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A NOVA ORGANIZAÇÃO DAS EMPRESAS

ITECMO: MAIOR DISTANCIAMENTO PARA AUMENTAR SEGURANÇA

Itecmo, uma empresa no mercado há 35 anos, Carla Ascenso conta que a principal medida de segurança implementada para o regresso dos seus colaboradores (após o pico da Covid-19) foi “o distanciamento”. O que, assegura, “não foi difícil de concretizar, uma vez que somos uma equipa de 25 colaboradores e já existe bastante distanciamento entre postos de trabalho”.

Carla Ascenso conta que, antes da pandemia, a empresa já sentia “alguma quebra de trabalho”. Assim que a Covid-19 começou a generalizar-se, “alguns projetos que tínhamos em vista foram entregues, mas outros foram cancelados ou adiados”. Nesse período de Covid-19, adianta, “os colaboradores da produção tiraram férias”, enquanto os do sector técnico, administrativo Carla Ascenso, Itecmo e comercial estiveram em teletrabalho. Alguns regressaram gradualmente ao posto de trabalho e outros em junho. A empresa não recorreu ao ‘layoff’, destaca.

As equipas foram também alteradas, de forma a acautelar a segurança das pessoas. Exemplifica com o que aconteceu no departamento de programação. Na sala onde funciona, os colaboradores foram separados; outros foram colocados até noutros locais da empresa. Para além disso, passou a ser feito um novo tipo de desinfeção, com recurso a novos produtos de higiene e limpeza.

A empresa tem, também, desinfetantes afixados nas paredes (para a higienização dos trabalhadores) e todos usam máscaras cirúrgicas. “Não tivemos, felizmente, nenhum caso de Covid”, conta. A reestruturação, diz, “não foi difícil de fazer” tendo em conta a estrutura da empresa e a disposição dos postos de trabalho.

ESTAGNAÇÃO

Na maioria dos casos, os colaboradores “não se mostraram assustados com o regresso às instalações da empresa, adiantando que, com as medidas introduzidas, “eles sentem-se seguros”. Para além disso, salienta, “conhecemos os nossos colaboradores. São pessoas responsáveis e cuidadosas”.

Além dos trabalhadores, durante o pico da pandemia, a empresa não recebeu visitas de fornecedores, conta Carla Ascenso. “As encomendas eram deixadas à porta”, relata, frisando que, mais recentemente, os fornecedores começaram a ter necessidade de ir à empresa e “tivemos de preparar a sua entrada de acordo com o Plano de Contingência em vigor.

E quando o medo inicial da propagação do vírus começa a abrandar, a preocupação maior passa, agora, a ser outra. “O que mais nos assusta é a instabilidade da Europa”, declara. No mês de junho, a atividade ainda estava bastante calma. “Houve projetos parados, a nível europeu, e ainda não foram retomados. Ou seja, está tudo a caminhar muito lentamente”, considera.

É na indústria automóvel, para a qual, maioritariamente trabalham, que notam a maior indefinição. “Tem de haver uma reviravolta, nos próximos meses, caso contrário a situação vai ficar ainda mais preocupante”, defende.

É preocupante esta visão de futuro sem grandes perspetivas”. “Durante muitos anos, trabalhámos apenas para o mercado interno. Mas a situação foi mudando, a empresa foi crescendo e este nosso projeto de trabalhar diretamente com o mercado internacional estava a correr muto bem. A chegada da pandemia provocou de certo modo um abrandamento. Por isso, esperamos que a situação seja ultrapassada pela positiva e que, em breve, “possamos voltar a uma nova normalidade, onde a segurança e a saúde nos levam a ser mais cuidadosos do que alguma vez fomos, mas na qual o ritmo de trabalho seja mais positivo”.

Helena Silva* * Revista “O Molde”

Leia o artigo completo na versão digital da revista O MOLDE, disponível em www.cefamol.pt.

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