pra você
• ano IV • edição 20 • mar abri 2020 •
cultura no prato
A tradição do Bacalhau na Páscoa brasileira
Di a d a M u l h e r
Um pouco da história de três chefs inspiradoras
Gastro Tour
Vale de Colchagua, região dos melhores vinhos chilenos
ovos
de páscoa
O antigo hábito de presentear com ovos que se tornou uma das maiores e mais deliciosas tradições de Páscoa
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Sumário 14
Capa
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A tradição dos ovos de Páscoa
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Opções de peixes para o cardápio da Semana Santa
Cultura no Prato Um pouco mais sobre a origem do bacalhau
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Além do Bacalhau
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Na casa do chef Simoni Klauk e suas delícias artesanais
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Mulheres
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Um pouco da trajetória de Chefs inspiradoras
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Sommelier Os encantos do Vale do Colchagua
Café
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Um pouco da história dessa paixão nacional
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Saude à Mesa Alimentos de outono e seus benefícios para a saúde
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Nossa Terra Cuiabá e seus 301 anos de história, cultura e tradição
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Acontece Sexta-feira Santa e nossa campanha institucional
Editorial
A tradição dos Ovos de Páscoa
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clima de Páscoa já está no ar! Assim, como o cheirinho de chocolate, afinal, além de uma data religiosa, é a época mais doce do ano. Sendo repleta de muitos símbolos, o Ovo de Páscoa já se consagrou como um de seus principais ícones. A tradição de presentear com ovos não é recente, e dá pra acreditar que, antes, esses ovos eram de galinha? Pois é, a gente te conta mais sobre a tradição em nossa matéria de capa. Outro prato que, com certeza, remete à data é o bacalhau. A tradição de saboreá-lo, neste período aqui no Brasil, foi trazida pelos portugueses. Você fica sabendo mais em Cultura no Prato. Coragem, determinação e uma paixão forte nutrida pela gastronomia. Esses são os pontos em comum de três chefs de cozinha brasileiras que se destacam, inclusive, no cenário internacional. Elas entregam sabor em forma de arte e inspiram outras mulheres a conquistar espaço na cozinha, mas, desta vez, no comando. O café é um dos produtos mais apreciados no mundo, sendo o Brasil um de seus maiores consumidores. Não é para menos, visto que a bebida integra uma importante parte do desenvolvimento de nosso país. Versátil, o café permite várias adaptações e, ainda, pode ser usado como ingrediente em receitas. Parece clichê, mas é verdade. Cuiabá completa 301 anos, porém os verdadeiros presenteados são seus moradores e aqueles que têm a sorte grande de conhecer a capital mato-grossense. Separamos cinco dos maiores patrimônios históricos, que são presentes arquitetônicos para a cidade. Ainda nesta edição, você conhecerá o Vale do Colchagua – região produtora dos melhores vinhos chilenos, com dicas de harmonização com pratos de Páscoa; e também ficará por dentro dos benefícios dos alimentos de outono; além da sugestão de outros peixes para a Semana Santa. Isso e muito mais, você encontra nesta edição da nossa revista! Boa leitura, boas festas e um abraço afetuoso da
Família BigLar
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A revista “≠ pra você” está disponível gratuitamente para tablets e smartphones na App Store e Google Play
Coordenação Geral Genius Publicidade CEO Junior Brasa Atendimento Amanda Rodrigues Produção Gráfica Renan Leite
Conteúdo, edição e arte Direção Editorial Glauco Piccirillo Redação Adriana Panzini Andressa Boa Sorte Elen Valereto Kátia Carminatto Marcelo Ferri Michelle Monte Mor Priscila Vanti Protásio Morais Shayla Silva
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Direção de Arte Eduardo Silva
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Revisão Bárbara Spigolon Loureiro Impressão e Acabamento Gráfica Print
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Tiragem 10 mil exemplares Para Anunciar
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marketing@biglar.com.br (65) 99920-5900 (65) 3317-5900
carta do leitor
Qualidade e confiança “O supermercado BigLar é um dos mais modernos e, talvez, até o melhor do Brasil. Tudo na sua estrutura é da melhor qualidade. Sou cliente assídua há mais de vinte anos, porque sei que posso confiar na qualidade do que compro. Sem contar a maravilhosa Família BigLar!”
Roseli Pereira Scheffer, cliente BigLar há mais de 20 anos
Segurança garantida “A minha história com o supermercado BigLar é de amor incondicional! Passear pelas gôndolas, ver os produtos novos que chegam todos os dias é quase uma terapia. A atenção, o sorriso no rosto dos colaboradores, dos empacotadores aos gerentes, é algo que jamais vi em qualquer outro estabelecimento. Como trabalho com gastronomia, e ao menos a cada dois dias passo pela loja, falo isso com toda propriedade. A minha profissão exige qualidade nos produtos que adquiro para manter o respeito ao meu cliente. Essa segurança o BigLar me proporciona!”
Cleber Clemente , cliente BigLar há mais de 20 anos
Do básico ao sofisticado “Desde pequena vou ao BigLar. Morávamos em um bairro logo atrás da loja de Várzea Grande. Me tornei cliente e, desde 2009, sempre estou lá, às vezes até duas vezes na semana, algumas delas só para tomar um cafezinho. Tudo o que busco, encontro lá, começando pela qualidade, desde o básico até o mais sofisticado. Não é em vão que o mercado é diferente. BigLar, diferente para mim desde 2009!”
Suellem Moraes, cliente BigLar há 11 anos
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P r at e l e i r a — por Priscila Vanti —
nobre e saboroso
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o BigLar, você encontra toda a linha de bacalhaus da Marnobre, produzidos pela empresa portuguesa Brasmar, referência na Europa. Trata-se da espécie Gadus Morhua, a mais nobre de todas, capturada no Atlântico Nordeste. O Gadus Morhua, em inglês Cod Fish, também é chamado “Bacalhau verdadeiro”. Suas postas são altas e claras, e se desfazem em camadas tenras depois de cozidas, de sabor inconfundível, com um teor residual de sal que fica entre 2% e 4%. Os produtos da Marnobre são ideais para receitas em postas, lombo ou pedaços, e o Gadus morhua é o bacalhau recomendado em todos os pratos da cozinha internacional.
hora do chá
A London Fruit & Herb é uma marca de chás de origem inglesa, nascida no centro de Londres, e que expressa toda a tradicionalidade desse lugar que é o polo do fornecimento de mistura de ervas e especiarias de qualidade. Pensando nisso, a marca adotou como filosofia criar excelentes misturas de produtos para proporcionar a melhor degustação a seus clientes, através de um processo exclusivo que fornece uma variedade de sabores de frutas com um gosto incrível. Dessa mistura resultam sabores diferenciados, como os de chá-verde com cereja, laranja ou limão, além de maçã e canela, limão e gengibre, as embalagens com sabores sortidos e muitos outros. Os chás não possuem açúcar ou sabores artificiais, cores ou conservantes.
sabor
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intenso
família Luis Felipe Edwards é uma referência da moderna viticultura chilena. Seu 360 Series é um blend de 80% uvas Roussanne e 20% uvas Marsanne, cheio de aromas de melão, tangerinas, geleia de laranja, mel e peras maduras. As uvas Marsanne e Roussanne, que são originárias do Mediterrâneo, geram vinhos intensos, generosos e encorpados, muitas vezes amadurecidas por vários meses em carvalho. O sabor do 360 Series é suntuoso, glorioso, com bastante pêssego branco, excelente acidez e toques de maracujá. Pela potência e corpo pleno, é perfeito para pratos como um churrasco de bacalhau, um bobó de camarão e outros frutos do mar em geral.
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Molho da
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Nonna
amor ao gelato
italiana Agromonte é autoridade na preparação de produtos à base de tomates-cereja, que resultam em molhos 100% naturais, sem glúten e lactose, ideais para o preparo de massas e carnes, além daqueles que são combinados a outros ingredientes, como o Molho de Tomate Cereja Apimentado, Molho de Tomate Cereja com Alho, Molho de Tomate Cereja com Berinjela, Molho de Tomate Cereja com Azeitonas Verdes e Alcaparras, Molho de Tomate Cereja com Ricota. Você também encontra o Molho de Tomate Cereja Meio Seco, que além de acompanhar carnes e massas, pode ser utilizado no preparo de outros tipos de molhos. Para manter o sabor, os produtos são envazados em garrafas de vidro de cor âmbar para proteger da exposição à luz.
Desde sua fundação, em 1958, a missão da G7 é oferecer aos seus clientes a excelência do gelato artesanal italiano, preservando o melhor da tradição e aplicando o rigor da produção industrial. A empresa, administrada pela mesma família desde os primórdios, construiu ao longo dos anos uma verdadeira história de amor ao gelato, consolidada hoje em mais de 60 países em todo o mundo. No BigLar, você encontra os deliciosos gelatos artesanais da G7 nos mais variados sabores, com destaque para uma lista de produtos sem glúten, preparados com ingredientes frescos e selecionados.
Portuguesa com certeza
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marca portuguesa de cerveja Sagres nasceu em 1940 já como uma cerveja de prestígio. Com um destino semelhante às caravelas que saíram do Restelo para conquistar mundos, a cerveja Sagres exporta seus produtos para todo o mundo. As cervejas da marca são 100% naturais, produzidas segundo métodos tradicionais exclusivos a partir de água, malte, cereais não maltados e uma rigorosa seleção de lúpulos. Durante a produção, não são utilizados quaisquer aditivos ou conservantes. No BigLar, você encontra toda a linha da Sagres. Experimente uma cerveja medianamente encorpada, de caráter seco e um amargor agradável. Leve, de cor dourada, tem um teor de álcool de 5,0%.
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vitrine
Já Nas
gôndolas — I NSTA G RAM @ s u p e r m e r c a d o s b ig l a r —
os produtos mais curt id os na s nossa s rede s so ciais Crocância no lanche
M i s t u r a d e U va s
Tradição e Modernidade Os pretzels da Snyder's of Hanover são cozidos lentamente para oferecer um sabor robusto por dentro e uma crocância profunda por fora. Eles são perfeitos para lanches ou momentos de descontração.
A Ramirez se orgulha de ser a maior indústria de conservas de peixe em funcionamento no mundo. No BigLar, você encontra a linha de sardinhas da marca, seja ao natural, com molho de tomate ou picante.
Mosquita Muerta Blend de Tintas é um vinho de paladar intenso, equilibrado com longo final e encorpado. Um blend das uvas Malbec, Cabernet Sauvignon, Merlot e Cabernet Franc criadas em vinhedos de Mendoza, na Argentina.
R i c a e m f r u ta s
S a ú d e n a g a r r a fa
Extraído das melhores frutas do Brasil, o suco integral Mitto contém magnésio, antioxidantes e outros nutrientes importantíssimos na prevenção de doenças cardiovasculares, pressão arterial e colesterol elevados.
Romã no copo A turca Tunas produz sua linha de geleias a partir de frutas frescas, preservando suas propriedades aromatizantes e nutritivas. No BigLar, você encontra a Tunas, sempre com o sabor natural da fruta.
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A romã é uma fruta deliciosa que possui um sabor totalmente único e é riquíssima em vitamina C. Com a Vita Pome, você poder tomar um suco integral de romã feito 100% com a fruta, perfeito para todos os momentos.
