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CBDC e a moneyness do dinheiro digital 72 Soft skills, fator decisivo no recrutamento em serviços financeiros
NÚMERO 44 MAIO E JUNHO 2022 .
ENTREVISTAS BIN SHI, UBS AM JOSH DUITZ, ABRDN LEGISLAÇÃO AS SOCIEDADES GESTORAS DE PEQUENA DIMENSÃO PLANIFICAÇÃO OS INVESTIDORES E A CRISE
COM ESTILO UM CONTRABAIXO A INVESTIR A GRANDE DESCONEXÃO
SELECIONADORES FAVORITOS À NUVEM NEGRA DA PANDEMIA, QUE AINDA PAIROU DURANTE O ÚLTIMO AS NUVENS NO HORIZONTE Olhar paraANO, JUNTARAM-SE OUTRAS COMO A DA INFLAÇÃO E A DA GUERRA. OBSTÁCULOS QUE DIFICULTARAM, MAS NÃO IMPEDIRAM OS SELECIONADORES o futuro DE FUNDOS NACIONAIS DE FAZER UM TRABALHO NOTÁVEL.investindo
em saúde
MANAGING PARTNER, BALUARTE WEALTH ADVISORS
As CBDC parecem ser, sobretudo, uma forma de aumentar a eficácia da política monetária dos bancos centrais, com grandes ganhos de controlo público - em benefício de todos, se bem exercido - e algumas perdas de liberdade individual; ambos, aspetos que deveriam ser mais amplamente debatidos.
CBDC E A MONEYNESS DO DINHEIRO DIGITAL
Considere-se ou não uma classe de ativos, a verdade é que a dinâmica de mercado de ativos digitais como as criptomoedas veio provar a funcionalidade e potencial da tecnologia de blockchain aplicada ao mundo das finanças. Será que os Bancos Centrais podem ou vão entrar na mesma onda?
Depois de anos de toda uma comunidade fã de Bitcoin e outras criptomoedas a fazer ruído sobre e alegado o potencial de uma moeda digital, descentralizada e que quebre com a hegemonia e o poder dos bancos centrais, é normal que estes últimos sintam a necessidade de avaliar de que forma é que poderemos abraçar a tecnologia e elevar os sistemas monetários a um segundo nível de eficiência. “O espaço de ativos digitais tem crescido de forma exponencial nos últimos 10 anos tendo convencido cada vez mais utilizadores sobre a sua utilidade. Num contexto em que a dimensão da Bitcoin já não pode ser ignorada, as caraterísticas deste instrumento e as suas vantagens sobre a infraestrutura do sistema financeiro atual tornaram-se evidentes”, comenta Luís Alvarenga, CFA, gestor na
BPI Gestão de ativos.
Mais além, Jorge Silveira Botelho,
CIO da BBVA AM Portugal, considera que tem ficado evidente que os estados e bancos centrais “não podem ficar fora da corrida da moeda digital, correndo o risco de perder toda a efi-
JORGE SILVEIRA BOTELHO
CIO, BBVA AM PORTUGAL
A emissão da moeda digital vai dar uma enorme flexibilidade à política monetária, porque a emissão de moeda pode ter distintos fins e datas de expiração diferentes. Por exemplo, os Estados podem emitir especificamente uma moeda digital que só pode ser usada apenas para comprar determinados bens (exemplo: alimentos), mas essa moeda expira ao fim de um ano. É este tipo de flexibilidade, que torna irreversível a convergência entre a política fiscal do governo e a política monetária do Banco Central.
cácia da política monetária, ao mesmo tempo que perdem uma oportunidade única de maior eficiência da política fiscal”. Foi precisamente por estas e outras razões que o Banco Central Europeu decidiu lançar uma investigação sobre a possibilidade de criação de um euro digital. Como parte dessa investigação, foi recentemente publicado o relatório The digital euro: policy implications and perspectives, onde se explora o racional para a possível emissão desta nova versão da moeda europeia no sentido de “preservar o papel de dinheiro público numa economia digital”. Entretanto, também a Reserva Federal divulgou um documento de de discussão sobre o assunto intitulado de Money and Payments: The U.S. Dollar in the Age of Digital Transformation. Dizia o banco central norte-americano que embora “não tenha tomado decisões sobre desenvolver ou implementar uma moeda digital de banco central, ou CBDC”, estão a “explorar os potenciais benefícios e riscos das CBDCs a partir de vários ângulos, inclusive por meio de research e experimentação tecnológica”. É algo que está, portanto, em cima da mesa, ao mais elevado nível das instituições monetárias.
