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19. Alexandre, o Grande, ameaça Dario, rei da Pérsia (320 a.C

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Alexandre, o Grande, ameaça Dario, rei da Pérsia (320 a.C.)

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Alexandros III Philippou Makedonon (Alexandre, o Grande, Alexandre III da Macedônia) (356-323 a.C.), rei da Macedônia, nasceu no final de julho, 356 a.C., em Pela, Macedônia, filho de Filipe e Olímpia. Discípulo de Aristóteles, subjugou a Grécia e foi um dos maiores gênios militares da história. Conquistou a maior parte do que era então o mundo civilizado, guiado por sua ambição de conquistar o mundo e fundar uma monarquia universal. É descrito como um chefe forte, sempre conduzindo seu exército montado em seu fiel Bucéfalo. Alexandre herdou de seu pai, o rei Filipe, a melhor formação militar de seu tempo, a falange macedônia, armada com sarissas — amedrontadoras lanças de cinco metros e meio de comprimento. Ele foi o primeiro grande conquistador que atingiu a Grécia, o Egito, a Ásia Menor, e a Ásia até a Índia ocidental. É famoso por ter criado a fusão étnica entre macedônios e persas. De vitória em vitória, Alexandre criou um império que angariou para si glória duradoura. Levou as ideias, a cultura e o estilo de vida grego aos países que conquistou e assegurou a expansão e dominação da cultura helenística, que, com a civilização romana e o cristianismo, constituem a fundação do que agora se chama a civilização ocidental. Nesta carta ele intima o grande rei Dario da Pérsia a se entregar sem resistência.

Teus antecessores entraram na Macedônia e no resto da Grécia de maneira hostil e nos feriram, antes que recebessem de nós qualquer dano. Eu, em meu avanço pelo império da

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Grécia, desejando vingar os erros de meu país sobre os persas, marchei sobre a Ásia, tendo recebido provocação suficiente de tuas numerosas devastações anteriores. Tu ajudaste os períntios em suas guerras injustas contra meu pai; e Ochus transportou um exército de persas à Trácia, para perturbar a paz de nosso governo. Meu pai foi assassinado por traidores contratados por ti com esse objetivo (como ostentaste por todos os lugares em tuas cartas); e ao mesmo tempo, quando cuidaste que Ársis fosse despachado por Bagoas, usurpaste injustamente o império, em aberto desafio a todas as leis persas.

Além disso, escreveste cartas à Grécia encorajando meus súditos à rebelião, e para aquele fim enviaste dinheiro aos lacedemônios e outros, as quais, não obstante, todos os gregos, exceto os lacedemônios, lealmente rejeitaram; por tais meios te esforçaste em retirar de mim meus amigos e seguidores e dissolver aquela firme liga na qual entrei com todos os estados da Grécia. Portanto, invadi teus reinos de maneira hostil, pois foste o primeiro autor das hostilidades.

E agora que bati teus governadores e capitães, e depois a ti e teu exército inteiro em uma batalha acirrada; e tendo já, pela permissão dos deuses, posse adquirida da Ásia; como muitos de teus soldados se renderam em minhas mãos depois da batalha, eu os protejo; como tampouco permanecem comigo contra as suas inclinações, mas livre e voluntariamente pegaram em armas por minha causa.

A mim, então, como senhor de toda a Ásia, vem e te aplica: mas se estiveres amedrontado de qualquer ato severo à tua vinda, envia alguns de teus amigos que possam levar um juramento meu para tua segurança.

Quando vieres em minha presença, pergunta por tua mãe, por tua esposa e teus filhos, o que quer que procures, e te será entregue; e nada te será negado.

Porém, quando de novo escreveres a mim, lembra-te de intitular-me rei da Ásia; nem nunca mais escrevas a mim como teu igual, mas como senhor de todos os teus territórios.

Se agires de outro modo, verei nisso uma indignidade da mais alta consequência; e se disputares meu direito à posse de teus reinos, fica e tenta o evento de outra batalha; mas não esperes nunca mais te colocares a seguro pela fuga, pois para onde quer que fujas, por lá seguramente te procurarei.

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