Tribunal Constitucional tem nova presidência
Abrantes, nascido em Portalegre em 1955, foi eleito juiz-conselheiro pela Assembleia da República em 10 de Julho de 2022.
É licenciado e mestre pela Faculdade de Direito pela Universidade de Lisboa e doutorou-se na Universidade de Bremen. Entre 2013 e 2021, foi pró-reitor da Universidade Nova de Lisboa, onde é professor catedrático da Faculdade de Direito.
Foi também, entre 1985 e 2009, consultor jurídico da Caixa Geral de Depósitos e, em 2005, membro fundador da European Labour Law Network.
nais, como a Universidade de Columbia, Oxford ou Luigi Bocconi.
Entre 2003 e 2004, foi consultor do Instituto de Investigação Científica Tropical e, entre 2003 e 2004, também exerceu essas funções no Development Studies Centre da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Foi também consultor da sociedade de advogados PLMJ.
Os juízes do Tribunal Constitucional (TC) elegeram esta quarta-feira José João Abrantes, como presidente, e Gonçalo de Almeida Ribeiro, como vice-presidente, anunciou aquele órgão de soberania em comunicado.
José João Abrantes substitui João Caupers, que cessou funções esta terça-feira e era presidente do TC desde Fevereiro de 2021. Gonçalo de Almeida Ribeiro sucede a Pedro Machete no cargo de vice-presidente.
Em conjunto com Lino Ribeiro, Caupers e Machete eram os juízes, na antiga composição do TC, que tinham sido escolhidos através do modelo de cooptação, tendo-se mantido no cargo devido ao impasse na escolha dos três novos juízes para os substituir.
De acordo com uma nota bibliográfica no ‘site’ do TC, José João
Segundo o TC, tem “vasta obra publicada, tanto em Portugal como no estrangeiro, abrangendo mais de uma centena de escritos e versando temas de vários ramos jurídicos”, com destaque para o direito laboral, mas também civil, constitucional e direitos fundamentais.
Gonçalo de Almeida Ribeiro, nascido em 1983 em Lisboa, foi eleito pelo parlamento como juiz-conselheiro em 20 de Julho de 2016 e é professor auxiliar da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa.
Licenciou-se e tirou um mestrado na Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa e doutorou-se em direito na Universidade de Harvard, tendo a sua tese de doutoramento recebido o Mancini Prize daquela instituição. O TC indica que tem vasta obra académica publicada e participou em conferências, colóquios e palestras de várias universidades internacio-
As votações para os cargos de presidente e vice-presidente tinham começado na terça-feira à tarde - depois da posse dos três novos juízes-conselheiros do TC -, mas foram interrompidas durante a noite, por falta de consenso.
A Lei Orgânica do Tribunal Constitucional estipula que os mandatos de presidente e vice-presidente têm uma duração de quatro anos e meio, equivalente a metade do mandato de um juiz-conselheiro.
Os dois cargos são eleitos por voto secreto, sendo que um presidente é considerado eleito quando tiver reunido, na mesma votação, um mínimo de nove votos e, no caso do vice-presidente, oito.
Se, ao fim de quatro votações, nenhum juiz tiver sido eleito presidente, só voltam a ser sujeitos a votação os dois juízes que recolheram mais votos na quarta votação.
Se, “ao fim de mais quatro votações”, nenhum dos dois tiver obtido nove votos, “considera-se eleito o juiz que primeiro obtiver oito votos na mesma votação”.
Tanto no caso do presidente como do vice-presidente, segundo a legislação, “as votações são realizadas sem interrupção da sessão”.
»» CARLA RODRIGUES CORAGEM E ÉTICA DO JORNALISMO EM TEMPOS DE GUERRA
»» RUI AMARO: AGRÁRIA DE COIMBRA NA VANGUARDA DO ENSINO SUPERIOR POLITÉCNICO
»» MÁRIO VELINDO: ISEC PODE OMBREAR COM AS MELHORES ESCOLAS DA EUROPA
»» DOSSIÊ 23.º ANIVERSÁRIO DO CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS:
MARCOS DA IMPLANTAÇÃO DA HISTÓRIA DA IMPRENSA REGIONAL OPINIÃO DE: JOÃO NUNO CALVÃO DA SILVA ALEXANDRE GOMES DA SILVA MANUEL CASTELO BRANCO
JOSÉ SANTOS CABRAL
NÁDIA MOURA
JOANA GIL
»» ESTUDANTES CONSIDERAM O JORNAL IMPRESSO IMPORTANTE?
