Revue Cultive n°16 - outubro 2021

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ENTREVISTA PROGRAMA AS VALKYRIES 1- Seu nome, cidade e origem. Rosângela Matos Teixeira de Almeida 2- Sua profissão? Psicanalista, Terapeuta quântica e escritora 3- Atividade cultural que exercer? Autora dos projetos audiovisuais: A loucura nossa de cada dia e Quantos de mim sou eu. Palestrante e conferencista abordando temas de autoconhecimento. Divulgo também meus livros que trazem mensagens de conhecimento, cultura e ferramentas para que as pessoas possam entender melhor a si mesmo e ao outro, trazendo reflexões sobre os verdadeiros valores da vida. 4- Quais as causas que você defende? Defendo o autoconhecimento como ferramenta de empoderamento. 5- Sua relação com o meio ambiente, com o homem? Não sou ativista no que se refere a ações externas. Pratico todas as ações para tornar o mundo mais limpo. No entanto invisto mais na questão da saúde mental, porque entendo que as pessoas estão doentes e por isso mesmo, enquanto estiverem lutando com suas próprias dores e desequilíbrios não conseguirão contribuir nessa luta que é de todos nós.

6- Ser ou não ser, ter ou ser? Exatamente isso! Eu sou e invisto no ser. Essa é minha bandeira de luta! Trabalho isso desde sempre, tanto na minha família, pacientes e pessoas em geral. Os meus livros falam disso. 7- Fale da infância, da adolescência, da mulher esposa e mãe, da mulher artista, da sua ideologia e objetivos. Tenho 5 irmãos. Sou de origem pobre. Tão pobre que só tínhamos direito a comer meio pão por dia. Sofremos discriminação séria por sermos pobres, a ponto de nunca termos direito de ser convidados para um aniversário. Na verdade, nunca comemoramos um. Estudamos em escolas públicas e nunca tivemos direito a material escolar. Nem livros podíamos ter. Muitas vezes fui retirada de sala de aula porque meu pai não pagava nem uma taxa que tinha que pagar. Isso era feito em público. Muita humilhação. Apesar de ter um avô que era um “coronel” fazendeiro, ele não ajudava porque foi totalmente contra o casamento da minha mãe porque meu pai além de pobre era negro. A família de minha mãe o discriminava muito e eu sofri muito com isso. Em casa a vida era um caos porque além da dificuldade financeira meu pai e minha mãe brigavam muito, a ponto dele ameaçar ir embora inúmeras vezes e minha mãe me colocar como escudo na porta para não deixa-lo passar. Quando adolescente sofri uma crise convulsiva aos 16 anos dentro da sala de aula e daí em diante ninguém chegava nem perto de mim com medo de pegar porque achavam que eu tinha epilepsia e que seria contagioso. Perdi o naRevue Cultive - Genève

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