EUROCIDADE CHAVES-VERÍN, AECT PLANO ESTRATÉGICO DE COOPERAÇÃO TERRITORIAL 2030
4.2.
Fatores críticos para a cooperação
Atendendo ao diagnóstico territorial e institucional desenvolvido nos capítulos anteriores, é possível inferir um conjunto de desafios e fatores críticos de sucesso da Eurocidade Chaves-Verín, AECT. Estes são fundamentais para a estruturação do posicionamento estratégico da Eurocidade e para o desenho das iniciativas prioritárias. Salientam-se, assim, os seguintes pontos como desafios e fatores críticos de sucesso do território, determinantes para o Plano Estratégico de Cooperação Territorial 2030.
Vasta experiência de cooperação transfronteiriça e de dinamização de projetos conjuntos Os laços de cooperação existentes no território da Eurocidade Chaves-Verín, AECT, mobilizadores de esforços comuns entre instituições de ambos os lados da fronteira, constituem-se como uma mais-valia do ponto de vista político, económico e social. Adicionalmente, este território insere-se num espaço eurorregional mais amplo, constituído pela Galiza e o Norte de Portugal, cujas dinâmicas de cooperação transfronteiriças se têm demonstrado constantes e cada vez mais ativas. Sobre a base da Eurocidade Chaves-Verín, tem sido desenvolvido um projeto de cooperação robusto, que serve de referência para outros territórios, como base para o desenvolvimento de investigações científicas e, ainda, usado como bom exemplo em relatórios sobre as potencialidades da cooperação transfronteiriça. A longa e reconhecida experiência de cooperação faz com que a Eurocidade Chaves-Verín, AECT, possa funcionar como um instrumento ativo de desenvolvimento territorial.
Existência de valores culturais e naturais comuns a ambos os lados da fronteira A Cooperação transfronteiriça tem sido impulsionada não só pela proximidade geográfica, linguística, político-institucional, mas também pela proximidade histórica, cultural e pelos interesses comuns em preservar e valorizar os valores culturais e patrimoniais. O território em análise é reconhecido pelos costumes e tradições únicos e transfronteiriços onde se incluem monumentos de elevado valor patrimonial, feiras, festas e romarias e diversidade de artesanato, rotas temáticas de circuitos histórico-culturais assim como a rica presença de produtos gastronómicos locais certificados. Importa destacar os esforços que têm sido feitos para reforçar a ligação cultural das duas povoações, recuperando tradições antigas e criando novas formas de partilha e de vivência cultural conjunta, através, por exemplo, da Agenda Cultural, que promove a partilha de recursos e infraestruturas culturais.
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