IM Magazine - Edição 11 - #TECHTRENDS2020

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BUSINESS INDUSTRIES SOLUTIONS TECHNOLOGY

ANO 4 N O 11 FEV/MAR/ABR 2020

EM BUSCA DO 5G

A infraestrutura de Edge Computing que pode tornar real a quinta geração de internet

#TECHTrends2020 Cisco, HPE, IBM, Ingram Micro, Logitech, Microsoft, VMware: alguns dos maiores CEOs do Brasil debatem o futuro da tecnologia

SAÚDE 4.0

Tecnologia se torna sinônimo de excelência na jornada do paciente em clínicas e hospitais

MERCADO DE GAMES

Em crescimento, área tem atraído investimento e gerado novas oportunidades de negócio

COMET COMPETITION

Saiba tudo o que aconteceu na competição que premiou as startups mais promissoras do Brasil



editorial

BUSINESS INDUSTRIES SOLUTIONS TECHNOLOGY

ANO 4 N O 11 FEV/MAR/ABR 2020

EM BUSCA DO 5G

A infraestrutura de Edge Computing que pode tornar real a quinta geração de internet

#TECHTrends2020 Cisco, HPE, IBM, Ingram Micro, Logitech, Microsoft, VMware: alguns dos maiores CEOs do Brasil debatem o futuro da tecnologia

SAÚDE 4.0

Tecnologia se torna sinônimo de excelência na jornada do paciente em clínicas e hospitais

MERCADO DE GAMES

Em crescimento, área tem atraído investimento e gerado novas oportunidades de negócio

COMET COMPETITION

Saiba tudo o que aconteceu na competição que premiou as startups mais promissoras do Brasil

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05/03/2020 4:12 PM

ANO 4 • N O 11

EXPEDIENTE CONSELHO EDITORIAL Marcelo Marino, Marcio Oliveira e Welington Sousa PRODUÇÃO Agência Entre Aspas www.agenciaentreaspas.com.br EDIÇÃO DE ARTE Alexandre Dias (Nani) EDIÇÃO DE TEXTO Paulo Basso Jr. e Sérgio Vinícius REPORTAGEM Beatriz Ceschim, Bianca Bellucci, Leo Alves, Luchelle Furtado, Marcella Blass e Maria Beatriz Vaccari REVISÃO Jaciara Carneiro CONTATOS (11) 2078-4200 marketing.brasil@ingrammicro.com www.ingrammicro.com.br A revista IM MAGAZINE é uma publicação da Ingram Micro Brasil, maior distribuidor mundial de tecnologia e líder global da cadeia de suprimentos de TI. Além dos serviços de distribuição de soluções e produtos, oferece apoio para o desenvolvimento de seu ecossistema, com benefícios exclusivos, recursos de logística e de mobilidade, suporte profissional técnico e soluções financeiras, atuando como um elo vital na cadeia de valor de tecnologia. No Brasil desde 1997, a Ingram Micro dispõe de produtos e soluções de mais de 80 fabricantes, além de ampliação do portfólio em diversas verticais do mercado e soluções de big data e advanced analytics, security cloud, customer experience, IoT, infraestrutura convergente e mobilidade, para pronta-entrega e importação exclusiva. As informações contidas nas páginas de publicidade são de inteira responsabilidade dos anunciantes.

#Tech Trends2020 s principais tendências de tecnologia para 2020 e para os próximos anos são debatidas nas próximas páginas da IM Magazine. Para a reportagem de capa desta edição, convidamos os CEOs de algumas das maiores companhias do País a apontar os rumos que o setor está tomando.

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Entre os assuntos abordados estão, entre outros, itens como Comunicações e Colaborações Unificadas, Inteligência Artificial, computação e soluções em nuvem, data Luis Lourenço VP & Brazil Chief Executive centers modernos e sistemas virtualizados. Segurança digital e tecnologia da informação futurista completam o rol de temas discutidos. Para apresentar sua visão a respeito do futuro da tecnologia, deram seus depoimentos executivos de empresas como Cisco, IBM, HPE, Logitech, Microsoft e VMware. São diferentes pontos de vista que, no geral, apontam para um só: convergência cada vez maior entre diferentes tecnologias. A reportagem completa você encontra a partir da página 10. Há ainda outros assuntos debatidos nesta revista que agradam a quem busca novidades de tecnologia. Na página 20, você encontra um panorama completo sobre Edge Computing e 5G. Na 36, um mapeamento de como anda o mercado de games (spoiler: já fatura mais que Hollywood). Em Saúde 4.0 (página 24), como o setor de diagnósticos tem sido impactado por novas soluções digitais. Na página 28, você confere a cobertura completa da Comet Competition, competição que revelou as startups promissoras para o mercado B2B brasileiro. E na 32, a forma como o Azure, plataforma de nuvem da Microsoft, ajudou a Funil de Vendas a se destacar no Brasil. Boa leitura!

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sumário

capa CEOs das maiores empresas de tecnologia do País debatem as principais tendências para 2020.

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1 minuto

06

As novidades e conquistas da Ingram Micro Brasil.

edge computing

06 20

20

Como essa nova tecnologia pode acelerar a implementação da rede 5G no Brasil e no mundo.

saúde 4.0

24

Descubra como a tecnologia tem impactado positivamente em diagnósticos e tratamentos hospitalares.

comet competition

28

A competição que premiou quatro startups e vai levar o empreendedorismo brasileiro para Miami.

case

32

4

32

Como as ferramentas do Azure, da Microsoft, podem ajudar a sua empresa a crescer em qualquer mercado.

gaming

36

Em crescimento, área de games tem atraído investimentos e gerado novas oportunidades no mercado.


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1minuto

Raio-X Engage EVENTO DE TECNOLOGIA QUE FOI SUCESSO EM 2019 TRAZ NOVIDADES PARA 2020 m dos maiores encontros de inovação, tecnologia e negócios do Brasil, o Engage 2019 obteve ótimos resultados em comparação ao do ano anterior. Somado ao Engage Experience, ambos os eventos alcançaram público total de quase três mil pessoas – mais do que o dobro de presentes em 2018. O Engage tem como objetivo a distribuição de novas tendências de mercado, produtos e soluções dos principais fabricantes de TI do Brasil. Ele esteve, ao longo de 2019, em 10 cidades – Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Florianópolis, Recife, Salvador, Brasília, Porto Alegre, Campinas e Curitiba. “Em 2019, algumas cidades se destacaram – dentre elas, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Brasília e Curitiba. Essas praças foram excelentes.

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A presença do público foi massiva, do início ao fim. A interação do público e o interesse pelos temas abordados foi muito marcante”, conta o Head de Marketing da Ingram Micro Brasil, Welington Sousa. “Nessas cidades, houve um número muito grande de conversão para novas revendas.” O crescimento em 2019, significativo em comparação ao ano anterior, se deve à melhor recorrência de comunicação. “O Engage em si ficou mais atrativo. Ele tem muitas marcas e apresenta mais conteúdo de relevância para os participantes”, aponta Sousa. “A busca por novos conhecimentos fez com que tivéssemos um número maior de pessoas no evento.” Engage 2020 Para este ano, os organizadores do Engage esperam


1minuto

Engage 2020: objetivo é retratar aspectos de interesse de mercado, como hiperconvergência e segmentos de educação

Cada vez mais, o evento itinerante usará aspectos regionais para aproximar o público de questões de inovação e automação

crescimento de, pelo menos, 30% de público. Para isso, a ideia é investir em novos formatos e inovações. Em 2019, as apresentações eram divididas por locais. Havia, por exemplo, debates únicos no período da manhã, e à tarde as palestras eram separadas em duas salas diferentes. “Em 2020, queremos, em uma mesma sala, vários discursos rolando com transmissão simultânea”, explica Sousa. “O objetivo é dividir (o evento) entre dois e três palestrantes falando ao mesmo tempo. Eles utilizarão rádios comunicadores.” Além de proporcionar maior interação com o público, o Engage 2020 abordará tendências de tecnologia que já são atuais e que também devem fazer a diferença nos próximos anos. Entre os assuntos em pauta, estarão Inteligência Artificial, Internet das Coisas, Big Data, LGPD, Cybersecurity,