Mas voltando ao euro digital, e como resultado do estudo citado, conclui-se que o projeto do euro digital é impulsionado por duas forças. Uma é a digitalização e as profundas ruturas que traz para o dinheiro e para os pagamentos. A outra é o impulso para um sistema de pagamentos mais unificado e autónomo na Europa. Estas duas forças trabalham, em grande parte, em direções opostas, segundo os autores.
A digitalização tende naturalmente a segmentar e organizar o espaço económico em torno de fronteiras tecnológicas que não têm ligação direta com a jurisdição da UE/área do euro. O research desenvolvido mostra que o euro digital pode ser essencial para superar essa contradição. Permitiria aos cidadãos da área do euro colher os benefícios do dinheiro digital e, simultaneamente, proteger a uniformidade da moeda.
UM OPORTUNIDADE
Segundo o estudo, estamos perante uma oportunidade para definir e moldar a arquitetura dos pagamentos europeus na era digital. “Para que o euro digital produza todos os benefícios esperados, deve desenvolver-se em coerência com o seu ambiente regulatório”. A regulamentação atualmente considerada ou debatida afetará diretamente o dinheiro e os pagamentos. Também definirá o lugar e o papel do dinheiro digital privado, como este interage com o euro digital e se as complementaridades e sinergias aparecerão na formação
CONCLUI-SE QUE O PROJETO DO EURO DIGITAL É IMPULSIONADO POR DUAS FORÇAS. ESTAS DUAS FORÇAS TRABALHAM EM DIREÇÕES OPOSTAS
NÚMERO 44 MAIO E JUNHO 2022 .
ENTREVISTAS BIN SHI, UBS AM JOSH DUITZ, ABRDN LEGISLAÇÃO AS SOCIEDADES GESTORAS DE PEQUENA DIMENSÃO PLANIFICAÇÃO OS INVESTIDORES E A CRISE
COM ESTILO UM CONTRABAIXO A INVESTIR A GRANDE DESCONEXÃO
SELECIONADORES FAVORITOS À NUVEM NEGRA DA PANDEMIA, QUE AINDA PAIROU DURANTE O ÚLTIMO AS NUVENS NO HORIZONTE Olhar paraANO, JUNTARAM-SE OUTRAS COMO A DA INFLAÇÃO E A DA GUERRA. OBSTÁCULOS QUE DIFICULTARAM, MAS NÃO IMPEDIRAM OS SELECIONADORES o futuro DE FUNDOS NACIONAIS DE FAZER UM TRABALHO NOTÁVEL.investindo
em saúde
AB International Health Care Portfolio LUÍS ALVARENGA, CFA GESTOR DE CARTEIRAS, BPI GESTÃO DE ATIVOS
As CBDC são a criação dos Bancos Centrais de uma moeda digital que reúne as vantagens e utilidade dos ativos digitais conjugadas com as necessidades de transparência, velocidade e centralização. As CBDC terão um papel relevante, ainda que existam muitas questões operacionais. A forma como interagirão/ coexistirão com outras cripto (Bitcoin) e stablecoins será uma das grandes incertezas.
do futuro cenário de pagamentos. Segundo descrito, “a digitalização criará uma arquitetura mais diversificada e complexa, com possíveis camadas adicionais de intermediação financeira”, mas também produzirá, contudo, “um espectro mais amplo de diversos ativos financeiros e monetários com diferentes graus de segurança e liquidez”.
Uma das conclusões evidentes, no entanto, é que o futuro parece passar pela convivência entre formas de dinheiro públicas e privadas. Sobre essa convivência, apesar de algumas respostas a que se chegam no estudo, muitas questões são levantadas, nomeadamente: as stablecoins, e-dinheiro, criptomoedas e outros tipos de tokens digitais devem ser tratados igualmente como dinheiro ou deve haver uma diferenciação?; a regulamentação deve incitá-los a convergir com os bancos por meio de requisitos de capital?; devem ser tratados separadamente, como provedores de pagamento?; do ponto de vista monetário quais destes digitais ativos serão − ou deveriam ser - qualificados como dinheiro?