»» PRESIDENTE DOS PATUDOS CONFIRMA QUE O ABANDONO DOS ANIMAIS JÁ TRIPLICOU NA REGIÃO CENTRO
»» HOSPITAL DOS COVÕES FEZ 50 ANOS MAS FICOU SEM PARABÉNS
CANTANHEDE
Exposição de Irmandades de Enxofães e Murtede em exibição
Continua patente até ao próximo dia 28 de Abril, na Biblioteca Municipal de Cantanhede, a mostra Irmandades de Enxofães e Murtede. A importância da preservação do seu legado no enriquecimento da história do concelho.
Com a curadoria de Fernando António Rodrigues Costa, a exposição apresenta 29 peças pertencentes às irmandades religiosas, das localidades de Enxofães e de Murtede, cujo empréstimo temporário resultou de vários acordos, nomeadamente da Diocese de Coimbra, da Paróquia de Murtede, da Junta de Freguesia de Murtede, da Fábrica da Igreja Paroquial da Freguesia de Murtede, da Comissão da Capela de Enxofães.
Esta exposição de arte sacra, tem como principal objectivo apelar para a necessidade da inventariação, preservação e divulgação do muito espólio histórico, religioso e laico, existente nesta e noutras freguesias do concelho de Cantanhede, oferecendo ainda a possibilidade de conhecer este espólio único das Irmandades outrora existentes em Enxofães e Murtede, particularmente a do Santíssimo Sa-
cramento (Murtede) e a de Nossa Senhora do Terço (Enxofães).
Recorde-se que as Irmandades eram associações de fiéis constituídas com a finalidade de praticarem obras de piedade ou caridade e de promoverem o culto público. Genericamente, foram fundamentais para reforçar os elos da solidariedade humana e da fraternidade cristã, principalmente em situações de fome, de doença, de pobreza ou de cativeiro; bem como o enterramento dos mortos e as orações pela sua alma.
A origem das confrarias situa-se, no continente europeu, durante a baixa Idade Média.
Em Portugal, as primeiras associações deste tipo surgiram no século XIV, instituídas, normalmente, em igrejas paroquiais, caracterizando-se por serem, na sua essência, um movimento laical.
A Irmandade ou Confraria do Santíssimo constituiu ao longo de cerca de dois séculos e meio, uma instituição bem representativa da vitalidade e determinação das gentes de Murtede. A constituição da confraria verificou-se em Outubro de 1755 e a sua extinção em Fevereiro de 1995.
A Irmandade de Nossa Senhora do Terço, de Enxofães, constitui-se 1875 e teve a sua extinção em 1 de Janeiro de 1999.
ESEnfC organiza jantar de recolha de donativos para estudantes do ensino superior
AEscola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) organiza, no próximo dia 3 de Maio, a 13.ª edição do Jantar Solidário de recolha de donativos para o Fundo Solidário NEXT, um projecto social criado para apoiar estudantes do ensino superior com dificuldades económicas na prossecução dos estudos e, bem assim, para promover o aproveitamento académico e combater o abandono escolar.
O Jantar Solidário, marcado para as 20h00, terá lugar na Cantina do Pólo B da ESEnfC em São Martinho do Bispo (Rua 5 de Outubro), e os interessados em ajudar podem fazê-lo de três formas: através da inscrição no jantar (20 euros por pessoa, ou 12 euros para estudantes ou desempregados), com a oferta do jantar a estudantes apoiados pelo Fundo Solidário NEXT (12 euros), ou com a realização de um donativo ao Fundo Solidário NEXT.
O período de inscrições, através de formulário online, (https://forms.office.com/e/ELQNYM7CHC) decorre até dia 26 de Abril. Já quem quiser contribuir através de donativo, poderá fazê-lo até ao dia da iniciativa (3 de Maio).
Em qualquer um dos casos, o pagamento pode ser
realizado usando MB Way (para o número + 351 910 233 333), ou por transferência bancária (para o IBAN PT50 0018 2221 0264 3654 0200 4 [Banco Santander], enviando o comprovativo para jantarsolidario@ esenfc.pt).
Com início no ano lectivo de 2020-2021, o Fundo Solidário NEXT resulta da aproximação do Fundo Solidário (nascido em 2010, no Instituto Universitário Justiça e Paz, em Coimbra) e do NExT - Núcleo de Explicações Voluntárias, criando, assim, um único projecto social, ao qual estão associados a Universidade de Coimbra (UC), o Instituto Politécnico de Coimbra (IPC), a ESEnfC, o Centro de Acolhimento João Paulo II e a Cáritas Diocesana de Coimbra.
