 millones de euros. El grupo Eulen inició su actividad en el mercado portugués en 1998, mediante la adquisición de una empresa en el área de servicios de higiene y limpieza, implementando una nueva dinámica operativa en esta área. “Además, se realizó una reestructuración a nivel financiero y directivo, con nuevos medios que permitieron competir en un mercado cada vez más exigente. Ya en 1999, abrimos
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de actividades, el grupo se instaló en Portugal para “ofrecer un modelo de servicio diferenciado por la capacidad y conocimiento en el sector, modelo de gestión, profesionalismo y seriedad y desde el inicio se posicionó como un partner de sus clientes”. Marco Pinto
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considera que este es un punto diferencial de la compañía, “la longevidad de sus relaciones con sus clientes que se sustenta por el compromiso en darles una respuesta a la medida de sus expectativas”. La empresa comenzó su actividad con los servicios de limpieza y fue muy importante para dignificar una profesión hasta entonces marginada e inmersa en la economía sumergida. Poco a poco, fue ampliando y diversificando sus actividades con nuevos servicios como el mantenimiento de instalaciones, medio ambiente, seguridad, servicios auxiliares, socios sanitarios… hasta alcanzar en la actualidad más de 80 servicios en el mercado. A lo largo de los años el grupo ha decidido invertir en el mercado portugués para dar respuesta a las demandas de sus clientes. “Fueron lanzadas nuevas áreas de negocio para complementar la oferta de servicios a sus clientes desde Facility Services, Seguridad y Trabajo Temporal”, indica el director general. En el caso concreto de Portugal, las líneas de trabajo que destacan son las de limpiezas industriales e agroalimentaria, seguridad y trabajo temporal. “Seguridad integrada es la apuesta del grupo para los próximos años, un servicio de consultoría especializado en la identificación de la mejor solución de seguridad para el cliente, donde se combina la seguridad humana con sistemas buscando las sinergias de las dos áreas”, avanza Pinto. “El mercado está cambiando y busca una solución de valor añadido. El grupo está centrado en dar soluciones diseñadas a las necesidades del cliente”, añade. Su base de clientes está muy diversificada: industria, centros comerciales, retail, gran distribución, salud, educación, oficinas, agroalimentario, etc. Grupo Eulen está presente en Estados Unidos, Jamaica, México, Chile, Perú, Colombia, Costa Rica, Panamá y República Dominicana, además de España y Portugal. “Actualmente, el porcentaje de negocio de la compañía fuera de la matriz española se encuentra en torno al 20%, pero el objetivo es que esa representatividad sea mayor”, revela el director general de Eulen Portugal.
Con 14,2 millones de euros de ventas en Portugal, para el 2022 “se espera en este mercado un crecimiento de 11% en facturación y una rentabilidad por encima de los dos dígitos”. Nuevos desafíos Teniendo en cuenta que el mundo fue sorprendido por una nueva realidad que nadie conocía “el mayor desafío que el grupo tiene es la capacidad de tener la flexibilidad para ajustarse, visionar y diseñar soluciones de valor añadido a la medida de la necesidad del cliente y de los distintos cambios”, reconoce Marco Pinto. Por otro lado, debe “motivar y retener el
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capital humano, porque las personas son el activo más valioso de la compañía” Recuerda que la pandemia ha tenido un fuerte impacto a varios niveles, como salud, económico y social, que se van a reflejar en los próximos años de una forma directa y/o indirecta en la economía. “Podemos extraer varios enseñamientos del efecto de la pandemia, pero el más relevante fue la capacidad que tuvo el grupo de adaptarse de una forma muy rápida y eficiente para dar respuesta a los cambios legales y a las necesidades de sus clientes, garantizando siempre una solución para las situaciones que se imponían.
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Galp y Northvolt tendrán en Portugal la planta de baterías de litio más grande de Europa
La empresa portuguesa Galp y la sueca Northvolt han creado la joint-venture Aurora, con el objetivo de desarrollar oportunidades relacionadas con el rápido crecimiento de la cadena de valor de las baterías. Con una participación de 50/50, apuesta por el desarrollo de la mayor y más sostenible planta de conversión de litio de Europa, situada en Portugal, con inicio de las operaciones comerciales previsto para 2026.
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Texto Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Foto DR
alp y Northvolt han llegado a un acuerdo para establecer la planta integrada de conversión de litio más grande y sostenible de Europa. Para ello, se desarrollará una planta con una capacidad inicial de producción anual de hasta 35 mil toneladas de hidróxido de litio para baterías, un material esencial para la fabricación industrial de baterías de iones de litio, que se estima que crecerá más de diez veces al finalizar la década. La empresa portuguesa ha creado junto con la sueca la joint venture Aurora a través de la cual se investigarán otras oportunidades de negocio a lo largo de la cadena de valor y se compromete a adoptar medidas respetuosas con el medio ambiente en todas sus actividades La planta de baterías de litio utilizará un proceso de conversión de probada eficacia, valiéndose de los últimos avances y tecnologías existentes para aumentar la sostenibilidad y la eficiencia. Además, busca alimentar el proceso de conversión mediante el uso de energía verde, minimizando y evitando, así, la dependencia del gas natural que conlleva el enfoque convencional. “Esta joint-venture representa una importante inversión en este ámbito y situará a Europa no solo con un canal de suministro nacional de materiales clave para fabricar baterías, sino con la oportunidad de establecer un nuevo estándar de sostenibilidad en el aprovisionamiento de materias primas.
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Esta iniciativa viene a complementar una estrategia de aprovisionamiento global basada en altos estándares de sostenibilidad, fuentes diversificadas y una menor exposición a los riesgos geopolíticos”, ha explicado Paolo Cerruti, cofundador y director de operaciones de Northvolt. do de litio como para producir 50 Por su parte, Andy Brown, director GWh de producción de baterías al general de Galp, asegura que esta año (suficiente para aproximadamenoperación “se trata de una oportuni- te 700 mil vehículos eléctricos). NorthVolt, como parte del acuerdo, dad única para reposicionar a Europa como líder en un sector que será vital garantizará el consumo de hasta el para reducir las emisiones mundiales 50% de la capacidad de la unidad para de CO2 en consonancia con las prio- utilizarla en su propia fabricación de ridades europeas y portuguesas en baterías. Según ha explicado Galp, su partimateria de cambio climático”. La nueva empresa está ya realizando cipación responde a la estrategia de diversos estudios técnicos, económi- la compañía de desarrollar nuevos cos, y valorando posibles emplaza- negocios alineados con la transición mientos. Está previsto que las opera- energética, aprovechando sus comciones comiencen a finales de 2025 y petencias industriales y su presencia las actividades comerciales en 2026. regional como operador energético La planta, basándose en proyectos integrado y su posicionamiento como similares, podría representar una uno de los mayores operadores de inversión estimada de unos 700 millo- generación de energía solar en la nes de euros y crear hasta 1.500 pues- Península Ibérica. NorthVolt recuerda tos de trabajo directos e indirectos. que el proyecto está alienado con los Además, también se están explorando esfuerzos de industrialización portuopciones de financiación relaciona- guesa y europea relacionados con la das con la transición energética para transición energética, siendo un hito en el desarrollo de una cadena de reforzar el desarrollo del proyecto. La planta podrá suministrar hidróxi- valor de baterías europeas.
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Pandemia impulsiona e-commerce, mas
ameaça rentabilidade no retalho alimentar Os confinamentos e a nova realidade social impostas pela pandemia fizeram disparar o comércio online, só que uma grande parte das empresas de retalho alimentar na Europa enfrenta diversos desafios para manter este dinamismo. Há que ter em conta, nomeadamente, um aumento da concorrência e uma menor rentabilidade destas operações, alerta um estudo internacional da Euler Hermes.
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Texto Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Imagem DR
s novos hábitos decorrentes da pandemia aceleraram em quatro a cinco anos a transição para o comércio eletrónico de muitas empresas na Europa, sobretudo no setor do retalho, como confirma o estudo “Retalho alimentar europeu: O sabor digital amargo do legado da covid-19”, elaborado pela Euler Hermes, acionista em Portugal da Cosec-Companhia de Seguro de Créditos. De acordo com o mesmo estudo, nos cinco principais mercados europeus– Reino Unido, França, Itália, Espanha e Alemanha–, o crescimento do comércio eletrónico nas vendas de produtos de supermercado varia entre os três e os 11%. Só no último ano, o crescimento anual das vendas através de canais digitais foi de 5,3%– quase o dobro da variação média registada no última década–, impulsionado por um maior número de refeições feitas em casa e pelo aumento da procura por produtos de higiene pessoal e de uso doméstico. Durante a primeira metade de 2021, estas superfícies aumentaram as vendas eletrónicas em 2,4%, e, de acordo com a mesma fonte, esta tendência deverá manter-se, independentemente do alívio das medidas para controlo da pandemia nos vários países. Só que, alerta o estudo, este crescimento pode ser restringido pelos “elevados custos operacionais que não se repercutem no preço apresentado aos consumidores”, afetando, assim, a ren-
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tabilidade do setor. Estima-se que cada ponto percentual de compras que transite para os canais online implique “perdas de mais de 13 mil milhões de euros em vendas e quase dois mil milhões de
euros em lucros” para as empresas de retalho alimentar, o que equivale a 4% do total das receitas deste mercado. Esta crescente penetração do comércio eletrónico no setor do retalho alimentar implica dois grandes desafios para os operadores estabelecidos: não só “altera a regra da concorrência por preço, acrescentando à equação a conveniência e o serviço, fazendo com que as empresas mais pequenas ou mais reticentes em acompanhar a transição digital enfrentem um maior risco de perder quotas de mercado”, como ainda representa “uma grande ameaça à rentabilidade”. O estudo diz mesmo que “as vendas de mercearia online são efetuadas com prejuízo, independentemente do modo de entrega (clique e recolha ou entrega ao domicílio), uma vez que estes novos
processos acarretam custos operacionais mais elevados do que o tradicional”. A solução pode passar por três vertentes: adaptação do mix de lojas, investimento em capacidades digitais para uma maior eficiência, e, ainda, parcerias com empresas do ecossistema de comércio eletrónico em rápido crescimento (empresas de tecnologia alimentar, entregas de mercearia e logística), sugere o mesmo estudo. Quanto ao mercado português em particular, e de acordo com uma análise realizada pela SIBS Analytics, no “Relatório 365 dias de pandemia – Alterações nos hábitos de consumo dos portugueses”, as vendas digitais em setores como o “alimentar e retalho e material desportivo e recreativo apresentaram crescimentos mais acelerados face ao período homólogo, encontrando no comércio online uma alternativa para a quebra registada nas compras físicas”, tendo em conta dados referentes ao primeiro ano de pandemia. Os crescimentos destes setores, durante os confinamentos, podem ter chegado aos 190%. Também o “Relatório Europeu de Comércio Eletrónico”, divulgado pelo EuroCommerce, reforça esta perspetiva do desenvolvimento do e-commerce nacional, ao indicar um crescimento de 23% no comércio eletrónico português na vertente business to consumer, em 2020, representando um volume de negócios de cerca de 7.400 milhões de euros.
opinión
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Por João Costa*
2022: ainda não é tarde
O
para começar a poupar
final do ano de 2021 ficou marcado pela esperança de retoma de alguma normalidade na economia e na vida social. As empresas começaram em outubro a preparar o ano de 2022 sob uma aura mais positiva, depois de largos meses de constrangimentos, embora conscientes dos desafios da gestão da cadeia de abastecimento e da evolução atípica dos diversos setores a montante. Foi com esta perspetiva que os gestores avaliaram as suas estruturas de custos, orçamentaram, tomaram decisões e, assim, definiram o caminho das suas empresas para os meses seguintes. Ao longo dos anos, tenho observado alguma dificuldade em abordar certas categorias de custo, nas quais a poupança anual se encontra na ordem das dezenas, ou até mesmo centenas, de milhares de euros. Isto acontece porque, no dia a dia, estas oportunidades tendem a passar despercebidas no meio de tantas tarefas que os gestores têm de cumprir. Assim, o que acontece com estes grupos de custos, é que, ou são esquecidos, ou recebem um objetivo de poupança sem que seja desenhado um plano de ação concreto para o atingir. Contudo, aquela que continua a ser a dificuldade principal das empresas é o reconhecimento do problema. Ou, nos casos em que
até conseguem identificar o défice de liquidez, a ferocidade da concorrência, mas pouco conseguem fazer para os combater, pelo facto de terem uma visão pouco abrangente daquela que é a realidade do mercado, nas mais diversas categorias de custos, ou pela falta de visão externa, que muitas vezes é diferente da do dia a dia e permite encontrar soluções que muitas vezes não são fáceis de identificar internamente. “É necessário sair da ilha para ver a ilha”, já o dizia José Saramago, embora com outro sentido. Na minha experiência de aconselhamento às empresas, tenho visto casos em que só o facto de se repensarem os compromissos financeiros inicia uma espiral positiva que melhora o cash f low e a competitividade das organizações. Num outro âmbito, também os custos indiretos são uma área que pode ser positivamente impactada porque, se pensarmos no Princípio de Pareto, que nos diz que 80% dos efeitos advêm de 20% das causas, facilmente compreenderemos que 20% dos fornecedores representam 80% dos gastos que, geralmente, estão associados a áreas bastante escrutinadas. O que acontece com os restantes 20%, ou seja, com 80% dos fornecedores, é que requer maior preocupação da parte dos especialistas em redução de custos, porque é aqui que costumam
existir oportunidades de poupança, que acabam por ser materialmente bastante relevantes. O início de um novo ano faz-se acompanhar de uma renovação na esperança para encarar os meses que se seguem. Em 2022, gostaria de ver mais empresas a planearem os seus orçamentos com mais profundidade, com análises estruturadas e avaliação comparativa. Nos doze meses que se seguem, continuaremos a verificar um aumento generalizado dos custos das utilities , sobretudo da energia, mas também de transportes, nas embalagens e, mais do que isso, uma grande dificuldade em encontrar os bens e serviços necessários. 2022 pode ser o ano da mudança para muitas empresas, embora saiba que não é fácil atuar em diversas frentes, como garantir a satisfação contínua dos clientes e preservar a produtividade dos funcionários ao mesmo tempo que se gere a imensa volatilidade dos custos. Ainda assim, gostaria de destacar a importância de um bom planeamento, já que um orçamento pouco planeado e um ano a cometer os mesmos erros de todos os anteriores pode significar o insucesso de muitas empresas que agora se tentam reerguer. *Country manager da Expense Reduction Analysts E-mail jcosta@expensereduction.com
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Repsol promove concurso com oferta de um ano de gás grátis A Repsol acaba de lançar um concurso que irá atribuir a 12 dos seus clientes um ano de gás gratuito. Para tal, os participantes apenas terão de estar registados na plataforma “QueroGás”, da Repsol, e efetuar uma compra de garrafas de gás doméstica até ao próximo dia 14 de maio. Por cada garrafa de gás encomendada no QueroGás, entre 15 de janeiro de 14 de maio de 2022, é gerada uma participação, com o número de compra, para o sorteio. A plataforma poderá ser acedida online, todos os dias da semana, vinte e quatro horas por dia. Todos os meses, a Repsol atribuirá três prémios, sendo que, no total, serão sorteados 12 vencedores durante todo o concurso. Cada prémio consiste na atribuição de 12 recargas de garrafas de gás utilizadas pelo cliente, que correspondem à média de consumo de gás doméstico em Portugal Continental, durante o período de um ano. A iniciativa da multinergética “vai ao
encontro da estratégia de digitalização da Repsol para o setor.”, afirma Marcos Madeira, diretor Comercial da Repsol Gás. “Acreditamos que o QueroGás tem uma panóplia de vantagens para os clientes de gás engarrafado, pela sua comodidade, segurança, agilidade e conveniência, que queremos continuar a desenvolver. Esta oferta é mais um estímulo à compra na plataforma.”, completa Marcos Madeira. Segundo os dados da ECSI Portugal (European Customer Satisfaction Index Portugal), o nível de satisfação dos clientes de GPL é elevado, em comparação com o de outros setores analisados. “O cliente GPL é um cliente que está habituado a fazer escolhas ponderadas” sobre a fonte de energia. “Esta satisfação pelo bom nível de serviço está correlacionada com a mentalidade de melhoria contínua e das
opções disponíveis, como as plataformas online. É um processo progressivo”, conclui Marcos Madeira. Nos últimos tempos, a Repsol tem vindo a procurar novos canais e plataformas para comunicar as vantagens da utilização do GPL aos mais jovens. A aposta no digital, com recurso ao marketing de influência em algumas campanhas, tem, de acordo com a companhia, aumentado a perceção sobre as potencialidades desta fonte de energia e fomentado as vendas neste segmento.
