I. O espirifLtaIismo: g&ese,
c a r a c f e r i s t i c a s e expoentes
rea+o ao "red~cionismo"positivista
Entre o siculo XIX e o siculo XX ocorreu na Europa uma reaqiio ao positivismo que teve em suas primeiras fileiras toda uma gama de pensadores que podem muito bem ser reunidos sob o nome de espiritualistas. Em primeiro lugar, deve-se dizer logo que a preocupaqiio mais premente do espiritualismo, em suas varias manifesta@es, C a de estabelecer a irredutibilidade do homem 2i natureza, contrariamente ao positivismo. Esse programa voltou-se para a identifica@o de grupos de acontecimentos (valores estiticos, valores morais, liberdade da pessoa, finalismo da natureza, transcendincia de Deus) que constituem o "mundo do espirito" e para a elaboraqiio de caminhos ou procedimentos tipicos para indagar e
falar sobre o mundo do espirito, caminhos ou procedimentos irredutiveis aos que s50 pr6prios das citncias da natureza. Niio que o positivismo desleixasse os "fatos humanos"; pelo contrario. 0 que o positivismo fazia era reduzir os fatos humanos, todos os fatos humanos, ?i natureza. E quem deveria se ocupar da natureza humana e de seus produtos (juridicos, morais, econ8micos, estiticos, religiosos etc.), com mitodo niio muito diferente do das citncias naturais, seria a sociologia ou a economia ou, por exemplo, a historiografia, entendidas como ciincias positivas. Niio existe nada fora dos fatos - dos fatos positivos. E i precis0 encontrar as leis que determinam esses fatos positivos. Desse mod0 o positivismo, enquanto por um lado cancelava a pretensso da filosofia tradicional de se posicionar como conjunto de teorias precisamente filosbficas (ou metafisicas) n5o redutiveis as da citncia, teorias filosbficas