Capitulo vigbimo primeiro - fi nee-es~~l~sti~a
Arsim como (I mdicinci, Q educa~806 uma ars coop6rativa naturacr; "Fl palmattiria e o chicote s8o pQssimos instrumentos de educaq30 [...I, e uma educagdo que considera o mestre como o agente principal pewerte a propria natureza do tarefa educativa".
A arte da educasdo deveria ser [...I comparada B do medlclna. A mdlclna trata da um ser vlvo, com um organrsmo que possul v~tahdade int~mae um prlnciplo lnter~orde saOde. 0 mbd~coexerce uma causahdade real na cura de seu doente, 6 verdade, mas de certa manetra part~cular,ou sap, ~mltandoos camlnhos da pr6prra natureza em sua manelra da operar, e qudando a naturem, prescrevendo uma dleta e rembdros aproprmdos de que a pr6prra natureza se sewlra, conforme seu propno dlnam~smo em agdo para o equdibr~ob~olog~co. Em outras b ars cooperatlva naturoe, palavras, a rned~clna uma arte mln~sterlal, uma arte a serv~godo natureza. E asslm b a educagdo. Esta verdade tam ~mpllca~des que vdo muto longe. Contrarlamante a tudo o que acredltava Platdo, o conhec~mentondo exlste de uma vez por todas nas almas humanas. Mas o prlnciplo vtal e atwo do conhec~mento ex~ste em cada um de n6s. 0 poder int~moda v~sdodo lntehg8ncia, que naturalmente e desde o prlmelro micro percebe, dentro e atravbs da exper18nclados sent~dos,as prlmelras nogdes de qua depande todo conhecrmento, 6 justamente por rsso capaz de proceder daqu~lo que jd conhece para aqu~lo que amda ndo conhece. Um exemplo d~sson6s o temos em Pascal que dascobre, sem o auxiho da qualquer mestre e em wrtude de seu propno g6n10,as pr~meiras 32 proposrgdesdo prlmelro hvro de Eucl~des.Este prlncip~ovtal Interno 8 aqu~loque o educador deve respettar aclma de qualquer outra colsa. [.. .] N6s, professores e educadores, podemos alguma vez consolar-nosde nossos lnsucessos - pensando que eles sejam dev~dos a culpa do agente pr~nclpal,do prlnciplo Interno no estudante - mas do que de nossas 1nsuhc18nclas.
Corno desculpa, 6 ds vezes vdida. Mas, deixando de lado esta espbcie de consolagdo para os educadores, as consideragdes simplicissimas que expus, ou agora parafraseando Tornds de Rquino, sdo, a meu ver, importantissimas para a filosofia do educagdo. Penso que elas iluminam todo o conflito que opde os mbtodos de educagbo corn a palmat6ria e os mbtodos progressivos atuais que insistem sobre a liberdade e a vitalidada natural intern0 da crianga, a sobre elas se concentram. R educagdo com a palmatbria b positivamente md. Se, por amor de paradoxo, eu tivesse 0190 a dizsr em sua defesa, observaria apenas qus ela foi capaz, de fato, de produzir algumas personalidades fortes, pois 6 dificil matar o principio de espontaneidade interior nos criaturas vivas, e porque a t e principio se desenvolve ocasionalmente da forma rnais poderosa quando reage e alguma vez se revolta contra a obrigagdo, o mado e as punisdes, mais do que quando cada coisa Ihe 6 tornada Mcil, doce e 6gil e psicotecnicamante acomodada. bastante astranho qus nos possamos perguntar se uma educa~do que se dobra completamente b soberania do criansa, e qua suprime todo obstaculo a superar, ndo obtenha o resultado de tornar os estudantes ao mesmo tempo indiferentes e demasiado doceis, e demasiado passivamentepermedveis a qualquer coisa dita pel0 mestre. De todo mod0 continua sempre verdadeiro que a palmatbia e o chicote sdo pbssimos instrumentos de educa~do,e que uma educa@3oque considera o mestre como o agente principal perverte a pr6pria natureza da tarefa educativa. 0 mbrito real das concepgdes da pedagogia modarna depois de Pestalozzi, Rousseau e Kant foi a redescoberta desta verdade fundamental ds que o agente principal s o fator dinamico principal ndo b a arte do mestre, mas o principio intimo de atividade, o dinamismo intimo da natureza e da manta. Se tivbssemos tempo, poderiamosdemonstrar a este prop6sito que a pesquisa de novos mbtodos e de uma nova inspiragdo, sobre a qua1 insistem tanto a educagdo progressiva e aquilo que na Europa se chama de "escola ativa", deveria ser avaliada, encorajada e ampliada, com a condigdo de que a ducagdo progressiva renuncie a seus preconceitosde um racionalismo ultrapassadoe b sua filosofia ut6pica da vida, e ndo esquqa que tambbm o mestre 8 uma causa eficiente e um agente real - embora apenas auxiliar e cooperodor da natureza -, uma causa que verdadeiramente d6, e cujo dinamismo, autoridade moral e guia positiva sdo indispensaveis. Se esse aspecto complemantar 6 esquecido,
<