Prosegur Alarms vence “Prémio Cinco Estrelas”, pelo sétimo ano consecutivo P elo sétimo ano consecutivo, a Prosegur Alarms é vencedora do “Prémio Cinco Estrelas”, na categoria segurança–alarmes, “destacando-se da concorrência e emergindo como a marca de alarmes na qual os consumidores portugueses mais confiam”, frisa a companhia. As características que os consumidores mais valorizaram no produto da Prosegur Alarms foram a confiança e a credibilidade da empresa, a relação preço-qualidade, a rapidez e a qualidade da assistência, bem como a facilidade de utilização do produto, tendo recebido uma pontuação de satisfação global de 75,2%. O “Prémio Cinco Estrelas” é atribuído a partir de um sistema de avaliação que mede o grau de satisfação que os produtos, os serviços e as marcas con-
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ferem aos seus utilizadores, dentro da respetiva categoria de consumo. Utiliza a metodologia mais completa e rigorosa do mercado, tendo como critérios de avaliação as principais variáveis que influenciam a decisão de compra dos consumidores. O nível de preferência dos consumidores foi avaliado em diversas fases e métodos. No total, estiveram envolvidos 2.857 consumidores. O produto analisado consiste num sistema de vídeo-alarme da Prosegur que concilia vídeo-detetores com sensores de movimento e câmara integrada, que regista qualquer tentativa de intrusão ou sabotagem e envia o vídeo em tempo real para a central de segurança 24 horas da Prosegur Alarms; após a confirmação de incidente, a policia é imediatamente avisada e um vigilante
Prosegur é enviado ao local. Para Carlos Vaqueirinho, diretor-geral da Prosegur Alarms, “estes reconhecimentos demonstram a enorme confiança dos portugueses no nosso produto e motivam-nos para continuar a trabalhar de forma empenhada para tornar o mundo um lugar mais seguro”. Atualmente, os alarmes domésticos disponibilizados pela empresa possuem uma tecnologia muito sofisticada, que inclui detetores de movimento e de calor, câmaras exteriores e interiores, contactos magnéticos nas portas e janelas, chaves encriptadas e sirenes interligadas a uma central de segurança. A gestão do alarme e visualização de imagens são possíveis em qualquer momento e desde qualquer local através da App Prosegur Smart.
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ONI regressa com nova imagem e posicionamento U m ano depois de ter sido adquirida pela Gigas, multinacional espanhola cotada na Bolsa de Madrid e especializada em soluções convergentes de Comunicações, Cloud & segurança, a ONI inicia agora uma nova fase com uma campanha de reposicionamento e uma renovada imagem. A “nova” ONI reflete já a realidade próxima do grupo Gigas, mas também toda a oferta complementar que entretanto a operadora de telecomunicações portuguesa está a disponibilizar, nomeadamente serviços de segurança e de cloud. A simplicidade e facilidade está bem patente na nova campanha de relançamento da marca “Faça Fácil, Faça ONI”, declinada para as áreas que a Oni agora também reforça: “Faça na Cloud, Faça na ONI” e “Faça Seguro, Faça ONI”. “Com mais de 20 anos de história, a ONI é hoje o resultado da sua determinação, do espírito visionário e da capa-
cidade de adaptação, servindo alguns dos maiores e mais importantes grupos económicos a operar em Portugal.Hoje, a ONI é muito mais do que apenas um operador de telecomunicações, assumindo-se como um operador integral disponibilizando soluções convergentes de comunicações, cloud e segurança para a transformação digital” do negócio das empresas, explica Diego Cabezudo, CEO do grupo Gigas. A campanha foi veiculada em diferentes meios, com uma maior expressividade em outdoor e no digital. Atualmente o grupo a que pertence a ONI fornece serviços de telecomunicações, cloud e segurança a mais de dez mil empresas, bem como serviços de retalho de voz e dados para outras operadoras de telecomunicações, dos quais cerca de 1.500 se encontram em Portugal. Detém 11 centros de dados em vários continentes, incluindo dois centros em
Portugal (Lisboa e Porto), redes de fibra metropolitanas em Portugal e uma rede de fibra que liga Madrid a Lisboa e Porto, e que irá favorecer a integração de serviços e operações com a Gigas na Península Ibérica. Com a aquisição da ONI, que fechou há mais de um ano, por 40 milhões de euros, a Gigas tornou-se num operador líder no mercado de serviços convergentes de telecomunicações, cloud e segurança para empresas na Península Ibérica. Estava já presente em Portugal desde 2019, depois da aquisição do operador de cloud AHP.
Alma Gémea lança novos gift sets para os amantes do café e do chá
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Alma Gémea, marca de artigos de consumo para a casa que funde a cortiça e a cerâmica e que resulta da estreita parceria entre a Amorim Cork Composites e a Matcerâmica, acaba de lançar no mercado dois novos gift sets. Concebidos como o presente ideal para as festas natalícias, ambos os conjuntos reforçam imemoriais paixões portuguesas. Na verdade, For Coffee Time e Tea for Two (na foto) farão as delícias dos amantes quer do café, quer do chá.
Disponível na cor preto mate, For Coffee Time inclui quatro chávenas de café, convidando ao salutar convívio no momento da quente degustação. O gift set Tea for Two, também disponível na cor preto mate, inclui um par de chávenas de chá, bem como um bule idealizado para servir duas pessoas. Funcional, nunca descurando o aspeto criativo, e tirando partido do melhor que cada material tem para oferecer, a Alma Gémea inclui saladeiras, tigelas, canecas, fruteiras, galheteiros, bules, pratos e taças. A combinação da cortiça e da cerâmica, duas matérias-primas de forte cariz tradicional, de forma inovadora, exclusiva e distintiva, resulta numa coleção contemporânea, esteticamente apelativa e versátil. Estes gift sets aliam agora quatro paixões portuguesas, segundo Cristina Veríssimo:
”a cortiça, a cerâmica, o café e o chá, unindo os atributos distintivos destes materiais nacionais únicos às nossas preferências de sempre pelas duas bebidas”, conclui a diretora de Marketing da Amorim Cork Composites. “Atributos valorizados pelo consumidor dos nossos dias, adepto do genuinamente nacional, que reduz, reutiliza e recicla, e defende as questões da sustentabilidade. De resto, as melhores práticas da economia circular presidem ao desenvolvimento do compósito utilizado na produção da Alma Gémea, cuja cortiça provém maioritariamente dos desperdícios gerados pela indústria das rolhas. Acrescente-se-lhe a capacidade da cortiça de reter CO2, num contributo importante para a descarbonização do meio ambiente”, adianta a mesma fonte. FEVEREIRO DE 2022
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Retalhistas estão conscientes da importância de implementar experiências digitais A Adyen, plataforma de pagamentos eleita por muitas das empresas líderes de mercado, apresenta os resultados anuais do seu relatório intitulado “Retalho 2021 – A Metamorfose do Retalho”. Este novo estudo indica que 36% dos retalhistas portugueses tem uma estratégia formal e ativa de digitalização, sendo que apenas 10% têm canais físicos e online diferentes e não pretende uni-los. A juntar a isto, 75% dos inquiridos revelam reconhecer a importância de oferecer todas as opções de pagamentos que os seus consumidores pretendam utilizar. Estes dados locais analisados pela Adyen através de um rigoroso estudo de 102 retalhistas e mais de mil consumidores em território português, permite aferir que os hábitos
dos consumidores se alteraram devido à pandemia de covid-19. 34% dos consumidores admitem monitorizar mais os seus gastos agora devido à incerteza económica e 43% indicaram que em 2021 têm poupado e fazem compras com menos frequência. Os hábitos de pagamentos dos consumidores portugueses também se têm vindo a alterar. 44% costumavam preferir pagar em dinheiro, mas desde a pandemia mudaram para cartões ou carteiras digitais. 25% vão mais longe e dizem já não utilizar cartões físicos uma vez que confiam no dispositivo móvel ou carteiras digitais como Apple Pay ou Google Pay. Com este estudo, podemos aferir que 87% dos portugueses inquiridos preferem pagar com cartão em vez de dinheiro. Isto não quer dizer
que os consumidores tenham ficado menos exigentes, antes pelo contrário. 34% admitem que se preocupam mais agora em não esperar em longas filas e 41% indica que faz desvios para ir a lojas que não têm filas (ou onde sabem que a conclusão da compra será facilitada). Além de serem cautelosos, tornaram-se mais exigentes. Foram 27% os que se manifestaram mais preocupados em esperar em longas filas e que sentem que as lojas devem adaptar-se às suas exigências. Quase nove em cada 10 inquiridos deixaram de fazer compras em lojas onde não estavam satisfeitos com o serviço. Em resposta, os retalhistas terão de explorar novos modelos de negócio e especialmente a sua estrutura para satisfazer as exigências dos utilizadores.
Vedações Carmo Wood protegem a nova linha de Metrobus do Mondego
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Carmo Wood, empresa portuguesa líder europeia em madeira tratada, foi selecionada, através da Comsa/ Fergrupo para a Infraestruturas de Portugal, para assegurar a proteção da nova linha de Metrobus do Mondego, em Coimbra (ver imagem). O projeto, que se estende ao longo de toda a linha do novo Metrobus do Mondego, num total de 22 km
de vedações, representa um investimento superior a 250 mil euros. Integrada no Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), a nova linha voltará a ligar o Alto de São João ao centro da cidade, através da revitalização do antigo Ramal da Lousã, agora com metro de superfície e veículos de tração elétrica, potenciando a circulação fácil e sustentável em meio urbano. A Carmo Wood atuará ao nível da proteção da linha, assegurando a colocação de três tipos diferentes de vedações – vedações de plena via em zona rural, ou em zona urbana, e ainda vedações
em estações e apeadeiros – tanto nas estações como nas zonas de aproximação, de modo a acautelar a invasão inadvertida de pessoas e animais domésticos ou selvagens, já que existem, neste projeto específico, muitos trechos à superfície. “Com esta empreitada, cuja conclusão se prevê para meados de 2022, a Carmo Wood dá o seu contributo para a melhoria da mobilidade urbana na cidade, e, consequentemente, da qualidade de vida dos conimbricenses, ao mesmo tempo que reforça a sua posição de liderança no fornecimento e instalação de postes e vedações de vias rodoviárias e ferroviárias”, afirma Jorge Milne e Carmo, presidente da Carmo Wood.
Textos Actualidad€ actualidade@ccile.org Fotos DR
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Repsol vai instalar 610 pontos de carregamento elétricos na Península Ibérica A
Repsol irá investir 42,5 milhões de euros na instalação de 610 pontos de carregamento elétricos nas suas estações de serviço de Portugal e Espanha. Este projeto vai ao encontro do objetivo da multi-energética de alcançar um milhar de pontos de carregamento elétricos na rede pública, até ao final de 2022, disponibilizando o maior número de pontos aos seus clientes na Península Ibérica, e de ser uma empresa neutra em carbono até 2050. O Instituto de Crédito Oficial (ICO) participou nas operações de financiamento à Repsol, com 40,7 milhões de euros, para a instalação de 610 pontos de carregamento elétricos rápidos e ultrarrápidos na rede de Estações de Serviço que a multinergética tem na Península Ibérica. Os 610 pontos de carregamento elétricos (18 ultrarrápidos e 592 rápidos) serão instalados antes do final de 2023 e ficarão situados em 33
das estações de serviço em Portugal e em 557 em Espanha, nos corredores do Mediterrâneo e do Atlântico. A potência instalada nos pontos de carregamento rápidos e ultrarrápidos será de 50 kW e 180 kW, respetivamente. Todos os pontos de carregamento elétricos da Repsol têm a garantia de origem de eletricidade 100% renovável. Atualmente, a rede pública de carregadores da Repsol é uma das mais relevantes em Portugal e Espanha, com mais de 350 pontos de carregamento, entre os quais se incluem 70 rápidos – a maioria situados em estações de serviço –, o que posiciona a empresa multi-energética como líder em carregadores rápidos na Península Ibérica. A esta rede, há que adicionar a primeira estação de carregamento para veículos elétricos que incorpora armazenagem de energia em Espanha, localizada na N-I, passan-
do pela cidade de Tolosa, na província de Gipuzkoa, e os dois pontos de carregamento ultrarrápidos, instalados em 2019 nas estações de serviço de Lopidana (Álava) e Ugaldebieta (Vizcaya). A Repsol também solicitou apoios estatais para aceder ao plano de incentivos de instalação de pontos de carregamento elétricos Moves III, com o objetivo de consolidar a sua oferta multienergética na mobilidade sustentável. Esta operação realizou-se no âmbito da iniciativa Connecting Europe Facility da União Europeia, em que a ICO atua – em colaboração com o Ministério dos Transportes, Mobilidade e Agenda Urbana– como entidade acreditada para a canalização de projetos de empresas espanholas que contribuem na dinamização da transição energética, melhorando a eficiência no setor dos transportes.
El Corte Inglés oferece 70 bolsas de estudo a filhos de colaboradores num valor total de cerca de 80 mil euros O El Corte Inglés reforça o investimento na área de educação e concedeu 70 bolsas de estudo aos filhos dos colaboradores que frequentam o ensino e formação profissional, o ensino secundário e o ensino superior, num investimento histórico para a empresa em Portugal, que perfaz o montante total de 78.100 euros. A área da Educação tem sido uma das apostas do El Corte Inglés, tanto no que diz respeito aos colaboradores como aos seus filhos. Em agosto de 2021, o El Corte Inglés atribuiu 7.400 euros em bolsas de estudo por mérito, destinadas a filhos de colaboradores que frequentam o ensino bási-
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co, e em outubro a empresa anunciou o cofinanciamento de licenciaturas dos colaboradores. Em Portugal, no âmbito dos benefícios e incentivos, a empresa tem vindo a fazer um esforço em apoiar os colaboradores e famílias em matéria de Educação. A criação de uma estrutura interna de Educação e o lançamento dos programas Estudar+ECI e Superior+ECI, são disso um exemplo. Do incentivo à conclusão do ensino básico e secundário trazendo o programa Qualifica para dentro da empresa, ao apoio e incentivo à frequência do ensino superior, e os mais de 20 protocolos que a empresa esta-
beleceu com instituições de ensino superior, alguns dos quais concedendo descontos nas propinas, são alguns dos projetos a salientar. Para os filhos dos colaboradores, a empresa tem procedido à entrega de kit de material escolar e conta já com três edições de candidaturas a bolsas de mérito para o ensino básico, para além de deter protocolos com centros de estudo e explicações, com creches e infantários. O El Corte Inglés lançou, mais recentemente, o programa interno de Apoio ao Estudo, com colaboradores que, de forma voluntária e generosa, apoiam os filhos de outros colegas da empresa.
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Fundación Cepsa apoia cinco projetos solidários em Portugal N a sua 17ª edição, os “Prémios ao Valor Social” da Fundación Cepsa distinguiram cinco projetos de ação solidária implementados em Portugal, que receberão 64 mil euros no total. Em 2021, para além de reconhecer e promover diferentes projetos sociais que promovam a inclusão e a qualidade de vida de pessoas ou grupos mais desfavorecidos, a Fundación Cepsa decidiu ampliar o foco de atuação para iniciativas sustentáveis que contribuam para a transição energética. É o caso do projeto Aldeias Pedagógicas, da associação Azimute, que tem como objetivo combater o isolamento e a solidão das pessoas mais velhas de seis aldeias do distrito de Bragança, bem como de criar atividades que envolvam os idosos e as suas famílias e/ ou comunidade de forma presencial ou recorrendo a novas tecnologias. Um novo espaço CADin Setúbal, da Associação Neurodesenvolvimento e Inclusão CADIn, foi outro dos pre-
miados. Vai permitir a abertura de um novo espaço para esta entidade, com mais gabinetes que permitam aos seus profissionais atenderem mais utentes, respondendo, assim, a uma necessidade urgente. Foi, igualmente, distinguido o projeto EntreGerações, promovido pela Associação Florestal de Portugal. Esta iniciativa visa fomentar a aproximação dos proprietários florestais, na sua maioria idosos, aos jovens em áreas onde impera a pequena propriedade e consideradas zonas desfavorecidas. Quanto ao projeto Escola Joyeux, da Associação Vila com Vida, é dirigido a pessoas com dificuldades intelectuais e do desenvolvimento, para que os jovens com potencial para uma vida autónoma não fiquem parados, institucionalizados ou em casa e des-
perdicem os seus talentos. Já o projeto NEAR - NEwly ARrived in a common home, promovido pela Ação e Integração para o Desenvolvimento Global, propõe testar uma metodologia para fomentar e facilitar a orientação social de pessoas imigrantes, no período inicial da sua chegada e inclusão nas comunidades locais de acolhimento. As ações do projeto visam desenvolver um caminho de reforço progressivo do sentimento de pertença ao novo contexto social e à nova comunidade local em que os imigrantes serão incluídos à sua chegada.