As receitas obtidas vão servir para apoiar os estudantes de diversas formas: como apoio monetário para propinas, para alojamento, ou para alimentação.
Através do projecto Fundo Solidário NEXT, é também possível fazer aconselhamento ou acompanhamento, dar apoio psicopedagógico, explicações e acompanhamento ao estudo, apoio a língua portuguesa (língua materna ou língua não materna).
da Foz evoca o centenário do nascimento de Madalena Biscaia Azeredo Perdigão
No âmbito do centésimo aniversário do nascimento de Madalena Biscaia de Azeredo Perdigão, o Município da Figueira da Foz realiza, dia 29 de Abril, a partir das 15h30, no Auditório Municipal, uma sessão evocativa que integra o descerramento da placa «Auditório Municipal Madalena Perdigão» e o Recital “Do lirismo musical à vertigem da dança”, pela pianista Teresa de Palma Pereira.
O programa de actividades comemorativas, que se estenderá até 2024, terá início na sexta-feira, dia 28 de Abril, data do nascimento de Madalena Biscaia de Azeredo Perdigão, com a exibição, pelas 21h30, no Auditório João César Monteiro, do Centro de Artes e Espectáculos, do documentário «Um Corpo que dança- Ballet Gulbenkian 1965 –2005», de Marco Martins. A entra-
da é gratuita, a levantamento de ingresso na bilheteira do CAE.
Com esta iniciativa o Município da Figueira da Foz pretende prestar tributo a uma das personalidades fundamentais para o desenvolvimento da educação artística e do ensino da música em Portugal antes e após o 25 de Abril de 1974, para além do seu papel primordial na criação do Serviço de Música (1958-1974) e, posteriormente, no Serviço ACARTE (1984-1989) na Fundação Calouste Gulbenkian.
Filha de Severo Biscaia, Presidente da Comissão Municipal de Turismo nos primeiros anos da década de 1960, Madalena Biscaia de Azeredo Perdigão foi casada com José Henrique de Azeredo Perdigão, primeiro presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, que viria a comparticipar a construção do actual edifício do Mu-
seu, Biblioteca e Auditório Municipais, em 50%.
Apesar de não existirem documentos que possam confirmar, com toda a certeza, que Madalena Biscaia Azeredo Perdigão e seu pai foram os responsáveis pela obtenção dos fundos da Fundação, nos escassos registos existentes em arquivo documental, sabe-se que, Severo Biscaia promovia, desde 1962, encontros informais em Lisboa, na sede da Fundação Calouste Gulbenkian, com o objectivo de sensibilizar aquela instituição para o apoio efectivo a esta pretensão. A 14 de Dezembro de 1963, era anunciada formalmente pelo presidente da Câmara, Eng.º Coelho Jordão, a comparticipação da Fundação na construção deste novo edifício, na futura avenida das Abadias.
Figueira
Estão abertas as inscrições para integrar o Coro da Ordem dos Médicos do Centro
OCoro da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM), que conta com mais de 20 anos de existência, está a retomar a sua actividade e pretende integrar mais vozes na sua estrutura vocal com o objectivo de ser portador de momentos de partilha e celebração em torno da música.
Os ensaios decorrem semanalmente, à terça-feira, a partir das 21h00, no Clube Médico, em Coimbra (Avenida D. Afonso Henriques, número 39). Desta feita, o Coro da Ordem dos Médicos do Centro pretende ser também mais um pólo de convívio e de troca de influências culturais e artísticas que cada um protagoniza.
Os(as) médicos e seus familiares directos que pretendam integrar o coro devem enviar a inscrição para o email acristina.soares. srcom@gmail.com ou entrar em contacto telefónico através do número 239 792 920.
Habitualmente, as vozes do Coro da SRCOM integram as cerimónias solenes do Juramento de Hipócrates, Dia do Médico e outros eventos culturais da Ordem dos Médicos, bem como da sociedade em geral.
Actualmente, este Coro tem a direcção artística e regência do Maestro e Compositor Paulo Bernardino, Doutor em Direcção Coral e Orquestra, com vasto currículo na actividade coralística.
Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra inaugura cozinha laboratorial
AEscola Superior de Tecnologia da Saúde do Instituto Politécnico de Coimbra (ESTeSC-IPC) inaugurou, hoje, durante a tarde, uma cozinha laboratorial, após a renovação das instalações de apoio às actividades lectivas práticas do curso de Dietética e Nutrição.
No evento foi homenageada a professora e investigadora Helena Saldanha, responsável pela criação do curso de Dietologia da Escola Técnica dos Serviços de Saúde de Coimbra (hoje, ESTeSC), em 1982.
