Admirado com tanta beleza, atirou-se na água para abraçar a criatura. A figura desapareceu, e ele, procurando-a desesperadamente, se afogou. Eco viu toda a cena e, sentindo-se culpada, quis morrer junto com o amado. Passou a viver nas cavernas e entre os rochedos das montanhas. Não comia, não bebia. Seu corpo foi definhando até sobrarem apenas ossos, que se transformaram em rochedos. Nada mais restou dela, a não ser a bela voz, que repete sempre a última palavra de quem fala entre rochedos e em cavernas. O fenômeno é chamado de eco em homenagem ao mito da ninfa.
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