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MERCADO EUROPEU DE FUNDOS ENTRA EM 2023 COM O PÉ DIREITO
O ano começou da melhor maneira para a indústria europeia de fundos de investimento. Com um crescimento de 336 mil milhões de euros face ao fecho de 2022, voltou a ultrapassar a barreira dos 12 biliões de euros.
Oprimeiro mês do ano começou com algum desassossego um pouco por todo o mundo. No Brasil, os apoiantes de Jair Bolsonaro invadiram os três edifícios mais importantes do poder, em protesto contra o novo presidente Lula da Silva. Os receios das possíveis consequências fizeram agitar os mercados. Na China, a abordagem COVID zero foi substituída por uma reabertura descontrolada que sobrecarregou o sistema de saúde. Também a queda dos PMI chineses e a urgência do gigante asiático em reativar a economia causaram preocupação.
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Quanto aos bancos centrais, por um lado, nos EUA, os dados macroeconómicos publicados em janeiro reforçaram a tese dos mercados de que a Fed teria de ser mais acomodatícia em 2023. Isto materializou-se em fevereiro na primeira reunião de 2023 quando a Fed arrefeceu o ritmo de aumento de taxas com uma subida de apenas 25 pontos base. Por outro lado, na Europa foi mantida a rota de uma política monetária mais restritiva e o ritmo tornou-se mais agressivo com uma subida de taxas de 50 pontos base por parte do BCE.
Porém, o mercado europeu de fundos não vacilou e encontrar espaço
Distribui O Do Patrim Nio Na Europa Em Fevereiro
A Reabertura Da China
Distribui O Das Capta Es L Quidas Na Europa Em Janeiro E Fevereiro
*Os dados de internacional incluem os fundos domiciliados no Luxemburgo e na Irlanda. Os monetários dinâmicos incluem-se em outros.
A eliminação das políticas de COVID zero na China apanhou os mercados de surpresa, tanto em termos de velocidade de reabertura, como da dimensão das novas políticas para apoiar a recuperação. Os investidores estão a analisar o forte aumento da atividade económica, que está a ser mais rápida do que se esperava. Após a reabertura, revimos em alta as previsões de crescimento da China para 2023 e pensamos que o crescimento pode surpreender de forma positiva. Uma vez que a China representa 17% do PIB mundial, a sua recuperação económica terá implicações importantes para o crescimento mundial. O motor da reabertura da China será impulsionado em grande medida pelo consumo e não tanto pelo investimento, o que significa que este aumento se irá concentrar em setores sensíveis ao consumidor, como o turismo e os mercados retalhistas. Economias asiáticas como Hong Kong ou Tailândia serão os principais beneficiários.
Os preços das matériasprimas também irão receber apoio a curto prazo, o que irá beneficiar economias como a Malásia, Indonésia e Austrália. Nas nossas carteiras, após os recentes acontecimentos, temos uma visão mais positiva sobre a região e aumentamos o nosso posicionamento tanto em ações como em obrigações de mercados emergentes.
para crescer. A indústria começou o ano com uma subida de 336 mil milhões de euros face a dezembro de 2022, atingindo assim os 12,22 biliões de euros. Foi assim ultrapassada a barreira dos 12 biliões de euros, algo que não acontecia desde agosto do ano passado. Em fevereiro, voltou a cair, embora ligeiramente, passando a valer 12,20 biliões de euros.
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Olhando para as captações no segmento das ações, a iShares conseguiu arrebatar os dois primeiros lugares do pódio e ainda encaixar mais dois ETF no Top 10, perfazendo assim um total de 2.322 milhões de euros em captações em janeiro.
Em fevereiro, a spotlight focou-se na Storebrand AM, uma gestora sueca
SETORES
QUE MAIS
E MENOS CAPTAM NO líder na região nórdica. Os seus fundos Storebrand Emerging Markets Plus e Storebrand Sverige Plus, que se focam em empresas com elevadas classificações de sustentabilidade, atingiram captações de 1.149 milhões de euros e 853 milhões de euros, respetivamente.
No que concerne as obrigações, a PIMCO esteve em desqtaque com o PIMCO GIS Income Fund. Em janeiro, alcançou captações que ascenderam aos 1.910 milhões de euros. Em fevereiro, atingiu os 1.799 milhões de euros. A partir desta edição, a FundsPeople passará a incluir nesta análise os setores que mais e menos captaram, de forma a entender melhor quais as preferências dos investidores.
Em janeiro, a procura dividiu-se entre as categorias Global Fixed In- come e Global Equity Large Cap, embora a primeira tenha alcançado um volume de captações ligeiramente maior. Quanto aos setores que menos captaram no mês em análise, quer o setor de Cautious Allocation, quer o setor de Flexible Allocation registaram saídas que ultrapassaram os 1.600 milhões de euros.
Por fim, em fevereiro, a procura continuou dividida entre Global Fixed Income e Global Equity Large Cap, embora também o setor Global Emerging Markets Equity tenha despertado o interesse dos investidores. Estes três setores superaram os 7.000 milhões de euros em captações. O claro derrotado do mês foi o setor de UK Equity Large Cap que registou resgates na ordem dos 2.219 milhões de euros.