ALGUMAS RESPOSTAS
Para Pedro Assis, managing partner na Balarte SCI, “uma moeda digital oficial apresenta-se como uma conveniência”, muito embora esta deva “ser analisada de forma separada da conveniência das transações eletrónicas de dinheiro, em sentido lato, que, de uma forma ou outra, existem há muitos anos”. Para o profissional, deve-se distinguir uma CBDC “do interesse gerado pelas criptomoedas privadas, que não cumprem com a função de moeda, como tal”. Como explica, estas são apenas “tokens de valor altamente especulativo que, pela novidade, tem evoluído de forma geralmente positiva, mas é difícil (impossível?) de determinar, pela precariedade do equilíbrio entre a sua oferta e procura, cuja segurança contra furto não é a que se apregoa e cuja utilização por quem quer liquidar transações em segredo lhes tem trazido alguns danos de imagem”, expõe.
Na mesma linha os autores do relatório citam Dang et al., 2015: “O que importa são as propriedades do próprio ativo - se tem as características de dinheiro, se vai contribuir para a uniformidade da moeda. O que dá a um ativo a sua moneyness é a constância do seu valor nominal ao longo do tempo e do espaço. Esse valor não pode ser sensível perante novas informações ou o estado da economia”. Um ativo financeiro digital – por exemplo, uma stablecoin – pode ser totalmente colateralizado, o seu emitente pode ser perfeitamente sólido e, ainda assim, pode não ser adequado para uso como dinheiro, dizem.
ABORDAGEM SUAVE DE UNIFORMIDADE
Aceita e incentiva a competição entre diferentes formas de dinheiro privado (desde que sejam denominadas em euros) através de diferentes regimes regulatórios
As diferenças são aceites e resultam numa gradação entre as diferentes formas de dinheiro do ponto de vista da segurança e liquidez
Mais favorável à concorrência nos pagamentos e pode ser benéfico à inovação.
Será um desafio garantir que regimes regulatórios específicos não resultem em diferentes tipos de dinheiro, emitidos por diferentes entidades, com diferentes graus de segurança e liquidez
Contará com a capacidade das autoridades de supervisão e supervisão para monitorar evoluções futuras e ajustar os regimes legais e políticos, se necessário. ABORDAGEM FORTE DE UNIFORMIDADE
Baseada em dois princípios: uma separação clara e absoluta entre o que é dinheiro e o que não é; uma política e regime regulatório totalmente unificados entre as diferentes formas de dinheiro privado.
Submeteria todos os emitentes de dinheiro privado (incluindo stablecoins) a uma forma de regulação e supervisão bancária – com, entre outras coisas, alguns requisitos de capital.
Pode limitar a concorrência, a inovação e a capacidade dos sistemas de pagamento de se desenvolverem de forma flexível e independente.
Levanta a questão de que tipo de garantia pública poderiam beneficiar novas formas de dinheiro privado. Qual seria sua relação com o banco central e possível conversibilidade em moeda do banco central?