Organizações Portuguesas aderem ao Pacto Climático Europeu por um futuro verde P ara o corrente ano, a Comissão Europeia conquistou o apoio de inúmeras organizações para o cumprimento das metas conferidas pelo Pacto Climático Europeu, nomeadamente, a redução das emissões de gases de estufa em 55% até ao final da década e neutralidade carbónica europeia até 2050. Corporações, municípios, instituições de caridade e associações de cidadãos são fundamentais para a concretização de um futuro mais ecológico, já que são atores centrais no consumo de energia e na gestão de desperdício. A cidade de Lisboa e a cidade do Porto são parte desta nova parce-
ria, comprometendo-se a reduzir as emissões de gases de estufa, estimar e identificar possíveis condicionantes à transição ecológica, restruturar o planeamento urbano de forma a incorporar fontes de energia eficientes e sustentáveis. Também vários municípios aderiram à iniciativa, como o município de Braga, da Figueira da Foz, de Guimarães, de Mafra, entre outros. O setor privado não ficou aquém. A EDP comprometeu-se a investir na redução de emissões e no controlo da poluição da água, bem como apresentar maior transparência na informação sobre o
impacto ambiental das suas operações e promover a educação dos seus colaboradores face à poluição da água. O aglomerado de telecomunicações NOS aposta na redução de emissões, na utilização de energia verde e na transparência de informação. Estas são algumas das 176 instituições portuguesas que preveem alterar os seus comportamentos para que o mundo continue verde e habitável. No entanto, o a proteção do ambiente e de uma Europa mais neutra estende-se a qualquer indivíduo e, atualmente, mais de 23 mil pessoas aderiram ao Pacto Climático. FEVEREIRO DE 2022
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Grupo CaixaBank eleito “Líder em obrigações sociais na Europa Ocidental 2021” O grupo CaixaBank, acionista único do BPI, foi eleito “Líder em obrigações sociais na Europa Ocidental” pela revista Global Finance nos prémios “Sustainable Finance Awards 2021”. Estes galardões, na sua primeira edição, destacaram as entidades líderes no financiamento sustentável para mitigar os efeitos negativos das alterações climáticas e que ajudam a construir um futuro mais sustentável para a humanidade. O júri dos prémios, formado pelos editores da revista e com o apoio de um relatório independente, elegeu as entidades que apresentaram as melhores práticas em financiamento sustentável segundo múltiplos critérios como as políticas de governo das sociedades, os objetivos fixados e as iniciativas implementadas no financiamento social e ambiental entre
maio de 2020 e abril de 2021. O CaixaBank foi o primeiro banco espanhol a emitir obrigações sociais em 2019 para apoiar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas. Na ocasião, a entidade captou mil milhões de euros a cinco anos, em formato de dívida sénior não preferencial, com o objetivo de facilitar o financiamento de atividades que contribuam para o desenvolvimento económico e social, lutando contra a pobreza e fomentando a criação de emprego digno nas zonas mais desfavorecidas de Espanha (ODS 1 e 8). O CaixaBank é, atualmente, o líder na emissão de obrigações ESG em Espanha e Portugal, segundo a Refinitiv. Apenas no primeiro semestre de 2021, o grupo CaixaBank participou na emissão de 13
obrigações ESG, por um valor de 14.600 milhões de euros, duplicando o alcançado em todo o ano de 2020. Entre outras, destacam-se as emissões “verdes” ou sustentáveis da Red Eléctrica de España, Telefónica, Iberdrola ou Enel, em Espanha, e as da NOS, BA Glass e Navigator, em Portugal, estas em conjunto com o BPI. Quanto a emissões próprias, desde a aprovação do seu “Marco de emissão de obrigações ESG no apoio aos ODS das Nações Unidas” em 2019, o CaixaBank emitiu sete obrigações ESG. O grupo financeiro destaca-se pela implementação de princípios de investimento responsável e pelo seu compromisso com o investimento sustentável como estratégia de gestão de riscos globais e de geração de retornos sustentáveis a longo prazo.
DIA Portugal junta-se à Too Good To Go, com 54 lojas Minipreço
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om presença consolidada e de referência no setor da distribuição, o grupo DIA assume um papel cada vez mais ativo e alinhado com os seus pilares estratégicos de sustentabilidade. A marca retalhista vai agora disponibilizar “Magic Boxes” na aplicação de combate ao desperdício alimentar Too Good To Go, em 54 das suas lojas Minipreço, insígnia que foi também pioneira no lançamento do con-
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ceito discount em Portugal. A parceria com a Too Good To Go começou no final do mês de novembro e em menos de 10 dias já tinham sido salvas mais de 600 “Magic Boxes” nas lojas Minipreço. Estas são as primeiras lojas do grupo a disponibilizar, parte do seu excedente alimentar (alimentos de qualidade que não foram vendidas nos horários normais de expediente das lojas) através da app Too Good To Go. A DIA Portugal assume, assim, o compromisso com a Too Good To Go, plataforma que é já o maior marketplace digital B2C do mundo, que conta em Portugal com mais de 950 mil utilizadores. Uma base de consumidores cientes da importância de um consumo mais consciente, que podem agora também aproveitar,
e salvar, as “Magic Boxes” das 54 lojas Minipreço, disponíveis na app, usufruindo assim de uma seleção de alimentos e refeições, de qualidade, a preços também mais acessíveis. “O grupo DIA apresentou recentemente o seu plano de sustentabilidade 2021-2023 e o desperdício alimentar é um dos 15 pilares onde queremos intervir e fazer a diferença”. Nas suas mais de 500 lojas em todo o território nacional, o grupo quer “ser parte ativa na abordagem a temas tão sensíveis para a nossa vida comum, e esta parceria com a Too Good To Go permite-nos, juntamente com outras iniciativas que temos em curso, combater o desperdício alimentar, disponibilizando aos clientes das lojas Minipreço uma solução amplamente testada e validada”, refere Miguel Guinea, presidente executivo da DIA Portugal.
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Sonae Sierra reconhecida por 13 anos consecutivos no ranking GRESB A Sonae Sierra alcançou a mais elevada classificação possível, de 5 Estrelas, atribuída pela GRESB Real Estate Assessment – uma organização que avalia o desempenho Ambiental, Social e de Governação de ativos imobiliários à escala mundial –, tanto para o fundo Sierra Prime como para o fundo Iberia Coop em 2021. Há 13 anos consecutivos que a Empresa é reconhecida pela instituição enquanto Green Star. O Sierra Prime ocupa o segundo lugar na categoria de centros comerciais do Sul da Europa, e o Iberia Coop o terceiro. Os ativos do Sierra Prime ficaram 27% acima da média GRESB, e superaram os seus pares em 12%, enquanto o desempenho dos ativos do Iberia Coop foi 26% melhor do
que a média GRESB, situando-se 11% acima dos seus pares. Elsa Monteiro, diretora de Sustentabilidade da Sonae Sierra, sublinha que o grupo “mantém a classificação mais elevada – Green Star – há 13 anos consecutivos, reforçando a sua reputação enquanto líder na gestão de veículos sustentáveis, adaptados às necessidades dos investidores. Estamos muito orgulhosos por ver a nossa estratégia reconhecida com 5 Estrelas, refletindo o nosso compromisso de desenvolver, adquirir e gerir ativos sustentáveis, e que contribuem para melhorar as comunidades em que se inserem, ao mesmo tempo que
remuneram de forma estável os investidores e parceiros”. Todos os anos, a GRESB avalia e compara o desempenho ambiental, social e de governação (ESG, na sigla em inglês) de ativos imobiliários em todo o mundo e monitoriza o progresso do setor em relação aos objetivos globais de sustentabilidade. As avaliações GRESB são orientadas tendo em conta o que os investidores e a indústria consideram ser as questões materiais no desempenho de sustentabilidade por parte dos investimentos em ativos imobiliários e alinhadas com padrões internacionais, tais como o GRI e o PRI.
Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR
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Nanotecnologia: o futuro constrói-se ao microscópio Em Braga, no Laboratório Internacional Ibérico de Nanotecnologia, estão alguns dos microscópios mais poderosos . É lá que cientistas de todo o mundo desenvolvem pesquisa interdisciplinar, para responder aos desafios colocados pelos clusters da saúde, alimentação, energia, ambiente, tecnologias de informação e futuras tecnologias emergentes. Lars Montelius, atual diretor-geral do INL, explica à "Actualidade" o potencial da investigação feita nestes domínios. Fundamentalmente financiada por dinheiros públicos, a nanotecnologia começa a atrair cada vez mais a atenção dos privados. A “revolução” está a acontecer, ao microscópio, mas os efeitos serão cada vez mais visíveis a olho nu… Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
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m teste para detetar Covid 19, que “está a ser comercializado por uma grande companhia internacional, a ALS” e que “foi rapidamente desenvolvido (em seis meses), por vários especialistas que trabalharam em conjunto no Laboratório Internacional Ibérico de Nanotecnologia (INL)”, é um dos recentes feitos desta infraestrutura localizada em Braga, conta-nos o seu diretor-geral, o Lars Montelius (foto na página 34), referindo-se à face mais visível do trabalho efetuado pelos cientistas, oriundos de 40 países do mundo, que trabalham atualmente no INL. O físico sueco define a casa, que iniciou atividade em 2008 e que dirige há sete anos, como sendo “uma organização intergovernamental que realiza pesquisas multidisciplinares focadas em agregar valor à sociedade, gerando conhecimento e inovação”. Nem todas as pesquisas desenvolvidas no âmbito da nanociência e da nanotecnologia são facilmente traduzidas em produtos num tão curto período de tempo como o referido teste covid, mas é consensual que as aplicações multidisciplinares da investigação neste âmbito configuram uma revolução, que poderá abranger todas as áreas da nossa vida. Uma revolução na qual o INL tem tido e quer continuar a ter uma palavra a dizer? O organismo ibérico que os governos português e espanhol acordaram erguer em 2006 (na cimeira ibérica), arrancava dois anos depois, sediando em Braga vários projetos de investigação de ponta e uma comunidade científica “dinâmica e inovadora”, assegura Lars Montelius, que não tem dúvidas de que o INL é um motivo de orgulho para Portugal e para Espanha: “O crescimento do INL tem sido notável, agora temos cerca de 420 pessoas a trabalhar no INL, em mais de uma centena de projetos. Há oito anos, éramos
O Laboratório Internacional Ibérico de Nanotecnologia opera com um orçamento de 30 milhões de euros, a aplicar em três anos, e aguarda decisões a candidaturas no valor de 50 milhões apenas 90 pessoas. As nossas atividades são multidisciplinares e multidimensionais e temos como missão explorar interfaces. Todos os tipos de interfaces, os interfaces científicos e tecnológicos, mas também os interfaces entre pesquisa e tecnologia e inovação versus vários tipos de organizações, empresas, governos, etc., bem como as pessoas. A visão do INL é ser um reconhecido e líder centro global de inovação em nanotecnologia. No INL, fomentamos o uso da nanotecnologia para responder aos grandes desafios atuais, alinhados com os objetivos de desenvolvimento sustentável e as nossas
atividades científicas estão agrupadas em seis áreas principais: saúde, alimentação, energia, ambiente, nano sistemas digitais inteligentes e materiais e computação avançados. Ao trabalhar nessas seis áreas interdisciplinares de aplicação da nanotecnologia, fortalecemos um importante ecossistema de pesquisa, tecnologia e inovação, contribuindo para a prosperidade da sociedade.” Além dos projetos com vocação comercial mais imediata, como é o caso do referido teste para deteção de covid, Lars Montelius fala-nos dos restantes, cuja aplicação é sobretudo a de fazer evoluir esta área do conhecimento: “Do outro lado do espectro estão os sucessos relacionados com a chamada blue-sky research (expressão usada para definir investigação sem aplicação prática imediata) que desempenhará um grande papel para aplicações futuras principalmente no conceito de sociedade inteligente”. Entre as conquistas mais fáceis de materializar e as menos óbvias, “existem uma infinidade de sucessos, como o novo diagnóstico avançado de cancro através de biópsia líquida, permitindo a deteção precoce do cancro, que está agora a ser comercializada por uma das nossas startup”, revela o físico, acrescentando outros exemplos, “relacionados com FEVEREIRO DE 2022
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As invenções obtidas em 2019 pelo INL contribuíram para 27 famílias de patentes diferentes, o que levou a um total de 82 submissões de pedidos de patentes
novos materiais que substituirão o plástico na área de alimentos, sistemas avançados de monitorização para controlo e análise ambiental e novos dispositivos e sistemas eletrónicos para computação neuromórfica” (Ver caixa da página ). A trabalhar em investigações relacionadas com a nanotecnologia há 30 anos, este físico aponta “a precisão” com que se consegue trabalhar como “a grande conquista”, que decorre do poder de resolução dos microscópios que não parou de crescer e “isso permite ver e ver é acreditar”. Nas primeiras pesquisas feitas em nanotecnologia, o cientista admite que tinham que basear-se mais naquilo em que acreditavam que poderia acontecer à escala nano porque nem tudo era visível. Essa precisão viabiliza gigantescos avanços na engenharia ou na alimentação, “que poderá ser feita por pedido, à medida das necessidades de cada indivíduo, quer tenha problemas de obesidade, ou diabetes, por exemplo”. O mesmo é válido para a área dos dispositivos médicos ou dos sen34 ACT UALIDAD€
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matéria, mais aumentamos o número de faces e consequentemente o número de reações.” Aumentar o número de reações é acelerar um O que torna a nanotecnologia tão processo e isso amplia a nossa capacidade de intervenção em todas poderosa? A possibilidade de trabalhar a áreas, sintetiza o professor, expondo matéria a uma escala muito reduzi- outra possibilidade: “Uma aplicada é o que torna este novo ramo da ção prática disto será, por exemciência tão poderoso e multidisci- plo, reduzir o tamanho dos grãos plinar. Por outras palavras, quanto de sal que pomos nos amendoins, mais pequena for a matéria, maior é mantendo a intensidade do sabor, o seu potencial de reação, explica o porque a absorção do sal na nossa professor Lars Montelius: “Quando boca será mais rápida. Com menos o ouro é visto à escala nano, a sua sal, mas subdividido num número aparência é azul e não dourada maior de grãos, conseguimos mais como num anel. Esse fenómeno reações e mais rápidas no processo é fácil de observar, mas toda a de absorção de sal. Assim, com matéria à escala nano muda as suas menos riscos para a nossa saúde, propriedades, o que configura um temos o mesmo sabor.” Conclusão: novo mundo tridimensional que O poder da nanotecnologia reside está a ser descoberto.” Outro exem- na capacidade que adquirimos de plo: “Um cubo de açúcar demora trabalhar a matéria no seu mais algum tempo a ser dissolvido numa reduzido tamanho, como acontece chávena de café, mas se optarmos no átomo. Isso porque conseguipor açúcar em grão, a dissolução é mos dividir a matéria até atingir mais rápida porque estão mais faces esse tamanho minúsculo e porque da substância açúcar a reagir com o se desenvolveram lentes capazes de líquido. Quanto mais reduzimos a tornar visíveis coisas tão pequenas. sores em áreas com que acautelam a segurança num automóvel, assinala também o cientista.
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O que é a nanotecnologia? O termo nanotecnologia foi usado pela primeira vez em 1974 pelo japonês Norio Taniguchi, referindo-se ao “processamento de separação, consolidação e deformação de materiais por um átomo ou uma molécula". No entanto, sabe-se que, já no século IV d.C., os romanos usavam metais nanométricos para decorar copos e chávenas. Dessa época é a famosa taça de Licurgo (atualmente exposta no British Museum), que contém nanopartículas de ouro e prata embutidas no vidro. O físico norte-americano Richard Feynman, considerado o “pai” da nanotecnologia, “foi, em 1959, o primeiro a falar na possibilidade de utilizar estruturas atómicas construídas átomo a átomo, recuperando parcialmente uma ideia já abordada por Arthur von Hippel, na década de 30 do século XX”, como se lê na Infopédia da Porto Editora. No texto dedicado à nanotecnologia, informa-se que “Feynman defendia que não havia obstáculos teóricos à construção de dispositivos compostos por elementos muito pequenos, nomeadamente os átomos”. Na década de 80, Eric Drexler voltou a dedicar-se ao tema, tornando-se a primeira pessoa a doutorar-se em nanotecnologia (no MIT). A palavra nano vem de "nanos", termo grego que significa anões. Nano é um prefixo científico para algo muito pequeno, aproximadamente quatro átomos em fila. O milímetro é 1000 vezes menor que o metro, o micrómetro é 1000 vezes menor que o milímetro e o nanómetro é 1000 vezes menor que o mi-
crómetro. Os cientistas descobriram que as propriedades da matéria na escala de tamanho dos nanómetros são diferentes das propriedades da mesmíssima matéria em escala de tamanho convencional e isso abre um mar de possibilidades. A mesma Infopédia esclarece que “a nanotecnologia consiste na manipulação de átomos, moléculas e materiais de forma a construir estruturas à escala de nanómetros”. Esta tecnologia “possibilitará a construção de máquinas capazes de efetuar trabalhos até agora impossíveis de realizar, assim como desenvolver novos materiais, computadores e sistemas de armazenamento de informação”. Assim, “espera-se que os nanocomputadores sejam mil vezes mais rápidos do que os atuais” e que “sejam capazes de armazenar mil vezes mais informação”. Digamos que “se o homem conseguir manipular o átomo, poderá fabricar máquinas capazes de interagir com células humanas ou componentes de células de ADN”. Estamos a falar de “máquinas capazes de circular no sangue, para, por exemplo,
destruir células cancerosas, ou outras destinadas a corrigir doenças genéticas, alterando o ADN”. Os avanços na nanotecnologia já viabilizam bons resultados na produção de semicondutores, nanocompósitos, biomateriais e chips , por exemplo. Em termos económicos, “a nanotecnologia, graças aos cada vez melhores meios de produção que originará, poderá possibilitar que o fabrico de produtos se torne tão barato quanto a atual cópia de ficheiros informáticos, por exemplo”, lê-se ainda na Infopédia. O texto acrescenta que “a nanotecnologia deverá possibilitar o fabrico de materiais mais leves, resistentes e programáveis, que para a sua construção necessite de menos energia e gere menos poluição. Poderá também potenciar a eficácia dos combustíveis de carros, camiões, barcos, aviões e naves espaciais”. Espera-se igualmente que “a nanotecnologia deverá também possibilitar a construção de sistemas capazes de se copiarem a si próprios, ou seja reproduzirem-se, e de construírem outros produtos”.
