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25. Zenóbia, a “Rainha do Oriente”, responde a Aureliano (273
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Zenóbia, a “Rainha do Oriente”, responde a Aureliano (273)
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Zenóbia respondeu à carta do imperador com orgulho e coragem, em desacordo com sua sorte, pois imaginou que pudesse intimidar Aureliano. O imperador romano desferiu fulminante ataque a Palmira e derrotou a “Rainha do Oriente”. Mas percebeu que seria vergonhoso dar morte a uma mulher; assim, contentou-se em executar a maioria dos homens que haviam fomentado, preparado e administrado aquela guerra, preservando Zenóbia para adornar seu triunfo e deslumbrar os olhos do povo romano. A “Rainha do Oriente” foi conduzida em procissão, exposta à visão do público, adornada de joias e amarrada com correntes de ouro tão pesadas que alguns dos seus guardas tiveram que carregá-las para ela. Porém, depois disso, Zenóbia foi tratada com grande humanidade, ganhou um palácio perto de Roma e passou seus dias em luxo e paz. Mas, se pudesse prever seu destino, talvez não houvesse escrito esta resposta:
Zenóbia, Rainha do Oriente, para Aureliano Augusto.
Ninguém, salvo tu, alguma vez requereu de mim o que tens em tua carta. Na guerra só se deve ouvir a voz da coragem. Tu demandas que me renda, como se não soubesses que a rainha Cleópatra preferiu morrer a viver em qualquer outra que não a sua quadra. Os persas não nos abandonam e esperaremos seu socorro. Os sarracenos e os armênios estão do nosso lado. As brigadas da Síria derrotaram teu exército. Oh, Aureliano, o que será quando recebermos os reforços que vêm a nós de todos os lados? Abaixarás então esse tom com que tu — como se já conquistador completo — agora me solicitas rendição.
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