Em grande medida, a própria política pública determinará o que é dinheiro: a moneyness depende do status legal, do colateral, da conversibilidade e da conexão com o banco central (ou ausência dela).Portanto, os policymakers não perguntam se os ativos emitidos por uma instituição específica são dinheiro. Determinam se querem que seja dinheiro e definem o regime regulatório em concordância. “A inovação tecnológica torna necessário ter uma visão precisa do que deve ser o dinheiro e fundamentar as políticas públicas nessa perspetiva”, dizem. O estudo considera a preservação de uma moeda uniforme como uma prioridade global e a principal justificação para a criação de um euro digital e define duas abordagens a essa uniformidade, suave e forte, como visível no esquema. Qualquer que seja a opção escolhida, os desenvolvimentos monetários na área do euro devem, para os autores do estudo, continuar a basear-se na complementaridade e na cooperação entre emitentes de dinheiro públicos e privados. “Essa complementaridade tem servido bem o público nas últimas décadas. Traz uma combinação positiva de iniciativa privada, competição e inovação, com a estabilidade e uniformidade proporcionada pelo dinheiro do banco central”. A justificação final para a existência de um euro digital é manter este equilíbrio, dizem, num ambiente em rápida mudança. “O seu sucesso será determinado pela capacidade dos diferentes atores em preservar as complementaridades e sinergias entre as suas respetivas ações”
A OPINIÃO DE
ROB ZEUTHEN Gestor do BNY Mellon Mobility Innovation Fund, BNY Mellon AM
SUPORTE TECNOLÓGICO À MOBILIDADE
Existe um mundo crescente de oportunidades de investimento na mobilidade fora dos veículos elétricos (VE). Vemos várias tendências de crescimento estrutural em múltiplas áreas, como as oportunidades em fabricantes de redes 5G, redes de computação na nuvem, infraestruturas e, de forma crescente, sistemas avançados de assistência ao condutor (ADAS). Concretamente, o panorama de crescimento em ADAS e a identificação de veículos continua a parecer-nos positivo no médio-longo prazo. A funcionalidade e o conteúdo ADAS por veículo continua a crescer em mercados chave, tal como a mudança secular para veículos elétricos, um âmbito ainda importante para a Europa e China devido às regulações e políticas de emissões. Com base em certas medidas, a UnivDatos Market Insights antecipa que o mercado ADAS crescerá a uma taxa de crescimento anual composto (TCAC) de 16% entre 2021 e 2026, até mais de 73.000 milhões de dólares. Também podemos destacar o segmento 5G como uma área que continua a ter impacto positivo na indústria da mobilidade. Os lançamentos de novos telefones inteligentes gozam de uma aceitação notável, e as perspetivas de maior quota de mercado estão a abrir alas aos concorrentes no segmento.
NÚMERO 44 MAIO E JUNHO 2022 .
ENTREVISTAS BIN SHI, UBS AM JOSH DUITZ, ABRDN LEGISLAÇÃO AS SOCIEDADES GESTORAS DE PEQUENA DIMENSÃO PLANIFICAÇÃO OS INVESTIDORES E A CRISE
COM ESTILO UM CONTRABAIXO A INVESTIR A GRANDE DESCONEXÃO
SELECIONADORES FAVORITOS À NUVEM NEGRA DA PANDEMIA, QUE AINDA PAIROU DURANTE O ÚLTIMO AS NUVENS NO HORIZONTE Olhar paraANO, JUNTARAM-SE OUTRAS COMO A DA INFLAÇÃO E A DA GUERRA. OBSTÁCULOS QUE DIFICULTARAM, MAS NÃO IMPEDIRAM OS SELECIONADORES o futuro DE FUNDOS NACIONAIS DE FAZER UM TRABALHO NOTÁVEL.investindo
em saúde
FATOR DECISIVO NO RECRUTAMENTO EM SERVIÇOS FINANCEIROS
As competências técnicas são essenciais para qualquer gestor ou private banker executar o seu trabalho, mas são as soft skills que permitem distinguir um candidato de outro.
As soft skills são decisivas em qualquer tipo de seleção, e a sua importância pode ser ainda mais crítica quando falamos em recrutamento para cargos relevantes dentro das organizações. No caso particular da gestão de ativos ou private banking, para as quais são necessárias competências técnicas – hard skills – muito especificas, é importante assegurar um equilíbrio entre estas e as soft skills para recrutar o candidato ideal para o cargo.
Em geral, no recrutamento de executivos, o primeiro passo do processo de recrutamento passa por entender de uma forma muito clara a indústria ou setor onde cada função se insere, a instituição (cliente) que está a contratar; a cultura organizacional e valores dessa mesma instituição; e os objetivos da função – job description –, nomeadamente os desafios e metas que se pretendem atingir.
As competências técnicas – hard skills –, por serem também mais objetivas, são de mais fácil aferição, e podem ser determinadas através da leitura de um bom Curriculum Vitae ou complementadas através de respostas às seguintes questões: já traba-
PRIVATE BANKER
SOFT SKILLS PARA CADA PERFIL
GESTOR DE PORTEFÓLIOS
Diplomacia
Facilidade de criar empatia
Capacidade de networking
Clareza na comunicação verbal Assertividade
Ética irrepreensível Ambição
Gestão do risco
Capacidade de tomar decisões Resiliência
Capacidade de conviver com situações de stress
Orientação para o detalhe
lhou em instituições sofisticadas nas áreas em questão? Que tipo de ativos geriu? É um gestor de portefólio que usa exclusivamente, no seu processo de decisão, modelos matemáticos, ou é um gestor que usa análise fundamental na escolha individual dos ativos a investir? Qual a dimensão das carteiras geridas? Já teve clientes internacionais de private banking?, entre outras.
