3 DO NEGRO AO CARVÃO
1. INTRODUÇÃO1 Esta monografia tornou-se síntese de análises e procedimentos realizados na imagem de vestir representando São Francisco de Assis Penitente, oriunda da Matriz de Nossa Senhora da Piedade do Distrito de Piedade do Paraopeba, no Município de Brumadinho, Minas Gerais. Pertencendo à Mitra Arquidiocesana de Belo Horizonte, a escultura foi objeto didático desde o primeiro semestre de 2014, dentro do percurso de Conservação-Restauração de Escultura, permanecendo assim até 2016, no Curso de Conservação-Restauração de Bens Culturais Móveis, da Escola de Belas Artes, da Universidade Federal de Minas Gerais. Em 2017, elevou-se à categoria de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Seguindo a Introdução, apresentou-se no capítulo de Identificação, os dados preliminares dispostos de maneira a facilitar a distinção da escultura e o arquivamento de suas informações básicas, assim como sobre os responsáveis pela conservação-restauração. Para entender o contexto em que se inseria a obra, foram realizadas as pesquisas em fontes bibliográficas, compondo o Histórico no terceiro capítulo, com o levantamento sobre a Matriz em que se localizara a imagem e a breve história da escultura, adquirida também por observação in loco e, em partes, por entrevistas cedidas por antigos moradores do Distrito de Piedade do Paraopeba. A Descrição, ou Análise Pré-Iconográfica, no quarto capítulo, a Análise Hagiográfica e a Análise Iconográfica, respectivamente, quinto e sexto capítulos, marcaram o objeto dentro da História da Arte, retirando-o de um anonimato para abrigá-lo sobre um nome, um conceito passível de reconhecimento. Delimitaram o momento de passagem da simples imagem de vestir para o São Francisco de Assis Penitente. O capítulo sete detalhou o objeto ainda mais, ao se tratar da Técnica Construtiva, inclusive com o não observado a olho nu, a partir dos exames técnicos e científicos, em que se pode ler sobre aspectos tecnológicos, tanto para o suporte quanto para a policromia da escultura de São Francisco de Assis Penitente, seus atributos e vestes. O mesmo foi realizado no capítulo oito, porém atendo-se ao Estado de Conservação e Causas de Deterioração.
1 Para não resultar em equívocos de leitura e interpretação, ressalva-se que, por ser a monografia fruto de um trabalho já encerrado, com fins de relatar e propor discussões, considerou-se ser adequado a utilização do tempo verbal pretérito na confecção dos capítulos. O pretérito foi adotado em suas variações de perfeito e imperfeito, distinguindo ações finalizadas e outras que, mesmo sendo passadas, ainda se encontravam no presente. Somente a descrição arquitetônica da Igreja Matriz e a descrição atual do conjunto escultórico, após as intervenções, apresentaram o tempo verbal no presente, por serem contemporâneas à monografia.
RAMOS, Aline. Belo Horizonte. Escola de Belas Artes – Universidade Federal de Minas Gerais, 2017.