Omnichannel e Jornada do Cliente. O recorte regional do Engage não será esquecido. O foco é usar a realidade de determinado estado e alguma referência de tecnologia que faça sentido a essa localidade e explorá-la. “Se formos para Pernambuco, por exemplo, chamaremos alguém que seja referência (local) para nos ajudar. Além de trabalharmos com a parte das vendas, temos de conhecer as melhores formas de levar o conteúdo até as revendas e parceiros”, relata Sousa. Aliados ao foco regional, o Engage 2020 tem como objetivos outros aspectos de interesse de mercado. Hiperconvergência, segmentos de educação e saúde também estarão em pauta no evento de tecnologia. 7


1minuto

Ingram Micro Brasil anuncia parceria com AWS PARCEIROS DA DISTRIBUIDORA AGORA PODEM REVENDER TODAS AS SOLUÇÕES DA PLATAFORMA EM NUVEM Ingram Micro Brasil anunciou parceria com a Amazon Web Services (AWS) para distribuir todas as suas soluções em nuvem. Com o novo acordo, a empresa agora tem 11 fabricantes em seu portfólio de produtos digitais. As soluções da AWS estão disponíveis no Ingram Micro Cloud Marketplace. Ao oferecer soluções da AWS, a Ingram Micro avança em seu objetivo de ser um parceiro para

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COM A NOVIDADE, A EMPRESA PASSA A POSSUIR 11 FABRICANTES EM SEU PORTFÓLIO DE SOLUÇÕES revendedores que procuram entregar serviços multicloud e oferecer suporte ao cliente final na jornada para a transformação digital.

Novos prêmios A Ingram Micro Brasil conquistou mais prêmios importantes em 2019. A empresa levou o título de Maior Distribuidor Destaque HP Computing 2019. Além dele, a HPE (Hewlett Packard Enterprise) também premiou a Ingram Micro Brasil em duas categorias – Maior Distribuidor 2019 e Maior Distribuidor de Valor 2019.

Ingram micro brasil amplia parceria com Red Hat PORTFÓLIO DE PRODUTOS É O MESMO QUE A DISTRIBUIDORA JÁ TRABALHA, MAS AGORA COM NOVA FORMA E NOVO MODELO DE COMERCIALIZAÇÃO Ingram Micro Brasil vai distribuir as soluções da Red Hat em forma de serviço. O portfólio de produtos será o mesmo com que a Ingram Micro já atua no País – mas agora disponível também pelo Programa CCSP (Certified Cloud & Service Provider). A modalidade flexibiliza a adoção de novas tecnologias e está alinhada às regras de uso de software

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para prestar serviços. “As revendas passam a adquirir, com agilidade, novidades em soluções, condições de consumo e renda. Para o cliente final, a ausência de investimentos e compromissos financeiros e a aderência ao mercado e ao modelo de negócio em nuvem são alguns benefícios”, afirma Flávio Moraes Junior, diretor de Cloud e Soluções Digitais da Ingram Micro Brasil.



capa

#TechTre O FUTURO DA TECNOLOGIA NA VISÃO DOS MAIORES CEOS DO BRASIL

companhar as principais tendências tecnológicas e saber aplicá-las na rotina das empresas é uma das chaves para obter sucesso comercial e estar sempre alinhado às necessidades do mercado. Atualmente, é possível observar uma série de novidades digitais que chegaram para ficar e devem impactar companhias brasileiras ao longo dos próximos anos. Apesar de serem bastante conhecidas e usadas, tecnologias como inteligência artificial (IA), virtualização e cloud são algumas das aplicações que devem aparecer cada vez mais no dia a dia das organizações brasileiras. A expectativa é a de que, em 2020, empresas também invistam mais nas vantagens oferecidas por recursos como o novo modelo de compra de TI, as comunicações e colaborações unificadas e a hiperconvergência. Nesta reportagem, CEOs das maiores empresas do País comentam a importância dessas tecnologias e suas maiores vantagens. Além disso, os especialistas falam sobre o panorama do mercado e as expectativas para 2020 e o futuro.

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Comunicação corporativa integrada Integrar sistemas de comunicação corporativa já é realidade graças ao conceito de Unified Communications and Collaboration (UCC – Comunicações e Colaborações 10


capa

ends2020 Unificadas). Essa tecnologia é capaz de unir recursos poderosos para empresas, como SMS, informações de presença, voz (incluindo telefonia IP), recursos de mobilidade (como mobilidade de extensão e alcance de número único), áudio, web e videoconferência, além de convergência fixo-móvel (FMC). Jairo Rozenblit, presidente da Logitech Brasil, destaca que o conceito de UCC engloba também o compartilhamento de área de trabalho, dos dados (incluindo quadros interativos eletrônicos conectados à web), do controle de chamadas e do reconhecimento de fala com serviços de comunicação em tempo não real. “Hoje, a Logitech foca mais a solução de videoconferência, que usa o pacote de comunicação unificada. A empresa tem desde equipamentos que se conectam de forma wireless à sala, como headsets, mouses e teclados, até câmeras e soluções de automação”, afirma Jairo. Vale destacar que os equipamentos desenvolvidos pela empresa apresentam integração com soluções como Microsoft Teams, Google Hangouts e Zoom. “Além de aumentar a produtividade e promover relacionamentos mais fortes e conectados entre funcionários, clientes e fornecedores, a colaboração por vídeo pode ajudar as empresas a reduzir custos de viagem”, destaca o especialista. 11


capa Tonny Martins, presidente da IBM Brasil

A previsão é que a tecnologia continue a ser desenvolvida e ampliada, sempre com foco em soluções cada vez mais wireless, com alta qualidade de vídeo e som e com recursos mais simples e fáceis de serem controlados pelo usuário final. Jairo destaca ainda duas tendências que já podem ser observadas em algumas empresas. A primeira é o investimento em salas pequenas de videoconferência, que aparece junto ao crescimento do conceito Anywhere Office e dos espaços de coworking. Já a segunda tem a ver com sistemas de videoconferências baseados na nuvem. Com eles, é possível usar qualquer device para participar de reuniões remotamente, independentemente do tipo de conexão e do espaço físico. Tecnologia cada vez mais inteligente Seja em um dispositivo de casa, seja em um setor de uma empresa, as tecnologias que usam inteligência artificial são capazes de oferecer vários tipos de benefícios. “Diferentemente da computação clássica, em que você programa um sistema para executar determinadas tarefas, a IA é um ramo da ciência da computação que se propõe a criar sistemas e dispositivos que simulam a capacidade humana de raciocinar, aprender, tomar decisões e resolver problemas simples ou complexos”, afirma Tonny Martins, presidente da IBM Brasil. O Watson, plataforma de inteligência artificial em nuvem da IBM, é um dos maiores exemplos práticos desse segmento. Ele foi um dos responsáveis por democratizar a IA e já é usado em projetos de diferentes áreas do mercado. “No campo da saúde, por exemplo, existem programas que conseguem fazer a análise de milhares de exames e ajudar os profissionais de medicina a determinar diagnósticos médicos mais precisos”, diz o presidente da IBM Brasil. “Também é possível ver a tecnologia em bancos, na área de atendimento ao cliente, e em RH, na parte de recrutamento. No varejo, ela é usada na personalização de serviços e produtos com base no