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Digitalização, sustentabilidade, saúde e alimentação são os principais A investigação desenvolvida e a desenvolver no INL obedece a quatro objetivos principais, que orientam o “foco e concentração” de quem trabalha neste organismo: • Fomentar uma Sociedade Digital habilitada pela Nanotecnologia – para cidades mais inteligentes, comprometidas com redes de sensores sem fio, para monitorização, controlo e segurança melhorados, o INL visa desenvolver e implantar nanodispositivos que operarão numa infinidade de ambientes. • Desenvolver tecnologias computacionais disruptivas de nova geração: Na vanguarda da nanopesquisa, esse objetivo concentra-se nos avanços da computação neuromórfica e quântica para permitir não só mais capacidade para resolver problemas complicados, mas também uma rede para o fazer num contexto de eficiência energética. • Promover a Neutralidade de Carbono e a Sustentabilidade Ambiental, com soluções de nanotecnologia para alcançar o fornecimento de energia limpa, redução de resíduos e reciclagem. • Personalização de Alimentos e Nanotecnologias Médicas para uma melhor saúde e bem-estar, trazendo funcionalidade aos bens nutricionais e uma nova dimensão ao diagnóstico e à terapêutica que inclui na equação o modelo do indivíduo. Alguns dos projetos do INL: - Diagnóstico e tratamento do cancro: Um sistema versátil de introdução de medicamentos Nanotransportado-
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res de cera Theranostics • Estes nanotransportadores fabricados no INL usam a integração de MRI (imagiologia por ressonância magnética) juntamente com terapia combinatória sinérgica (quimioterapia termo-induzida magneticamente) para identificar o alvo para administrar o medicamento, bem como fornecer o efeito terapêutico para a eliminação do tumor. • Diagnóstico precoce e prescrição terapêutica personalizada: Usando nanotecnologia (síntese de nanostars de ouro, rotulagem Raman, revestimento de sílica e funcionalização de biomarcadores), os chips foram otimizados para: • Espalhamento Raman com Superfície melhorada (SERS), juntamente com microfluídos para encapsulamento e armazenamento de células, levando a um SERS num Chip para fenotipagem de células. • Sistemas de biossensores para doenças do desenvolvimento, oncológicas e neurológicas. • Sistemas biomicrofluídos para
isolar biomarcadores - Sistemas Organ-on-a-chip para estudar modelos e padrões de doenças. Esses sistemas servirão como ferramentas para especialistas biomédicos ampliarem a gama de doenças estudadas e/ou aumentarem a eficácia de seus testes padrão. Por exemplo, uma cultura 3D de células endoteliais e cancerosas num chip foi usado para imitar a micrometástase pulmonar • Ambiente livre de riscos: Desenvolvimento de novos materiais como Covalent Organic Frameworks (COFs), para a captura seletiva e eficiente de contaminantes na água (como produtos farmacêuticos ou pesticidas) para poder monitorizar sua presença, permitindo alerta atempado e medidas de mitigação e remoção imediata do meio ambiente desses contaminantes. • Novas soluções para embalagens de alimentos sem petróleo foram desenvolvidas em conjunto com um parceiro industrial, fornecendo sacos
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mais ecológicos para mantimentos. Alimentos funcionais personalizados - Ao melhorar a bioatividade dos componentes alimentares usando tecnologias inovadoras de encapsulamento em combinação com tecnologias inovadoras de manufatura aditiva (por exemplo, impressão 3D), o INL desenvolveu soluções para melhorar a nutrição pessoal, ajudando-nos a reduzir a nossa ingestão de sal, a substituir gorduras saturadas por óleos insaturados nanoestruturados, ou bioativos encapsulados para uma libertação controlada. Melhorar a qualidade dos sistemas alimentares - Aumentou o nível de prontidão tecnológica dos dispositivos miniaturizados de deteção baseada em ADN ao longo da cadeia de valor alimentar, permitindo integração e conectividade. Smart Digital Nano-systems: Desenvolvimento de um dispositivo ótico autónomo totalmente integrado para monitorizar a maturação da uva e o stress hídrico da videira. Este sistema foi implementado nas vinhas de um parceiro industrial, para monitorizar as propriedades da uva como a cor e o teor de água (através de espectroscopia de infra vermelhos) de modo a auxiliar na colheita e melhorar o processo agrícola. Primeira prova de princípio para sensor de ADN de grafeno attomolar baseado na extinção de emissão. Materiais Avançados em Es-
cala Atómica: Alcançada a produção de material 2D em escala cm2: • MoSe2, um bloco de construção para fotodetetores, desenvolvido com técnicas avançadas de transferência e uma espessura controlada de 1-100 nm. • O grafeno, a gema da nanotecnologia (é uma das formas cristalinas do carbono e o material mais fino do mundo,
possui uma elevada resistência mecânica, bem como condutividades térmica e elétrica, características que permitem infinitas possibilidades de utilização), e o hBN, um bloco de construção para dispositivos emissores de fotão único, cresceram atomicamente finos em grandes áreas (um dos poucos grupos em todo o mundo capazes de fazer isto).
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A falha também é evolução Os avanços da nanotecnologia são inegáveis, até porque, no contexto científico, o retrocesso é uma impossibilidade, já que mesmo os projetos menos bem-sucedidos permitem evoluir em termos de conhecimento, sustenta Lars Montelius: “Em geral, os projetos menos bem-sucedidos traduzem-se em resultados que demoraram mais do que esperávamos – ou não obtivemos os resultados que esperávamos. Então, do ponto de vista do 'resultado previsto', eles são menos bem-sucedidos. Mas, do ponto de vista gerador de conhecimento, são sucessos. E, na maioria das vezes, são também aqueles com as maiores ambições, quando tentamos trilhar um caminho que ninguém percorreu antes, ou seja, os exploratórios e os que podem ter um maior potencial disruptivo. É uma questão de equilíbrio entre projetos altamente exploratórios que podem falhar de um ponto de vista, mas serem verdadeiros sucessos de outro ponto de vista. Para realizar uma pesquisa excelente, 38 ACT UALIDAD€
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é preciso ser ambicioso nos objetivos e também ter a coragem de falhar rapidamente – ou talvez melhor dito, ser corajoso o suficiente para testar e também ser corajoso o suficiente para reorientar a pesquisa rapidamente, evitando gastar muitos recursos em coisas que podem não funcionar bem ou dentro do tempo disponível. Quando os processos de investigação são ambiciosos, geram-se novos conhecimentos que, por sua vez, nos permitirão compreender novos fenómenos, ou processos ainda mais interessantes do que o que ambicionamos inicialmente. Então, na realidade, falhas reais não são comuns na pesquisa, pois os resultados que obtemos aprimorarão o nosso conhecimento e compreensão e contribuirão para a compreensão científica global geral. Logo, um fracasso não é realmente um fracasso.” Muitas das investigações bem-sucedidas do INL culminam em patentes, como frisa Lars Montelius: “O INL também visa proteger a sua propriedade intelectual de várias
formas, incluindo o pedido de patentes a nível nacional, europeu e internacional. As invenções obtidas em 2019 contribuíram para 27 famílias de patentes diferentes, o que levou a um total de 82 submissões de pedidos de patentes. À medida que as tecnologias se desenvolvem e evoluem posteriormente, a exploração de tais resultados é uma das formas de o INL promover uma rede empresarial global, que é um fator-chave para a sua sustentabilidade.” O diretor-geral do INL assinala que tem havido “uma explosão de patentes nos últimos anos”, recordando que “há sete anos não havia nenhuma patente”. Acresce que a investigação também tem fomentado o empreendedorismo empresarial e o INL já gerou quatro startups.” A tal não será indiferente o facto de Braga ser uma cidade muito povoada por jovens. “Há muito entusiasmo que contribui para o ecossistema de inovação que temos e nós comemos inovação ao pequeno-almoço”, gracejou Lars Montelius, acrescentando que Braga não só
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atrai jovens, mas também “está a atrair várias grandes empresas” e possui “uma universidade jovem, que se tem desenvolvido muito”. Inovação aberta às empresas As empresas, por enquanto só são responsáveis por cerca de 30% do financiamento do INL. Esta parcela refere-se às chamadas “atividades comissionadas, que proporcionam inovação e apoio técnico ao tecido industrial”. O restante financiamento é público, detalha Lars Montelius: “Cerca de 30% provém da contribuição anual dos estados membros e 40%, dos projetos de investigação competitivos – com foco principal em projetos europeus. Ao longo dos anos, o financiamento do INL através de subvenções públicas tem seguido uma tendência crescente, impulsionada principalmente por projetos nacionais, regionais e europeus. Capitalizando o know-how, as competências em tecnologias chave, as nossas instalações de topo, o INL visa também aumentar os serviços de investigação e tecnologia comissionados para a sustentabilidade do nosso ecossistema de RTI (Research, Technology and Innovation – Investigação, Tecnologia e Inovação).” O diretor do INL adianta que atualmente gerem “um orçamento 40 ACT UALIDAD€
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de 30 milhões de euros, que deverá ser aplicado em três anos”, mas contando com as candidaturas em que estão envolvidos atualmente esperam obter “financiamento na ordem dos 50 milhões de euros nos próximos anos”. O cientista observa que, a nível de financiamento, tem havido um “forte crescimento do financiamento oriundo de projetos europeus e financiamento privado”. Estes dois pilares “representam juntos hoje cerca de dois terços de nossas atividades”. O objetivo é dilatar o contributo do setor privado, diz: “Estamos neste momento a apostar no aumento do terceiro pilar e trabalhamos já com uma multiplicidade de empresas, tanto em Portugal como em Espanha, mas também de outros países, na Europa e fora dela.” Sem avançar o nome dessas empresas, Lars Montelius adianta apenas que “são maiores empresas da Península Ibérica”, parceiras em projetos com financiamento público. O INL Business Club funciona numa lógica de “inovação aberta, com muitas empresas associadas que, em colaboração com o INL, desfrutam de serviços de pesquisa, tecnologia e inovação”. O físico sueco acrescenta que o INL funciona como um maestro, orquestrando em vários domínios: “Um exemplo
recente foi o fomento de um cluster português relacionado com a investigação e inovação em baterias. Aqui unimos forças com todos os principais atores em Portugal. Também participamos em inúmeras redes e plataformas tecnológicas europeias”. As expetativas em relação à nanotecnologia são elevadas, pelo que recorrer à investigação à escala nano pode ser uma oportunidade a explorar pelas empresas, já que não há área que não possa beneficiar do conhecimento produzido pela nanociência. Lars Montelius dá mais algumas pistas aos potenciais investidores, destacando que a maioria dos projetos em curso ou sujeitos a candidaturas estão alinhados com os objetivos de sustentabilidade: “Estamos sempre a trabalhar no sentido de desenvolver novos materiais que substituam os que são mais prejudiciais para o planeta ou que usam matéria-prima que está a decrescer. Outros projetos procuram alternativas para tornar os produtos já existentes menos nocivos. Desenvolvemos sensores e dispositivos que possam melhorar as nossas vidas.” O desafio mais abrangente será sempre o de melhorar as condições de vida. Desafiante é também neutralizar os riscos e se na ciência até as falhas contribuem para a evolução, Lars Montelius não tem dúvidas a identificar o que pode travar o conhecimento: “O que representa maior risco são os falsos factos. No Google, não faltam exemplos de pessoas que estão a produzir falsa informação. Se a sociedade se apoiar em opiniões em vez de se apoiar em factos, se o processo se basear em sentimentos em vez de se basear em evidências, pode ser perigoso. A ciência baseia-se em criar dados que nos permitam tomar as decisões mais adequadas. O avanço científico traduz-se na criação de conhecimento que possa ser usado pela sociedade, pelos nossos políticos, pelas nossas empresas, etc.” Essa é a tarefa diária do INL.
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Correção Na pág. 37 da Actualidad€ nº 295, na caixa intitulada “Fenabel” (integrada no artigo intitulado “Exportações de mobiliário voltam a expandir-se”), o texto contém alguns dados desatualizados sobre a empresa entrevistada, que a mesma veio mais tarde a retificar por email, mas que não foi possível introduzir a tempo do fecho da edição. Deste modo, apresentamos as nossas desculpas à empresa e aos leitores e reproduzimos de novo o texto já devidamente corrigido: A Fenabel é uma das empresas nacionais de referência no ramo da produção de cadeiras e mesas. Com foco no segmento contract e geriátrico, a Fenabel aposta e conta com vários designers de renome para conceber as suas coleções de estilo contemporâneo com elevada qualidade e complexidade técnica. Designers como Aitor Garcia de Vicuña, Francesc Rifé, Area44, Muka Design Lab, Paco Camus, Studio Segers, entre outros, que têm muita experiência na criação de produtos específicos para os segmentos onde a empresa opera, seja com a marca Fenabel, seja com a marca Sentta, marca premium, mais focada em projetos de luxo, contract ou residenciais. A comercialização é feita em contexto B2B, junto de empresas especializadas nos mercados-chave para a Fenabel, seja através de retalhistas, seja através de estúdios de design de interiores, que prescrevem os produtos nos seus projetos para hotéis, restaurantes ou residências. A empresa exporta para mais de 40 países, sendo o principal destino da sua produção o mercado
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francês. Seguem-se outros países europeus, tais como Inglaterra, Bélgica, Holanda, Suécia, Espanha e Itália, assim como países de outros continentes, tais como os EUA, o Canadá e a Austrália. A empresa de Rebordosa (Paredes), que celebra o seu 30º aniversário em 2022, possui uma unidade produtiva de 12 mil metros quadrados, com 120 funcionários, e equipada com a mais alta tecnologia, como, por exemplo, várias máquinas de controlo numérico (CNC), robôs de pintura, entre outros. Segundo Evandro Costa, responsável de Marketing da Fenabel, a estratégia para os próximos meses passa por “expandir a marca em mercados identificados com potencial para esse efeito e cimentar posição nos mercados já maduros em termos de relações comerciais”. Questionado sobre a estratégia ao nível da inovação e sustentabilidade, salienta a instalação de painéis solares fotovoltaicos, que fornecem parte da energia consumida na produção e a obtenção da certificação ISO 14001 - Sistema de Gestão Ambiental, acrescentando também que “a estratégia de inovação passa muito pelo contacto próximo com designers internacionais e parcerias com escolas de design. Em conjunto, desenvolvemos soluções para os mercados que estamos a trabalhar, e temos procurado estabelecer uma ligação entre a procura dessas soluções e a aposta cada vez maior na sustentabilidade e no design
circular”. Quanto à transição digital, a empresa já tem um plano bem definido para o caminho a percorrer. “Temos apostado em e-commerce de uma forma indireta (B2B), mas no que respeita à digitalização das operações, tais como interligar o site com plataformas de newsletters e toda a dinâmica de receção e tratamento de leads oriundas das campanhas digitais, está a ser cada vez mais incorporada na nossa forma de trabalhar o mercado”, adianta o mesmo responsável. A nível de exportações, a pandemia não afetou de forma significativa a atividade da empresa, mas já o atual constrangimento ao nível do fornecimento de algumas matérias-primas tem sido um obstáculo para a produção de certos artigos. O mercado espanhol representa cerca de 10% do volume de negócio da Fenabel, que continua a apostar no crescimento deste mercado, “cheio de potencial“ para a empresa. A empresa consolida a sustentabilidade a nível económico e ambiental, tendo obtido a certificação na Cadeia de Custódia PEFC.
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setor imobiliário
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La inversión hotelera se disparará en 2022: llegarán 2.850 millones para proyectos de reforma y de nuevos hoteles
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urante este año, se espera que el volumen de inversión destinado a la reforma y construcción de nuevos hoteles supere los 2.850 millones de euros, según el informe “H. Refcon 2021”, publicado por Colliers, líder global en servicios de asesoramiento y gestión de inversiones en real estate. Según Colliers, este importe se destinará a renovar o construir 296 establecimientos y 33.887 habitaciones. El dato, muy superior al de otros años, recoge tanto la inversión originalmente prevista para el año como la acumulada por la fina-
lización de los proyectos paralizados durante los dos últimos años. Del total de este volumen previsto para 2022, el 80% irá destinado a la construcción de nuevos establecimientos, lo que confirma el impulso en la construcción de nuevos hoteles, significativamente paralizado por la crisis sanitaria. Esta tendencia hacia la cualificación de la planta hotelera se espera que continúe en el medio plazo, tal y como demuestra la cifra relativa a los proyectos anunciados públicamente más allá de 2022 que, sumada al volumen previsto para el próximo año, se sitúa próxima a los 5.500 millones de euros. Por lo que se refiere al grado de intervención y a pesar de la situación actual, se observa un claro predominio de las reformas de gran
calado este último año. Así, destaca el protagonismo de la obra nueva y la reconversión de edificios a uso hotelero, que concentra el 57% del volumen total invertido en 2021, es decir 674 millones de euros en 96 establecimientos y 6.245 habs. El segundo componente más representativo de esta inversión han sido las reformas integrales, que acumulan el 33% (45 hoteles, 5.175 habs.), mientras que las reformas parciales y puntuales (8% y 2% respectivamente) acumulan menores niveles de inversión, aunque abarcan el 44% del total de habitaciones actualizadas (8.850 habs.). En cuanto al reparto geográfico de la inversión, la mayor parte de ésta se ha acumulado en 2021 en tres de los cinco destinos turísticos principales. Canarias, Madrid y Baleares representan conjuntamente el 45% de la inversión total. Barcelona y Costa del Sol, por el contrario, han perdido representatividad, viéndose superados por provincias como Sevilla, que ha alcanzado un volumen de 114,4 millones de euros.
La inversión inmobiliaria en España se dispara un 33% en 2021 y se acerca a niveles pre-covid L a inversión total en el sector inmobiliario (incluyendo oficinas, retail , logística, multifamily , residencias de ancianos, residencias de estudiantes y hoteles) alcanzará unos 12 mil millones de euros a cierre de 2021, representa un incremento de un 33% respecto al año anterior. La previsión es de la consultora
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JLL, que señala a las residencias de mayores como uno de los activos de mayor crecimiento. En concreto, para el segmento de commercial real estate (oficinas, logística y retail ), la inversión en 2021 rondará los 5.900 millones de euros (más 8%), de los que 1.520 millones corresponden al último trimestre del año.
“Con un incremento del 33%, el año que ahora cerramos [2021] ha superado la inversión inmobiliaria de 2020 de forma significativa, volviendo a una situación de mercado normalizada, tras los peores meses de la pandemia”, explica Sergio Fernandes, director del Negocio de Inversores de JLL.
