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Empresas na linha da frente do combate à Covid-19
NOVA PLASTESTE: DA RESPOSTA À NECESSIDADE NASCEU UM NOVO PRODUTO
Num projeto feito de raíz e em grande velocidade, a Nova Plasteste desenvolveu uma viseira, logo no início da pandemia em Portugal “tendo como principal objetivo apoiar na linha da frente do combate ao vírus”, explica Carlos Faustino.
Uma vez produzidas, as viseiras foram doadas a vários hospitais e instituições de saúde. “Não tínhamos nada deste género: nem pensado, nem feito. Mas foi uma ideia que tivemos depois de ver várias viseiras. Decidimos melhorar esses equipamentos”, explica, contando que a concepção da viseira levou “cerca de cinco semanas, desde o início até a conclusão do projeto”. Salienta que “todas as peças foram idealizadas e são produzidas por nós”, frisando ter tido “a colaboração de várias empresas que desenvolveram os moldes dos vários componentes”. Cabe à Nova Plasteste a gestão de todo o processo de fabrico, explica.
A diferença desta viseira em relação ao que existia, esclarece, é que “é feita em policarbonato e tem uma parte óptica para não afetar a vista”. Em junho, este produto encontrava-se em testes laboratoriais, de forma a obter a certificação ‘classe 2’, comprovando que é resistente a partículas de alta velocidade e até altas temperaturas.
APOIO DO CENTIMFE
Carlos Faustino conta que várias razões estiveram por detrás da decisão de avançar com este projeto. Desde logo, a manifesta falta de material no mercado. “Havia tanta necessidade que era preciso fazer alguma coisa”, relata. Por outro lado, salienta, “havia várias pessoas a fazer viseiras com impressoras 3D mas a vendê-las muito caras”. E uma outra razão: “o fabrico destes equipamentos ajudou a manter mais atividade na empresa, num momento em que tivemos uma quebra de trabalho”.
Sublinha que “neste projeto não estivemos sozinhos: tivemos um forte impulso do CENTIMFE, a nível de ideias, de protótipos e outras questões importantes para chegar onde chegámos”. E, no total, conseguiram doar 20 mil viseiras.
A concepção e produção destinou-se a esse fim. Carlos Faustino explica que, durante todo o período de maior preocupação com a pandemia, a empresa não ponderou a possibilidade de comercializar a sua viseira. Findo esse período, começou a ser feita alguma prospeção de mercado que revelou haver alguma necessidade de equipamento desse tipo em países da Europa, como França ou Itália. Acabaram por aparecer como oportunidade de negócio. Carlos Faustino assegura que, no nosso país, a resposta às necessidades que existam será sempre feita sob a forma de doação ou a preço simbólico.
É que a viseira, sublinha, tem mais utilizações que não apenas a proteção contra a Covid-19, servindo para diversas áreas de trabalho nas quais o rosto necessite de ser protegido.
Helena Silva* * Revista “O Molde”
Leia o artigo completo na versão digital da revista O MOLDE, disponível em www.cefamol.pt.