“Com um novo layout e novos equipamentos, a cozinha laboratorial permitirá melhorar a qualidade do ensino ministrado na Escola, nomeadamente nas aulas práticas dos quatro anos de Licenciatura em Dietética e Nutrição (Gastronomia
Molecular, Química Alimentar, Nutrição Entérica e Parentérica, entre outras)”, afirma a ESTeSC-IPC .
Além da reorganização e aumento do número de bancadas de trabalho, o laboratório foi reforçado com novos equipamentos (como é exemplo um forno convector) e utensílios que permitem “melhorar o seu potencial pedagógico”, num investimento total de 50 mil euros.
“O estudo da Nutrição pressupõe uma compreensão alargada do alimento e dos processos que influenciam o seu valor nutricional, com impacto na promoção da saúde, prevenção ou tratamento da doença”, explica o docente coordenador da licenciatura em Dietética e Nutrição da ESTeSC-IPC, João
A par da “sólida formação teórica” ministrada pela Escola, é essencial, sobretudo no modelo de ensino politécnico, garantir a “contextualização e exemplificação prática” dos conteúdos abordados, reforça.
Com este investimento, a ESTeSC-IPC fica ainda com capacidade para aumentar a oferta formativa destinada à população em geral e aos profissionais de saúde em particular, contribuindo para a melhoria da sua prática profissional e reconhecimento do potencial da Nutrição na prevenção e tratamento da doença.
A cerimónia de inauguração da cozinha laboratorial contou também com a participação da Bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento.
Escola Superior Agrária de Coimbra promove palestras sobre transformação de carnes
“Aditivos na Indústria de Transformação de Carnes” e “Selecção das Carcaças de suínos e o Processo de Transformação de Carnes” são os dois temas das palestras acolhidas pela Escola Superior Agrária de Instituto Politécnico de Coimbra (ESAC-IPC), na próxima sexta-feira (28), no auditório H1, às 14h00 e às 18h00.
A primeira palestra do dia com o tema “Aditivos na Indústria de Transformação de Carnes” será proferida por Joana Silva e Paulo Silva, da FORMULAB – Aditivos alimentares, Lda. E a segunda, sobre a “Selecção das Carcaças de suí-
nos e o Processo de Transformação de Carnes” que será tratada por Luís Folhas e João Silva, da INCARPO. Ambas realizam-se no âmbito das unidades curriculares “Oficinas Tecnológicas I - Carnes” da Licenciatura em Tecnologia Alimentar, “Oficinas Tecnológicas de Produtos Animais” do CTeSP em Qualidade Alimentar e “Sanidade Animal e Saúde Pública” do Mestrado em Engenharia Agro-pecuária.
As palestras têm duração total de aproximadamente 3h30, havendo tempo para perguntas e respostas. A participação nas palestras está aberta a todos os interessados.
Teatrão em Coimbra com rodas de conversa sobre o 25 de Abril
AOficina Municipal do Teatro (OMT), em Coimbra, vai receber, amanhã (27) e sexta-feira (28), às 18h00, rodas de conversas realizadas no âmbito dos 49 anos do 25 de Abril.
Estas iniciativas decorrem em parceria com os dois maiores centros de investigação da Universidade de Coimbra na área das ciências sociais e humanas: o CEIS20 e o CES.
A primeira actividade, já amanhã, tem por base o mote “O 25 de Abril e os Militares”. O debate será moderado por Sérgio Neto (investigador do CEIS20) e conta com a participação de Catarina Gonçalves (psicóloga da Liga dos Combatentes), Isabel Craveiro (Teatrão), Pedro Esgalhado (mili-
tar reformado) e o elenco de “Os Cadáveres São Bons Para Esconder Minas”.
Os actores irão ler passagens do espectáculo, que servirão para provocar e enquadrar artisticamente a conversa, já que esta criação se centra na experiência de soldados portugueses durante a Guerra Colonial.
A iniciativa, ligada ao 25 de Abril do Ateneu de Coimbra, é organizada pelo Plano Nacional das Artes, no âmbito da iniciativa “Conversas na Comunidade”, em parceria com o CEIS20, a Liga dos Combatentes / Núcleo de Coimbra e Teatrão.
Já no dia 28, a conversa decorre no âmbito do ciclo “Democracia – um concerto em (r)evolução?”. Este ciclo está
a acompanhar a digressão de “Revolution (Título Provisório)”, que irá a palco na OMT logo no dia a seguir.