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Madrid Nuevo Norte conllevará 25.197 millones de inversión y creará 350 mil empleos L a empresa Distrito Castellana Norte ha presentado los datos económicos de este desarrollo en la capital gracias a la colaboración del Instituto L. R. Klein de la Universidad Autónoma de Madrid (UAM). El proyecto arrastrará una inversión de 25.197 millones de euros y generará cerca de los 350 mil empleos. De esa cifra de inversión, 14.128 millones de euros corresponde a la compra de inmuebles. En adquisición de suelos, el dato alcanza los 3.765 millones de euros, en construcción otros 4.023 millones y en infraestructura sufragada por capital privado llega a los 1.468 millones. Por último, la Administración
pública gastará 488 millones de euros en equipamientos y 1.325 millones en infraestructuras, por ejemplo, ligadas a la reforma de la estación de Chamartín o al nudo norte de carreteras. Otro de los impactos claves del proyecto para la economía será el empleo generado, que alcanzará los 348.064 puestos de trabajo. De este cálculo, 201.576 corresponderán a la etapa
de construcción y el resto a los trabajadores permanentes de ese nuevo barrio en el futuro cuando esté concluido
Panattoni adquiere una base logistica de El Corte Inglés en la que invertirá 135 millones de euros
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a promotora norteamericana Panattoni ha adquirido la plataforma logística de El Corte Inglés ubicada en La Bisbal del Penedès, Tarragona, tras ser el
adjudicatario de un proceso ordenado de venta gestionado recientemente por BNP Paribas Real Estate. La transacción se enmarca en el proceso de replanteamiento
de negocio que afronta El Corte Inglés para amortiguar la caída de su actividad tradicional. Con esta compra Panattoni incorpora a sus activos una de las naves más modernas de España, junto a suelo suficiente para desarrollar nuevas instalaciones, ya que la superficie total de la parcela es de, aproximadamente, 230 mil metros cuadrados. “El activo que adquirimos es una gran oportunidad para demostrar los proyectos innovadores de gran envergadura que Panattoni puede desarrollar, y así avanzar en alcanzar la posición de liderazgo en nuestro sector en España, como ya la tenemos en otros países de Europa”, ha indicado Carlos Cuevas Serrano, director de Desarrollo de Negocio de Panattoni para España y Portugal.
Textos Belén Rodrigo brodrigo@ccile.org Fotos DR FEVEREIRO DE 2022
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ciência e tecnologia
Ciencia y tecnología
Startup portuguesa YData financia-se em 2,3 milhões de euros para acelerar expansão A
YData anunciou ter fechado com sucesso uma ronda de financiamento seed, de aproximadamente 2,38 milhões de euros. O financiamento foi liderado pelo Flying Fish Partners, fundo norte-americano especializado em inteligência artificial e liderado por ex-diretores de IA da Microsoft e da Amazon, e contou ainda com a participação das sociedades de capital de risco portuguesas Faber e EDP Ventures, bem como com alguns business angels. Este novo financiamento surge depois de a YData ter levantado 500 mil euros num investimento pre-seed, liderado pela Faber e participado pela EDP Ventures, em março de 2020. Criada em 2019 por Gonçalo Martins Ribeiro e Fabiana Clemente (ambos na foto), esta startup portuguesa criou uma plataforma de preparação de dados, que não só acelera o desenvolvimento de soluções de IA, como também aumenta o retorno de investimento destas iniciativas. A YData é a primeira plataforma
de desenvolvimento centrada nos dados e que torna o processo de criação de um dataset de treino muito mais simples, rápido e barato. Além disso, introduz uma nova tecnologia– os dados sintéticos–, que prometem resolver problemas, desde a privacidade, à escassez de dados ou mesmo à falta de representatividade de classes. Na prática, a YData proporciona diversos benefícios, como a melhoria de deteção de fraudes e anomalias, a simulação de cenários de pricing ou redes, a melhoria de modelação de risco de crédito, a partilha e monetização de dados, entre outros.
O investimento captado nesta ronda irá permitir à YData acelerar a sua estratégia de expansão global, com enfoque na internacionalização para os Estados Unidos e crescimento neste mercado, mantendo a equipa de desenvolvimento em Portugal. Atualmente, a YData conta no seu portefólio de clientes com nomes relevantes, como os da Wells Fargo, EDP, Verbund, Telefónica, entre outros. Paralelamente, a empresa acredita no talento português e pretende, também através deste investimento, duplicar a sua equipa até ao final do ano. Com um modelo de trabalho totalmente remoto, a YData pretende incorporar diversos talentos, ligados à data science, engenharia, mas também produto e marketing. “Para se criar uma plataforma para data scientists de renome mundial, precisamos dos melhores data scientists a trabalhar connosco”, afirma Gonçalo Martins Ribeiro, sócio fundador e CEO da YData.
Indra reforça a sua posição como uma das tecnológicas mais inovadoras na Europa A
Indra, uma das principais empresas globais de tecnologia e consultoria, “reforçou a sua posição como uma das empresas líderes em inovação na Europa, ao melhorar em todas as posições analisadas pelo último ranking “EU Industrial R&D Investment Scoreboard”, recentemente publicado pela Comissão Europeia. Com 265 milhões de euros dedicados à área de I&D&I em 2020, a Indra é uma das empresas do seu setor, na Europa, que mais investe em inovação”, afiança o grupo espanhol. No setor de software&computer services, que “inclui 98 empresas, a Indra continua a ser a segunda empresa espanhola e encontra-se na sétima posição na Europa, subindo cinco posições relativamente ao ano passado. A 46 ACT UALIDAD€
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empresa subiu 49 posições no ranking europeu que inclui todas as indústrias e 72 posições no ranking mundial”. O esforço em inovação da Indra (investimento em I&D relativamente às receitas) aumentou para 8,7%, o mais alto da empresa na última década, apesar da crise da covid-19. Esta aposta em inovação é superior à média das 100 empresas mais inovadoras a nível mundial (8,2%), melhor que a média das empresas no Japão (4%), China (3,7%) ou EUA (7,9%) e muito superior ao investimento empresarial médio em I&D sobre as vendas na Europa (4,2%) ou Espanha (2,0%). Em 2020, a Indra desenvolveu mais de 150 projetos de I&D&I, em colaboração com diferentes parceiros. A empre-
sa desempenha um papel de liderança em algumas das iniciativas nacionais e europeias mais inovadoras que irão conceber as futuras tecnologias da próxima geração para diferentes setores. Entre os grandes projetos de inovação da Indra, destacam-se o de coordenador industrial espanhol do FCAS (Future Combat Air System), o maior programa conjunto de defesa europeia e, até à data, o mais ambicioso em termos de desenvolvimento tecnológico. A empresa lidera também algumas das principais iniciativas europeias de inovação que estão a avançar para a digitalização dos transportes e a utilização de novas soluções inteligentes, como o Shift2Rail, ou a digitalização de todo o tráfego aéreo na Europa.
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SEAT cria sistema digital pioneiro para a manutenção preditiva e reforça a sua posição na cloud industrial A
SEAT introduziu um novo sistema digital pioneiro na sua fábrica de Martorell (Catalunha) para se tornar uma fábrica mais eficiente, mais inteligente e mais ligada do que nunca. Numa colaboração conjunta com a área de Produção e o centro de desenvolvimento de software da SEAT, a SEAT:Code, a fábrica de Martorell tem desenvolvido continuamente as suas capacidades digitais e pode agora prever possíveis incidentes nos robôs da sua linha de produção. O caso de utilização consiste numa solução de manutenção preditiva para as pinças de soldadura de robôs específicos. Utilizando a informação gerada por estes robôs, é possível processar e analisar os dados das pinças e implementar algoritmos para prever quando poderão falhar,
com base no comportamento destas variáveis. Ao utilizar esta informação, a principal unidade de produção da SEAT é capaz de evitar possíveis interrupções na produção e aumentar a eficiência e produtividade globais. Herbert Steiner, vice-presidente de Produção e Logística da SEAT, salientou que, “a fábrica de Martorell está imersa num processo de transformação digital
que inova com soluções tecnológicas de ponta no setor automóvel. Graças a este novo sistema de manutenção preditiva, demos mais um passo em frente na implementação do nosso conceito de Fábrica Inteligente, que proporcionará mais potencial em termos de produtividade”. A SEAT está empenhada na cloud, através da Plataforma de Produção Digital (DPP), a cloud industrial da Volkswagen criada em conjunto com a Amazon Web Services, que integra as diferentes fábricas do grupo Volkswagen. Esta plataforma utiliza a Amazon Web Services, líder na indústria da cloud industrial, e fornece tecnologias inovadoras da cloud no ambiente de produção, especialmente nas áreas da logística e da cadeia de fornecimento.
Alphabet e Huawei são os maiores investidores em I&D do mundo D e acordo com o “EU Industrial R&D Investment Scoreboard”, relatório anual produzido pelo EU Joint Research Centre (JRC), entre 2.500 empresas à escala global que constituem 90% do investimento total em I&D, a Alphabet é o maior investidor privado em I&D, com quase 22.500 milhões de euros aplicados em 2020. Em segundo lugar surge a Huawei, seguindo-se a Microsoft e depois a Samsung e a Apple. O top 10 de investidores em I&D aplicou mais de 149 mil milhões de euros, em 2020, o que representou um crescimento de 8% face ao ano anterior, de acordo com o mesmo ranking da Comissão Europeia. A holding Alphabet resulta da restruturação da Google e integra além desta companhia outras tecnológicas como a Calico, Google Capital, Google Ventures, Google X e Nest Labs. Já a Huawei, ao apostar em I&D
como fator de diferenciação – só em 2020, a multinacional investiu perto de 17.500 milhões de euros nesta área, cerca de 15,9% das receitas globais –, “continua a planear o futuro, mantendo um ímpeto de inovação intenso”. Nessa sequência, Tony Jin, representante da Huawei junto das instituições europeias, frisa que este relatório “é uma das mais credenciadas avaliações sobre o investimento do setor privado em I&Desenvolvimento, salientando que “a colaboração internacional nas áreas de investigação e ciência é muito importante para garantir que os produtos e serviços mais inovadores sejam desenvolvidos”. Importa referir que uma grande fatia dos investimentos em I&D realizados pela Huawei a nível mundial é realizada na Europa, onde a empresa emprega mais de 2.400 investigadores distribuídos por 23 centros de investigação, a que se juntam
as parcerias com mais de 150 universidades europeias, que também permitem à multinacional estar profundamente inserida no ecossistema de investigação. Através desta atividade de investigação colaborativa, “a Huawei tem vindo a alavancar a necessária transição digital no continente europeu, “assim contribuindo para reforçar a competitividade da União Europeia e para a mitigação das alterações climáticas, apoiando estrategicamente o European Green Deal”, destaca o mesmo gestor. No que concerne à operação em Portugal, Diogo Madeira da Silva, head of Public Affairs & Communications da empresa, refere que “ao contar com a Huawei há quase 20 anos, o nosso país tem a oportunidade de beneficiar da inovação tecnológica resultante deste investimento massivo em I&D, o que é fundamental para cumprir as ambições de transição digital e energética”. FEVEREIRO DE 2022
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Defined.ai lidera consórcio na área da inteligência artificial A
Defined.ai (ex-DefinedCrowd) é a tecnológica que lidera o consórcio Vox.ai, constituído no âmbito das Agendas Mobilizadoras do Plano de Recuperação e Resiliência (PPR), que junta os setores académico, empresarial, startups e entidades públicas, para acelerar a transformação digital no atendimento dos serviços públicos e para capacitar as empresas privadas com tecnologia de suporte a clientes em várias línguas. O projeto envolve um investimento de 124,8 milhões de euros e vai criar cerca de 200 postos de trabalho na área de inteligência artificial em Portugal. “O Vox.ai é o primeiro marco do Centro de Excelência em Portugal. A aposta nesta agenda reflete o investimento do Governo português no ecossistema tecnológico nacional e é um incentivo aos especialistas em IA para fazerem de
Portugal a sua casa. Com a inteligência artificial a ser a nova internet, este é um passo crucial na digitalização de Portugal e da Europa”, afirma Daniela Braga, fundadora e CEO da Defined.ai, citada em comunicado. Neste consórcio, junta-se ainda a a “unicórnio” Talkdesk, uma empresa de dados de treino para inteligência artificial, bem como a Nos, a Hewlett Packard Enterprise, a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, o INESC ID, a Clarin, a IBM, a KPMG e a Microsoft, que integram o Conselho de Orientação e Fiscalização. A Segurança Social, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), a Agência para a Modernização Administrativa (AMA), a Caixa Geral de Depósitos, o Novo Banco, o Banco Santander e a EDP também entram no projeto como clientes
desta tecnologia feita em Portugal. O projeto Vox.ai– que visa melhorar as interações dos serviços de apoio ao cliente de serviços públicos e privados em dez línguas e sete setores de atividade, com recurso a inteligência artificial – vai investir 124,8 milhões de euros no desenvolvimento de uma plataforma modular, pioneira em assistentes virtuais por indústria nos mercados português e europeu, com recurso a tecnologia de inteligência artificial conversacional em texto e voz.
Nova parceria nacional focada na cibersegurança A LLYC e a Antas da Cunha ECIJA estabeleceram uma parceria que pretende ajudar empresas e organizações a prevenir os ciber riscos, que têm crescido exponencialmente durante a pandemia e provocado danos operacionais e de reputação em empresas e organizações. Os serviços integrados da consultora de gestão da reputação, comunicação e assuntos públicos e da sociedade de advogados especialista em direito digital destinam-se a apoiar entidades públicas e privadas a minimizar riscos de compliance e reputação assegurando um nível elevado de maturidade em cibersegurança. Os serviços dirigem-se particularmente a entidades às quais se aplica a legislação vigente em Portugal em matéria de cibersegurança, nomeadamente à Administração Pública, aos operadores de serviços essenciais como energia, transporte, saúde e bancário, aos operadores de infraes-
truturas críticas como hospitais e serviços de segurança e aos prestadores de serviços digitais prestados à distância por via eletrónica. Estas entidades têm uma elevada notoriedade e estão obrigadas a cumprir requisitos de informação e reporte no âmbito da cibersegurança às entidades competentes, para os quais devem estar preparados e organizados, assim como serem capazes de gerir a sua comunicação com múltiplos stakeholders no caso de um incidente que afete a segurança das redes e dos sistemas de informação utilizados, frisam as duas parceiras. “Um ciberataque pode resultar em perdas financeiras e de informação digital, podendo até impossibilitar uma empresa de continuar a operar, causando elevados danos reputacionais. A preparação e capacidade de execução da comunicação das empresas e organizações com os diferentes stakeholders é, assim, fundamen-
tal para proteger a sua reputação num cenário de crise de cibersegurança. Esta parceria propõe mitigar os riscos destas ameaças através de uma abordagem integrada” das respetivas competências, assegura Tiago Vidal, sócio e diretor geral da LLYC em Portugal. O número de ciberataques cresceu de forma expressiva na pandamia. De acordo com o “Relatório Anual de Segurança Interna (RASI)” de 2020, as autoridades portuguesas registaram um aumento de 93% de incidentes de cibersegurança face ao ano anterior, com o phishing no topo dos ataques. Os dados do European Communication Monitor revelam ainda que a maioria das empresas (54%) já teve de gerir um ciberataque. Esta parceria focada na cibersegurança abrange também o mercado espanhol, onde a LLYC e a ECIJA têm uma presença muito relevante.
Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR
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Lançamentos premium da Quinta de São Luiz S ão Luiz, a nova identidade dos vinhos tranquilos da Kopke, apresenta agora o seu portefólio mais premium, que integra a mais recente edição do Winemaker’s Collection, o Grande Reserva Branco Folgazão & Rabigato 2017 e dois vinhos produzidos exclusivamente com uvas de parcelas históricas desta quinta: o Vinhas Velhas 2017, agora com a assinatura São Luiz, bem como o novo vinho ícone da marca – o Grande Reserva tinto Quinta de São Luiz Vinha Rumilã 2016. Este é o culminar de um trabalho que se iniciou em junho, com a primeira fase de transição para uma nova identidade dos vinhos tranquilos da Kopke, que ganharam uma nova imagem inspirada no terroir que lhes dá origem, São Luiz. Como sublinha a diretora de Marketing da Sogevinus, Gabriela Coutinho, a “São Luiz passa a incluir uma coleção de vinhos da Quinta, cujas uvas são 100% provenientes desta propriedade. São vinhos com uma expressão clássica, que traduzem genuinamente a excecionalidade deste terroir”. Por isso mesmo, explica Gabriela
Coutinho, “é na denominação ‘Quinta’ onde recebemos o Vinhas Velhas, que já fazia parte do nosso portefólio, que integramos o lançamento do Vinha da Rumilã, um vinho de edição muito limitada proveniente de uma parcela de vinha centenária”. A gama premium inclui ainda a coleção Winemaker’s Collection, que nasce do espírito experimentalista da
equipa de enologia, com assinatura do enólogo Ricardo Macedo, e que tem agora continuidade sob a marca-chapéu São Luiz, permitindo aos seus enólogos dar seguimento ao projeto onde a criatividade é levada ao expoente através da experimentação de várias castas e de novas técnicas de vinificação. O Quinta São Luiz Vinhas Velhas 2017 (na foto) representa o chamado Douro clássico, sendo um blend feito na vinha com duas castas predominantes: a Touriga Nacional e a Sousão. “Cepas velhas que produzem aquilo que é a essência do Douro: o blend de castas na vinha, baixa produção e elevadíssima qualidade”, realça o responsável pela equipa de enologia de São Luiz, Ricardo Macedo. Já o ícone Quinta de São Luiz Vinha da Rumilã 2016, representa a junção do clássico na vinha com a inovação na sua vinificação. Ricardo Macedo relembra a sua origem, quando foi isolada esta parcela de vinha de cepas centenárias, com cerca de dois hectares e mais de 35 castas misturadas, vinificando-a separadamente, para estudar o seu potencial de evolução.