IBM WATSON FOI UM DOS GRANDES RESPONSÁVEIS POR DEMOCRATIZAR A IA E JÁ É USADO EM PROJETOS DE VÁRIAS ÁREAS DO MERCADO 12

“IA É UM RAMO QUE SE PROPÕE A CRIAR SISTEMAS E DISPOSITIVOS QUE SIMULAM A CAPACIDADE HUMANA” entendimento e na análise do padrão de compras do consumidor”, completa. O especialista ressalta que, segundo estudo da McKinsey, essas tecnologias inteligentes contribuirão com mais de US$ 15,7 trilhões para a economia global até 2030. “Cerca de 70% das empresas do mundo adotarão, pelo menos, uma forma de aplicação de IA em seus negócios e suas operações”, explica. Em parceria com a FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), a IBM anunciou a criação do mais avançado Centro de Pesquisa de Engenharia em Inteligência Artificial do Brasil, que deve ajudar a desenvolver a tecnologia no País. A iniciativa vai explorar avanços científicos e o potencial da IA em diferentes segmentos do mercado, como recursos naturais, agronegócio, meio ambiente, telecom, finanças e saúde. Soluções na nuvem A tecnologia de cloud oferece uma série de possibilidades para empresas, desde análise de grandes volumes de dados até machine learning. A Microsoft, uma das grandes referências da área,


Tânia Cosentino, presidente da Microsoft Brasil

acredita que a nuvem é um dos maiores motores tecnológicos da transformação digital. Tânia Cosentino, presidente da Microsoft Brasil, explica que segurança e agilidade são alguns dos grandes trunfos do cloud. “Também é importante ressaltar as vantagens do ambiente de trabalho moderno, que traz mais colaboração por meio da nuvem, além de permitir que informações gerenciáveis sejam acessadas de qualquer lugar, quando for preciso, trazendo ganhos para a produtividade”, diz. Para ela, a era da nuvem e da fronteira inteligente já é uma realidade no nosso mercado – e está sendo definida por três mudanças fundamentais. A primeira é que a computação é mais poderosa e onipresente desde a nuvem até a fronteira. A segunda tem a ver com as capacidades de inteligência artificial, que estão avançando rapidamente por meio da percepção e da cognição, alimentadas por dados e conhecimento do mundo. Por último, os mundos físico e virtual estão se unindo para criar experiências mais ricas que compreendem o contexto com foco nas pessoas. “Todo projeto de inovação passa pela utilização das últimas tecnologias disponíveis. Nesse sentido, a nuvem apresenta a melhor opção, pois permite ao cliente testar as ferramentas antes da adoção bem como substituí-las caso uma opção mais eficiente apareça”, diz Tânia. Ela avalia que os próximos anos serão marcados por uma aceleração do mercado, sobretudo em iniciativas inovadoras, já que o Brasil

Ricardo Brognoli, presidente da HPE no Brasil

tem bastante maturidade e adaptabilidade quando o assunto é a adoção de novas tecnologias. Data Center moderno Recomendada para empresas de todos os portes e de diferentes setores, a hiperconvergência é uma tecnologia que permite otimizar o Data Center. Com ela, é possível reduzir a complexidade e o custo total de propriedade (TCO), obtendo mais agilidade, flexibilidade e escalabilidade. “A hiperconvergência combina, de forma nativa, armazenamento, processamento e virtualização em um único sistema, além do gerenciamento simplificado e centralizado dos ambientes virtuais via interface única”, explica Ricardo Brognoli, presidente da HPE no Brasil. Segundo o profissional, esses sistemas aproveitam a inteligência definida por software para eliminar os silos de TI tradicionais do data center, o que por si só já é um grande benefício – com a tecnologia, é possível reduzir o tamanho do data center em média de 10:1. “Há vários outros benefícios que a implantação de sistemas hiperconvergentes garante para as empresas, como agilidade e eficácia operacional, segurança e proteção de dados com redundância, backup e recuperação de desastres integrados”, ressalta Brognoli. Capacidade de expansão e escalabilidade simplificadas com uma abordagem expansível em blocos, gerenciamento centralizado, economia de espaço e consumo de energia no data 13


capa center também figuram entre as principais vantagens. Brognoli comenta que o principal fator que incentiva a adoção dessa tecnologia é a simplicidade. “Nesse sentido, os benefícios são claros e tangíveis. Com a hiperconvergência, as equipes de TI se afastam da necessidade de criar e gerenciar ilhas de recursos, e podem colocar mais foco na empresa e nos negócios”, diz. Com base em projeções de mercado e análises da própria HPE, o especialista acredita que haverá forte crescimento na adoção das soluções de hiperconvergência nos próximos anos. Trata-se de uma tendência sem volta. “Obviamente, o desempenho da economia brasileira e a taxa de câmbio podem influenciar a velocidade, porém não há dúvidas de que teremos José Duarte, presidente da VMware Brasil

“NÃO DÁ PARA FALAR EM TRANSFORMAÇÃO DIGITAL DAS EMPRESAS SEM PENSAR EM VIRTUALIZAR” 14

crescimento, assim como uma importante expansão da base instalada das plataformas atuais”, finaliza. Sistemas virtualizados A economia digital já é uma realidade na vida das pessoas e das empresas brasileiras. Quando o assunto é transporte, por exemplo, é só usar a tecnologia para chamar um carro de aplicativo. Na área das finanças, basta ter um software no celular para controlar contas, investimentos e movimentações financeiras. A saúde também migrou para o mundo virtual, com plataformas que permitem agendar consultas pela internet e até fazer acompanhamentos à distância. “Não dá para falar em transformação digital das empresas sem pensar em fazer a fundação, que é virtualizar”, destaca José Duarte, presidente da VMware Brasil. Ele acredita que as companhias precisam se apoderar dessas tecnologias para se manterem fortes no mercado, aproveitando diversas vantagens para oferecer o melhor serviço possível aos clientes. “Por meio da virtualização, maximizamos o uso da infraestrutura. Isso significa, no mínimo, uma redução tanto de Opex como de Capex”, comenta Duarte. Ele também destaca os benefícios econômicos para as áreas de TI e negócios das companhias, que conseguem usar a tecnologia para lançar mais serviços e aumentar as vendas. Segurança e atendimento ao cliente também figuram entre os fatores impactados positivamente. Segundo o profissional, a virtualização de computação é a mais consolidada no Brasil. “Entretanto, estamos avançando na área de virtualização de redes e armazenamento. Tivemos um progresso bastante considerável em 2019”, explica. “O conceito já está consolidado e os benefícios também. Hoje, o mercado percebe que esse é o caminho. Estar com uma base virtualizada, por exemplo, é fundamental para pavimentar o caminho para cloud e explorar todos os benefícios da nuvem”, afirma Duarte. “Agora, é uma questão de adoção. A tecnologia não é mais uma barreira. O quanto as empresas têm vontade e como serão capazes de adotá-la para transformar seus negócios é a dúvida.” Segurança digital Digitalizar dados e processos é uma tendência já adotada por empresas de todos os portes. Entretanto, é preciso ficar atento à segurança dessas informações, já que existe uma série de ameaças digitais projetadas especificamente para atingir companhias. Laércio Albuquerque, presidente da Cisco do


capa

Brasil, explica que, atualmente, o sucesso de uma ameaça digital está ligado a três fatores principais: ser desconhecida (no todo ou em parte), ser controlada remotamente pelo seu criador, e se aproveitar das brechas deixadas por produtos isolados de segurança. Para ele, a melhor estratégia para lidar com isso é apostar em sistemas de segurança da informação com arquitetura integrada. “O primeiro passo é ter visibilidade total sobre usuários, dispositivos, rede e aplicações, estejam estes últimos na empresa fisicamente ou na