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CA P A — Por Elen Valereto —
A tradição dos
ovos de Páscoa E l e s s ã o s i n ô n i m o d e d e l í c i a s c o m m u i t o c h o c o l at e m a s a h i s t ó r i a d e s s a g u lo s e i m a n o e n t a n t o
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Magrello / Foto: Fabi Pereira
nem sempre foi assim
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Páscoa está chegando e, com ela, os famosos ovos de chocolate. Nos corredores do BigLar, podem ser encontradas marcas e opções das mais variadas. Mas, afinal, como surgiu essa tradição tão saborosa? Ao contrário do que é bem conhecido atualmente, não havia nada de chocolate. Tudo teria começado, na verdade, com outro tipo de ovo: o de galinha. É que para as civilizações mais antigas, o ovo transmitia a ideia de fertilidade e força, sendo considerado um símbolo de vitalidade e início da vida. Esse simbolismo era tão forte e valorizado que os ovos eram usados para presentear pessoas queridas e também um meio de desejar, por exemplo, fartura e bons resultados nas colheitas. Em períodos festivos, os ovos ganharam cores e desenhos. A cor vermelha, por exemplo, era muito usada no Cristianismo pelos gregos e sírios, especialmente na Páscoa. Os ovos pintados de vermelho representavam o sangue de Cristo. Já para brindar a chegada da primavera, após um longo período de inverno, os
ovos de galinha ficaram multicoloridos. Essa tradição de presentear com ovos em datas comemorativas ou que tivessem alguma representação especial foi sendo compartilhada por muitos povos, cristãos ou não, até sua ampla difusão. Na França, o símbolo ganhou força no século XII, quando os pobres ganhavam produtos de terras exploradas pelos franceses, entre eles, muitos ovos. Essas doações coincidiam com o jejum da Quaresma e, depois, passaram a ser feitas ao fim dessa penitência, com ovos benzidos, para festejar. A tradição de usar ovos como
Para as civilizações mais antigas, o ovo transmitia a ideia de fertilidade e força
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presentes, contudo, começou a fazer parte das comemorações de todas as classes sociais, principalmente porque os desenhos ficaram mais requintados. Além disso, até o ovo de galinha acabou sendo substituído por objetos ornamentados com o mesmo formato, mas produzidos com certos materiais, como madeira, vidro, escamas e porcelana. Já esse hábito de presentear com ovos decorados teve início na Inglaterra. Teria começado pelo rei Eduardo I, que banhava ovos em ouro e entregava para aqueles que mais lhe agradavam. A ideia foi abraçada pelo joalheiro russo Peter Carl Fabergé, que desenvolveu os famosos ovos Fabergé, feitos em esmalte, metais e pedras preciosas, carregando, ainda, miniaturas e surpresas em seus interiores. Anteriormente às obras-primas do joalheiro Fabergé, foram encomendas de czares russos para os membros de suas famílias na época da Páscoa. Não demorou muito para que as belezas das peças atraíssem olhares de todo o mundo até os dias de hoje.
Essa tradição de presentear com ovos em datas comemorativas ou que tivessem alguma representação especial foi sendo compartilhada por muitos povos, cristãos ou não, até sua ampla difusão.
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presentear sua esposa, Marie Fedorovna, com um ovo de Páscoa luxuoso. Para a imperatriz russa, foi projetado um ovo de conjunto de joias, que, ainda, trazia em seu interior uma “surpresa” - nada menos que uma miniestátua de uma galinha botando uma pedra de safira. Não à toa, os ovos com surpresas dentro são cobiçados até hoje, principalmente por crianças. A fama dos ovos de Fabergé se expandiu para além da Rússia, fazendo com que eles se tornassem objetos de desejos de mafiosos a até colecionadores de arte. O sucesso é tamanho, ainda nos dias atuais, que até inspirou o roteiro de um filme – “Jogo entre ladrões” (2009), protagonizado por Antonio Banderas e Morgan Freeman-, cuja trama se desenrola a partir do roubo de dois ovos Fabergé extremamente valiosos.
Ovo imperial de Fabergé Ovos Fabergé Assim como muitas celebrações religiosas, a prática de decorar e ornamentar ovos foi incorporada de uma tradição pagã para o Cristianismo. O que antes servia para anunciar e festejar a primavera, passou a ser associado à Páscoa, data mais importante do calendário cristão, representando a morte e ressurreição de Jesus Cristo. A partir disso, a entrega de ovos de Páscoa durante o período se tornou tradição. A família Romanov, dinastia nobre do Império Russo de 1613 a 1917, ligada ao Cristianismo ortodoxo, tornou a cerimônia de entrega de ovos
uma das mais aguardadas do ano. Esbanjando riqueza e luxo aliados à arte, algo típico das dinastias europeias, a família Romanov não se conteve com simples ovos, encomendando verdadeiras obras-primas. O artista encarregado pelas mesmas foi o famoso joalheiro Peter C. Fabergé, que exerce influência até hoje no universo das joias, com a maison que leva seu sobrenome. Os ovos Fabergé, como ficaram conhecidos, serviram como um divisor de águas na carreira do joalheiro, que se elevou para o título de artista. Tudo começou em 1885, quando o czar russo Alexandre III decidiu
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Os ovos esbanjavam riqueza e luxo
E o chocolate? Mas, afinal, quando foi que os ovos de chocolate ganharam vida? Não podia ser em outro local se não na França, país que domina a arte da confeitaria. Eram os pâtissiers franceses que retiravam as claras e gemas dos ovos e recheavam as cascas com chocolate. Para dar um acabamento mais bonito, a parte externa ganhava uma pintura
coelhinho da Páscoa
delicada. E essas guloseimas eram escondidas nos jardins para que as crianças pudessem encontrá-las nas manhãs de Páscoa. A indústria do chocolate observou nessas novas tradições uma oportunidade comercial deliciosa, ampliando e adaptando as possibilidades das iguarias feitas de chocolate. Isso, contudo, existe há pelo menos 200 anos. O pioneirismo da prática de produzir ovos com chocolate é atribuído a François Louis Cailler, que abriu a primeira fábrica de ovos de chocolate na França, em 1819. A substituição de ovos de galinha por chocolate tem uma forte ligação também com a colonização das Américas pelos
europeus. Isso porque o contato com as civilizações maia e asteca possibilitou que eles conhecessem a incrível matéria-prima do chocolate, o cacau, e, claro, apropriassem-se dela para a criação de suas próprias receitas. Entretanto, somente duzentos anos mais tarde, a partir do século XIX, que a culinária francesa passou a fabricar os considerados primeiros ovos de chocolate da história. Na segunda metade do século XX, a produção em larga escala dos ovos de chocolate já dominava a indústria e a maneira de celebrar a Páscoa, em especial em alguns países como o Brasil.
O simbolismo do coelho da Páscoa também tem origens bem antigas, semelhantes à introdução do ovo – que se transformou em chocolate – na imagem desse feriado. Assim como o ovo, o coelho remete à fertilidade, já que se reproduz com frequência e, geralmente, com grandes ninhadas. A história sobre essa escolha teria surgido na Alemanha, por volta do ano de 1700, mas com a inclusão de uma lebre. A definição de um animal com grande poder reprodutivo para simbolizar a Páscoa, uma época de renascimento, deu-se, ainda, porque eram comuns as altas taxas de mortalidade entre as pessoas. Com isso, renova-se a esperança por dias melhores.
Cultura atual Embora tenha acontecido uma grande transformação até que os ovos de chocolate fossem conhecidos como são atualmente, os ovos de galinha pintados à mão não foram abandonados. Nos Estados Unidos e na França, por exemplo, essa tradição continua forte entre as famílias, principalmente na brincadeira de caça aos ovos. A Páscoa das crianças da Bélgica envolve o preparo de ninhos de palha, que são escondidos em meio à grama
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especiais ovos
Neste último caso, além do lúdico das brincadeiras com os ovos de chocolate, é uma forma de aproximar as crianças da religiosidade.
dos quintais. A expectativa é que o coelhinho da Páscoa os encontre e os encha com ovos de chocolate. Já na Bulgária, os ovos pintados são presenteados e quebrados ao fim de uma missa celebrada sempre à meia-noite. Naquela tradição, um dos ovos precisa ser quebrado na parede da igreja. No Brasil, essa cultura demorou mais para chegar, sendo difundida apenas no século XX. Historiadores acreditam que a escravidão e a demora para reconhecer a infância como parte fundamental do desenvolvimento do ser humano podem ter sido fatores para esse atraso.
Tipos de ovos
Magrello / Foto: Fabi Pereira
Há, ainda, ovos de chocolate especiais para ninguém passar vontade na Páscoa. Para não sair da dieta ou se adaptar a alguns tipos de restrições alimentares, o mercado de ovos de chocolate está oferecendo cada vez mais versões – fit, diet, zero lactose, glúten e também vegana. Os ovos de chocolate fit ou light têm menor concentração de gorduras e maior porcentagem de cacau, enquanto os diets não têm adição de açúcar. Os ovos zero lactose e glúten não trazem leite ou a proteína composta em suas receitas. As receitas de ovos de Páscoa veganas não trazem nenhum derivado do leite e, geralmente, as bases são feitas de alfarroba com complementos de frutas, como coco e banana. A alfarroba é uma vagem seca, que transformada em pó, lembra o cacau. Devido a seu aspecto e sabor naturalmente adocicado é considerada a alternativa ao chocolate.
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A comercialização de ovos de chocolate é grande e oferece muitas variedades. Entre eles estão os ovos gourmets, decorados, trufados, de colher e com brindes para as crianças. Os gourmets são considerados assim devido ao uso de matérias-primas mais caras e sofisticadas, entre elas os chocolates de origem belga. Os decorados ganham apliques de açúcar, chocolate ou leite em pó em formatos de coelhos, cenouras e outros itens temáticos da Páscoa. Os ovos trufados ganham uma casca recheada, cremosa ou não, e são mais pesados por conta disso. Já os de colher, como o próprio nome sugere, são próprios para comer com o utensílio, pois são preenchidos com recheio em todas as duas partes, podendo ser mousses, chocolates, cremes, geleias, castanhas e até massa de bolos. Algumas versões mais simples, com a casca lisa, não ficam atrás. Isso porque ganham a atenção, especialmente das crianças, pela presença de brindes e brinquedos. A cada ano, as sugestões dessas opções de ovos de chocolate estão cada vez mais criativas e divertidas.
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CULTURA NO P RATO — Por adriana panzini —
sabor de TradiçãO C o m s u a o r i g e m at r i b u í d a a o s d e s b r ava d o r e s e s c a n d i n av o s o b a c a l h a u é s i n ô n i m o d e c a r d á p i o s
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f e st ivos e m c a s a e n os m e lh or e s r e stau rant e s
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ersátil e saboroso, o bacalhau se tornou um ingrediente muito apreciado entre os brasileiros, e faz sucesso tanto em receitas sofisticadas quanto naquele petisco irresistível para reunir os amigos. Segundo o Conselho Norueguês da Pesca, país (Noruega) que é, hoje, o principal exportador do concorrido produto, Brasil e Portugal são os maiores compradores do peixe: por aqui, são consumidos cerca de 10 quilos de bacalhau por
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pessoa ao ano. Parece muito? Os portugueses, responsáveis por trazer a tradição dessa iguaria as nossas mesas e por torná-la tão popular no mundo todo, consomem mais de 70 mil toneladas por ano, isso em um país com pouco mais de 10 milhões de habitantes. A devoção é tanta que a Prefeitura de Lisboa está construindo o Bacalhau Story Centre – isso mesmo, um museu dedicado apenas a este símbolo cultural gastronômico, com previsão de inauguração ainda em 2020.