El Corte Inglés, Oitava Colina e associação Crescer lançam cerveja feita à base de sobras de pão para combater desperdício alimentar O El Corte Inglés juntou-se à cervejeira Oitava Colina e à Associação Crescer para combater o desperdício alimentar, fabricando uma cerveja à base de sobras de pão chamada É Uma Cerveja. É Uma Cerveja é muito mais do que o nome indica. De vidas desacreditadas, a Associação Crescer faz profissionais qualificados, do
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pão que sobra nos supermercados do El Corte Inglés a Oitava Colina faz esta cerveja. Nada se perde e tudo se transforma, para melhor. É uma cerveja de trigo, de cor negra, cremosa, onde o sabor a pão ganha espaço por entre os maltes torrados e caramelizados. É Uma Cerveja está à venda nos
supermercados, no Supercor e no Club Del Gourmet do El Corte Inglés e também nos espaços da Oitava Colina e nos restaurantes da Associação Crescer. Parte da receita das cervejas vendidas no El Corte Inglés reverte a favor da associação Crescer, que dedica a sua atividade a apoiar quem mais necessita.
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Corticeira Amorim procura liderança da produção de muselets para espumosos A
Amorim Cork (grupo Corticeira Amorim) chegou a um acordo para a aquisição de 50% do capital social do grupo Saci, de Itália, por 48,66 milhões de euros. O grupo Saci era detido, em partes iguais, pelas famílias Getto e Perlich, sedeadas na Itália e na Alemanha, respetivamente. Este grupo é constituído por 17 empresas, que se movem em diversos setores, tendo como principal atividade a produção e a comercialização de vedantes muselets, tendo presença em mais de 30 países. A filial mais relevante deste grupo italiano é a ICAS - Industria Canavesana Attrezzature Speciali, fundada há 66 anos por Bruno Getto, para satisfazer os pedidos específicos dos primeiros produtores italianos de vinho espumante. Atualmente, a ICAS é o principal
produtor mundial de muselets. Os investimentos contínuos em investimento e desenvolvimento, a utilização de maquinaria de ponta e a sua equipa altamente qualificada, apoiam uma gama diversificada e tecnologicamente avançada de produtos com qualidade e exclusividade reconhecidas pelos seus clientes, ao mesmo tempo que, em última análise, proporcionam aos consumidores finais uma experiência fiável ao abrir a garrafa. O grupo Saci tem vindo a expandir continuamente a sua gama de produtos, que inclui também tampas e cordões de arame, vedantes para as indústrias do vinho e do champanhe, oferecendo soluções individuais e eficientes para os seus clientes. O grupo também fornece apoio técnico às caves, que vai desde a consultoria à instalação dos seus sistemas
de transporte e manuseamento, até aos sistemas de engarrafamento. As suas principais instalações industriais estão sediadas em Itália, Alemanha e Portugal e os seus mercados geográficos mais significativos são Itália, França e Alemanha. “Na sequência da decisão da família Perlich de vender a sua participação, os acionistas do grupo Saci procuraram um sócio que pudesse partilhar a sua visão do negócio e que, portanto, fosse capaz de compreender o setor, colaborando no crescimento e sucesso do grupo. A Corticeira Amorim surgiu como um parceiro natural pelos seus 150 anos de atividade e sucesso ao serviço da indústria vitivinícola mundial, com uma gama de soluções avançadas e de alta qualidade, que favorecem relações duradouras com os seus parceiros”, adiantou o grupo corticeiro português.
Ervideira cresceu 25% em 2021 e espera um “ano prometedor” em 2022 T endo registado uma boa recuperação em 2021, depois de uma forte quebra na faturação no ano anterior, a Ervideira espera um 2022 “prometedor”. “A nossa estratégia vai passar por continuar a investir, em inovar, com foco na qualidade dos nossos produtos e na solidez das nossas parcerias. O nosso objetivo passa por, pelo menos, recuperar os resultados de 2019, aquele que foi o melhor ano da história recente”, afirma Duarte Leal da Costa (na foto, à dir.), diretor executivo da Ervideira. Desde o início da pandemia que a Ervideira tem reforçado a sua estratégia de negócio e diversificação de produtos para o mercado, como também pela forma como assumiu
o seu papel de responsabilidade social, ao produzir e colocar no mercado o seu próprio álcool gel, de forma a contribuir para o combate à pandemia. Duarte Leal da Costa comenta ainda que “as vacinas tiveram um efeito positivo no consumo e na dinâmica de muitos setores em que o vinho marca presença, com 2021 a encurtar a sua distância para
aquilo que seria a normalidade”. De referir ainda que o enoturismo tem sido uma área de grande importância para a Ervideira nos últimos anos. “Acreditamos que os turistas nacionais e estrangeiros estão cada vez mais interessados pelo mundo dos vinhos e, com isso, mais interessados em programas de enoturismo. Assim, estamos já preparados para, no ano de 2022, receber mais de 30 mil turistas, num ambiente calmo, bem organizado e onde as provas serão o ex-libris, podendo os turistas que visitam a Ervideira escolher que vinhos provar – entre os brancos, tintos, rosés, espumantes, licoroso ou colheita tardia”–, conclui o gestor. FEVEREIRO DE 2022
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Real Companhia Velha lança Quinta de Cidrô Alvarinho 2020 A
Real Companhia Velha lançou recentemente a nova colheita daquela que foi a primeira referência de Alvarinho produzido na região do Douro. Com origem na propriedade que lhe dá nome, o Quinta de Cidrô Alvarinho 2020 chega ao mercado, envergando duas distinções atribuídas pela conceituada revista “Decanter”: 93 pontos e a presença no Top 10 de uma prova de 83 referências, num autêntico duelo entre Albariño de Espanha e Alvarinhos de Portugal, e que envolveu três provadores: a jornalista Sarah Jane Evans (“Master of Wine”), a crítica de vinhos Sarah Ahmed e o diretor de compras Beth Willard. Recorde-se que, em 2001, a famosa casta autóctone da sub-região de Monção e Melgaço, na região dos vinhos verdes, viajou até à Quinta de Cidrô, no planalto de São João da Pesqueira, para, anos mais tarde, dar origem a um Alvarinho assumidamente duriense e com potencial de guarda, entre os 10 e os 15 anos. Este vinho é resultado da contínua ino-
vação e experimentação levada a cabo pela Real Companhia Velha na Quinta de Cidrô, considerada uma “quinta modelo” de experimentação vitivinícola para toda a região do Douro. A ideia de plantar esta casta surgiu da ambição de produzir um monovarietal branco de grande qualidade, a partir de uma casta portuguesa. Com fermentação e estágio de seis meses em cubas inox, com o objectivo de preservar a frescura e a elegância, o Quinta de Cidrô Alvarinho branco 2020 apresenta uma cor citrina levemente dourada, a denotar concentração. Um branco com aromas finos e delicados, onde se destaca a intensidade das notas cítricas e da flor de laranjeira, a contribuírem para a sua complexidade. Encorpado e fresco, revela, na boca, os sabores que se adivinham no aroma. Um Alvarinho longo e distinto, salientado por uma acidez estaladiça e uma saborosa mineralidade. Devido à sua elevada altitude, entre os 475 e os 600 metros, e clima ameno, a Quinta de Cidrô tem demonstrado
enorme aptidão para a produção de brancos de grande qualidade, como também castas de uva tinta de perfil mais elegante. Os fatores determinantes do terroir da Quinta de Cidrô – clima, exposição e solos –, aliados a uma prática de cultivo sustentável, permitem uma abordagem minimalista na adega, resultando em vinhos muito puros e representativos da vinha de onde são produzidos.
Vinte Vinte recebe 11 prémios no seu primeiro ano de vida A Vinte Vinte Chocolate, marca que tem a sua fábrica no Museu do Chocolate do WOW, já arrecadou 11 prémios em concursos à volta do mundo, desde o seu lançamento, em novembro de 2020, data em que apresentou quatro gamas de produto: Classic, Fusion, Cacau Intensity (na foto) e Grand Cru, completando ainda a sua oferta com caixas de bombons, latas com trufas de Vinho do Porto ou Clássicas e ainda cacau em nibs e em pó.0 Ao longo desta jornada, alargou ainda a oferta de produtos e algumas das novidades já foram também premiadas, como, por exemplo, o bombom de chocolate branco e maracujá. De destacar a tablete de Grand Cru,
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que recebeu duas distinções de entidades diferentes: uma medalha de bronze, concedida nos “Academy of Chocolate Awards 2021”, e outra nos “Northwest Chocolate Festival Awards 2021”. De destacar ainda que este produto à base de cacau do México Soconusco ganhou ainda uma medalha de ouro, nos “Cocoa of Excellence Awards”. Pedro Araújo é o mestre de Chocolate responsável pela criação e pelo desenvolvimento da Vinte Vinte e sublinha que “é obviamente um privilégio enorme perceber que, em tão pouco tempo, ganhámos o reconhecimento também de jurados que avaliam chocolate oriundo de todas as partes do mundo”.
Os chocolates da Vinte Vinte podem ser comprados na nova loja online da VinteVinteChocolate.pt e numa cadeia alargada de revendedores por todo o país. Além de oito prémios internacionais atribuídos ao seu chocolate, a Vinte Vinte recebeu ainda prémios relativos ao design e embalagem dos seus produtos.
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Quinta do Pôpa propõe novos brancos para o inverno A duriense Quinta do Pôpa propõe quatro novos vinhos brancos para a estação atual: três são novas colheitas de DOC Douro – Contos da Terra, de 2020, Pôpa Unoaked, de 2020 e Pôpa Black Edition, de 2019 (na foto) – e ooutro é o recentemente lançado Pôpa Amphora branco 2018. Além do vinho, o produtor destaca, por outro lado, o seu azeite Quinta Pôpa Premium Azeite Virgem Extra, feito com azeitonas do olival biológico dos Netos do Pôpa. Com um perfil gastronómico, apanágio de todo o portefólio de vinhos com assinatura da Quinta do Pôpa e, agora, do enólogo Carlos Raposo, o Contos da Terra branco 2020 é um vinho límpido e de cor amarelo muito claro. No aroma, ressalta a fruta branca, principalmente de caroço, como alperce e pêssego. Na boca, tem uma forte frescura e acidez. Foi produzido com uvas da sub-região do Baixo Corgo e conjuga cinco castas, com predominância da Viosinho (30%), à qual se junta, em partes iguais
de 20%, a Gouveio e a Arinto, e com 15% cada, a Folgasão e a Rabigato. Já o Pôpa Unoaked da colheita de 2020, é um branco igualmente fresco e com a fruta enaltecida pelo estágio em inox. Com origem em vinhas com mais de 25 anos, as castas que o compõem são Viosinho (50%), Gouveio (25%), Folgasão (15%) e Rabigato (10%). Um branco cristalino e brilhante, amarelo-claro e com reflexos esverdeados, que exprime aromas muito focados de fruta madura, cítrica e pêra. A complexidade aumenta, nesta gama, com um Pôpa Black Edition branco 2018, um branco que resulta de uma mistura de castas, plantadas em vinhas com mais de 20 anos e “aquecidas” por solos de granito. Finalmente, surge o novo Pôpa Amphora branco 2018, feito no Douro, com uvas de vinhas velhas plantadas em altitude e que segue os métodos antigos de vinificação, típicos dos vinhos de talha do Alentejo: maceração pré-fermentativa e fermentação com massas
em ânfora, seguida de estágio em borras totais, com contacto líquido-película dentro da ânfora e estabilização natural. O estágio foi feito em ânfora com resina de pinho. Trata-se de um vinho que se nota mais quente, que foi vindimado um pouco mais tarde e que tem mais extração, e, por isso, mais potente; e isto derivado também ao tempo que teve em contacto com as películas e com a sua oxigenação. Apresenta aromas de fruta de caroço, de casca branca, assim como de mel, melaços e compota.
Agavi celebrou “A Viagem” de Magalhães em Sevilha, com gastronomia portuguesa A
Agavi–Associação Portuguesa para a Promoção da Gastronomia e Vinho, Produtos Regionais e Biodiversidade levou a Sevilha, no passado dia 4 de novembro, “o melhor da gastronomia portuguesa, no âmbito de uma ação incluída no projeto desta associação designado ‘A Viagem’ e inspirado nos 500 anos da expedição de Fernão de Magalhães, que teve a sua partida precisamente em Sevilha até ao porto de Sanlúcar de Barrameda, em Cádiz”. O evento decorreu no Consulado Geral de Portugal em Sevilha, e incluiu uma masterclass sobre alguns vinhos portugueses de renome. O almoço, preparado pelo chefes espa-
nhol Andrés Pereda (Kabuki) e português Hélio Loureiro, representou uma fusão entre a cultura atlântica e sabores do mediterrâneo, com toques de especiarias da cozinha oriental, característica da viagem de Fernão de Magalhães, realizada há 500 anos. A acompanhar estes pratos, os convidados puderam desfrutar igualmente de uma “cuidada seleção de vinhos portugueses”, como Caminhos Cruzados Dão 2020Encruzado Branco, espumante Ferrão Blanc de Blancs Bairrada 2005, Douro tinto reserva Parceria 2015, sem faltar, a terminar um Porto Tawny 20 anos, da Quinta do Infantado. Contando com transmissão streaming
no canal Youtube da Agavi, o projeto “A Viagem–Uma Gastronomia para o Mundo” tem como objetivo promover e divulgar a gastronomia e os vinhos de Portugal nos mercados internacionais, com vista a criar valor e novas oportunidades para o aumento da exportação de produtos portugueses. Esta iniciativa divide-se em três ações em três continentes: Europa (Espanha), Ásia (Japão) e América (Chile). Foram estes os continentes por onde passaram os navios do navegador Fernão de Magalhães, a caminho das ilhas das especiarias, naquela que foi a primeira viagem de circum-navegação ao globo, de 1519 a 1522.
Textos Clementina Fonseca cfonseca@ccile.org Fotos DR FEVEREIRO DE 2022
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Setor automóvel sector automóvil
Por Nuno Ramos nrc.gmv@gmail.com
Opel Astra Sports Tourer Mais espaço para a família
Comparando com a sua antecessora, a nova Astra Sports Tourer consegue ser mais curta 60 milímetros, mas, curiosamente, apresenta uma capacidade da bagageira superior, o que revela um melhor aproveitamento daquele espaço.