É PRECISO FICAR MUITO ATENTO À SEGURANÇA DAS INFORMAÇÕES, JÁ QUE EXISTE UMA SÉRIE DE AMEAÇAS DIGITAIS FEITAS ESPECIFICAMENTE PARA ATINGIR COMPANHIAS

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nuvem”, afirma o especialista. “Os sistemas de monitoramento detectam comportamentos suspeitos e colaboram com outros sistemas de firewall, IPS, segurança de web e e-mail, para confirmar o ataque”, completa. As companhias também devem investir no conceito zero trust (confiança zero), que funciona como uma ação proativa. Com isso, mesmo que um malware esteja na rede, seu acesso aos ativos é impossibilitado ou, no mínimo, dificultado. “Além disso, é preciso impedir que o malware se comunique com seu criador e se atualize. A dificuldade nessa tarefa, antes trivial, é que o software malicioso pode estar em qualquer lugar, em um telefone, em um tablet ou em um laptop. Por isso, o bloqueio precisa estar também distribuído”, destaca Albuquerque. “Por fim, é necessário identificar o ponto de entrada do ataque (o “paciente zero”) e o método usado, para eliminá-lo completamente da rede no menor tempo possível e com menos impacto aos negócios”, completa. O especialista acredita que os métodos de invasão usados pelos criminosos cibernéticos continuarão a evoluir nos próximos anos. “Do lado das empresas, o futuro estará em uma segurança 16

Laércio Albuquerque, presidente da Cisco do Brasil

preemptiva, respaldada por inteligência artificial e de ameaças, que atue como componente da rede, da nuvem e das aplicações, invisível ao usuário e capaz de rapidamente reverter uma situação de ataque”, finaliza o presidente da Cisco. TI do futuro Com as mudanças da tecnologia e do mercado, muitas organizações estão transferindo seus workloads do time de TI para infraestruturas híbridas em nuvem. Por isso, é possível contratar equipes ou empresas especializadas no gerenciamento de sua infraestrutura de tecnologia na nuvem, garantindo melhor operação e distribuição dos ativos e também

AS COMPANHIAS DEVEM INVESTIR NO CONCEITO ZERO TRUST, QUE FUNCIONA COMO UMA AÇÃO PROATIVA DE SEGURANÇA DIGITAL


capa

IT AS A SERVICE EVITA INVESTIMENTOS COM PRODUTOS FÍSICOS E PERMITE QUE AS EMPRESAS GASTEM COM TI CONFORME O USO

respostas rápidas para problemas. Esse processo é conhecido como IT as a Service (TI como Serviço). “Hoje, uma empresa de médio porte que necessite atualizar seu parque de servidores e storages precisaria de um investimento significativo em novos produtos de TI, além de exaustivos processos burocráticos e aprovações internas”, conta Luis Lourenço, VP & Brazil Chief Executive da Ingram Micro. “Trabalhando com o modelo ‘as a service’, com poucos cliques, ou em questão de minutos, as equipes de TI podem entregar um novo ambiente, totalmente virtualizado e seguro, para atender aos padrões de crescimento da companhia, sem precisar passar por tantos processos”, completa. 17


capa Luis Lourenço, VP & Brazil Chief Executive da Ingram Micro

“QUEM TERCEIRIZA AS INFRAESTRUTURAS DE TI TAMBÉM TERCEIRIZA A ÁREA DE PROTEÇÃO DA EMPRESA”

Jairo Rozenblit, presidente da Logitech Brasil

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O presidente da Ingram Micro no Brasil destaca que o IT as a Service permite que as empresas deixem de fazer grandes investimentos em produtos físicos e concentrem esforços e capital de investimento para áreas mais críticas, gastando com TI apenas conforme o uso. “Outro ponto importante é a segurança que esse modelo proporciona para os negócios. Quem terceiriza as infraestruturas de TI também terceiriza a proteção, que fica sob os cuidados de especialistas que realmente entendem do assunto e estão preparados para combater ataques, falhas e malwares”, explica Luis. Segundo estimativa recente do IDC, o mercado de Cloud Pública chegaria a US$ 2,6 bilhões até o final de 2019, além de uma projeção de crescimento anual de 35%, que poderia atingir US$ 6,5 bilhões até o final de 2022. “Todos esses números são oportunidades de negócio para nós e para os canais parceiros, uma vez que o mercado brasileiro de TI como Serviço ainda não está totalmente consolidado. Por esse motivo, temos feito investimentos constantes em nossa plataforma Ingram Micro Cloud Marketplace, que beneficia os fabricantes e canais com o modelo de IaaS, SaaS e PaaS. Por meio dela, o parceiro consegue, de forma ágil e intuitiva, adquirir licenças e soluções para seus clientes. Tudo isso de maneira escalável, rápida e segura”, finaliza.



imespecial

Internet na velocidade da nuvem COMO A INFRAESTRUTURA DE EDGE COMPUTING PODE AUXILIAR A IMPLEMENTAÇÃO DA TECNOLOGIA 5G NO BRASIL E NO MUNDO

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uando o assunto era processamento de dados, antigamente, empresas precisavam usar seus próprios data centers para análise. Isso mudou drasticamente com a chegada da nuvem. “As companhias entenderam que o equipamento não detinha o core business necessário e ainda apresentava um custo operacional altíssimo. Ao passar todas as informações para a cloud, os gastos ficaram mais baixos e a praticidade, melhor”, aponta Anderson Santos, gerente de Canais de TI da Schneider Electric Brasil. Mas essa tecnologia passou a não ser suficiente com o surgimento da Internet das Coisas (IoT). A partir do momento em que haja muitas pessoas e muitos dispositivos conectados à internet, oferecendo um grande volume de dados, é necessário ter uma tecnologia ágil e eficiente, capaz de processar todas as informações. É aí que entra a Edge Computing – ao pé da letra, computação de borda. “Com essa tecnologia, a companhia passa a enviar somente uma parte de seus dados para a nuvem. As informações utilizadas com maior frequência são armazenadas em um equipamento físico, que está mais próximo ao usuário”, explica Ana Gabriela Siqueira, Business Unit Manager da Ingram Micro Brasil. “Assim, as informações são processadas diretamente na fonte onde foram geradas, minimizando o tráfego e oferecendo uma experiência rápida e consistente.” Na prática, trazer o processamento para os limites da rede minimiza a quantidade de comunicação de longa distância que precisa acontecer entre um cliente e um servidor. Toda essa praticidade também contribui para a implementação de outras tecnologias – caso do 5G.

Q

Boa parceria A quinta geração de internet móvel já é realidade em alguns lugares do mundo, como Estados Unidos e Coreia do Sul. Porém, de acordo com um estudo do site norte-americano CNET, que analisou os principais provedores da tecnologia, o 5G ainda é instável. Isso porque não trabalha em conjunto com um serviço que entregue um bom processamento de dados. “Um sistema 4G, por exemplo, pode suportar até 2 mil dispositivos ativos em um quilômetro quadrado. Por outro lado, os novíssimos padrões 5G foram projetados para trabalhar com até 100 mil equipamentos ativos na mesma quantidade de espaço – e ainda está em andamento um trabalho para aproximar esse suporte de, em média, 1 milhão de dispositivos”, comenta Wallique Igor Belmiro, analista de Produto da Eaton.

