Caderno SESUNILA n.01 - junho/2019

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dossier universidade, carreira docente e racismo

A luta antirracista no sindicato nacional docente Rosineide Freitas - ASDUERJ Mestre em Educação. Docente da UERJ

Sou uma mulher, preta, trabalhadora, professora do Ensino

Superior Público e esta caracterização nunca fez tanto sentido e se apresentou tão devida. O trabalho, pra mim, é condição de vida, sem ele não me realizo. É a partir do trabalho que torno possível a reprodução da vida e me compreendo no mundo. Ser uma mulher preta me impõe a luta no sentido mesma da coletividade, da organização, do mover-se nas estruturas, do rompimento com o óbvio, com o que é dado e naturalizado, da oposição às opressões. Trabalhar no Ensino Superior Público, a meu ver, exige, para além dos requisitos acadêmicos e científicos, empatia, compromisso político com a formação da classe trabalhadora, engajamento na luta pela sua defesa e muito mais trabalho! São a partir destas compreensões que tento me forjar cotidianamente. Na minha leitura, fazer parte de uma categoria profissional, neste momento histórico que vivemos, impõe a luta. Luta pela manutenção de direitos, luta em defesa do nosso local de trabalho, que no nosso caso deve ser 8


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