O tema para este debate é “Participação e Democracia” e é co-organizado com o projecto UNPOP/CES-UC, que tem vindo a dissecar as narrativas populistas e o seu impacto na população. O painel é composto por Gonçalo Guerreiro (encenador e dramaturgo de “Revolution (Título Provisório)”), Marcela Uchôa (investigadora), Tiago Alves Costa (escritor) e Vanda Amaro Dias (investigadora), com moderação a cargo de Cristiano Gianolla (investigador responsável pelo projecto UNPOP).
A entrada é livre e aberta ao público geral.
CEARTE reuniu com Ministério da Cultura do Brasil para cooperação
Aministra da Cultura do Brasil, Margareth Menezes, que integrou a comitiva do presidente brasileiro, Lula da Silva, em Portugal, realizou, em Lisboa, uma reunião com o CEARTE (Centro de Formação Profissional para o Artesanato e Património).
O objectivo passou por fornecer um melhor conhecimento da intervenção do Centro no sector do artesanato e do património, tratar de uma possível cooperação com o Brasil e estudar, ainda, outras formas de apoio, no âmbito do acordo bilateral assinado pelos dois Ministérios, na Cimeira Portugal / Brasil.
O CEARTE e o Brasil tiveram já relações de cooperação no âmbito, por exemplo, das Cimeiras Ibero-americanas de Artesanato, como a realizada em Fortaleza, no Brasil, em 2018.
“O novo Ministério da Cultura do Brasil quer
dar um novo impulso ao sector do artesanato e da cultura no país, efectuar uma reestruturação das políticas públicas para o sector e estreitar relações nesta matéria com Portugal como país irmão”, afirma o CEARTE.
Na reunião foram abordadas como áreas de trabalho conjunto quatro grandes temas: formar, capacitar, reconhecer e certificar. Ficaram negociados para a cooperação a partilha de informação sobre a organização e a prática da qualificação e capacitação dos artesãos (quer de novos artesãos, quer a melhoria das competências dos trabalhadores já activos) a participação em projectos e iniciativas europeias do artesanato, a profissionalização e regulação do sector do artesanato e, genericamente, a troca de experiências, práticas, conhecimentos e saberes.
Projecto da Universidade do Minho quer acelerar selecção de fármacos para tratar doenças raras
Três investigadoras da Escola de Medicina da Universidade do Minho estão a acelerar o processo de selecção de fármacos promissores para o tratamento de doenças raras, como ataxias. O projecto de Joana Sousa, Andreia Castro e Patrícia Maciel venceu há dias o SpinUM – Concurso de Ideias de Negócio da UMinho. As cientistas estão entretanto a criar a start-up “Screen4Health”, pretendendo captar investimento e chegar em breve ao mercado.
As cientistas partem do C. elegans, um minúsculo verme do solo e da água que permite mimetizar doenças humanas, ajudando assim a identificar compostos promissores na supressão de doenças neurológicas raras, com ensaios automatizados e cientificamente validados. A metodologia procura compostos com alta probabilidade de serem eficazes em contexto clínico e só estes serão testados em organismos mais complexos, acelerando a translação para a fase clínica e a eventual descoberta de tratamentos para aquelas doenças. “Garantimos redução temporal e monetária às empresas farmacêuticas na fase pré-clínica”, diz Joana Sousa. A equipa pesquisa no Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) da UMinho, em Braga, e viu esta necessidade de mercado após estudar a ataxia espinocerebelosa do tipo 3. Adotou então o conceito de serviços e testará novos fármacos, compostos naturais e readequará fármacos já aprovados para outros fins terapêuticos (repurposing).
O SpinUM distingue anualmente ideias de negócio de qualquer área científica ligadas à UMinho. O concurso tem tido atenção crescente de investidores e vários dos projectos conquistaram depois os principais prémios de inovação do país. Na presente edição foram atribuídos 9000 euros em valor monetário e serviços de apoio à propriedade industrial para os autores classificados em 1º, 2º e 3º lugar. As outras ideias do pódio foram um preditor de risco de quedas e uma caixa de alta segurança para instrumentos mu-
sicais. Esta iniciativa lançada pela interface TecMinho é co-financiada pela rede UI-CAN, no âmbito do programa Compete 2020 / Portugal 2020, e pelo Fundo Social Europeu.