Com os dispositivos de IoT e o crescimento contínuo de aparelhos pessoais, há, mais do que nunca, uma exigência por conexões eficientes. A Edge Computing deve entrar nesse ambiente como uma mediadora entre a fonte geradora de dados e a nuvem, visando diminuir a latência no tráfego de informações. “A tecnologia processa e filtra os dados localmente, garantindo maior proteção e melhoria na velocidade das redes 5G”, afirma Ana Gabriela. Mesmo com o cenário otimista, as redes 5G ainda não são usadas em massa ao redor do mundo. “O ideal seria que tivéssemos um pequeno centro de dados de processamento para cada torre de celular. Mas deve

Panorama do 5G

À

medida que o número de usuários mobile aumenta, as redes móveis precisam se adaptar às novas exigências do mercado. Tanto é que o 3G tem velocidade de download de até 2 Mbps. O 4G aumentou-a para 5 Mbps. No 5G deve chegar a até 20 Mbps. “Com o crescimento e desenvolvimento das cidades inteligentes, que visam à conexão massiva de dispositivos móveis conectados, torna-se necessária uma rede que consiga disponibilizar internet a todos que estejam em seu alcance e sem perda de qualidade. A rede 5G revisará o setor de tecnologia e servirá como a espinha dorsal da quarta revolução industrial”, afirma Wallique Igor Belmiro, analista de Produto da Eaton. Só que a tecnologia ainda está em processo de implementação. Alguns mercados estão mais avançados no 5G do que outros. Entre os pioneiros em testes, estão Estados Unidos, China, Coreia do Sul e Uruguai. Este último, inclusive, tem uma operadora móvel com a tecnologia pronta, mas não existem celulares preparados para recebê-la. “Até o final de 2020, mais de um quinto dos países do mundo lançará serviços 5G”, aponta Belmiro. “A corrida para liderar o desenvolvimento e a implantação da tecnologia é prioridade para muitas nações. Isso porque quem adotar a quinta geração de internet móvel primeiro terá a oportunidade de moldar o futuro das telecomunicações, estabelecendo padrões globais”, completa o especialista. Em relação ao Brasil, o investimento ainda é tímido. Existe apenas um movimento inicial das operadoras de telefonia, que estão discutindo soluções e diferentes métodos de implementação.

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imespecial

Como funciona a Edge Computing

levar algum tempo até termos total acesso à quinta geração de internet móvel. Estimo algo entre três e cinco anos”, destaca Rafael Garrido, Country Manager da Vertiv Brasil. A implementação da Edge Computing, entretanto, já está em andamento – inclusive com soluções implementadas no mercado brasileiro. Aplicações no Brasil “Até o momento, os grandes players de processamento concentravam suas estruturas em uma região específica do Brasil. Agora, estamos falando de uma proposta em que os centros de dados vão ficar espalhados pelo País todo. Para isso, a estrutura do serviço vai ter de ser capacitada e pulverizada, não mais centralizada”, diz Garrido. A Edge Computing é justamente a chave nesse processo de descentralização. Segundo o especialista da Vertiv, hoje, cerca de 100 soluções do tipo estão instaladas pelo Brasil. Elas foram implementadas entre 2018 e 2019 principalmente por provedores de internet e operadoras de telecomunicações. Quem foge da estatística, porém, é a empresa de 22

alimentos e bebidas Nestlé, que investiu em um sistema para monitorar, diretamente de sua sede em São Paulo (SP), suas salas de servidores espalhadas pelo País. A tecnologia, desenvolvida em parceria com a Schneider Electric Brasil, analisa equipamentos de TI em tempo real e ainda garante a proteção contra ameaças físicas, riscos ambientais e erros humanos que possam prejudicar ou interromper as operações. “A Edge Computing é aplicável em vários segmentos. Tanto é que, mesmo sem estar sendo usada com as redes 5G, já é possível vê-la melhorando a qualidade e a velocidade do processamento de dados em diferentes setores”, afirma Garrido. De acordo com o profissional, quem quiser ter sucesso com a Edge Computing deve pensar em uma estratégia que vá além de aplicar a tecnologia. “O segredo está no meio que você vai usar para chegar à ponta e como você vai suportar o serviço depois que isso estiver espalhado pelo País”, conta. Empresas como Vertiv, Eaton e Schneider Electric já estão trabalhando na capacitação da tecnologia e podem auxiliar nesse caminho.


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imsaúde

Rumo à Saúde 4.0 COMO A TECNOLOGIA SE TORNOU INDISPENSÁVEL PARA GARANTIR EXCELÊNCIA NA JORNADA DOS PACIENTES EM CLÍNICAS E HOSPITAIS 24


saúde

tecnologia otimiza processos em todos os setores da sociedade – na medicina, claro, não seria diferente. Por conta disso, o conceito de Saúde 4.0 tem ganhado força ao propor a integração de ferramentas tecnológicas à rotina de hospitais, com o objetivo de melhorar a experiência dos pacientes. “Esse é um conceito relacionado aos grandes avanços vividos com a 4ª Revolução Industrial”, diz Thelma Bruzadin, Healthcare Business Development Manager da Ingram Micro. Ela explica que, na prática, o termo Saúde 4.0 busca incorporar conhecimento, tecnologia e inovação para transformar o cuidado do paciente – colocando-o no centro do processo. André Rizzo, System Engineer da Aruba, destaca que a transformação digital está a todo vapor. “Com isso, os processos ficam cada vez mais digitais.” Nesse caminho, o desafio e o objetivo dos hospitais do mundo todo é alcançar uma operação 100% sem papel. Mais do que otimizar a rotina de fichas e prontuários, o meio digital tem potencial para promover maior engajamento na manutenção e nos cuidados da saúde. A automação é capaz de aprimorar o monitoramento de pacientes, a assertividade nos diagnósticos e a velocidade no tratamento de doenças. Uma das grandes aliadas nesses processos é a Inteligência Artificial, que ajuda na análise de imagens e hipóteses. Com isso, ela dá base para tomadas de decisão. Nessa lista também estão as tecnologias de Impressão 3D, Realidade Aumentada e Internet das Coisas. “A questão do IoT teve um pouco de atraso na área da saúde. Agora, a tendência é acelerar”, diz Ricardo Vanicelli, IT Innovation, Architecture & Security Corporate Manager da Associação Congregação de Santa Catarina (ACSC). Mas ele afirma que toda a rastreabilidade permitida pela tecnologia tem ajudado a melhorar o atendimento, aumentar a assertividade e diminuir os erros médicos.

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Tecnologia aplicada O avanço da tecnologia também é combustível para a chamada telemedicina, feita à distância. Muito usada na América do Norte e na Europa, a prática já

MAIS DO QUE OTIMIZAR A ROTINA, O MEIO DIGITAL TEM POTENCIAL PARA PROMOVER MAIOR ENGAJAMENTO NOS CUIDADOS DE SAÚDE 25


imsaúde Hospital Santa Catarina, na região da Bela Vista, em São Paulo (SP)

Vertical de saúde Ingram Micro Atenta aos avanços do setor, a Ingram Micro criou sua vertical de saúde. “Nós entendemos que, para apresentar uma solução a um cliente do setor, é preciso ter conhecimento de suas peculiaridades e reais necessidades”, diz Thelma Bruzadin, Healthcare Business Development Manager da Ingram Micro. Por isso, a companhia se dedica a apoiar fornecedores e parceiros na trajetória de entender melhor o mercado de saúde brasileiro, para que eles possam explorar suas tecnologias de forma verticalizada.