PAPEL DAS SOFT SKILLS
com isto não se quer dizer que o perfil do candidato A seja melhor que o do candidato B, mas tão somente que poderá adaptar-se melhor à cultura organizacional e aos valores daquela instituição, naquele momento,
QUANDO FALAMOS DE UM PRIVATE BANKER, AS SOFT SKILLS NECESSÁRIAS PARA QUE SEJA BEM-SUCEDIDO SÃO DISTINTAS FACE ÀS REQUERIDAS A UM GESTOR DE PORTEFÓLIOS
assim como aos objetivos requeridos para a função. Por exemplo, para funções de gestão de portefólios financeiros, as equipas de Executive Search devem aferir o que designaríamos de mínimos olímpicos das soft skills: a capacidade de conviver bem com situações de stress; a resiliência (tão em voga nos dias de hoje); a gestão do risco; a capacidade de tomada de decisão, rápida quando necessário; a orientação para o detalhe, para o negócio e objetivos; e ainda a ambição, sempre com base em princípios de ética e integridade.
Quanto à função de private banker, o perfil necessário muda totalmente face a um gestor de portefólio. Neste caso, as soft skills mais relevantes serão a facilidade em criar empatia e um nível de confiança elevado com os clientes; a diplomacia; a capacidade de networking; a orientação para o cliente e a forte capacidade de relacionamento comercial; a clareza na comunicação verbal, mas também escrita, particularmente relevante na necessária explicação da potencial complexidade dos produtos a comercializar. Além disso, será fundamental ser dotado de uma ética irrepreensível, dada a sensibilidade dos temas e a relação com os clientes individuais; ter orientação para o negócio e para objetivos; e, ainda, a sensibilidade para o risco que o cliente está disposto a tomar; capacidade de influência e negociação. Por último, mas não menos importante, um forte candidato para este tipo de função deverá ser assertivo; ter controlo emocional e resiliência; capacidade de resolução de problemas e conflitos; ser dinâmico e ter espírito de iniciativa.
Depois dos três pilares – indústria/ setor, cultura organizacional e objetivos da função – discutidos e definidos claramente com a instituição, começa o trabalho de campo da equipa de Executive Search, com a finalidade de apresentar uma lista de potenciais candidatos que correspondem ao perfil requerido, permitindo assim assegurar ao candidato escolhido pela instituição, uma integração muito mais rápida, produtiva e eficaz.
A OPINIÃO DE
NED NAYLOR-LEYLAND Responsável de Estratégia, Ouro & Prata, Jupiter AM
PORQUE É QUE O OURO E A PRATA PODEM ESTAR PRESTES A DISPARAR
O preço do ouro esteve por volta do seu valor atual (em dólares dos EUA) quatro vezes desde 1971, numa base ajustada à inflação. O ouro está hoje um pouco abaixo de 2.000 dólares/onça. As pessoas estão cada vez mais interessadas no ouro por estarem preocupadas com o seu futuro poder de compra. O mercado pondera se a Reserva Federal dos EUA (Fed) pode vir a aumentar as taxas de juro até sete vezes este ano e se a inflação vai abrandar de forma significativa. O disparo do ouro pode acontecer quando a inflação surpreender em alta, ou quando o mercado aceitar que a Fed não vai fazer sete subidas de taxas de juro. Na minha opinião, isso levaria a um disparo no preço do ouro. O preço do ouro segue a direção oposta às das taxas de juro reais, ou à taxa de juro paga por um título, ajustada à inflação. As taxas reais estão a subir, o que pode ser um obstáculo a curto prazo para o metal. Apesar disso, vejo o ouro como dinheiro sem riscos. O mesmo acontece com os bancos centrais – é por isso que costumam ter enormes reservas de ouro. Dizse que não podemos valorizar o ouro, mas acho que o ouro valoriza tudo o resto. O mercado da prata tem um décimo da dimensão do mercado do ouro, mas o preço da prata está intimamente associado ao do ouro. Creio que, quando o ouro despontar, vamos ver também a prata a seguir o mesmo caminho ascendente.