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Fotos DR
a prática, a nova Astra traz uma otimização da bagageira nas versões a gasolina ou a gasóleo, graças a um piso de carga móvel que pode ser ajustado em diferentes posições num ângulo de 45 graus. Este reposicionamento executa-se com facilidade e com apenas uma mão. Todos os lugares funcionais, a carrinha alemã acomoda 608 litros, valor que cresce até um máximo de 1.634 litros com o rebatimento das costas dos bancos de trás. Já nas versões híbridas plug-in, como a bateria de iões de lítio se encontra sob o piso da bagageira, o volume da mala baixa para 548 e 1.574 litros, respetivamente. Outro detalhe interessante, o acesso aos kits de reparação de pneus e de primeiros socorros pode ser feito não só pela bagageira, como pelos bancos 54 ACT UALIDAD€
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traseiros, estando também alojados por baixo do piso da bagageira. O que significa que não é necessário esvaziar a bagageira caso um destes kits seja necessário. Finalmente, a abertura da bagageira
é elétrica e pode ser acionado com um movimento do pé sob o para-choques traseiro e o plano de carga está apenas a 600 milímetros de altura do solo. No interior também, realce para os bancos ergonómicos, painel de ins-
sector automóvil Setor automóvel
trumentos digital de 10 polegadas e sistema de infotainment compatível com Android Auto e Apple Carplay wireless com ecrã tátil de 10 polegadas. Para além disso, as principais configurações, como o controlo da climatização, podem também ser selecionadas diretamente através de um reduzido número de teclas. O condutor e o passageiro dianteiro contam com uns bancos ergonómicos e com o apoio adicional de sistemas de assistência de última geração, tais como o head-up display Intelli-HUD e o Intelli-Drive 2.0. A deteção de mãos fora do volante garante que os condutores estão sempre envolvidos no controlo do veículo. Em matéria de design, a nova Astra apresenta uma nova imagem de
marca do Opel Vizor, acompanha o marca, graças às duas propostas PlugOpel Compass onde se intersectam os -In Hybrid, com 180 ou 225 cavalos. eixos verticais e horizontais, o vinco Nos motores a combustão, duas propronunciado no capô e o grafismo em postas: gasolina 110 e 250 Nm, ou forma de asa das luzes diurnas, com 130 cavalos 230 Nm, provenientes do o logótipo da Opel ao centro. Esten- motor 1.2 Turbo e diesel, o 1.5 Turdendo-se ao logo de toda a secção bo D, com 130 cavalos. dianteira, o Opel Vizor integra tamA nova Opel Astra Sports Tourer bém, na perfeição, tecnologias como está equipada com uma caixa manual os faróis adaptativos Intelli-Lux LED de seis velocidades de fábrica, enPixel e a câmara dianteira. quanto as versões mais potentes e os Na traseira, destaca-se a luz de tra- híbridos contam com uma transmisvagem superior colocada em posição são automática de oito velocidades. vertical e as óticas traseiras especialEm qualquer das versões escolhidas, mente finas. Estas últimas são idênti- a Opel aposta em propor preços comcas às da versão berlina de cinco por- petitivos, o que significa que o novo tas, reforçando ainda mais os laços de modelo será comercializado por valofamília Astra. res a partir de 38 mil euros. Deverá esRelativamente aos propulsores, esta tar disponível no mercado português é a primeira carrinha eletrificada da até ao final deste trimestre. PUB
Sponsors Oficiais Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola
FEVEREIRO DE 2022
AC T UA L I DA D € 55
intercâmbio comercial intercambio comercial
Intercambio comercial hispano portugués en enero-noviembre 2021
L
como cliente con un peso relativo 21% (588 millones de euros de del 4% sobre el total de las impor- compras a Portugal) sobre el total taciones españolas que alcanzaron de las compras españolas a Portulos 309.826,9 millones. gal, seguido de la Comunidad de De destacar, asimismo, los mer- Madrid con un total de 501,4 micados francés y alemán que enca- llones de euros (17,9%) y en tercera bezan tanto las exportaciones posición la Comunidad de Catalucomo las importaciones españolas ña con una cifra de compras que y juntos representan aproximada- supera los 472,5 millones y repremente un cuarto del comercio ex- senta el 16,8% del total de las compras españolas a Portugal. terior español, en dicho periodo. En la distribución sectorial en los En los cuadros que recogen la distribución geográfica por CC. cuadros 4 y 5 se mantiene a groso A A. Cataluña, Madrid y Galicia modo la distribución de los últimantienen el liderazgo entre las mos años, aunque cabe destacar la principales proveedoras del merca- partida 87-Vehiculos automóviles; do portugués y en conjunto repre- tractor que de nuevo recupera la sentan el 52% de la oferta española primera posición en la clasificay el 49% del total de las compras ción de las principales partidas referentes a las compras por España españolas a su vecino Portugal. Por lo que a las ventas portugue- por un valor de 1.396,1 millones sas se refiere, Galicia lleva la de- de euros, seguido de la 27-Comlantera con un peso relativo de bustibles, aceites minerales con
os datos estadísticos del comercio hispano portugués referentes al periodo eneronoviembre de 2021 confirman un crecimiento del 24,8% en relación a igual periodo de 2020 de las ventas españolas a Portugal (18.102,8 millones de euros en 2019 frente a los actuales 22.589,3 millones) y del 25,4% de las compras (9.764,7 millones en 2019 y 12.240,8 millones). La tasa de cobertura se situó en los 184,5% y el superávit en los 10.348,5 millones de euros. En la distribución geográfica del comercio exterior español el mercado portugués sigue teniendo un peso muy importante, tanto como mercado cliente (7,8% sobre el total de las exportaciones españolas que arrojaron un valor que supera los 288.990,9 millones de euros
Balanza
1. Balanza comercial España - Portugal en enero-noviembre 2021 VENTAS ESPAÑOLAS 21
COMPRAS ESPAÑOLAS 21
Saldo 21
VENTAS COMPRAS Cober 21 % ESPAÑOLAS 20 ESPAÑOLAS 20
Saldo 20
Cober 20 %
ene
1 581 387,44
897 431,77
683 955,67
176,21
1 778 762,75
1 003 845,34
774 917,41
177,19
feb
1 571 724,32
1 009 320,52
562 403,80
155,72
1 724 629,55
1 005 714,30
718 915,25
171,48
mar
2 008 010,68
1 095 762,87
912 247,81
183,25
1 581 766,04
906 741,35
675 024,69
174,45
abr
1 980 168,47
1 071 108,28
909 060,19
184,87
1 055 661,19
571 257,22
484 403,97
184,80
may
2 118 632,54
1 065 230,82
1 053 401,72
198,89
1 336 168,90
598 908,11
737 260,79
223,10
jun
2 065 822,03
1 237 518,11
828 303,92
166,93
1 718 689,32
852 608,01
866 081,31
201,58
jul
2 149 500,37
1 130 197,83
1 019 302,54
190,19
1 814 995,51
994 977,75
820 017,76
182,42
ago
1 838 711,61
872 511,37
966 200,24
210,74
1 489 093,95
758 815,50
730 278,45
196,24
sep
2 325 987,73
1 293 862,46
1 032 125,27
179,77
1 825 809,88
1 005 194,80
820 615,08
181,64
oct
2 470 465,85
1 208 942,41
1 261 523,44
204,35
1 906 349,26
1 017 340,08
889 009,18
187,39
nov
2 478 874,06
1 358 894,23
1 119 979,83
182,42
1 870 842,64
1 049 345,10
821 497,54
178,29
1 688 171,73
981 264,79
706 906,94
172,04
19 790 940,72
10 746 012,35
9 044 928,37
184,17
dic Total
22 589 285,10
12 240 780,67
10 348 504,43
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
56 ACT UALIDAD€
FEVEREIRO DE 2022
184,54
Rankings 2.Ranking principales países clientes de España enero-noviembre 2021
1.104,8 millones y la 39-Mat. plásticas; sus manufacturas con 918,5 millones. A su vez, en la oferta española, destacan la partida 27-Combustibles, aceites minerales con 2.126,4 millones de euros, la 84-Máquinas y aparatos mecánicos, con 1.633 millones, y en la tercera posición la 87-Vehiculos automóviles; tractor, que se situó en los 1.608,1 millones. Según el informe mensual COMEX-Informe Mensual de Comercio Exterior del Ministerio de Industria, Comercio e Turismo de España en el periodo enero-noviembre de 2021, se contabilizaron un total de 96.941 exportadores de más de 1.000 euros, un 14,3% más que en el mismo periodo del año anterior, de los cuales ya habían exportado 50.000 o más euros en el periodo del año un total de 39.843 exportadores, un 8,5% más que en el mismo periodo de 2020, que exportaron por valor de 288.386,3 millones de euros, el 99,79% de las exportaciones totales y un 21,2% más que en el mismo periodo del año anterior.
Las empresas que deseen información más concreta sobre el comercio bilateral deberán ponerse en contacto con la Cámara que con mucho gusto les facilitará los datos: Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola Email: ccile@ccile.org
Orden País
Importe
4.Ranking principales productos comprados por España a Portugal enero-noviembre 2021 Orden Sector
Importe
1
001 Francia
46 073 602,98
1
87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR
1 396 087,67
2
004 Alemania
29 796 343,88
2
27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.
1 104 853,80
3
005 Italia
24 445 670,88
3
39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.
918 501,30
4
010 Portugal
22 589 285,08
4
84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS
840 214,99
5
006 Reino Unido
17 328 569,73
5
72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO
786 181,78
6
400 Estados Unidos
13 401 359,32
6
85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS
505 427,51
7
017 Bélgica
12 647 043,60
7
73 MANUF. DE FUNDIC., HIER./ACERO
401 669,55
8
003 Países Bajos
10 470 122,75
8
48 PAPEL, CARTÓN; SUS MANUFACTURA
386 938,57
9
03 PESCADOS, CRUSTÁCEOS, MOLUSCOS
9
204 Marruecos
8 563 638,71
10
720 China
8 060 157,58
11
060 Polonia
7 011 926,98
12
039 Suiza
5 196 868,22
13
052 Turquía
4 974 363,72
14
412 México
3 734 492,95
15
061 República Checa
2 741 718,50
16
030 Suecia
2 697 039,28
17
732 Japón
2 689 254,74 2 601 197,49
354 273,82
TOTAL
12 240 780,67
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
5.Ranking principales productos vendidos por España a Portugal enero-noviembre 2021 Orden Sector
Importe
1
27 COMBUSTIBLES, ACEITES MINERAL.
2 126 492,69
2
84 MÁQUINAS Y APARATOS MECÁNICOS
1 633 085,28
3
87 VEHÍCULOS AUTOMÓVILES; TRACTOR
1 608 161,36 1 390 648,76
18
952 Avituallamiento terceros
19
009 Grecia
2 456 693,18
4
85 APARATOS Y MATERIAL ELÉCTRICOS
20
508 Brasil
2 360 065,48
5
39 MAT. PLÁSTICAS; SUS MANUFACTU.
1 328 543,72
SUBTOTAL
229 839 415,05
6
72 FUNDICIÓN, HIERRO Y ACERO
1 089 372,05
TOTAL
288 990 905,90
7
02 CARNE Y DESPOJOS COMESTIBLES
625 763,22
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
8
15 GRASAS, ACEITE ANIMAL O VEGETA
607 838,42
9
03 PESCADOS, CRUSTÁCEOS, MOLUSCOS
597 627,81
3.Ranking principales países proveedores de España enero-noviembre 2021 Orden País 1
TOTAL
22 589 285,10
Valores en miles de euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia
Importe
004 Alemania
35 103 354,41 31 064 528,45
2
001 Francia
3
720 China
31 033 166,12
4
005 Italia
20 571 548,83
5
400 Estados Unidos
6
003 Países Bajos
14 951 146,09
7
010 Portugal
12 240 780,67
8
017 Bélgica
8 484 095,26
6.Evolución del intercambio comercial enero-noviembre 2021
15 118 341,19
9
039 Suiza
7 807 956,92
10
006 Reino Unido
7 790 568,96
11
052 Turquía
7 687 234,56
12
204 Marruecos
6 723 385,61
13
060 Polonia
5 889 415,91
14
075 Rusia
5 254 611,86
15
288 Nigeria
4 907 017,94
16
508 Brasil
4 263 302,15
17
208 Argelia
4 221 466,48
18
412 México
4 206 340,72
19
061 República Checa
3 885 348,50
20
664 India
3 878 429,21
7.Ranking principales CC.AA proveedoras/clientes de Portugal enero-noviembre 2021 CC.AA.
VENTAS ESPAÑOLAS 21
COMPRAS ESPAÑOLAS 21
Cataluña
4 594 011,77
Madrid, Comunidad de
Madrid, Comunidad de
4 274 612,49
Cataluña
2 173 919,36 1 940 817,26
Galicia
2 952 929,13
Galicia
1 825 820,91 1 348 661,61
Andalucía
2 184 090,78
Andalucía
SUBTOTAL
235 082 039,84
Castilla-La Mancha
1 627 468,23
Comunitat Valenciana
930 980,11
TOTAL
309 826 874,20
Comunitat Valenciana
1 573 551,63
Castilla y León
840 685,04
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
Valores en Miles de Euros. Fuente: A.E.A.T y elaboración propia.
FEVEREIRO DE 2022
AC T UA L I DA D € 57
oportunidades de negócio
oportunidades de negocio
Empresas Portuguesas
Oportunidades de
negócio à sua espera
BUSCAN
REFERENCIA
Gestor/a cliente y comercial de lengua materna española (imprescindible) con experiencia profesional en España
OP211101
Consultor imobiliário (m/f), fluente em espanhol, com interesse em desenvolver uma carreira no segmento premium
OP210801
Veterinários para hospital veterinário de Viseu
OP210701
Empresas españolas ropa formal para hombres
DP210501
Distribuidores de equipos de estética
DP201102
Empresas Espanholas PROCURAM
REFERÊNCIA
Empresas portuguesas fabricantes de roupa Empresas portuguesas produtoras de kiwis Empresas portuguesas de escorredores de louça e tábuas de madeira para cozinha Hotéis em Lisboa para comprar Motoristas perto da fronteira Salamanca-Vilar Formoso Empresas portuguesas de automação, robótica, montagem mecânica e montagem elétrica
DE210603 DE210602 DE210601 OE210501 DE210501 DE210401
Legenda: DP-Procura colocada por empresa portuguesa; OP-Oferta portuguesa; DE - Procura colocada por empresa espanhola; OE- Oferta espanhola
Las oportunidades de negocios indicadas han sido recibidas en la CCILE en los últimos días y las facilitamos a todos nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un fax (21 352 63 33) o un e-mail (ccile@ccile.org), solicitando los contactos de la referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de las mismas. As oportunidades de negócio indicadas foram recebidas na CCILE nos últimos dias e são cedidas aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um fax (21 352 63 33) ou e-mail (ccile@ccile.org), solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo das mesmas.
58 ACT UALIDAD€
FEVEREIRO DE 2022
FEVEREIRO DE 2022
AC T UA L I DA D € 59
calendário fiscal calendario fiscal >
S
T
Q
Q
S
S
D
S
T
Q
Q
S
S
D
1 2 14 15 16 28
3 17
4 18
5 19
6 20
7 21
8 9 22 23
10 24
11 25
12 26
13 27
fevereiro Prazo Imposto Até
Declaração a enviar/Obrigação
Entidades Sujeitas ao cumprimento da obrigação
Observações
10
IVA
Declaração periódica mensal e pagamento do respetivo IVA correspondente às operações efetuadas em dezembro/2021
Contribuintes do regime normal mensal
10
Segurança Social
Envio da declaração de remunerações relativa ao mês de janeiro/2022
Entidades empregadoras
10
IRS/IRS
Entrega da declaração mensal de remunerações, relativa a janeiro de 2022
Entidades devedoras de rendimentos do trabalho dependente sujeitos a IRS (ainda que isentos ou excluídos da tributação)
15
IVA
Declaração periódica trimestral e respetivos anexos, relativa às operações efectuadas no 4º trimestre de 2021
Contribuintes do regime normal trimestral
O prazo de entrega da declaração foi alargado até ao dia 20 e o pagamento do imposto até ao dia 25, devido aos efeitos da pandemia covid-19
15
IVA
Comunicação dos elementos das faturas emitidas em janeiro/2022
Sujeitos passivos do IVA
- Por transmissão eletrónica de dados (faturação eletrónica), através do Portal da AT; - Por envio do ficheiro SAF-T (PT), mensalmente, através do Portal da AT; ou - Por inserção direta no Portal da AT
21
Segurança Social
Pagamento das contribuições relativas a janeiro/2022
Entidades empregadoras
21
IRS/IRC/ SELO
Pagamento das retenções na fonte de IRS e IRC efetuadas em janeiro/2022
Entidades devedoras dos rendimentos
21
IVA
Entrega da declaração recapitulativa relativa às transmissões intracomunitárias de bens e/ou prestações de serviços realizadas em janeiro/2022
Contribuintes do regime normal mensal, ou do regime trimestral quando o total das transmissões intracomunitárias de bens tenha excedido 50.000€ no trimestre em curso ou em qualquer dos quatro trimestres anteriores
É aplicável aos sujeitos passivos isentos ao abrigo do artº 53º do CIVA, que tenham efetuado prestações de serviços a sujeitos passivos de outros Estados membros, quando tais operações sejam aí localizadas
28
IRC/IRS
Declaração mod. 30, relativa aos rendimentos pagos ou colocados à disposição de não residentes, em dezembro de 2021
Entidades devedoras dos rendimentos
Obtenção de NIF especial para o não residente
28
IRS/IRC
Envio da declaração mod. 25 relativa aos donativos recebidos referente ao ano de 2021
Entidades beneficiárias de donativos previstos no Estatuto dos Benefícios Fiscais
28
IRS/IRC
Envio da declaração mod. 39 relativa a rendimentos e retenções a residentes às taxas liberatórias, referente ao ano de 2020
Entidades devedoras dos rendimentos e retenções na fonte pagos a residentes, sujeitos às taxas liberatórias
28
IRC
Envio da declaração para opção ou alteração do regime especial de tributação dos grupos de sociedades
Sociedade dominante
Pode ainda ser enviada até 31 de março
28
IVA
Pedido de restituição do IVA suportado no ano de 2021 noutro Estado-membro da UE
Sujeitos passivos do IVA
Pode ainda ser enviada até 30 de setembro
60 ACT UALIDAD€
FEVEREIRO DE 2022
O prazo de entrega da declaração foi alargado até ao dia 20 e o pagamento do imposto até ao dia 25, devido aos efeitos da pandemia covid-19
bolsa de trabajo Bolsa de trabalho
Página dedicada à divulgação de Currículos Vitae de gestores e quadros disponíveis para entrarem no mercado de trabalho Código
Sexo
Data de Nascimento Línguas
BE200151
F
ESPANHOL/ FRANCÊS/ INGLÊS/ ITALIANO/ PORTUGUÊS
ADVOCACIA
BE200152
F
19/01/1992
INGLÊS/ PORTUGUÊS
ADVOCACIA
BE200153
F
01/12/1975
ESPANHOL/ INGLÊS/ PORTUGUÊS
ADMINISTRAÇÃO/ LOGÍSTICA/ PRODUÇÃO/ ÁREA COMERCIAL
BE200154
M
18/02/1993
ESPANHOL
ADVOCACIA
BE200155
F
23/10/1980
PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ INGLÊS
SECRETÁRIA DE DIREÇÃO / TESOURARIA
BE200156
M
ESPANHOL/ALEMÃO/INGLÊS/PORTUGUÊS/ITALIANO
COMERCIAL DE MÁQUINAS DE PRODUÇÃO INDUSTRIAL
BE200157
F
BE200158
F
06/03/1979
Área de Atividade
INGLÊS
ADVOCACIA
INGLÊS/ ESPANHOL/PORTUGUÊS
ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS / COMÉRCIO EXTERNO MARKETING
BE200159
F
ESPANHOL/INGLÊS/PORTUGUÊS
BE200160
F
ESPANHOL/ INGLÊS/ FRANCÊS/ PORTUGUÊS
DESIGNER DIGITAL
BE200161
F
ESPANHOL/PORTUGUÊS/INGLÊS
Gestão de StockS / Logística / Transporte
BE20162
M
BE20163
M
BE20164
F
BE20165
F
01/09/1971
01/01/1959
PORTUGUÊS/ ESPANHOL/ INGLÊS/ ALEMÃO/ FRANCÊS
GESTÃO
PORTUGUÊS/ INGLÊS/ ESPANHOL/FRANCÊS
ADVOCACIA
INGLÊS/ FRANCÊS/ ESPANHOL
GESTÃO DE PRODUÇÃO DE ARTES GRÁFICAS
INGLÊS
DESIGN E PROGRAMAÇÃO WEB
Os Currículos Vitae indicados foram recebidos pela CCILE e são cedidos aos associados gratuitamente. Para tal, os interessados deverão enviar um e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando os contactos de cada uma das referências. A CCILE não se responsabiliza pelo conteúdo dos mesmos. Los Currículos Vitae indicados han sido recibidos en la CCILE y los facilitamos a nuestros socios gratuitamente. Para ello deberán enviarnos un e-mail para rpinto@ccile.org, solicitando los contactos de cada referencia de su interés. La CCILE no se responsabiliza por el contenido de los mismos.