“ESTAMOS TRABALHANDO PARA ACELERAR O ATENDIMENTO AINDA NO CAMINHO PARA O HOSPITAL” auxilia desde a assistência a pacientes até a educação de profissionais da saúde. No mesmo caminho, os wearables (dispositivos vestíveis) expandiram suas funcionalidades à saúde. Segundo Vanicelli, esse tipo de gadget tem permitido uma maior precisão da condição dos pacientes, pois oferece e armazena informações vitais valiosas. “Além disso, eles podem salvar vidas, informando o usuário sobre a necessidade de procurar atendimento médico.” Na prática Consciente dos benefícios da tecnologia, o Hospital Santa Catarina, em São Paulo (SP), tem a cultura de desenvolver e criar estratégias em conjunto com o corpo clínico. Para 2020, o plano é facilitar o check-in de pacientes e promover uma interação mais rápida e inteligente a eles. “Estamos trabalhando para acelerar o atendimento ainda no caminho para o hospital e garantir mais rapidez para pronto atendimento e exames”, diz Vanicelli. A instituição já desfruta o potencial da Business Intelligence (BI) para trazer mais realismo à rotina médica. Por meio da análise de dados, é possível trabalhar com indicadores mais assertivos para 26

oferecer as melhores soluções de atendimento, exames e tratamentos. A Aruba é uma das empresas que dá suporte para clínicas e hospitais nessa jornada de otimização. Segundo Rizzo, a companhia dispõe de uma infraestrutura de rede robusta, capaz de garantir operação ininterrupta, por meio de uma tecnologia redundante. “A infraestrutura vai permitir que diversas pessoas acessem a rede ao mesmo tempo sem enfrentar dificuldades nem lentidão”, destaca o System Engineer da Aruba. Simultaneamente, seus processos de segurança e privacidade garantem que apenas usuários autorizados tenham acesso às informações armazenadas no sistema. Jornada do cliente Sandra Farina, Field Marketing Latam da Genesys, alerta que não se trata de uma questão de timing. “A preocupação com a tecnologia deve estar na agenda dos hospitais. Pois, se não estiver, a instituição já começou a ser superada no mercado.” Apesar de sua importância, a adesão à tecnologia não deve ser feita sem propósito. Segundo Sandra, para se ter uma jornada efetiva, além de acompanhar o ritmo de adesão do mercado, é preciso contratar as soluções corretas para os processos e as necessidades de cada operação. Só assim será possível oferecer atendimento superior. “Quando o assunto é mercado, isso traz ganhos de imagem e em todas as medições relacionadas à qualidade”, destaca a Field Marketing Latam da Genesys. Internamente, as aplicações corretas garantirão a eficiência no BackOffice. “Com todos os processos unificados e mais inteligentes, a instituição vai poder brindar o paciente com uma experiência que ele nunca imaginou que poderia ter.”


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Os vencedores da Comet ganharam um prĂŞmio total de US$ 250 mil em incentivos da Ingram Micro Brasil

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especial

Comet Competition VENCEDORA DA COMPETIÇÃO VAI PARA O CLOUD SUMMIT, EM MIAMI, PARA DISPUTAR UM PRÊMIO DE US$ 1 MILHÃO

os dias 17 e 18 de dezembro foi realizada a Comet Competition, maior disputa de startups voltada para o mercado corporativo do mundo. Patrocinado pela Ingram Micro Brasil, em parceria com a Microsoft, o evento recebeu mais de 100 inscrições. Os vencedores ganharam um prêmio total de US$ 250 mil e a chance de participar da final global em maio, no Cloud Summit, em Miami (EUA). Flávio Moraes, diretor de Cloud da Ingram Micro Brasil, destaca que a companhia percebeu que o mercado de startups tem trazido soluções inovadoras com todas as novas tecnologias. “A Ingram Micro, como grande integrador e distribuidor de tecnologia, tem buscado se aproximar desse novo ecossistema, para incentivá-lo e promovê-lo.”

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A dinâmica Para participar da competição, era necessário que as startups tivessem modelo B2B e faturamento mínimo estipulado pelo regulamento. Até a grande final da Comet Competition, os inscritos tiveram de passar por uma seleção online na qual três juízes avaliaram uma série de critérios. Ricardo Senna, Business Developer Manager Cloud e Soluções

O evento reuniu 60 startups selecionadas em dois dias de muito aprendizado. Os finalistas ainda puderam apresentar seus pitches à plateia e ampliar suas oportunidades de negócio

Digitais da Ingram Micro, explica que os avaliadores analisaram não apenas a ideia em si, mas sua atratividade, validação, estratégia comercial, tração e também o time por trás do projeto. Nessa dinâmica, as startups foram recebendo notas de um a cinco em cada critério. No final, os juízes definiram 11 finalistas. Sessenta startups selecionadas ainda tiveram a oportunidade de assistir a workshops especiais no primeiro dia de evento. Os empreendedores conferiram palestras de Tânia Cosentino, presidente da Microsoft Brasil, Luciano Ramos, gerente de Pesquisa e Consultoria de Software e Serviços da IDC Brasil, Caio Bianchi, coordenador de pós-graduação da ESPM, e Amure Pinho, presidente da ABStartups. Na tarde seguinte, as finalistas apresentaram pitches de 10 minutos para cinco jurados. A bancada foi composta por Flávio Moraes, diretor de Cloud da Ingram Micro Brasil, Welington Sousa, gerente de marketing da Ingram Micro Brasil, Priscyla Laham, vice29


imespecial A bancada de jurados foi composta por executivos da Ingram Micro Brasil, da Microsoft Brasil e da WeWork de São Paulo

presidente de Canais e Vendas para Pequenas e Médias Empresas na Microsoft, Franklin Luzes Junior, COO na Microsoft Participações Ltda., e Hugo Silveira, diretor de comunidade da WeWork em São Paulo. “Os juízes avaliaram os mesmos critérios das eliminatórias, mas com alguns pesos diferentes”, explica Senna. No final do dia, os quatro vencedores foram anunciados. O primeiro lugar foi para a Cash.in, startup de gestão de pagamentos e facilitadora de distribuição de incentivos para funcionários. Ela foi seguida pela Click Compliance, que faz gestão de programas de compliance para empresas. Ally Hub, plataforma que facilita o acesso à educação internacional, e Tesai, serviço que concentra informações de saúde do usuário para agilizar atendimentos em hospitais, completam o pódio. O grande vencedor recebeu US$ 100 mil e os outros três, US$ 50 mil – em incentivos de mercado e negócios. Networking e experiência Fundada por mulheres empreendedoras, a Cash.in é uma startup com menos de um ano de operação, mas que já tem dois clientes macros e mais 15 novos engatilhados para os primeiros meses do ano. “Ter vencido é uma nova esperança e motivação para continuar e acreditar no que a gente está fazendo”, diz Nani Gordon, cofundadora da empresa. Para ela, a vitória na Comet Competition foi como ouvir um “sim, o negócio funciona para o mercado”. O próximo passo é provar esse valor no Cloud Summit. “A preparação da Ingram vai nos ajudar a levar esse prêmio 30

em Miami. Sem a ajuda deles, o caminho teria sido muito, muito mais difícil. Estamos muito felizes de tê-los do nosso lado.” Marcelo Erthal, CEO da Click Compliance, conta que seu maior desafio atual é fazer com que as empresas saibam que sua solução já existe no mercado. “Eu tenho certeza de que a Ingram Micro vai poder contribuir muito nesse sentido, por conta de sua relevância, seus parceiros e contatos.” “Vemos muito potencial nessa vitória. Nascemos para ser globais e estamos em um mercado sem barreiras”, diz Ricardo Lemos, fundador e CEO da Ally Hub. Ele conta que, mais do que os US$ 50 mil em incentivos, as portas abertas pela Comet Competition serão determinantes para que a empresa prove o seu valor para o mercado mundial e firme mais parcerias fora do Brasil. Trabalho contínuo O anúncio dos quatro vencedores foi apenas o pontapé para um trabalho de longo prazo. “Nossa intenção é manter um relacionamento com essa comunidade”, diz Senna. “Durante o evento, vimos empresas conversando para criar novas soluções e ofertas. A Ingram preza muito por esse tipo de interação. E ainda mais pelo fomento de novos negócios juntos, para gerar valor agregado.” Mais do que com incentivos, a Ingram Micro tem diversos modos de ajudar a promover as soluções que passaram pela Comet. Um deles é o marketplace. “Presente em mais de 40 países, a plataforma dá a oportunidade de escalar negócios


especial

Empreendedorismo feminino

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undada por Nani Gordon e Luciana Ramos, a Cash.in foi a vencedora da Comet Competition. Saiba mais sobre o trabalho da startup de pagamentos.