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bacalhau Bolinho de
Conta a lenda que o bacalhau teria sido uma invenção dos vikings por volta do século IX, na Escandinávia, sendo, depois, disseminada pelos portugueses em suas navegações exploratórias. Invenção? Sim, porque o que denominamos bacalhau não é, exatamente, uma espécie de peixe, mas, sim, a forma de identificar peixes específicos depois que passam por um processo de salga e secura, especialmente o Gadus morhua (conhecido como Bacalhau do Porto), Gadus macrocephalus (Bacalhau do Pacífico) e Gadus ogac (Bacalhau Groelândia). Para ter alimentação disponível durante as longas viagens e sem meios modernos de refrigeração, os desbravadores começaram a secar os peixes ao ar livre e os consumiam depois aos pedaços, como um biscoito. Fez tanto sucesso que era trocado por outras mercadorias nos portos europeus. Mais tarde, os povos bascos adicionaram sal ao processo, e o holandês Yapes Ypess fundou a primeira indústria de transformação do bacalhau na Noruega, ganhando o título espirituoso de “pai do bacalhau”.
sileiros e, hoje, é possível encontrar uma infinidade de pratos que compõem nosso cardápio, tanto no dia a dia como nas celebrações. Não faltam, ainda, casas especializadas no concorrido peixe, mas poucas se destacam como o Restaurante Estilo, na Chapada dos Guimarães. Presença certa em qualquer ranking dos melhores estabelecimentos de Cuiabá, coleciona títulos como o Melhor Bacalhau do Guia 4 Rodas, Melhor Restaurante da Chapada pelo júri de Veja Comer & Beber Cuiabá 2017/2018 e Certificado de Excelência pelos usuários do TripAdvisor em 2016 e 2018, entre outros. A receita mais pedida por lá é o Bacalhau à Moda da Casa, que combina, com perfeição, o suculen-
Bacalhau também é coisa nossa Trazidas e perpetuadas pelos portugueses e seus descendentes, as receitas de bacalhau caíram no gosto dos bra-
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Modo de preparo: Cozinhe as batatas, descasqueas e faça um purê. Cozinhe depois o bacalhau (postas finas) já dessalgado, escorra, retire a pele e as espinhas e esfregue-o num pano limpo e grosso, até ficar completamente desfiado. Em uma tigela, junte o purê de batata, o bacalhau, a cebola picada, a salsa picada, o vinho do Porto, o azeite e tempere com sal, pimenta-do-reino e noz-moscada a gosto. Incorpore os ovos inteiros, um a um, ligando a massa até ela apresentar uma consistência ideal. Molde os bolinhos com a ajuda de duas colheres de sopa e frite-os em óleo abundante e bem quente.
Fonte: Conselho Norueguês da Pesca
Especialidade surgida da necessidade
Ingredientes: • 250 g de bacalhau dessalgado • 200 g de batata • 50 g de cebola • 20 g de salsa • 100 ml de vinho do Porto • 50 ml de azeite extravirgem • 4 ovos • Óleo • Noz-moscada • Pimenta-do-reino • Sal a gosto
CULTURA NO P RATO
Gomes de Sá
Fonte: Restaurante Estilo
Ingredientes: • 1 Kg de bacalhau dessalgado • 1 kg de batata cozida • 2 cebolas médias cortadas em rodelas • 3 ou 4 dentes de alho picado • 1 colher (sopa) de extrato de tomate para dar cor • Ovos cozidos para decorar • Azeite Modo de preparo: Corte as cebolas e os dentes de alho e frite numa panela com bastante azeite, adicionando o extrato de tomate. Acrescente o bacalhau e coloque a batata já cozida cortada em rodelas. Misture bem, coloque em uma travessa e decore com ovos cozidos, regando com azeite. Leve ao forno médio preaquecido por, aproximadamente, 20 a 30 minutos.
Restaurante Estilo, referência em pratos com bacalhau to peixe com batatas, brócolis, cebola e azeite, criada pela proprietária Vera Lúcia Ramalho. O sucesso é resultado de muito capricho e dedicação. “Recebemos o bacalhau e, depois de um laborioso processo, que inclui o corte nas porções certas, o dessalgue e outras medidas de pré-preparo, o resultado é um néctar para os apreciadores”, diz Vera, garantindo que preparar um bacalhau não é complicado, mas, sim, trabalhoso, pois requer a troca de água inúmeras vezes até o completo dessalgue, exigindo tempo e dedicação. Esse último item, aliás, a chef e seus familiares têm de sobra, aliando talento à determinação que transformou a casa no êxito que é hoje. “Meu primeiro contato com a gastronomia foi na cozinha de
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“Recebemos o bacalhau e, depois de um laborioso processo, que inclui o corte nas porções certas, o dessalgue e outras medidas de pré-preparo, o resultado é um néctar para os apreciadores” Vera Lúcia Ramalho, proprietária do Restaurante Estilo
minha residência em São Paulo, onde comecei a elaborar e testar as receitas, vindo daí um grande desejo de montar um negócio relacionado à culinária”, ressalta. “Posteriormente, tivemos a possibilidade de mudarmos para Mato Grosso, Chapada dos Guimarães, onde começamos nosso pequeno negócio, participando, incentivada pelo meu irmão, do Festival da Cidade, oferecendo os bolinhos de bacalhau, cujo resultado foi um sucesso, o que me estimulou a levar o projeto adiante”, acrescenta. “Foi um trabalho árduo, mas compensador e, com a ajuda do meu marido, começamos a elaborar pratos, e os servíamos em um pequeno ambiente na nossa residência, resultando em grande sucesso e reconhecimento pela qualidade dos pratos”, completa a especialista que, para reunir os familiares e amigos, faz questão de preparar duas de suas receitas favoritas: o Arroz de Bacalhau e o Bacalhau à Gomes de Sá, essa, gentilmente dividida aqui com nossos leitores.
Edilon Carmo
Bacalhau à
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sabores à mesa — Por Andressa Boa Sorte —
para além
do Bacalhau Op ç õ e s d e p e i x e s pa r a o c a r d á p i o da Se mana S anta
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Semana Santa para o cuiabano é um período em que, tradicionalmente, um dos alimentos mais apreciados à mesa, torna-se o protagonista dos cardápios das famílias: o peixe. Em alguns estados, é o bacalhau quem brilha. Já na região Centro-Oeste, pescados como pintado e o tambaqui, típicos das nossas bacias hidrográficas, já são figurinhas carimbadas nas mais diferentes e saborosas receitas. Mas isso não quer dizer que outros tipos de pescado não fazem sucesso. Listamos alguns peixes que têm conquistado seu espaço no exigente paladar cuiabano.
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sabores à mesa
Pintado O queridinho de muitas famílias chega a ser quase uma unanimidade, já que sua carne suculenta e macia não contém aquelas indesejáveis espinhas, o que permite abocanhar, sem medo, uma bela porção da famosa mojica cuiabana. De origem indígena, a palavra “mojica” significa: “o que vem do rio com mandioca”. O termo dá nome a um dos pratos mais característicos da nossa culinária, a maravilhosa mojica de pintado. Antigamente, os ribeirinhos tinham um modo mais singelo no preparo dessa iguaria. O prato era feito basicamente do pintado em pedaços com a mandioca, ingrediente responsável por engrossar o caldo que era branco e temperado apenas com sal e limão. Com o passar dos anos, a receita ganhou novos ingredientes e um sabor mais aprimorado. De qualquer forma, seja a mais tradicional ou a mais encorpada, o fato é que a mojica de pintado é uma ótima pedida para quem é amante do peixe.
Tambaqui O tambaqui, também chamado de “pacu vermelho”, alcança cerca de 110 cm de comprimento total. Antigamente, eram capturados exemplares com até
45 quilos. Hoje, por causa da pesca predatória, praticamente não existem peixes desse porte. O tambaqui é comum de ser encontrado na bacia amazônica e tem como uma de suas características uma carne supersaborosa. Por ser um peixe que costuma ter mais gordura acumulada devido a seus hábitos de alimentação - durante a época de cheia entra na mata inundada, onde se alimenta de frutos e sementes, que na desova não se alimentam, vivendo da gordura que acumularam durante a época cheia – é uma ótima opção para ser preparado assado, deixando o prato com sabor, maciez e suculência.
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mojica de
P i n ta d o c o m M a n d i o c a
Ingredientes: • 1 kg de pintado • 1½ colher (sopa) de azeite • 3 dentes de alho amassados • Salsinha e cebolinha a gosto • Sal • 1 limão • Azeite • 1 kg de mandioca Modo de preparo: Tempere o pintado cortado em cubinhos com limão, alho amassado e sal. Em seguida, deixe descansar por 15 minutos para pegar gosto. Em uma panela, coloque o azeite e doure o alho picado. Acrescente os cubos de pintado e deixe cozinhar um pouco (sem deixar o peixe grudar no fundo da panela). Acrescente a mandioca pré-cozida com sal e cortada em pedaços e água suficiente para cobrir tudo. Coloque a salsinha e a cebolinha, dê uma mexida e deixe cozinhar por, aproximadamente, 20 minutos, ou até a mandioca se desmanchar.
filé de tilápia Assado no Forno
Ingredientes:
• 400 g de filé de tilápia • 4 dentes de alho amassados • Suco de 1 limão médio • Pimenta-do-reino a gosto • 2 cebolas médias picadas • 1 tomate médio picado • 1 tomate médio fatiado • 1 pimentão picado • 6 batatas médias cozidas e cortadas em cubos (não deixe muito mole) • Cebolinha picada • Salsinha picada • Sal a gosto • Azeite de oliva a gosto Modo de preparo:
Numa xícara, junte o suco do limão, o sal, o alho, a pimenta-do-reino e misture bem. Numa tigela, tempere os filés de tilápia com essa mistura, massageando bem para poder agregar o tempero. Deixe os filés descansarem por 15 minutos. Enquanto isso, numa tigela, junte as cebolas picadas, os tomates, o pimentão, a cebolinha e a salsinha. Regue com azeite, tempere com sal e pimenta, e misture bem. Em seguida, faça uma camada com metade dos legumes, uma camada com as batatas e uma camada com os filés de tilápia. Finalize fazendo uma camada com a outra metade dos legumes e salpique cheiro-verde por cima. Regue com azeite e cubra com papel-alumínio, vedando bem as laterais da forma. Leve para assar em forno preaquecido a 200 ºC, por cerca de 30 minutos, e bom apetite!
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Tilápia Leve, saborosa e muito nutritiva. Assim podemos definir a tilápia. Esse peixe de água doce é nativo da África, mas foi introduzido em muitos lugares nas águas abertas da América do Sul e ao Sul da América do Norte, além do Sul e Sudeste brasileiro. E por que a tilápia é uma ótima pedida? Podemos dizer que, em termos de versatilidade, a tilápia é campeã, devido à sua fácil digestão (é um peixe com baixa caloria), podendo ser preparada assada, frita, grelhada ou cozida e o melhor: seu sabor suave permite que o cozinheiro use e abuse de sua
dicas de harmonização
O sommelier e consultor de vinhos da Cave Noble BigLar, Mario Marcio, selecionou rótulos especiais para harmonizar com os peixes. 1. Pintado: vinho branco uruguaio Juan Carrau Chardonnay 2017; 2. Tambaqui: vinho branco português Herdade dos Coteis; 3. Tilápia: vinho branco italiano Castellare Le Ginestre; 4. Salmão: vinho rosé argentino Cuvelier Los Andes Malbec.