As ideias vencedoras das 13 edições foram a “iSurgical3D” (correcção do peito escavado), “Sense4me” (previne a progressão das úlceras), “NanoBiodelivery” (libertação controlada de terapias no combate ao cancro), “euPA” (monitorização de saúde e emergência por GPS), “BnML” (modelo para maximizar novos fármacos), “Nanopaint” (tintas para imprimir sensores eletrónicos), “Analisador da Distorção Luminosa” (preditor de complicações oculares pré-cirurgia), “medQuizz” (aplicação constrói e corrige exames), “GenSYS” (software para produção massiva de produtos diferenciados), “Lipidomix” (serviços para quantificar e analisar lípidos), “TopoSEM” (recria 3D superfícies 10.000 vezes mais finas do que um cabelo), “beWOODful” (tecnologia acopla o tratamento e a coloração da madeira), “Karion Therapeutics” (molécula promissora para tratar cancro renal) e, agora, a “Screen4Health”.
Símbolos da JMJ foram recebidos na Figueira da Foz
ACruz Peregrina e o ícone de Nossa Senhora Salus
Populi Romani - símbolos das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) 2023, chegaram na manhã de domingo, dia 23 de Abril, à Figueira da Foz, para uma peregrinação por todas paróquias do concelho.
Para assinalar a chegada dos símbolos, o início da peregrinação e a celebração nacional “Faltam 100 dias para a JMJ”, realizou-se uma eucaristia no Coreto do Jardim Municipal, pelas 11h00, presidida pelo bispo de Coimbra, Dom Virgílio Antunes e pelo bispo auxiliar de Lisboa e presidente da Fundação JMJ 2023, Dom Américo Aguiar- transmitida em direto pela TVI, à qual assistiu José Duarte - presidente da Assembleia Municipal, Pedro Santana Lopes - presiden-
te da Câmara Municipal da Figueira da Foz, os vereadores do executivo, presidentes de Junta, várias entidades oficiais, representantes das paróquias, das colectividades locais- com os seus estandartes, e uma vasta plateia de fiéis.
Passagem dos símbolos por Coimbra tem sido uma realidade inesquecível
O bispo de Coimbra, Virgílio Antunes, considerou hoje que a passagem dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) pela Diocese de Coimbra tem sido “uma realidade inesquecível”, que tem unido pessoas de credos e opções políticas variadas.
“Tem sido uma realidade que nós nem sequer esperávamos, tão empolgante, tão vivida, tão sentida. Desde a aldeia mais pequena, da ca-
pelinha no interior do país e da nossa Diocese, até às cidades e aos lugares com grandes aglomerados de pessoas, às instituições públicas, privadas, de toda a índole, tem sido uma realidade absolutamente inesquecível”, apontou.
Pouco depois dos símbolos da JMJ chegarem ao Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), Virgílio Antunes destacou que a passagem pela Diocese, que termina no final do mês, tem “unido as pessoas” com formas diferentes de ver a vida, seja em termos religiosos ou políticos.
“Há algo que une e aquilo que une é o coração das pessoas, que nós, enquanto cristãos, identificamos com os grandes desejos do coração de Deus, que é unir as pessoas todas. Pô-las todas a trabalhar juntas com elas, todas em sintonia, a cooperarem umas com as outras, com divergências, porventura nas ideias, na forma de ver e pensar, mas unidos todos na ação, porque o ser humano é muito maior do que todas as guerras ou guerrilhas que possamos fazer uns aos outros e que não queremos fazer uns aos outros”, referiu.
Passagem dos símbolos por Coimbra tem sido uma realidade inesquecível
CONTINUAÇÃO....
A cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani chegaram ao CHUC pelas 10h00, onde os esperavam a Phartuna, duas dezenas de crianças do Infantário Caracol e vários funcionários do hospital.
Tradicionalmente, nos meses que antecedem cada JMJ, os símbolos partem em peregrinação para serem anunciadores do Evangelho e acompanharem os jovens, de forma especial, nas realidades em que vivem.
Com 3,8 metros de altura, a cruz peregrina, construída a propósito do Ano Santo, em 1983, foi confiada por João Paulo II aos jovens no Domingo de Ramos do ano seguinte, para que fosse levada por todo o mundo.
Desde aí, a cruz peregrina, feita em madeira, iniciou uma peregrinação que já a levou a quase 90 países.
Já o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, que retrata a Virgem Maria com o Menino nos braços, tem 1,20 metros de altura e 80 centímetros de largura, e está associado a uma das mais populares devoções marianas em Itália.
À entrada dos CHUC e antes da bênção dos símbolos, protagonizada pelo Bispo de
Coimbra, a vogal executiva do conselho de administração do Centro Hospitalar, Célia Cravo, congratulou-se com a passagem dos símbolos por um local que também ele “é um símbolo da cidade”.
Também Virgílio Antunes vincou que este é um local icónico, que vê como “uma pequena cidade onde existem pessoas muito diferentes umas das outras”, mas também onde “todos procuram unir-se em favor do bem comum, que é aquilo que a cruz de Cristo significa”.