Acima, Nani Gordon (à esquerda) e Luciana Ramos, fundadoras da Cash.in; no topo, ambas apresentando o pitch

não apenas para o mercado nacional, mas também para o internacional”, diz Moraes. Os empreendedores ainda têm a oportunidade de se conectar com os parceiros de negócio da companhia, como a Microsoft – e de outros 90 fabricantes e um ecossistema com mais de 10 mil empresas no Brasil. Todos são potenciais compradores ou revendedores de suas soluções. Parceira da Ingram durante toda essa jornada, a Microsoft tem como missão empoderar empresas e organizações para que elas possam alcançar mais. “Nesse sentido, nós acreditamos que a tecnologia é um habilitador para a construção de soluções que vão resolver muitos problemas do mundo”, diz Priscyla Laham, vice-presidente de Canais e Vendas para Pequenas e Médias Empresas na Microsoft. “Por isso, estar em um evento como a Comet é muito natural para nós.” “Iniciativas como a da Ingram são muito importantes, porque ajudam a fomentar a criatividade e a inovação no Brasil”, diz Franklin Luzes Junior, COO na Microsoft Participações Ltda. “A gente tem a missão de ajudar o País a gerar inovação e prosperar economicamente. As startups se mostraram um elo que propicia esse tipo de estímulo.” Moraes destaca que mesmo os que não venceram a competição terão à disposição o suporte da companhia. “É muito gratificante poder patrocinar ou ajudar a promover as soluções de quem tem uma grande ideia. Para nós, é uma responsabilidade, um prazer e uma honra fazer parte do sonho de tantos empreendedores.”

IM Magazine: O que inspirou a criação da Cash.in e como foi tirar a startup do papel? Nani Gordon: A Cash.in nasceu da dificuldade dos clientes em distribuir prêmios de incentivo em suas empresas. Navegando pela indústria, enxergamos que um número gigante de valores transitava informalmente, em operações que não geravam histórico algum. Esse fato limita a visão do executivo sobre o crescimento do negócio. Nós resolvemos essa dor criando uma plataforma em que o cliente pode distribuir qualquer valor. A partir daí, em vez de o beneficiário receber seu incentivo em produtos ou vouchers, a Cash.in entrega os valores para serem usados de várias maneiras, atendendo às mais variadas necessidades. IM: Na prática, como funciona o serviço? NG: Hoje, por meio de dois passos simples, nosso cliente distribui os valores que deseja oferecer fazendo um upload de Excel. O usuário é convidado para a Cash.in e recebe o valor determinado, podendo usá-lo como quiser. É um win-win, do qual as duas pontas saem felizes e motivadas. IM: Quais são os planos para o desenvolvimento da Cash.in em 2020 e em longo prazo? NG: Nós lançamos em fevereiro uma plataforma de criação de campanhas, na qual o cliente pode criar e customizar seus incentivos. Estamos chamando de Campanha-as-a-Service (CaaS), já que o as a service tem sido tão bem entendido. Além disso, longo prazo para nós, hoje, são 12 meses. Tem muita coisa para acontecer e um mercado enorme para explorar. O que eu posso adiantar é que, até o final de 2020, seremos uma empresa muito maior, mais forte e mais completa. IM: Como estão os preparativos e quais são as expectativas para o Cloud Summit, em maio? NG: Temos avaliado muito o mercado global e entendido como atenderemos todos de uma forma simples e objetiva. As expectativas são altas, uma vez que sabemos o potencial do mercado americano e que temos market fit. Estamos bolando a melhor forma de comunicar a Cash.in para o mundo!

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O poder do Azure

POR MEIO DO PROGRAMA ISV ON, A INGRAM CONDUZIU A MIGRAÇÃO DA FUNIL DE VENDAS PARA A PLATAFORMA DA MICROSOFT NA NUVEM. A STARTUP TEVE GANHOS EM PERFORMANCE E VELOCIDADE, QUE JÁ SÃO SENTIDOS PELOS USUÁRIOS

hiago Pirinelli e Percival Oliveira trabalhavam com workshops sobre inovação e processos de vendas dentro de empresas. Ao mostrar visualmente como um pipeline eficiente deveria ser construído, os sócios criaram um termo abrasileirado para facilitar o entendimento do conceito – no caso, a expressão escolhida (e traduzida) foi funil de vendas. Nasceram assim a marca, a empresa, o software CRM e a metodologia Funil de Vendas. “Demos o start a um movimento de método que hoje é estudado por milhares de vendedores no Brasil. Eu não conheço algum que nunca tenha ouvido falar desse conceito”, diz Pirinelli, proprietário e CMO da companhia. À época, eles usavam design thinking para entender todo tipo de companhias e criar planos de ação para que elas batessem suas metas. “A gente tinha consciência de que deixava um legado nos workshops, mas não sabíamos se elas colocavam aquilo em prática no dia a dia”, conta o profissional.

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Diante dessa questão, os sócios decidiram trabalhar para mudar esse cenário. Pirinelli conta que, após estudar diversos modelos, decidiram abrir uma unidade de negócio de tecnologia. O plano era desenvolver um software visual, simples de ser usado e que pudesse entregar ao vendedor um passo a passo de como trabalhar as vendas – da prospecção até o fechamento. Redução dos custos Em 2014, a Funil de Vendas passou por um processo de consolidação, para se transformar em uma unidade de negócio autônoma, funcionando via SaaS. Foi aí que a empresa buscou uma equipe para desenvolver uma nova versão da plataforma para funcionar no Azure, da Microsoft, em modelo de cartão de crédito. “Quando conhecemos o parceiro, identificamos que existia a possibilidade de baratear seus custos, reduzindo os encargos com IOF, impostos e variação cambial”, destaca Ricardo Senna, Business Development Manager – ISV da Ingram Micro Brasil. No


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programa ISV ON, a Funil de Vendas passou por uma avaliação de toda a sua infraestrutura, em que a Ingram entendeu de quais configurações e máquinas eles precisavam para desenvolver ainda mais o negócio. Após um dimensionamento no Azure para a Funil de Vendas, ficou claro que a empresa estava trabalhando em um contrato antigo e que não desfrutava uma série de funcionalidades novas – e ainda pagava muito por isso. Então, a Ingram sugeriu fazer a administração desse contrato e migrar a startup para uma nova infraestrutura. “A Ingram foi um ponto crucial para desenvolvermos esse novo modelo de hospedagem dentro dessa estrutura tecnológica da Microsoft, em um contrato gerenciável”, diz Pirinelli. Ele lembra que pagava uma média de R$ 6 mil por mês. Hoje, está em torno de R$ 3,4 mil. “Nós economizamos 44% em hospedagem ao realizar a migração das operações para a nuvem da Microsoft.” Braço direito O Azure é um grupo de recursos muito amplo, que fornece aos parceiros da Ingram Micro a chance de desenvolver suas soluções em qualquer vertical. “Junto com a plataforma, a Microsoft também consegue oferecer soluções comerciais e de marketing para que esses parceiros possam tornar suas propostas mais conhecidas no mercado”, explica o Business Development Manager – ISV da Ingram Micro Brasil. “A migração foi relativamente rápida. A Funil de Vendas já conhecia a plataforma da Microsoft. Então, a gente deu diretrizes para eles criarem as máquinas com as mesmas demandas e os mesmos requisitos que eles tinham na plataforma recorrente”, destaca Senna. A Ingram Micro ainda conseguiu isentar a startup do pagamento no primeiro mês, para que eles pudessem estabilizar a aplicação e o ambiente.