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sabores à mesa
tambaqui
Assado e Recheado
salmão
ao Molho Branco Ingredientes: • 1 colher de sopa de molho de alho • 1 colher de sopa de limão • 1 colher de sopa de margarina • 1 colher de sopa de cebola triturada • 1 xícara de chá de creme de leite light • 1/2 xícara de chá de cogumelos picados • 2 colheres de sopa de saquê • 2 colheres de sopa de alcaparras para decorar • 2 filés de salmão (cerca de 2 kg) • Azeite o suficiente pra grelhar • Sal marinho a gosto • Queijo ralado a gosto Modo de preparo: Tempere os filés de salmão com molho de alho, limão e sal. Deixe descansar por 15 minutos. Em uma frigideira antiaderente, grelhe os filés com um fio de azeite até ficarem dourados e cozidos por dentro. Em uma panela, aqueça a margarina e frite a cebola (até dourar) com os cogumelos. Acrescente o saquê e o creme de leite. Prove o sal. Coloque os filés já frios nesse molho e deixe-os no fogo brando por 1 minuto. Polvilhe queijo e alcaparras, se preferir. Bom apetite!
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criatividade na hora de adicionar os temperos e acompanhamentos. Estas características fazem deste pescado um curinga para quem quer comer bem, sem se preocupar com o ganho de peso.
Salmão Esse peixe que divide sua vida entre a água doce e a salgada (nasce em água doce na qual permanece por cerca de dois a três anos, depois segue para o mar, retornando para água doce para se reproduzir), definitivamente, já ganhou espaço no cardápio dos cuiabanos. O motivo principal? As influências dos nossos amigos orientais. É claro que, com toda nossa criatividade, o modo de preparo dessa saborosa carne de cor alaranjada passa longe do tradicionalismo japonês. Embora o consumo desse pescado, que é rico em vitaminas e minerais, seja, em sua maioria, com a carne in natura (sem nenhum tipo de cozimento), o salmão também fica delicioso em receitas que vão desde os grelhados até os assados com molhos mais sofisticados.
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Ingredientes: • 1 tambaqui de aproximadamente 3 kg • 8 dentes de alho amassados com sal • 1 tomate picadinho • 1 cebola média picadinha • 1 pimentão picadinho • 2 xícaras de farofa pronta • Salsinha desidratada • Azeite para regar • Palitos de dente Modo de preparo: Limpe bem o peixe e abra-o pela barriga. Fure bem o peixe com a ponta da faca. Passe o alho amassado por todo peixe, por dentro e por fora. Salpique um pouco de salsinha sobre ele. Recheio Junte a cebola, o pimentão e o tomate, e misture bem. Adicione a farofa pronta até ficar um tipo de pirão. Não precisa temperar, pois a farofa já vem temperada. Recheie o peixe com o pirão e feche-o com palitos de dente. Regue com bastante azeite, deixe descansar por 12 horas na geladeira. Leve ao forno preaquecido por 1 hora. Sirva com batatas assadas, arroz e salada.
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na casa do chef — Por adriana panzini —
Simoni
Fotos: Mateus Pedroso
Klauk
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ão apenas doces, mas sim delícias 100% artesanais e feitas com todo amor e carinho são os produtos que encantam os clientes da Simoni Klauk Pâtisserie, em Cuiabá. Não há quem resista às iguarias caprichadas como os naked cakes, bolos de churros, bolo gelado de coco ou trufado de leite ninho, brownies, bala de brigadeiro preto com ninho ou de brigadeiro branco e ninho, e muitas outras tentações, que podem ser levadas para casa ou saboreados na charmosa loja
decorada com ares retrô. Outra maravilha bastante disputada pelos clientes é o bolo de cenoura com chocolate belga, vencedor de uma das etapas do reality de gastronomia “Que Seja Doce”, da GNT, em que a ambrosia também foi destaque. Com tanto cuidado, dedicação e esbanjando simpatia, não é à toa que o estabelecimento dessa empreendedora, que adotou a Capital do Estado como seu porto seguro desde criança, figura entre as três melhores docerias da
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cidade no ranking da Veja Comer & Beber Cuiabá 2019, depois de passar pelo crivo de um júri composto por personalidades locais, empresários, esportistas, produtores culturais e amantes da gastronomia que têm como hábito em seu dia a dia visitar efetivamente esses lugares.
Direto do coração para adoçar a vida Profissional autodidata e que conta em seu currículo com uma série de cursos
de aperfeiçoamento na área, além de visitar constantemente as feiras e eventos do setor para sempre se manter atualizada, Simoni conta que a paixão pela gastronomia começou com uma influência muito especial e querida. “Tenho muitas lembranças de criança com minhas avós. Sempre gostei de cozinhar desde essa idade, inclusive nosso carro chef do cardápio, o bolo de cenoura, é uma receita muito antiga de família que fui incrementando ao longo dos anos”, relata. “Mais tarde, eu até comecei a cursar Psicologia na faculdade, mas percebi que não queria fazer isso para o resto da vida, eu não estava feliz!”, lembra. “Foi aí que comecei a fazer bolos para vender, inicialmente para os amigos, e assim foi, lá se vão 10 anos nessa área.” Seus mais de 25 mil seguidores no Instagram (@simoniklauk) acompanham de perto as novas criações e o sucesso das receitas tradicionais que não saem do menu, mas é preciso avisar: as fotos das gostosuras são incrivelmente tentadoras, saiba que, se você visitar o perfil, vai ficar com água na boca e querer provar tudo, todos os dias! A chef e empreendedora também divulgou em sua página os bastidores da fantástica preparação que reservou especialmente para os leitores da revista do BigLar nesta edição, e que já pode ser conferida em nossas redes sociais: um original e saboroso Ovo de Páscoa de Cookie. “Escolhi essa receita para os clientes do BigLar, porque é a maior sensação no meu ateliê, baseada, ainda, no cookie,
assista
na casa do chef
Confira a receita completa no Canal BigLar no YouTube, no IGTV do nosso Instagram e na nossa página no Facebook. A cada edição, você vai encontrar uma receita especialmente preparada por nossos clientes apaixonados pela boa gastronomia.
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que é outro queridinho do nosso público e, em complemento, queria mostrar o passo a passo de todo o processo, para todo mundo conhecer e conseguir fazer sua versão”, ressalta Simoni. Assim como a empreendedora cuiabana, quem gosta desse segmento e quer se aventurar entre os confeitos encontra um campo fértil. Paixão nacional, os doces artesanais são responsáveis por um faturamento de até 12 bilhões de reais, ao ano, no país, segundo dados da consultoria Euromonitor Internacional. Isso considerando as confeitarias ao estilo da pâtis-
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serie de Simoni Klauk. Se contabilizarmos o mercado de panificação em geral, dados da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip) revelam que, somente os bolos correspondem a 7% dos 5,6 milhões de toneladas de produtos panificados comercializados por ano nas padarias, ou 392 mil toneladas, movimentando cerca de 15 bilhões de reais em 2018. Há demanda por bons e talentosos profissionais sempre, e muitas opções de cursos para se especializar. É fundamental, ainda, estar sempre antenado nas tendências que chegam por aqui, como o naked cake, os doces à base de ninho e bolos gelados de pote, apenas para citar algumas das mais recentes, inovando sempre, sem perder a qualidade. Mas Simoni dá um conselho precioso para quem quer ingressar e viver dessa atividade com êxito, como ela. “No começo, realmente é muito difícil, mas não desista, principalmente se você faz tudo com amor e carinho”, recomenda. “Cozinhar é amor, é o que fazemos todos os dias no ateliê, e cada um desses dias é uma semente que você planta e que, logo ali na frente, colherá os frutos, certamente”, conclui.
i nstag o u r m e t ASSISTA O MODO DE PREPARO PELO QR CODE AO LADO
— I NSTA G RAM @ s u p e r m e r c a d o s b ig l a r —
piraputanga a palito com molho tártaro de pequi u m a r e c e i t a d e l i c i o s a e p r át i c a pa r a t o d a a fa m í l i a Fotos: Mateus Pedroso
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ingredientes • 1 piraputanga limpa e retalhada • 300 g de fubá de milho • 100 g de farinha de trigo • 1 pitada de sal • Pimenta-do-reino a gosto • 1 litro de óleo Para o molho tártaro: • 50 g de lascas de pequi picada em conserva • 200 g de ketchup • 150 g de maionese • 50 g de mostarda • 30 g de picles • Suco de 1 limão
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Modo de preparo: Piraputanga: 1. Retire o lombo da piraputanga e corte em cubos pequenos. Tempere com sal e pimenta-do-reino; 2. M isture as duas farinhas e empane o peixe. Em uma panela média, coloque o óleo, frite o peixe por imersão a 170oC, até que fique dourado. Reserve; Para o molho: 3. Misture todos os ingredientes e sirva; Montando o prato: 4. Disponha em um prato ou tábua os pedaços de piraputanga com o molho tártaro de pequi.
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post do chef — ADR I ANA PANZ I N I —
VOCÊ PODE ACESSAR ESTA RECEITA PELO QR CODE ACIMA
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Sorbet de banana
com calda de canjinjin e farofinha de castanha-do-brasil Deliciosa combinaç ão de sabores genuinament e regionais sobremesa alia refresc ância leve z a e croc ância
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sobre o chef
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é uma homenagem ao príncipe Kangingin, filho do rei do Congo e destemido guerreiro, e muitos asseguram que tem poderes energéticos e afrodisíacos. A combinação exata, contudo, que leva diversas especiarias, cachaça, mel e raízes, é um segredo passado de geração para geração pelas mulheres quilombolas, responsáveis pelo seu preparo. Na receita destacada pelo chef Marcelo Cotrim, para os leitores do BigLar, nesta edição, o canjinjin é reduzido em temperatura bem baixa, em processo no qual um litro do licor rende cerca de 100 ml de calda. Para combinar com esse sabor, escolheu a banana, presença marcante em inúmeros pratos da região, como o Cozidão Cuiabano.
“Preparamos um sorbet, congelando uma banana bem madura, passamos no processador com um pouco de açúcar até ficar um creme espesso e levamos ao freezer para acabar de congelar”, ensina Cotrim. “Daí, servimos com a calda de canjinjin e com um crumble de castanha-do-brasil, para enaltecer não só o sabor regional, mas o nacional também, até porque temos a Amazônia aqui, um de nossos biomas, trabalhando os elementos típicos de maneira diferenciada”, completa.
Fotos: Mateus Pedroso
uando participou recentemente do programa Mestre do Sabor, um reality show de gastronomia na TV Globo, o chef Marcelo Cotrim surpreendeu os jurados com um ingrediente diferente, que encantou pelo delicioso paladar e que só Mato Grosso tem: uma redução à base de canjinjin, licor quilombola tradicionalíssimo que é produzido na Vila Bela da Santíssima Trindade, a primeira Capital do Estado. “Eles ficaram encantados, tentando descobrir o que era e de onde tinha saído esse sabor, pois provaram às cegas e não conheciam”, conta o chef. Patrimônio cultural, a bebida já recebeu, inclusive, o selo de indicação geográfica, que aponta a relevância da origem e dos processos artesanais que asseguram sua identidade. Seu nome
Cuiabano, formado em Gastronomia, Pós-Graduado em Chef de Cozinha Brasileira, vencedor da 2ª edição do concurso gastronômico Lufada de Peixes , indicado ao Prêmio Nacional Dólmã como um dos três melhores Chefs de MT no ano de 2015. Estagiou nos Restaurantes Epice, do Chef Alberto Landgraf, e nos premiadíssimos Mocotó, do Chef Rodrigo Oliveira, Dalva & Dito e D.O.M. Restaurante, do Chef Alex Atala , todos em São Paulo - SP. Foi colunista gastronômico da Folha do Estado, luta pela valorização dos ingredientes e preparações regionais. É o Chef por trás da Cotrim Gastronomia, empresa que trabalha com eventos gastronômicos personalizados. Atualmente, é consultor gastronômico responsável pelas receitas do Supermercado BigLar e realiza consultorias no Estado de Mato Grosso.
