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ECONOMIA E INDÚSTRIA EM TEMPO DE COVID-19
Muitos empresários, gestores e portugueses têm hoje em mente como preocupação a definição de qual caminho seguir nos tempos vindouros. Vamos tentar escamotear este problema interligando as perspetivas macro (da economia) e micro (referentes à gestão das nossas empresas no sector dos moldes ou outros).
Primeiro o que não fazer. Há muitas vozes neste contexto a falar sobre o endividamento do Estado e o risco do défice. Convenhamos que este é o momento para potenciar a dívida pública e não ter medo de um défice.
Comecemos por uma analogia com uma empresa – o gestor que garantiu, em 2019, uma excelente autonomia financeira (a percentagem do ativo que é financiada por capital pertencente à própria empresa) tinha no início desta crise uma vantagem para fazer face a necessidades de endividamento (evitando o sobreendividamento) e apresentaria um risco menor perante um credor. Desta forma, no seu leque de opções estaria o aumento do endividamento (sobretudo se o custo deste fosse baixo). Para muitos gestores esta foi uma inevitabilidade que permitiu continuar as operações (e que até pode ter sido garantida por apoios estatais, com bonificações) ou mesmo modernizar a empresa (recorrendo a alguns programas nacionais e, futuramente, europeus).
O Estado português não tem uma boa autonomia financeira (a dívida pública é das maiores da Europa), mas tem um credor com uma “taxa bonificada” – por enquanto o BCE tem mandato para comprar dívida, o que significa que as yields da dívida portuguesa a 10 anos estão sensivelmente nos 0,5%.
Vitor Ferreira* * Diretor Executivo Startup Leiria/Docente Politécnico de Leiria
Leia o artigo completo na versão digital da revista O MOLDE, disponível em www.cefamol.pt.