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novembro de 2014
ac t ua l i da d € 61
espaço de lazer
espacio de ocio
“Novo Mundo, Rebentação e Maresia”, no Vila Foz, por Arnaldo Azevedo Num palácio oitocentista portuense, voltado para o Atlântico, “mora” uma das mais recentes estrelas do Guia Michelin, o Vila Foz, comandado pelo chefe Arnaldo Azevedo. A carta dá protagonismo ao mar, propondo três menus: Novo Mundo (vegetariano), Rebentação e Maresia. No bar do restaurante, há dois lugares reservados para quem quiser uma experiência mais pessoal de interação com o chefe, a denominada “Kitchen Seat”.
A
Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
excelência dos produtos é o princípio de qualquer história de sucesso na restauração. Foi por aí que começamos a conversa com o chefe Arnaldo Azevedo, já com uma estrela Michelin bordada no uniforme, a única nova distinção atribuída pelo Guia Michelin 2022 no Grande Porto. A carta do Vila Foz, bem como a do Flor de Lis o outro restaurante que integra o Vila Foz Hotel & Spa, ancoram-se “na lota de Matosinhos e de Angeiras”, no fornecedor algarvio “que faz chegar peixe fresco” à cozinha de Arnaldo Azevedo “em menos de 24 horas”, no agricultor biológico de Marco de Canaveses, que garante o sabor dos legumes que contracenam com as proteí62 ACT UALIDAD€
FEVEREIRO DE 2022
nas de eleição do chefe, entre outros produtores e fornecedores que conquistaram a confiança do chefe. É um trabalho de parceria fundamental: “Por vezes tenho que esperar que as cenouras cresçam, mas o fornecedor traz-me rabanetes ou o que tiver de mais fresco e nós reinventamos o prato. Na carta, quando escrevo ‘peixe do mercado’,não digo qual porque muda em função do que encontro nesse dia. Se nos comprometemos a trabalhar com produto fresco, temos que nos adaptar ao que a natureza produz”. Facilmente se adivinha que esses caprichos da natureza podem ser muito inspiradores… O chefe admite que o peixe e o marisco são os produtos que mais gosta de trabalhar, mas mesmo quando cria pratos
apenas com ingredientes vegetais surgem combinações muito interessantes: “A combinação de grão-de-bico, que é muito gelatinoso, com beringela e miso foi uma das que mais me surpreendeu pela positiva. Habitualmente, é à carne que vamos buscar essa calda mais gelatinosa, no entanto, o grão-de-bico também tem essa característica e funcionou muito bem com a beringela e com o miso.” Este é um dos pratos do menu Mundo Novo. Arnaldo Azevedo esclarece que a equipa dedicou o primeiro mês do ano à remodelação da carta e que no fim de fevereiro começarão a ser introduzidas as novidades, que não quer já antecipar. A organização dos pratos em três menus continuará: o menu Mundo Novo deixa-
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rá de ser totalmente vegan e terá também pratos vegetarianos, o Menu Rebentação, com oito momentos de degustação, e o Menu Maresia, com dez momentos de degustação, manterá alguns pratos, que poderão ter pequenas modificações, como a lula recheada alho assado, daikon e caldo iodado, que “é muito apreciada pelos clientes”, que surge na degustação depois do lavagante com azeitona de Trásos-Montes, nabo e limão Meyer. Há pratos onde peixe e marisco convivem como é o caso do linguado com couve-flor e mariscos do Atlântico. Entre as carnes, o chefe destaca a Arouquesa com tutano, girassol batateiro, vinagre Moura Alves e molho Madeira. A terminar a degustação, o chefe propõe um casamento entre os Açores e o Minho, com ananás açoriano, pudim Abade de Priscos e citrinos. Também se manterá na nova carta o protagonismo do peixe e do marisco e “não poderia ser de outra forma”, num espaço onde realmente cheira a maresia e se sente a rebentação das ondas na praia em frente ao hotel, e num país “que tem mesmo o melhor peixe do mundo, como é reconhecido por vários chefes internacionais que nos visitam”, assinala Arnaldo Azevedo, acrescentando que “as águas frias do Atlântico e a costa espetacular justificam que Portugal aposte fortemente em pratos de peixe e marisco, nos restaurantes próximos do mar”. Acresce que “a diversidade de produtos é enorme e cabe aos chefes demonstrar o potencial de espécies que são menos consumidas pelos portugueses, como a cavala, o carapau, que são saudáveis, acessíveis e saborosos”. O chefe, natural de Ermesinde, cresceu no universo da restauração, já que os pais são donos do restaurante Toca da Formiga, em Ermesinde, onde Arnaldo começou por servir à mesa e também chegou a experimentar cozinha, que continua a ser liderada pelo seu pai, com quem partilha o nome e a vocação. No entanto, apesar de ter um “professor” em casa, Arnaldo Azevedo sentiu que tinha que ter formação profissional e fez o curso da Escola Profissional de Santa Maria da Feira, que lhe “deu as bases e a teoria fundamentais nesta área”. Na altura, “o curso era muito
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distinção do Guia Michelin, anunciada no passado dia 14 de dezembro: “É um reconhecimento muito importante para toda a equipa e vamos continuar a trabalhar para o merecer, tentaremos sempre melhorar e surpreender. As pessoas vêm à procura de serem surpreendidas, querem uma experiência única.” O Vila Foz proporciona aos clientes a oportunidade se serem servidos pelo chefe Arnaldo Azevedo, que vai explicando os diferentes momentos de degustação. Os clientes que optarem pelo menu “Kitchen Seat”, apenas disponível para duas pessoas, em cada refeição, sentam-se no bar, voltados para a cozinha, onde poderão ter o contacto mais próximo com o chefe. Esta experiência que custa 250 euros (preços completo, era de três anos, o dobro a atualizar em fevereiro) por pessoa “é do que é agora e considero que tive muito procurada, precisamente porque uma boa preparação”, conclui o chefe, há muita curiosidade, não só pela comida que depois rumou ao Algarve, onde se em si, mas também pelo processo”. Arnaldo Azevedo e a sua equipa, commaravilhou com os atributos do peixe e do marisco do mar português. O chefe posta por 30 pessoas, juntam-se agora à estagiou no Hotel Sheraton Pine Cliffs constelação de estrelas Michelin, que em (Algarve), depois no Mesa (Porto), lidera- Portugal totaliza 33 restaurantes estrelado pelo chefe Luís Américo, seguindo-se dos. Na região do Porto, além do Vila Foz, o Amadeus (Almancil) e o Palco, no mantiveram as estrelas Rui Paula (duas Hotel Teatro, no Porto. O antigo dono estrelas, pela Casa de Chá da Boa Nova, do Hotel Teatro, Paulo Costa, adquiriu em Leça da Palmeira), Pedro Lemos o palácio oitocentista que alberga agora (uma estrela para o restaurante com o seu o Vila Foz Hotel & Spa e convidou nome) e Vítor Matos (uma estrela, pelo Arnaldo Azevedo para chefiar os dois Antiqvvm). restaurantes inseridos no projeto: o Flor de Lis, que serve cozinha tradicional porVila Foz tuguesa, privilegiando a gastronomia e os Avenida Montevideu N.º236 - Porto vinhos da região, e o Vila Foz, com um Tel: 222 449 700 conceito de fine dining, que mereceu a FEVEREIRO DE 2022
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Agenda cultural Livro
Louis Vuitton lança livros sobre viagens nos séculos XIX e XX
“Por enquanto, apenas disponível em inglês, a Louis Vuitton acaba de lançar livro que destaca 50 destinos e documenta a forma de viajar dos séculos XIX e XX, em 488 páginas, Esta história ilustrada do mundo das viagens, escrita pela autora e viajante Francisca Mattéoli, resulta da colaboração com o Atelier EXB, e está repleta de imagens dos arquivos da Louis Vuitton, fotografias vintage e pósteres de viagem. “De transatlânticos de luxo a submarinos inspirados no Nautilus, aviões de longo curso cada vez mais rápidos a dirigíveis leves cada vez mais confortáveis, navios a vapor que desciam o rio mais imprevisível a comboios que atravessavam continentes inteiros… muitos novos meios de transporte, oferecendo novas perspetivas para conhecer o mundo. No
atlas da imaginação, essas inovações permitiram aos viajantes entender o mundo de uma forma completamente diferente”, nomeadamente através da forma de vestir dos diferentes pontos do globo, lê-se na apresentação que a Louis Vuitton faz da obra. Recorde-se que “desde a sua fundação em 1854, a Louis Vuitton tem feito parte dessa emergente descoberta do mundo moderno, tendo equipado os passageiros com baús e bagagens para o longo curso – sejam eles exploradores, excêntricos, aristocratas, artistas, hedonistas ou aventureiros”. 64 act ACT ualidad€ UALIDAD€
fF e Ev Ve Er Re E iI r Ro O d De E 2022
Exposições
Os sons da água, por Jana Winderen, em Braga “Scale travels: surviving the impact of raindrops” é o nome da instalação sonora criada por Jana Winderen, “baseada em gravações que a artista sonora fez debaixo e acima da superfície da água, de peixes, crustáceos, insetos aquáticos e morcegos”. A mostra acontece na sequência da residência artística que Janae Winderen fez com Water Quality Group, um grupo de investigação do INL – Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia dedicado a estudar a qualidade de água. Os insetos aquáticos já eram usados para estudar a qualidade da água e, em 2010, “com o intuito de também monitorizar a saúde da água, Jana sugeriu que se gravasse o som dos insetos”. Foi o que a artista fez: “Para respirar debaixo de água, insetos e escaravelhos subaquáticos trazem consigo ou bolhas de ar ou um plastrão subaquático. Através deste plastrão ou através da superfície da bolha de ar, estas criaturas extraem oxigénio e fazem com que este mecanismo funcione quase como um pulmão mecânico. À nano-escala, as nano-partículas podem acumular-se no corpo das criaturas aquáticas e, possivelmente, de todos os seres vivos. Nesta escala, os insetos são imensamente grandes. A forma como as trocas de oxigénio acontecem para os insetos, se estas bolhas de ar podem funcionar como uma extensão dos ouvidos dos insetos ou então como um amplificador para o som, despoleta o interesse de Jana Winderen. A estridulação, técnica usada pelos insetos em que esfregam partes do corpo para produzir som, quando ativada mutuamente, forma o que parece ser um coro de grilos, mas debaixo de água. Recorrendo ao som, muitas destas criaturas subaquáticas navegam, comunicam e caçam.” Nos últimos 16 anos, Jana Winderen dedicou-se a ouvir ambientes subaquáticos “tanto em ambientes de água doce como de água salgada, em recifes de corais e nas profundezas do gelo marinho”. Com formação em ciência e arte, Winderen viaja por todo o mundo para gravar sons debaixo de água, desde o Ártico até às partes mais tropicais do Oceano. Até 30 de abril, no Gnration, em Braga
“Brilha Rio”, os letreiros luminosos na “reforma” As luzes do passado, que iluminaram fachadas e publicitaram negócios, voltam ao ativo, ao serviço da memória industrial e emocional das cidades. Chamase “Brilha Rio” a mostra que junta 70 peças da Coleção Projeto Letreiro Galeria, que foi resgatando estes identificadores luminosos de antigos. Entre eles encontra-se o letreiro que dá nome à exposição, ou o que assinalava a entrada do Hotel Ritz, ou ainda o da recentemente encerrada “Pastelaria Suíça”. Letras de diferentes fontes, em néon de distintas cores, que contam a história urbanística, industrial e comercial das cidades de Lisboa, Porto, Almada, Carcavelos, Moscavide, Silves e Vila Franca de Xira. Cabeleireiros, sapatarias, vestuário, restauração, automóveis, oculistas e hotelaria marcam presença nesta viagem ao passado.
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Desde 2014, Rita Múrias e Paulo Barata, os responsáveis do projeto Letreiro Galeria, foram recolhendo estas tabuletas de vidro ou de plástico, néons, portas corta-vento, caixas de luz e letras em metal, que foram retirados das fachadas após o encerramento do estabelecimento ou quando tomam a decisão de substituir o letreiro antigo por impressões digitais, ou letras com sistema de LED”, explicam, adiantando que gostariam de criar um museu onde todos possam apreciar estas memórias gráficas que tendem a desaparecer das ruas. A mostra resulta de uma parceria com a Plataforma P’LA ARTE e pode ser vista até dia 5 de março, de sexta a domingo, entre as 15h00 e as 20h00, no parque de estacionamento do Prata Riverside Village, em Marvila (Lisboa). Até dia 5 de março, no Prata Riverside Village, em Lisboa
Música
São Carlos junta poesia e música Para celebrar “a fecunda e inesgotável relação entre poesia e música”, no dia 18 deste mês, o concerto do Teatro Nacional de São Carlos percorrerá vários autores franceses e portugueses. O programa inclui o poema dedicado a Lisboa: “Une nuit à Lisbonne, barcarola que Camille Saint Saëns escreveu nos inícios da década de 80 do século XIX, durante uma das suas várias deslocações ao nosso país (o compositor chegou a dirigi-la em São Carlos)”. A música e poesia portuguesas são representadas através de duas canções de Vianna da Motta sobre poemas de dois dos maiores escritores românticos nacionais: Almeida Garrett e Camilo Castelo Branco.
O restante programa inclui “ a curiosa Chanson du monsieur Bleu de Manuel Rosenthal, uma “mini ópera psicadélica” composta em 1932 sobre poesia de Michele Véber (Nino)”. Uma obra “que nos instala no fantasioso e livre universo da imaginação infantil e onde se cantam, entre outras coisas, gatos, cães, camelos e ratos”. Dia 18 de fevereiro, no Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa Textos Susana Marques smarques@ccile.org Fotos DR
A infância na pintura de Sorolla “La edad dichosa”, ou “a idade feliz”, é o título da mostra que poderemos ver no Museu dedicado a Joaquín Sorolla e Bastida, em Madrid. Comissariada por Sonia Martínez Requena e por Covadonga Pitarch Angulo, esta nova exposição que é inaugurada este mês percorre os quadros do pintor valenciano, que terá ficado órfão aos dois anos de idade. Sabemos que “as crianças se tornaram protagonistas da pintura de Sorolla desde o início de sua carreira”. Reconhecido retratista talentoso, “pinta a sua família em inúmeras ocasiões e recebe encomendas da burguesia e da aristocracia, que querem que ele pinte não apenas seus retratos, mas também os de seus filhos”. No último terço do século XIX, “a criança tornou-se
protagonista de pinturas de costumes, paisagens e cenas de género”. Sorolla mostra-nos “como vivem, como estudam, pintam ou brincam”. Também nas inúmeras obras que dedicou ao mar, surge crianças “ora trabalhando na praia, ora desfrutando do prazer de brincar à beira-mar”. A infância menos feliz também é retratada: “crianças doentes, crianças mais humildes, que de certa forma são obrigadas a deixar de ser crianças para trabalhar, ajudando as suas famílias”. A mostra organiza-se assim em três secções: O Centro Familiar; O mundo das crianças e A outra infância. Sorolla viveu entre 1863 e 1923, sendo um dos mais reputados pintores da luz e uma figura incontornável do neoimpressionismo espanhol. Até 19 de junho, no Museu Sorolla, em Madrid fFeEvVeErReEi IrRoO d De E 2022
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Statements Para pensar
“O risco que, no fundo, considero mais de curto prazo é o da inflação. Neste momento, tivemos uma inflação de cerca de 4,5% na Europa. Aliás, Portugal está com cerca de 2,6% de inflação, que é a segunda mais baixa da Europa. É algo que ainda não entrou nas variáveis mais estruturantes, como rendas e salários, mas que pode ainda entrar (...)A questão da ligação da inflação aos salários tem ainda outra origem, que é a falta de trabalhadores que se verifica em todas as indústrias, incluindo os serviços, a construção e a transformação. Acontece em todas as profissões – especializadas ou não – e está a colocar alguma pressão sobre os salários, para além da própria inflação” João Nuno Palma, vice-presidente da comissão executiva do Millennium bcp, “O Jornal Económico”, 21/1/2022
“Nós vemos subidas de taxas de juro no horizonte e, sobretudo, das taxas Euribor. O seu forecast já é de uma progressiva aproximação para, pelo menos, terreno positivo, deixando de ser negativas. Em 2022, ainda serão negativas” Idem, ibidem
“[A cadeia logística é a principal responsável pela grande percentagem das emissões de gases com efeito de estufa] Se for uma empresa mineira ou petrolífera é diferente, mas segundo um relatório da consultora McKinsey, em média, 90% da pegada de carbono vem da cadeia de abastecimento (...) 80% dos consumidores dizem que estão disponíveis para pagar mais por produtos de empresas que têm cadeias de abastecimento sustentáveis” Carlos Mercuriali, general manager da SAP Procurement Solutions para a região sul da EMEA, “Eco-Economia Online”, 20/1/2022
“[As empresas devem ser capazes de] monitorizar os fornecedores, os fornecedores dos fornecedores, o impacto do transporte marítimo ou por avião [o que pode ser feito através da digitalização dos processos, que irá igualmente automatizar as tarefas necessárias para o funcionamento da cadeia logística]” 66 ACT UALIDAD€
Idem, ibidem FEVEREIRO DE 2022