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Mulheres — Por Kátia carminatto —
a arte
de cozinhar
um pouco da t ra je tória dessas chefs inspiradas e i n s p i r a d o r a s q u e s e d e d i c a m a c r i a r p r e pa r a r e s e r v i r
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p r at o s q u e a l i m e n t a m e e n c a n t a m
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las são inquietas, dinâmicas, polivalentes e destemidas. Três empreendedoras de personalidades marcantes, cujas histórias seguem paralelas e inspiradas pela mesma paixão: a gastronomia. E as semelhanças não param por aí. Longe do glamour dos reality shows, a trajetória de cada uma delas passou por idas e vindas até se renderem, de maneira definitiva, à arte de cozinhar.
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Mulheres
ARIANI
MALOUF
Fotos: Fabi Pereira
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la nasceu para isso. E o melhor é que sempre soube. Filha de família libanesa, desde muito nova ajudava a mãe no Buffet Leila Malouf, que ela, carinhosamente, considera sua primeira escola de culinária. A profissionalização começou aos 17 anos, quando optou por um curso de hotelaria em São Paulo. “A vontade de aprender a cozinhar enchia meu coração, mas, na época, não existiam cursos acadêmicos de gastronomia”, relembra. Isso não a impediu de trabalhar como auxiliar na cozinha do restaurante Fasano e de hotéis como Renaissance e Sofitel. O aperfeiçoamento veio da Cordon Bleu, em Paris, e a experiência consolidada em estágios na França, Itália e Alemanha. De volta ao Brasil, ela ainda passou uma boa temporada em São Paulo até voltar para Cuiabá, onde resolveu dar forma e nome a toda a sua experiência. Assim nasceu, em 2006, o Mahalo, restaurante de cozinha contemporânea que, desde 2010, vem sendo continuamente premiado. O segredo? Com certeza a combinação da rica imersão na gastronomia internacional e da base familiar. “Meus pratos são inspirados em três pilares: técnicas da cozinha francesa, aproveitamento dos ingredientes regionais e as raízes libanesas”, comenta. Claro que tudo isso é resultado de uma alma inquieta e ansiosa por criar, inovar e transformar. “Sou movida pelo desafio de me manter criativa, como se cada ano fosse o primeiro dessa trajetória de 22 anos. Me encanta a possibilidade de criar algo novo”, revela a chef que também comanda a equipe da cozinha do Buffet Leila Malouf. O DNA do empreendedorismo é outra marca registrada de Ariani. Sócia de uma empresa que produz alimentos congelados, com alta tecnologia, para
“Meus pratos são inspirados em três pilares: técnicas da cozinha francesa, aproveitamento dos ingredientes regionais e as raízes libanesas” Ariani Malouf
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hotéis e motéis de todo o Brasil, para esse ano, ela planeja levar a cozinha criativa do Mahalo para outros estados, em restaurantes com preços mais democráticos e com a mesma qualidade gastronômica. E, para alegria de quem conhece o talento da chef, esse ano, ela decidiu compartilhar um pouco da sua experiência em um curso on-line. Tanta inspiração – e energia – assim vem do amor por servir. “Desejo que o servir continue pulsando em nossas veias, que os ingredientes se transformem em nossas mãos, que os sorrisos sejam de muita verdade e que a fé em Deus proteja e guie minha trajetória sempre.” Que assim seja.
Fotos: Divulgação
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Faria Lima
paulista de coração cuiabano começou a cozinhar aos 12 anos de idade. “Minha mãe me ensinou por necessidade, pois ela precisava trabalhar, mas eu gostei muito da tarefa, porque eu adorava comer e saber mais sobre os alimentos”, lembra Dani Faria Lima, a healthy chef que, hoje, dedica-se a ensinar outras pessoas a transformarem os alimentos in natura em pratos saborosos. A opção pela culinária natural se deu aos 16 anos, quando ela mesma resolveu mudar os hábitos alimentares e incluir refeições mais saudáveis na sua rotina. Foi nessa época que começou a pesquisar, por conta própria, um pouco mais sobre as propriedades dos alimentos. Mais tarde, já formada em administração, atuou na área por um bom tempo, sem deixar de lado as escolhas da adolescência, até que o que era apenas um estilo de vida virou um projeto de vida. Foi quando decidiu compartilhar o que aprendeu, ao longo de sua trajetória, em cursos presenciais e on-line. “Quero atingir cada vez mais pessoas com esse estilo
de alimentação que conforta o corpo, a alma e o coração”, diz. Segundo ela, uma cozinha saudável deve conter alimentos naturais na sua grande maioria, alguns ingredientes culinários como sal, pimenta, azeite, manteiga e temperos, para que a comida de verdade seja preparada em casa. Se é possível
“Quero atingir cada vez mais pessoas com esse estilo de alimentação que conforta o corpo, a alma e o coração” Dani Faria Lima
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levar isso para o dia a dia? “Claro que sim”, afirma Dani. “Se damos valor às atividades rotineiras como acordar, tomar banho e escovar os dentes, e outras como a rotina de trabalho e a prática de atividade física, por que negligenciar a alimentação, que é uma necessidade básica de sobrevivência? Esse deveria ser o primeiro item da lista de prioridades do ser humano. Quero levar isso às outras pessoas, buscando tocá-las e modificá-las para uma forma de viver ainda mais saudável.” Nessa jornada, o grande desafio é conquistar as pessoas através da comida. Mas, aos 35 anos, Dani já colhe bons resultados: “A comida tem um grande poder de envolvimento. Através dela, você se apaixona ou cria bloqueios. O meu maior prazer são os sorrisos e depoimentos que eu recebo, diariamente, de mulheres conquistando a forma e a autoestima, de mães que estão alimentando melhor os filhos, de esposas que estão agradando o marido com um prato de comida gostoso. Isso não tem preço pra mim. Consigo sentir, no fundo do meu coração, a alegria de cada uma e isso só me alimenta.”
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Fotos: Fotos: Mateus Mateus Pedroso Pedroso
em comum entre as duas profissões é que se trabalha demais. São apenas quatro, mas intensos, anos na profissão. O curso de gastronomia foi feito quando ainda era comissária e os estágios entre restaurantes de São Paulo e Cuiabá somados às vivências fora do país abriram caminho para o convite do amigo Júlio para comandar a cozinha do Flor Negra. “Ficamos um bom tempo trabalhando juntos no projeto do restaurante. Pensamos na estrutura, nos pratos, na dinâmica de atendimento e fizemos uma série de testes”, conta. O reconhecimento veio rápido. Ano passado, Carol foi eleita a chef do ano pelo prêmio Veja Comer & Beber Cuiabá 2019. Feliz com o reconhecimento, ela faz questão de lembrar que o mérito é também da equipe que lhe auxilia. “Longe da glamourização da profissão, tenho uma equipe disposta a trabalhar duro, a ensinar e a aprender. E isso é muito importante, praticamente um desafio para qualquer chef”, diz. Sim, ela continua voando. Mas agora com os pés no chão, para sorte nossa.
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Manhozo
té aterrissar como chef no badalado restaurante Flor Negra, Carol Manhozo voou muito. Literalmente. Isso porque, antes de mergulhar no mundo da gastronomia, ela trabalhou como comissária de bordo em várias companhias aéreas. “A culinária sempre esteve na minha essência. Na minha casa, as reuniões em família começavam no almoço e terminavam no café da tarde”, lembra.
Mas a vocação para a cozinha só ficou mais aflorada depois que os conhecimentos adquiridos ao longo das experiências internacionais foram se consolidando na mente e no coração. “Morei nos Estados Unidos, Nova Zelândia e Irlanda, onde trabalhei em cafés, buffet e restaurantes. Mas, confesso que fiquei um bom tempo dividida entre a carreira de comissária e a gastronomia”, revela a chef, destacando que a única coisa
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“Longe da glamourização da profissão, tenho uma equipe disposta a trabalhar duro, a ensinar e a aprender. E isso é muito importante, praticamente um desafio para qualquer chef” Carol Manhozo
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Glossário
do chef
O seu dicionário ga st ronômico
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lgumas receitas trazem o arroz como grande estrela do prato: risotos, paellas, sushis e arroz de polvo estão entre elas. Cada uma, no entanto, deve ser preparada com um arroz especial, que possui características únicas. O Glossário do Chef desta edição apresenta, então, os tipos de arroz carnaroli, vermelho, negro e japonês, e suas melhores combinações gastronômicas. Confira!
Carnaroli
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Esse é um tipo de arroz muito tradicional no preparo de risotos. Como tem mais amido, os grãos levam um pouco mais de tempo para cozinhar, entre 15 e 17 minutos. No entanto, essa demora é exatamente o que garante um risoto mais cremoso naturalmente e no ponto certo. Um clássico da culinária italiana é o risoto alla milanese, que tem cor amarelada devido à adição de açafrão. Com um pouco menos de amido, o arbóreo também é outra opção para preparar risotos.
Assim como o arroz vermelho, é um tipo integral, com sabor amendoado, encontrado nas versões curta e longa e cheio de nutrientes: possui 20% mais proteínas e 30% mais fibras que o arroz integral, alto teor de ferro e menos gorduras e calorias. Ideal para receitas com frutos do mar e carnes de caça, além de risotos. A adição de cogumelos, como os da espécie shitake e shimeji, está entre as boas combinações com esse tipo de arroz.
Vermelho Japonês ou Nihon mai Duro e levemente quebradiço, o arroz vermelho é integral e se destaca por seu sabor amendoado e aroma que remete a notas de mel. Comum na região Nordeste, especialmente no Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, tem como receita típica o arroz de leite. Preparado com leite e sal, as variações podem incluir carne de sol, queijo coalho, feijão-de-corda e legumes. Uma opção mais diferentona é o arroz vermelho à moda coreana. É só combinar pedaços de carne, legumes, cogumelos e ovos, além de gergelim e shoyu para finalizar.
O arroz japonês, diferentemente do arroz “agulhinha” brasileiro, tem um grão mais arredondado. O cozimento é feito sem sal ou temperos, buscando uma textura levemente úmida, grudada, mas não empapada, possibilitando que os grãos se soltem. Esse arroz é a base de muitos alimentos na gastronomia japonesa, como no preparo de sushis, temakis e os clássicos onigiri (ou bolinhos de arroz).
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meu momento
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Fotos: Protásio Morais
Alaor Marini acompanhado das filhas em compras para o almoço de domingo.
Eloisa Simeão escolhendo bebidas na nossa adega.
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Ademir Ferreira, dia de futebol e churrasco!
Juliene Aparecida e Hilton Jr. compartilhando um momento BigLar.
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icamos muito felizes em receber os clientes que visitam nossas lojas, cada um deles tem uma história, um motivo que o trouxe ao BigLar. Para nós, é muito importante conhecer um pouco mais da história de cada um desses amigos, e foi pensando nisso que nasceu o “Meu Momento BigLar”, um espaço onde registramos com carinho algumas dessas visitas.
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Ediane Trabachin com os filhos em compras no BigLar. Em família é sempre melhor!
Sueli Monteiro, após chegar de viagem, uma visita ao BigLar é essencial.