As JMJ nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.
A primeira edição aconteceu em 1986, em Roma, tendo já passado por Buenos Aires
(1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019).
A edição deste ano, que será encerrada pelo Papa, esteve inicialmente prevista para 2022, mas foi adiada devido à pandemia de covid-19.
O Papa Francisco foi a primeira pessoa a inscrever-se na JMJLisboa2023, no dia 23 de Outubro de 2022, no Vaticano, após a celebração do Angelus. Este gesto marcou a abertura mundial das inscrições para o encontro mundial de jovens com o Papa.
Até ao momento já iniciaram o processo de inscrição mais de meio milhão de jovens.
Mercado Medieval regressa a Eiras com três dias
Luís Correia anunciou que irá fechar o Largo por completo, ficando por isso o trânsito no centro de Eiras completamente condicionado.
“Esperamos superar o número do ano passado. Sabemos que correu muito bem, mas considerando a adesão e a satisfação com que as pessoas saíram de Eiras esperamos que este ano consigamos superar, até porque estamos a fazer uma aposta clara. Duplicamos o orçamento que tínhamos do ano passado, estamos a fazer uma aposta não só nos três dias, mas também com mais figurantes, mais espectáculos e por isso tem tudo para correr bem”, revelou.
De 29 de Abril a 1 de Maio, a freguesia de Eiras, em Coimbra, vai receber a 5.ª edição do Mercado Medieval, que decorre no Largo do Terreiro da Fonte. Este evento tem como objectivo recriar hábitos antigos e mostrar produtos de outras épocas.
Luís Correia, presidente da União de Freguesias (UF) de Eiras e São Paulo de Frades, revelou que a importância social e cultural do evento é considerada elevada uma vez que promove “a valorização e preservação do património histórico e cultural, o impacto sociocultural muito positivo nas localidades em redor à sua realização, com a participação e envolvência de uma faixa etário muito alargada”.
O autarca referiu que para este ano o investimento “duplicou” face ao ano anterior. “É uma aposta forte e clara naquilo que é este Mercado Medieval”, dando conta ainda que esse investimento resultou sobretudo na extensão do evento para três dias. Também como novidade, a organização aumentou o número de tendas de comes e bebes, bem como o número de artesãos e figurantes que irão marcar presença ao longo dos três dias. No total haverá 24 expositores, entre artesãos e taberneiros, e sete barracas de comes e bebes. Destaca-se os artesãos nas áreas da bijuteria, tiaras, pedras e cristais, incensos, produtos naturais, brinquedos, couro e peças em macramé, estatuetas e tarot. Este ano há ainda entretenimento para os mais pequenos, onde a UF inovou num carrossel para as crianças.
Para repasto terão o tradicional porco no espeto, pão com chouriço, sopa da pedra, enchidos e queijos, crepes entre outros produtos, não faltando os docinhos conventuais e o famoso manjar branco.
A entrada no evento é gratuita e vai funcionar no sábado, das 11h00 às 22h30, no domingo, das 12h00 às 22h30, e no último dia, das 11h00 às 17h00.
O certame vai obrigar ao corte de circulação, visto que
A edição deste ano tem como temática Pedro e Inês de Castro e terá momentos de vários espectáculos de teatro, fogo, danças e bailias entre muitas outras coisas alusivas à época.
PROGRAMA
DIA 29 DE ABRIL – SÁBADO
11H00 – Abertura do Mercado
12H00 - Comeres e Beberes nas tabernas do mercado
15H00 - Meirinho visita o mercado e seus folguedos e faz o seu parecer aos produtos e barracas do mercado
16H00 - Chegada de D. Pedro e cortejo pelas ruas do burgo
Auto de Abertura do Mercado na praça principal
17H00 - Danças e Bailias com Wolfdance
18H00 - Fakir – contorcionismo humano e faquirismo
19H00 - Irmãos Tramoia trupe de comediante
20H00 - Comeres e beberes nas tabernas do mercado
22H00 - Danças e Bailias com Wolfdance
de pranto a D. Pedro
DIA 30 DE ABRIL – DOMINGO
12H00 – Abertura do Mercado
12H15 - Comeres e Beberes nas tabernas do mercado
15H00 - Danças e Bailias com Wolfdance
testemunhar o matrimónio de Pedro e Inês de Castro
17H30 - Danças e Bailias com Von Fénix e Corvus Del Rey
Inês de Castro
18H30 - Fakir – contorcionismo humano e faquirismo
19H00 - Danças e Bailias com Wolfdance
20H00 - Comeres e beberes nas tabernas do mercado
21H00 – Corvus D´el Rey – música medieval
22H00 - Danças e Bailias com Wolfdance
DIA 1 DE MAIO – SEGUNDA (FERIADO)
11H00 – Abertura do Mercado
12H00 - Comeres e Beberes nas tabernas do mercado
14H30 - Danças e Bailias com Wolfdance
15H00 – Arruada pelas ruas do burgo
16H00 - Condenação e arrastamento de judeus e sua conversão em cristãos novos.
