COLHEDORAS
Inimigas da perfeição As perdas na colheita de soja são inevitáveis mesmo quando a operação é feita com máquinas modernas e bem reguladas. Mas um dos principais fatores que interferem negativamente neste quesito é trabalhar com velocidades muito elevadas em condições de colheita que exigem mais cautela
O
setor agrícola nacional nos últimos anos vem buscando um incremento na produção, porém em contrapartida vem sofrendo bastante com as divergências climáticas. Nesse sentindo é cada vez mais importante a necessidade de um correto planejamento para que perdas nos processos ligados à cadeia de produção sejam minimizadas. As práticas de mecanização respondem expressivamente na produtividade da lavoura, podendo causar benefícios quando conduzidas corretamente ou prejuízos quando mal conduzidas. Dentre as práticas de cultivo mecanizado, a colheita é uma das mais importantes, pois é aplicada no produto que já recebeu todos os investimentos da produção. Ao se referir à colheita, deve-se atentar às perdas, que estão ligadas indiretamente à características como topografia da área, variedade
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Abril 2021 • www.revistacultivar.com.br
cultivar e umidade do grão, e diretamente a configurações da própria colhedora. Com a evolução da mecanização, a busca pela redução das perdas vem sendo constantemente preconizadas principalmente pelo alto potencial econômico da soja. A tecnologia aplicada ao meio agrícola constantemente se inova, na intenção de aprimorar as técnicas de cultivo e consequentemente a produção. Entre as inovações já bastante difundidas no campo temos os monitores de bordo, que disponibilizam dados constantemente e permitem o acompanhamento do funcionamento dos sistemas da máquina, fornecendo também informações que auxiliam na redução dos índices de perdas da operação. As perdas na colheita mecanizada estão relacionadas às variações climáticas e
às condições da cultura, mas também não se pode esquecer dos cuidados mecânicos, da baixa habilidade dos operadores e do uso de máquinas de tecnologia CharlesulEcher trapassada em relação às condições atuais de produção. Dessa forma, o presente trabalho teve por objetivo quantificar e caracterizar as perdas da colheita mecanizada de soja, conforme a variação da velocidade de deslocamento da colhedora. Foi avaliada a operação de colheita na fazenda Adriana Petrofesa, no município de Paranaíta (MT), como o auxílio de uma colhedora da marca John Deere, modelo STS 9470, ano 2013, com mecanismo de trilha axial, potência nominal de 175kW (138cv), porém evoluída para 300cv de potência no motor e tanque graneleiro com capacidade de 6.750L, equipada com plataforma caracol de 25 pés.