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Gabriel Barbosa em compras no BigLar após mais um dia de trabalho.
Alessandro da Cruz e o pequeno Davi se divertem em dias de compras.
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Serviço Nacional de Turismo do Chile
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vale do
Colchagua
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no Chile é conhecida p or produzir os melhores
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vinhos chilenos
Vinícola Lapostolle bigl ar
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se tornar uma das maiores e mais ativas regiões vinícolas do Chile. Isso se deve, principalmente, à sua localização privilegiada. A altitude relativamente baixa das colinas costeiras permite que as brisas do Pacífico ajam em conjunto com os ventos andinos, esfriando o vale e ampliando o período de maturação na região. Isso contribui para preservar a acidez das uvas, produzindo vinhos tintos de ótima coloração, grande frescor e capacidade de armazenamento muito boa.
Rota do Vinho O Vale do Colchagua é um dos vales com maior prestígio internacional do país. Encravado no coração da zona central, é o ícone da produção vitivinícola no Chile. Diversas vinícolas embelezam este vale e oferecem excursões com notáveis degustações. Emblemática desta zona é a Viña Santa Cruz. Um teleférico sobe até ao topo do morro Chamán, de onde você poderá observar as constelações no observatório que leva o mesmo nome. O visitante também pode percorrer o museu de carros antigos e aprender
Serviço Nacional de Turismo do Chile
ouco conhecida pelos brasileiros e com uma ótima infraestrutura turística, a região do Vale do Colchagua, no Chile, é referência quando o assunto é vinho. Aliás, se você é amante de vinhos, inclua essa região no seu próximo roteiro de férias. O Chile é o principal fornecedor de vinhos para o Brasil. De acordo com o Ibravin – Instituto Brasileiro do Vinho – em 2018, foram importados pouco mais de 40 milhões de litros do país vizinho. O Vale do Colchagua está localizado ao sul do vale de Rapel. Ao norte, faz fronteira com a província de Cachapoal, ao oeste, com o oceano Pacífico, ao leste, com a Cordilheira dos Andes e, ao sul, com a província de Curicó. O Vale do Colchagua é resultado da formação natural do rio Tinguiririca, que nasce na Cordilheira dos Andes, na base do vulcão Tinguiririca, que tem uma altura de 4.300 metros. A região evoluiu muito nos últimos vinte anos e passou de uma área tranquila de terras de cultivo para
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da rota
as vinícolas
A Rota do Vinho de Colchagua é composta por 17 vinícolas na região do Colchagua são, em sua maioria, tintos, com destaque para a produção de Carménère, Cabernet Sauvignon, Syrah e Merlot. Mas, há também, produção de vinhos brancos de clima fresco. Em 2003, o Vale do Colchagua foi considerado a melhor região vinícola do mundo pela prestigiada revista norte-americana Wine Enthusiast.
Serviço Nacional de Turismo do Chile
sobre diferentes épocas da história do Chile, visitando o museu temático. Para quem gosta da boa mesa, de um bom vinho e cultura, Colchagua é o destino ideal, oferecendo excelente infraestrutura turística. Ainda pouco conhecida por brasileiros, acredita-se que em pouco tempo será tão querida e visitada quanto Mendoza, na Argentina. Os vinhos produzidos
Hoje, o destino oferece a Rota do Vinho de Colchagua, com 17 vinícolas. A região conta também com a “Viñas de Colchagua”, que foi a primeira associação regional de vinícolas do Chile, criada em 1999, com a intenção de promover o Vale do Colchagua. As vinícolas que integram a Rota são: • Apaltagua • Bisquertt • Encierra • Casa Silva • Koyle • Lapostolle • Los Vascos • Luis Felipe Edwards • Montes • MontGras • Santa Cruz • Viñedos Veramonte • Siegel • Ventisquero • Viu Manent • Polkura • Escondida • Viña Maquis • Emiliana • Laura Hartwig • OWM Wines
Celebre a Páscoa com vinhos do Vale do Colchagua Tradição entre os católicos, no período de Quaresma, que antecede a Páscoa, grande parte dos brasileiros
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“Preparei uma relação de vinhos do Vale do Colchagua, uma das melhores regiões vinícolas do mundo, para harmonizar com pratos especiais. ” Mario Marcio, sommelier e consultor de vinhos da Cave Noble BigLar
consome mais pescados. Desde a quarta-feira de Cinzas até a manhã da quinta-feira Santa, muitas pessoas deixam a carne vermelha de lado, preparando receitas com peixes e bacalhau. Esse costume de se abster de carne vermelha durante toda a Quaresma, a Semana Santa, e também no domingo de Páscoa, faz aumentar a procura pelo peixe no período. Essa data também é uma ótima ocasião para reunir a família e uma oportunidade de apreciar um belo cardápio com peixes, chocolates e vinhos. E, que tal harmonizar o seu almoço de Páscoa com vinhos do Vale do Colchagua? O chef e professor do Senac Rodrigo Bueno elaborou um cardápio
Entrada
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sugestão é uma salada Niçoise, de origem francesa. Trata-se de uma opção completa e bem condizente com a mesa de Páscoa. Pode ser composta por folhas verdes, tomate, pepino, cebola, batatas, azeitonas, atum ou aliche. O abacate é opcional, porém, muito tradicional. Pode-se encontrar muitas variações desta salada, que é elegante e fácil de ser preparada. Para harmonizar: vinho chileno Loma Negra Reserva Chardonnay. Cor amarela brilhante com tinturas douradas fracas. No nariz, predominam aromas, com notas de abacaxi, pêssego e baunilha. Na boca, é apresentado com bom ataque, sedoso e volumoso, em parte por sua passagem pelo carvalho que também proporciona sabores agradáveis às nozes. Com acidez adequada que fornece frescor e suculência. Bom final e persistência média-alta. Região: D.O. Colchagua Costa Uvas: 100% Chardonnay
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especial para a data e o sommelier e consultor de vinhos da Cave Noble BigLar, Mario Marcio, fez a harmonização. Aproveite!
Couvert
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s bruschetas são uma ótima opção para receber seus convidados. Elas podem ser feitas tradicionalmente com tomate e manjericão, ou variações, por exemplo, escabeche de berinjela ou de sardinha, abobrinha marinada, tomate-cereja confitado, tapenade de azeitonas pretas ou, simplesmente, com uma cebola caramelizada ao vinho tinto. Para harmonizar: vinho Chileno Loma Negra Reserva Shiraz. Possui cor vermelha púrpura de alta intenção e profundidade. Alta intensidade, aromático com aromas de frutos pretos maduros, combinados com notas torradas e espécies do tipo pimenta-preta. Na boca, ataque de grande volume, sucos, com taninos maduros e redondos que conferem sedosidade. Alta persistência e com bom final de boca. Região: D.O. Vale do Colchagua Uvas: 93,5% Syrah, 5% Alicante Bouschet e 1,5% Cabernet Sauvignon.
SOMMELIER
P r ato p r i n c i pa l
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Sobremesa
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chocolate é sempre o alvo nesta época do ano. Você pode preparar duas opções para a Páscoa: um mousse de chocolate com compota de frutas vermelhas ou uma bavarese de abacaxi, para um tom mais refrescante, tropical e para uma refeição mais leve e sem chocolate, que já será servido nas trocas de ovos.
pesar de muitas pessoas esperarem esta época para comer o bacalhau, a sugestão do chef Rodrigo Bueno para o prato principal é um peixe assado inteiro. Para isso, forre a forma com papel-alumínio, recheie a cavidade do peixe com ervas aromáticas frescas (sálvia, manjericão, orégano etc), coloque em uma forma em pé, com a barriga para baixo, assim as ervas ficam protegidas e o peixe assará igualmente dos dois lados. Dica do chef: quando colocamos o peixe deitado, ele assa melhor de um lado do que de outro. O peixe pode ser servido com um molho à base de azeite, como um vinagrete de pimentões, ou à base de maionese, como um molho de mostarda, ou de shoyo e gengibre, para um toque mais oriental. Esse preparo pode ser acompanhado de arroz branco ou um arroz mais requintado, com amêndoas na manteiga ou com cogumelos grelhados. Para harmonizar: vinho Chileno Loma Negra Reserva Viognier. Os vinhos da Reserva Luis Felipe Edwards são feitos com uvas cuidadosamente selecionadas, para produzir vinhos aromáticos ricos em frutas, com uma textura agradável na boca. Têm cor amarelo-palha. Nariz de média intensidade alta, com notas mais frutadas que lembram damascos e aromas que lembram nozes. Boca sedosa e redonda, com acidez que proporciona uma agradável frescura e equilíbrio. Acabamento macio e redondo, com persistência média-longa. Região: D.O. Colchagua Costa Uvas: Viognier
Para harmonizar: vinho Chileno Luis Felipe Edwards Late Harvest Viognier Sauvignon Blanc. Este magnífico vinho doce é feito com uvas cuidadosamente selecionadas que são colhidas manualmente no final da temporada, das vinhas Viognier e Sauvignon Blanc, no Vale de Colchagua, quando as vinhas amadurecem completamente e seus níveis de açúcar atingem o máximo. Algumas uvas têm uma leve presença de botrites (podridão nobre), o que confere suavidade a este vinho e notas distintas de mel. Os sabores intensos do pêssego Viognier são evidentes, bem como os aromas cítricos do Sauvignon Blanc. Região: D.O. Colchagua Costa Uvas: Viognier Sauvignon Blanc
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cafés
toque de Sabor — Por Marcelo Ferri
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O consumo de c afé no Brasil cresce bem acima da média m u n d i a l e a ABIC e s t i m a q u e 9 e m c a d a 1 0 b r a s i l e i r o s acima dos 15 anos
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café chegou, clandestinamente, ao Brasil no século XVIII e, rapidamente, espalhou-se pelo país. Na mesma velocidade, conquistou o status de paixão nacional. Um sentimento que, além de duradouro, mostra-se, cada vez mais, intenso. Enquanto o consumo mundial de café cresce em média 2% ao ano, por aqui, a projeção da ABIC (Associação Brasileira da Indústria do Café) é de crescimento de 3,6%. Para se ter ideia, estima-se que, atualmente, 9 em cada 10 brasileiros, acima dos 15 anos, bebam café. O crescimento bem acima da média mundial é atribuído aos cafés especiais, que proporcionam aos apreciadores oportunidades de conhecer variações de sabores e aromas da bebida. Produzidos com grãos de alta qualidade que passam por pro-
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apreciam a bebida cessos de torra diferenciados, os cafés especiais conquistaram, inclusive, quem não sentia atração alguma pela bebida. Loraine Barcha Garutti, 30 anos, não bebia café. Após experimentar uma versão especial, bem frutada e sem amargor, não só rendeu à experiência, como passou a se interessar pelo tema. Fez cursos de barista e de torra, e tornou-se especialista no assunto. Diante de tão sólida relação de consumo, o mercado sente segurança para apresentar novas receitas e propor outras utilizações para o produto. Como resultado, o café que conquistou o Brasil servido quente, atualmente é encontrado até em versões geladas e refrescantes, além de servir como ingrediente no preparo de pratos e drinques.
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Café gelado é tendência
aromático café
Fonte: gastrolandia.com.br
Ingredientes: • 1 colher (chá) de gengibre ralado • 5 cravos-da-índia • 1 pau de canela • Café coado Modo de preparo: Ferva 500 ml de água filtrada com o gengibre ralado, os cravos e o pau de canela. Prepare um café coado bem suave. Para finalizar, adicione, em medidas iguais, a água com os ingredientes ao café já pronto.
