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16. Carta de Arsames repreendendo Nekht-hor (Nectanebo) (424-410 a.C

16.

Carta de Arsames repreendendo Nekht-hor (Nectanebo) (424-410 a.C.)

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Em 1932, o arqueólogo alemão L. Borchardt estava no Cairo, Egito, quando foi contatado por um negociante de antiguidades que quis vender-lhe uma bolsa cheia de rolos de couro escritos em aramaico. O negociante não parecia saber de onde vinham essas rolos, mas havia catorze deles e vários fragmentos na bolsa. Quem primeiro os decifrou foi E. Mittwoch, um hebreu-arameu. Dez dessas cartas eram de certo Arsames e endereçadas a várias pessoas. Entre elas, quatro eram para Nekht-hor. Ainda, em todas essas cartas é mencionado o nome de Arsames. Pelo conteúdo deduz-se que foram escritas durante o reinado do rei persa Dario II (aproximadamente 424-410 a.C.). Naquele momento o Egito era uma satrapia da coroa persa, e, como tal, pagava um tributo anual. O homem encarregado de cobrar esse tributo era Arsames, que tinha grandes fazendas de gado. Naqueles dias, o gado era arrendado e o legatário tinha a responsabilidade de manter e duplicar os rebanhos confiados a ele. O Egito era um dos maiores produtores de renda para os reis persas, “Setecentos talentos, duas vezes mais que toda a Síria e a Palestina juntas”, segundo um dos textos. O Egito também alimentava o pessoal do exército persa à taxa de 120 mil rações por dia. Esse tributo opressivo tornou-se ainda mais severo nos dias de Dario II. As cartas de Arsames para Nekht-hor não têm nenhuma saudação introdutória e carregam uma atitude arrogante para com seus plenipotenciários egípcios. Tratam principalmente de estipular

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