16H30- Danças e Bailias com Wolfdance
17H00 - Auto de encerramento dos Folguedos
Vila Nova de Poiares cria mercadinho mensal para promover produtores locais
OMercadinho da Terra vai arrancar, na sexta-feira (28), às 18h00, no Mercado Municipal de Vila Nova de Poiares, um projecto do município para promover os produtores locais.
O Mercadinho da Terra vai decorrer na última sexta-feira de cada mês, ao final do dia, no Mercado Municipal, com o objectivo de “dar um apoio à produção local e sensibilizar a população para o consumo de produtos mais saudáveis, com origem conhecida e vindos directamente da terra e sem qualquer tipo de intermediários”, disse o presidente daquela autarquia, João Miguel Henriques.
Na sexta-feira, na inauguração da iniciativa, para além do mercadinho, haverá dança, música e teatro, num programa que se estende até às 23h00.
Nesta primeira edição, vão participar 25 produtores do concelho.
“Os produtores são convidados a participar e não pagam nada, porque o objectivo é o de
apoiar a pequena produção”, explicou o presidente da Câmara de Vila Nova de Poiares.
Segundo João Miguel Henriques, houve um trabalho prévio do município juntamente com as juntas de freguesia na identificação de potenciais produtores interessados em participar no Mercadinho da Terra.
“Nós pretendemos não apenas ajudar os produtores na venda direta, mas teremos uma estratégia de comunicação, dando-os a conhecer ao comércio local, às IPSS [instituições particulares de solidariedade social] e à restauração”, de forma a promover cadeias de consumo mais curtas.
A maioria dos produtores que participam neste projecto “não vivem da agricultura”, tendo-a apenas como “uma segunda actividade”.
“Queremos dinamizar o sector primário e motivar as pessoas a utilizar a terra e a cultivar nos seus quintais, num momento em que a agricultura de subsistência tem vindo a ser abandonada”, notou João Miguel Henriques.
Junta dos Olivais vai homenagear escritores que deixaram “marca” na freguesia
Após uma breve pausa, cerca das 11h00, vai ter lugar a temática “Miguel Torga e a melancolia na Literatura Portuguesa”, tendo como orador o Professor Doutor José Augusto Bernardes da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
AJunta de Freguesia de Santo António dos Olivais vai dinamizar este sábado (29), entre as 09h30 e as 17h00, o “I Colóquio sobre Escritores com Marca na Freguesia”.
A iniciativa, a decorrer no Auditório da Escola Superior de Educação de Coimbra, pretende “homenagear os escritores de língua portuguesa que deixaram de alguma forma uma marca na nossa freguesia”, partilhou o presidente da Junta de Santo António dos Olivais, Francisco Rodeiro, mencionando os autores Vitorino Nemésio, Miguel Torga, Joaquim Na-
morado e Fernando Assis Pacheco.
A sessão de abertura está agendada para as 09h30, pelos professores Doutores Rui Antunes (presidente da Escola Superior de Educação de Coimbra), e José Ribeiro Ferreira (coordenador científico do colóquio) e pelo presidente da Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais Francisco Rodeiro. Segue-se às 10h00 a primeira homenagem, intitulada “Vitorino Nemésio: os anos de Coimbra”, pela voz da Professora Doutora Fátima Freitas Morna da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Durante a tarde decorrem as homenagens a Joaquim Namorado, com o tema “Nem só de ideologia vive o Poeta (impulso romântico e humor irónico em Joaquim Namorado”, pelo Professor Doutor José Carlos Seabra Pereira, Catedrático Jubilado da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, e a Fernando Assis Pacheco (“O Monumental: da reverência À contrafação irónica”), pela oradora Doutora Teresa Carvalho, investigadora do Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da Universidade de Coimbra.
A sessão termina por volta das 17h00 com as intervenções do Professor Doutor José Ribeiro Ferreira e o presidente Francisco Rodeiro.
“Temos de dar um salto qualitativo na programação cultural da freguesia, sem descurar aquilo que é a cultura popular”, vincou o autarca.