Receita de café gelado já muito famosa nos EUA – onde a torra do café é, normalmente, mais escura e para atenuar o amargor, coloca-se leite –, o cold brew vem conquistando cada vez mais apreciadores no Brasil. “Cold brew é a extração de café com água gelada. Normalmente, deixa-se a água em contato com o pó por algumas horas, com o objetivo de aumentar o corpo da bebida. O resultado é um café extremamente doce, sem acidez, encorpado. Bem diferente do café passado com água quente”, explica Loraine. A barista aposta neste ano no aumento de receitas de cafés preparados com leites vegetais. “Estamos explorando mais os sabores de castanhas e seus poderes de harmonização com os cafés. Cada
cafés
especiais Os cafés especiais, como o nome propõe, são feitos com grãos e processos diferenciados, o que resulta em um produto mais complexo em sabor, comparado ao café tradicional. Além disso, para serem considerados especiais, eles devem atingir uma nota maior a 80 pontos na Metodologia de Avaliação Sensorial da SCA (Specialty Coffee Association). Outro diferencial é que os especiais são produzidos a partir da espécie Arábica, considerada nobre por sua complexidade em aroma e sabor. Assim, destacam-se pelos atributos sensoriais, com sabores e aromas que podem ser frutados, herbais e doces, como chocolate e caramelo.
vez mais, serão oferecidas opções de leite vegetal para acompanhar tanto cafés coados, quanto expresso”, diz.
Cafés em cápsulas
Cold Brew bigl ar
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Outra tendência no mercado de café são as cápsulas, também conhecidas como café monodose. A precursora na indústria foi a Nespresso, que chegou ao Brasil com suas cápsulas em 2006. Na época, entretanto, o país tinha apenas acesso ao produto importado da Suíça. Foi a partir de 2013, com a queda de patentes da marca da Nestlé, que outras marcas se lançaram na, até então, novidade, e o café monodose se popularizou.
Universo do café
maiz latte vista da alta qualidade, praticidade e velocidade que a mesma fornece, e, claro, muitos sabores para explorar. Mesmo aqueles que não são tão fãs de um café preto se rendem a versões como Cappuccino, Cortado (mix de expresso com leite), Caramel Latte Machiatto (café com leite e toques de caramelo), entre outros.
Modo de preparo: Em um recipiente, misture o leite, o açúcar e o Mucilon. Em seguida, com a mistura quente, bata em um mixer ou misturador. Por fim, despeje em um copo e extraia o café diretamente sobre a bebida.
Fonte: Baristas da Nespresso
Hoje, muitas marcas de café tradicional disponibilizam também opções em cápsulas, assim como inúmeras máquinas próprias para preparação das mesmas. Segundo a ABIC, as cápsulas representam 1,2% do consumo total de café do país e devem aumentar cerca de 17% ainda este ano. O sucesso dessa tendência não é difícil de se explicar, em
Ingredientes: • 1 xícara grande de café (aproximadamente 110 ml) • 200 ml de leite • 20 g de Mucilon (cereal de milho em pó) • 10 g de açúcar mascavo
história do café
Campos de Café em Colina - Sp / Foto: Alf Ribeiro
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nde, hoje, fica a Etiópia, na África, há mais ou menos 1 mil anos atrás, Kaldi, um pastor, percebeu que as cabras ficavam cheias de energia ao comer café e passou a preparar uma infusão com os frutos ainda verdes. O café com grãos beneficiados e torrados, como conhecemos atualmente, surgiu somente no século XVI. Depois disso, a cultura do café espalhou-se rapidamente pelo mundo. A primeira muda de café de que se tem notícia no Brasil é de 1727, ano em que o Sargento-Mor Francisco de Mello Palheta desembarcou em Belém do Pará, vindo da Guiana Francesa, trazendo clandestinamente na bagagem um pequeno exemplar da espécie arábica.
Graças ao clima propício, a cultura cafeeira rapidamente se espalhou pelo país e protagonizou um dos mais importantes momentos econômicos da história do Brasil: o Ciclo do Café, responsável pelo desenvolvimento urbano de diversos estados, como Minas Gerais, São Paulo e Paraná.
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Maior produtor e exportador de café do planeta, o Brasil é, também, o segundo maior mercado consumidor. O país bebe, anualmente, 13% da produção mundial de café e fica atrás apenas dos EUA, responsável pelo consumo de 14% da produção global.
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SA Ú DE À MESA — por Priscila Vanti —
outono
nutritivo
Brócolis contém grande quantidade de vitaminas C e A
a e s t a ç ã o é o p o n t o a lt o d o a n o n o s a b o r e n os nut r i e nt e s d os ali m e ntos de or i g e m v eg e tal; e n c h a s e u p r at o c o m e l e s
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em chegando o outono e, com ele, os dias passam a ter um clima mais ameno e as noites ficam fresquinhas. Com a mudança da estação, entram em safra uma grande quantidade de verduras, legumes e frutas. A safra nada mais é do que o período em que o alimento é mais produzido e quando ele é, nutricionalmente, mais rico, além de ser mais barato. Torne sua alimen-
tação mais saudável aproveitando a abundância de vitaminas e minerais presentes nestes alimentos, incluindo-os em todas as suas refeições. O outono é popularmente conhecido pelo cair das folhas das árvores, estratégia de proteção contra o frio, e também como “estação das frutas”, devido à grande variedade de alimentos de origem vegetal característica do período. Os produtos
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da estação trazem, também, mais qualidade para a alimentação, por não precisarem de grandes doses de agrotóxicos. No outono, são colhidas frutas mais doces e verduras com coloração mais viva e aromas mais intensos. É o ponto alto do ano no sabor e nos nutrientes dos produtos de origem vegetal. Além disso, nas estações frias, precisamos ter um cuidado maior com a saúde, pois os resfriados começam
a aparecer, assim como alergias respiratórias e doenças crônicas como asma, bronquite, dentre outros problemas respiratórios. Por isso, é necessário manter uma alimentação que supra todas as necessidades nutricionais do corpo, além de manter a hidratação que, muitas vezes, é esquecida nesse momento. Sendo assim, inclua frutas, verduras e legumes da estação, principalmente alimentos ricos em vitamina C, que ajudam bastante na prevenção dos resfriados. Listamos alguns alimentos de outono e seus benefícios para a saúde. Encha seu carrinho com eles! Abacate: ajuda a controlar o colesterol, melhora o sistema circulatório e a pele. Contém ácido fólico, que auxilia na prevenção de efeitos congênitos (que nascem com a pessoa) e potássio, indicado para inchaços, fadiga, depressão, problemas cardíacos e derrames. Abobrinha: é fonte de vitaminas do complexo B e possui poucas calorias. Contém, também, minerais como fósforo, cálcio e ferro. Agrião: rico em vitamina C e iodo, importantes para a produção de colágeno, cicatrização, metabolismo, além de colaborar na manutenção de peso e emagrecimento.
Beterraba, hortaliça rica em minerais Berinjela: fonte de vitaminas e minerais, tem antocianina, fitoquímico antioxidante que preserva o organismo de doenças crônicas não transmissíveis. É rico em proteínas, vitaminas C, B1 e B2. Possui, também, uma boa quantidade de minerais, como cálcio, ferro e magnésio. Beterraba: esta hortaliça contém betacaroteno (um precursor da vitamina A), B1, B2, B5 e apresenta, ainda, minerais como o cálcio, sódio, fósforo e o silício, que é parte integrante do colágeno e o zinco. Brócolis: contém grande quantidade de vitaminas C e A, ácido fólico, potássio e selênio. Também é fonte de fósforo, ferro, cálcio e fibras.
Caqui: é rico em fibras e vitaminas A, C, B1 e B2. Possui cálcio e ferro. Chuchu: fonte de potássio e vitaminas A e C, importantes na boa aparência da pele e visão. É diurético. Coco: o valor nutritivo da fruta varia de acordo com seu estado de amadurecimento. De maneira geral, apresenta bom teor de sais minerais (potássio, sódio, fósforo e cloro) e fibras. Espinafre: fonte de ferro e tem importante função no trabalho das células sanguíneas. Goiaba: rica em vitaminas A, B1 e C, além de possuir cálcio, fósforo, ferro e fibras insolúveis. Auxilia no combate
Maçã contém vitaminas B1 e B2
Chuchu , fonte de potássio bigl ar
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SA Ú DE À MESA
processo de cicatrização, muito utilizado em tratamentos de úlceras. Contém grandes quantidades de vitaminas A e C, e fibras. Maracujá: possui alto valor nutritivo. Rico em vitamina C e vitaminas do complexo B (B2 e B5), a fruta contém, também, quantidades razoáveis de sais minerais como ferro, cálcio e fósforo. Funciona como um calmante suave. As suas sementes são poderosos vermífugos.
A laranja é rica em vitamina C a infecções e hemorragias; fortifica os ossos, os dentes e o músculo cardíaco; regula o aparelho digestivo e o sistema nervoso e dá maior resistência física.
função antioxidante. Fortalece a imunidade, ajuda na cicatrização de feridas e fortifica as paredes dos capilares sanguíneos.
Kiwi: são encontrados facilmente de abril a setembro. É uma fruta rica em vitaminas C, E e potássio.
Maçã: contém vitaminas B1, B2 e niacina, além de minerais como ferro e fósforo. É rica em ácido málico, que ajuda o corpo a gastar energia de forma eficiente.
Laranja: rica em vitamina C, cálcio, fósforo e ferro. Melhora a imunidade e apresenta vários antioxidantes que ajudam a reduzir o colesterol, as inflamações e a bloquear as células cancerígenas. Também auxilia na produção de colágeno da pele. Limão: rico em flavonoides cítricos, como a vitamina C, tem importante
Mamão: a fruta é rica em propriedades terapêuticas e possui benefícios à saúde devido à enzima papaína, encontrada em maior quantidade no fruto verde. Tem um importante papel no bom funcionamento do aparelho digestivo e está associada a um acelerador do
Kiwi
Espinafre
Nabo: encontrado de março a maio, é fonte de fibras com poucas calorias. Apresenta vitamina C, cálcio e potássio. As folhas de nabo, que muitos jogam fora, são mais nutritivas que as raízes, sendo uma excelente fonte de betacaroteno, um antioxidante que o organismo transforma em vitamina A. Pera: rica em vitaminas, minerais e fibras. Pode ser utilizada para prisão de ventre, inflamação intestinal e na bexiga, além de auxiliar o sistema nervoso e na formação dos ossos e dentes. Repolho: fonte de antocianinas, vitaminas A e C. Auxilia na produção de hormônio, é antioxidante e estimula o sistema imunológico. Rúcula: tem grande quantidade de vitaminas C e A. Dentre os minerais, podemos destacar o potássio e o ferro, auxiliando na prevenção da anemia.
Abacate
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nossa terra — por Protásio Morais —
Cuiabá
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301 anos de história, cultura e tradição
á se pode dizer que ela não é mais tão juvenil assim, sem medo de ofender. No auge de seus 301 anos, continua bela, tão sinuosa e apaixonante quanto nos dias em que era apenas a Vila Real Bom Jesus de Cuiabá. No aniversário de Cuiabá, separamos cinco dos mais importantes patrimônios históricos da capital, prédios e monumentos que atravessaram o tempo em sintonia com o desenvolvimento da cidade, quase tão longínquos e resistentes quanto à própria cidade. Confira.
da Rua Coronel Escolástico quanto pela Tenente Coronel Duarte, a famosa Prainha. Tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1975 e, mais tarde, pela Fundação Cultural de Mato Grosso, em 1987, foi construída por negros forros e escravos libertos. Certo tempo depois de concluída – aproximadamente 60 anos – teve anexada à sua estrutura uma capela em homenagem a São Benedito. Daí o nome composto que ainda confunde alguns turistas e, por vezes, cuiabanos. Apontada por muitos fiéis como a mais frequentada, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário conserva histórias de séculos passados. A começar por um detalhe inusitado de seu passado, em duas das salas paroquiais, conserva-se um grande paredão de barro, com vários buracos que ficaram conhecidos como “janelas do tempo”. Além disso, no local encontram-se relíquias como tijolos de adobe, que os escravos confeccionavam nas próprias coxas. Vale observar que a igreja não tem janelas nem vitrais e por isso seu interior é um tanto quanto escuro. Um verda-
Igreja do Rosário e São Benedito Vamos começar o nosso tour por um dos mais queridos e antigos patrimônios da cidade, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito. Localizada no alto do morro, a igreja em estilo barroco começou a ser edificada no ano de 1725 e foi inaugurada cinco anos depois, no tradicional bairro da Lixeira. É visível tanto por quem passa pelo cruzamento
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Sesc Arsenal deiro contraste com a luminosidade que emana do ouro presente nos monumentos em homenagem à Nossa Senhora do Rosário, no altar da igreja. Na igreja, são realizadas missas nas terças-feiras, às 5 h e 19 h, nas quartas, quintas e primeira sexta do mês, às 19 h, e no domingo, às 8 h e 19 h.
Sesc Arsenal É um antigo arsenal de guerra construído no Bairro do Porto, em Cuiabá, no ano de 1818, totalmente dedicado à cultura. Mas há quase dois séculos, o Real Trem de Guerra de Cuiabá, como era conhecido a época, servia como uma base militar dedicada à manutenção e fabricação de armas.
Hoje, o Sesc Arsenal é um dos mais visitados espaços dedicados à arte e à cultura em Mato Grosso. O lugar que serviu de base para proteção do território brasileiro ainda guarda alguns mistérios não revelados. Reza a lenda que existe uma passagem subterrânea que liga o antigo arsenal de guerra ao Batalhão da Policia Militar, também localizado no Bairro do Porto, e, de lá, para o Rio Cuiabá. Faz muito sentido, já que se tratava de um forte bélico, porém, talvez, nunca saibamos a verdade. De toda forma, alguns traços daquela época ainda persistem. No pátio do prédio, o visitante poderá perceber algumas réplicas de
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canhões que remetem ao século XIX. Mas, o curioso, mesmo, são as balas de canhão (essas verdadeiras) que ornamentam o piso da entrada. A representação do império português na fachada do prédio de arquitetura neoclássica grega divide espaço com janelas rústicas, paredes grossas e uma charmosa escada inglesa. De fábrica de armas a supermercado, o antigo arsenal de guerra teve várias funções com o passar do tempo. Hoje, é mais lembrado por proporcionar cultura e arte ao povo mato-grossense.
Palácio da Instrução Inaugurado em 1914, na Rua Antônio Maria Coelho, no centro histórico de Cuiabá, está o imponente Palácio da Instrução. Sua construção segue a arquitetura neoclássica, com alicerces em pedra canga e cristal, com paredes de adobe que se aproximam dos 80 centímetros de largura. Hoje, o prédio tombado como patrimônio do Estado em 1983 (portaria nº. 03/1983) abriga a Biblioteca Pública Estadual Estevão de Mendonça, mas, por muito tempo, 57 anos, para ser exato, cumpriu a função de educandário, abrigando as escolas Liceu Cuiabano, Pedro Celestino e Modelo Barão de Melgaço, entre outras. Também foi sede do Arquivo Público e das extintas Secretaria de Interior e Justiça, e Fundação Cultural de Mato Grosso, entre outros órgãos. Em 1975, com a criação da Fundação Cultural de
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Liceu Cuiabano Mato Grosso, hoje, Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer de Mato Grosso (Secel), o prédio foi escolhido como espaço mais adequado para abrigar a produção cultural do Estado. O futuro confirmaria essa aura cultural que envolve o prédio. Com o passar do tempo, abrigou os museus de História Natural, de Antropologia, Histórico, Pinacoteca e o Ateliê Livre. E, em 2015, passou por obras de manutenção e recebeu a Bienal de São Paulo e a retomada do Salão Jovem Arte.
muitas autoridades federais. A mais bonita, talvez, mas não é a única. Além da moderna Ponte Sérgio Motta, sobre o Rio Cuiabá também estão a Ponte Nova, Ponte Juscelino Kubitscheck, Ponte Mário Andreazza. Desde a inauguração da primeira ponte de concreto em Cuiabá, ainda nos anos de 1940, as pontes têm resolvido os problemas de trânsito entre as duas cidades mais populosas de Mato Grosso e intensificado o desenvolvimento do norte do Brasil.
Ponte Sérgio Motta Liceu Cuiabano Imponente, com quase 328 metros de comprimento, a Ponte Sérgio Motta, sobre o rio Cuiabá, liga a capital mato-grossense à cidade de Várzea Grande e é considerada a terceira do país do modelo estaiada (tipo de ponte suspensa por cabos). Com 52 metros de altura, o monumento é um marco do desenvolvimento econômico no Estado, responsável por impulsionar o crescimento de um dos maiores conglomerados populacionais de Várzea Grande, a região do Cristo Rei, com mais de 100 mil habitantes. Um dos mais bonitos cartões-postais do Estado, inaugurado em 27 de março de 2002, tem em seu nome uma homenagem ao ex-ministro das Comunicações, falecido em 1998. A inauguração da Ponte Sérgio Motta contou com a presença do então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, de governadores, ministros, prefeitos e
Tradicional, o Colégio Liceu Cuiabano “Maria de Arruda Muller” é a instituição pública de ensino mais antiga de Cuiabá, em funcionamen-
Ponte Sérgio Motta bigl ar
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to desde 1880. Os longos corredores da Escola, localizada na rua Presidente Marques, esquina com a avenida Getúlio Vargas, em Cuiabá, guardam muitas histórias e 140 anos de tradição. Criada em 3 de dezembro de 1879 para atender a elite cuiabana – mas isso mudou muito com o tempo –, a Escola Estadual Liceu Cuiabano teve sua primeira sede na Praça Ipiranga, onde, hoje, funciona o Ganha Tempo, passando, depois, para o Palácio da Instrução e, mais tarde, pera o prédio onde, atualmente, funciona os Correios, no Centro de Cuiabá. Só ganhou uma sede própria em 1944, um prédio que ocupa um quarteirão inteiro no bairro Quilombo. Entre os ex-professores e ex-alunos ilustres estão Isaac Póvoas, Cesário Neto, Nilo Póvoas, Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon e os ex-governadores Dante de Oliveira e Júlio Campos, além de outras personalidades da história de Mato Grosso. Tombado pelo Patrimônio Histórico do Estado, o Liceu Cuiabano teve seu nome mudado para “Maria de Arruda Muller”, esposa do ex-governador Júlio Muller, em dezembro de 1998, no governo Dante de Oliveira. Justa homenagem, já que Maria Muller foi destaque na política e militou pela educação e pelos direitos das mulheres.
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Acontece — por Priscila Vanti —
A arte
do encontro
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propósito, demonstrando situações do dia a dia nos corredores do supermercado, que são a perfeita arte do encontro, seja no repositor chegando com as verduras fresquinhas no momento em que você se aproxima da gôndola, no cheirinho de pão acabado de sair do forno que traz alegria ou naquele conselho do sommelier que vai fazer do seu jantar um sucesso. Com a hashtag #QueroTeEncontrar, o tema será abordado durante todo o ano. Os clientes podem acompanhar o filme nos canais de TV ou ainda acessando as mídias sociais do BigLar.
BigLar entende que cada pessoa é única. Por isso, todos os dias, nós nos preparamos para receber você. Prezamos por oferecer uma variedade incrível de produtos, muitos deles exclusivos, sempre renovando e ampliando o que é oferecido em nossas gôndolas para atender aos gostos mais exigentes. Além disso, nossos colaboradores, o grande diferencial do BigLar, também estão diariamente aguardando o momento de te encontrar, de ver a satisfação no sorriso e no olhar de cada cliente da nossa rede. A nova campanha institucional do BigLar busca traduzir este
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ais uma campanha em desenvolvimento pelo BigLar será divulgada durante a Semana Santa. O objetivo é informar aos amigos e clientes que, em respeito ao encontro do nosso povo com a sua fé, as lojas da rede não serão abertas durante a Sexta-feira Santa, dia 10 de abril. No vídeo, que será divulgado nas redes sociais do BigLar, observamos a construção de uma contraposição entre objetos da religião católica sendo pegos ou preparados e objetos do BigLar sendo recolhidos, guardados, tendo em vista que o Dia da Paixão de Cristo é um momento de recolhimento, de guarda, para que a fé também renasça.
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C u lt u r a
facebook.com/pg/JamesBond007BR
bacalhau receitas e histórias
SEM TEM P O PARA
MORRER
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histórico casarão onde governadores residiram entre 1940 e 1986 finalmente reabre as portas para a população. O acervo conta com mais de 800 peças. A maior parte delas estava guardada no Museu Histórico de Mato Grosso e no Palácio Paiaguás. Após 32 anos, as peças retornam à antiga casa dos Governadores. Entre elas estão móveis em estilo Luís XV, porcelanas e cristais de origem japonesa e ainda objetos de prataria vindos de diversas partes do mundo. A Residência dos Governadores foi construída entre os anos de 1939 e 1940, no Governo do Interventor Júlio Muller. Durante 45 anos, a residência abrigou 14 governadores de Mato Grosso e seus familiares, sendo desativada em janeiro de 1986. A casa fica na R. Barão de Melgaço, 3565, Centro.
O 25º filme do agente mais famoso do mundo chega às telonas no dia 9 de abril. Sem Tempo Parra Morrer (No Time To Die) marca o retorno do ator Daniel Craig ao papel do icônico personagem James Bond pela quinta e última vez. Na trama, o agente secreto britânico está desfrutando de uma aposentadoria tranquila na Jamaica, depois de ter deixado o serviço ativo. No entanto, seus dias de paz são interrompidos quando Felix Leiter (Jeffrey Wright), amigo de Bond e agente da CIA, pede sua ajuda na busca por um cientista desaparecido. Ao perceber que o cientista foi raptado, o ex-agente 007 se dá conta que a simples busca é na verdade uma corrida para salvar o mundo de um misterioso vilão (Rami Malek), armado com uma perigosa nova tecnologia.
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O c é u d e M ato G ro s s o
Sesc Arsenal recebe, até o próximo dia 29 de março, a exposição “O céu de Mato Grosso”. A mostra reúne fotografias astronômicas da lua, das estrelas, galáxias e nebulosas, tiradas pelo Prof. Dr. Pablo Solorzano, docente do Instituto de Física da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Fruto de uma parceria entre a FisicArte e o LAB.AU, projetos de extensão vinculados à UFMT, que desde 2017 planejam e promovem trabalhos e ações que explorem o tema da Ciência dentro de espaços culturais, a exposição “O céu de Mato Grosso” com entrada franca, pode ser vista de terça a sábado, das 14h às 21h e aos domingos, das 15h às 21h. O Sesc Artesanal fica na Rua 13 de Junho, S/N.
Exposição "O céu de Mato Grosso" Foto: Pablo Solorzano
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