Percival Oliveira (à esquerda) e Thiago Pirinelli, sócios e proprietários da Funil de Vendas

Ricardo Senna, Business Development Manager – ISV da Ingram Micro Brasil

A distribuidora dispôs de consultores para fazer toda a parte de construção do ambiente com a Funil de Vendas. “Ela nos apoiou mobilizando todo um time de infraestrutura e criando os IDs para o ambiente novo”, diz Pirinelli. “Hoje, a Ingram também nos apoia no controle de gestão financeira com um custo mais acessível. Ao mesmo tempo, Microsoft nos oferece o material e uma base de conhecimento para explorarmos o potencial do Azure.” A parceria também ajudou a Funil de Vendas a estreitar sua relação com a Microsoft. “Graças ao programa ISV ON e ao trabalho com a Ingram Micro, a startup passou a ser um parceiro relevante para a fabricante. Hoje, eles têm acesso a times comerciais que geram negócios e eventos, o que concebe uma proposta de valor muito interessante”, diz Senna. A startup tem uma base tecnológica consolidada, e usa os nomes da Ingram Micro e do Microsoft Azure em seu discurso de vendas. “Falamos de níveis de segurança, gestão de contrato de tecnologia e muito mais. Usamos esses argumentos como prova de venda para fechar negócios”, conta o sócio da Funil de Vendas. Impacto Futuro A Funil de Vendas tem mais de cinco mil usuários conectados todos os dias com o CRM. O plano para os próximos três anos é alcançar 30 mil. “O Azure permite crescimento exponencial em curto prazo e com otimização financeira”, diz Pirinelli. “A gente ganha muita rapidez e expressividade no número de pessoas conectadas sem refletir nos custos da tecnologia.” O usuário também já sente os benefícios da migração. A plataforma ganhou performance, velocidade de carregamento de páginas e arquivos, e possibilitou à startup dar o pontapé que desejava dentro das otimizações possíveis. “Nós apenas começamos a fazer a cócega na superfície. O ganho de velocidade e eficiência vai ser muito maior na hora em que a gente realmente passar a utilizar todo o potencial que é oferecido por essa infraestrutura enorme.” 33


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Level Up! MAIOR INDÚSTRIA DO ENTRETENIMENTO, ÁREA DE GAMING MOVIMENTOU MAIS DE US$ 120 BILHÕES EM 2019 E SE PREPARA PARA SEGUIR CRESCENDO COM A NOVA GERAÇÃO DE VIDEOGAMES

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especial

história dos videogames está prestes a completar 50 anos. Lançado em 1972, o Magnavox Odyssey é considerado o primeiro console caseiro, inaugurando um mercado que movimentou mais de US$ 120 bilhões em 2019, segundo dados da pesquisa SuperData. Esse montante faz com que a área de gaming seja a maior dentre o setor de entretenimento – gerando mais receita até mesmo que Hollywood. “O mercado de games é um dos que mais crescem no mundo e há tempos já passou até a indústria cinematográfica”, afirma Priscila Isquerdo, Business Unit Manager Varejo e Games da Ingram Micro Brasil. “Em termos de faturamento, o Brasil está em 13º lugar. Existem estudos que dizem que o País pode alcançar o 7º posto em três ou quatro anos.” Porém, a vida dos jogadores brasileiros não foi tão simples no começo da indústria. Poucas empresas apostavam no País nos primeiros anos. O mercado local era abastecido com consoles clonados das grandes desenvolvedoras da época, como Nintendo e Atari. O cenário começou a mudar quando a Sega passou a ser representada oficialmente pela Tec Toy. Com isso, outras marcas passaram a ver o potencial do mercado brasileiro. Hoje, grandes estúdios e as principais fabricantes de consoles investem no setor dentro do território nacional. Uma delas é a Microsoft. Famosa por seus produtos na área de informática, entrou no mundo dos videogames em 2001, quando o primeiro Xbox foi lançado. Desde então, a marca já produziu outras duas gerações do eletrônico: o Xbox 360, revelado em 2005, e o Xbox One, que está em produção desde 2013. O Xbox 360 foi o primeiro a ser lançado oficialmente no Brasil, em 2006. Alguns anos depois, em 2011, o videogame passou a ser produzido em território nacional. O Xbox One teve trajetória parecida. Ele chegou ao País ainda em seu primeiro ano de vida, em 2013 – o que confirmou o compromisso da marca com os gamers locais. “O Brasil continua sendo um mercado forte para gaming na Microsoft. Nosso foco é demonstrado constantemente com lançamentos simultâneos, jogos localizados e dublados na maior parte das vezes, além dos investimentos de marketing em ações para levar toda a experiência Xbox para os diversos cantos do País”, afirma Bruno Motta, gerente de Xbox Brasil.

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Acesso democratizado Por muito tempo, a pirataria foi um problema para a indústria brasileira de games, principalmente por conta dos preços dos jogos originais. Para facilitar o acesso, a Microsoft lançou há alguns anos o Xbox Game Pass, que fornece um catálogo com títulos do estúdio da empresa e de outras desenvolvedoras por meio de uma assinatura mensal. O formato é semelhante ao de streamings de filmes e de música, por exemplo. “Temos total confiança de que o serviço é a melhor proposta de valor neste sentido. O Game Pass tornou os jogos mais acessíveis, tanto pelo baixo valor mensal, quanto pelo aumento no engajamento dos jogadores”, conta Motta. “Os assinantes do serviço jogam em média 40% mais títulos e experimentam 30% mais gêneros, o que os leva a consumir mais na plataforma.” 37


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Xbox Series X, console de nova geração, estreia no fim de 2020

WB Games investe em diversas franquias, como Uma Aventura Lego

Desenvolvedoras em alta Assim como o setor de hardware, os grandes estúdios têm apostado fortemente no Brasil, colocando o País como um mercado vital em suas estratégias. Um dos maiores é o Warner Bros. Games, que atua no segmento gaming há quase 30 anos. “Vivemos momentos espetaculares com a chegada da produção dos consoles PlayStation 3, da Sony, e Xbox 360 ao Brasil – e também com a imensa popularidade do Nintendo Wii”, diz Cleyton Oliveira, Sales Marketing & Trade Director da Warner Bros. Games. Segundo Oliveira, o mercado vive um momento inédito em sua história e com enorme popularidade. “Nunca se jogou tanto videogame como atualmente. Saímos da era dos ‘joguinhos’ para uma categoria composta por fãs e profissionais de eSports”, afirma o executivo. Um dos principais desafios das desenvolvedoras é fidelizar o público, já que há centenas de novos títulos por ano. “O mercado de games é dinâmico por natureza e necessita ser atualizado constantemente. Um jogo considerado inovador torna-se rapidamente ultrapassado em uma nova geração”, explica Oliveira. 38

Hoje, não basta apenas entregar novos títulos. É preciso também envolver o jogador em ações de marketing e fazer com que ele se sinta representado pela empresa. Warner Bros. Games já entendeu essa necessidade. “Trabalhamos ativamente com nossa comunidade gamer em diversos eventos e parcerias, como MK11 Day, WB Games Summit e Brasil Game Show (BGS). Também tornamos o canal WBGames, no YouTube, o maior do mundo entre todos os territórios em que a empresa atua”, aponta Oliveira. No caso da divisão gaming da Microsoft, a marca Xbox também tem procurado ter um contato mais próximo com os fãs. “Temos uma das comunidades de jogadores mais apaixonadas do mundo. Eles estão presentes em peso em iniciativas como o Gamer Blood, campanha beneficente anual com o envolvimento da comunidade, e a Xbox Fan Fest, realizada anualmente durante a BGS”, explica Motta. Nova era A próxima geração dos videogames já tem data para chegar ao mercado. No final de 2020, Xbox Series X e PlayStation 5 vão iniciar uma nova era para os jogadores. “Estamos muito animados com o trabalho de desenvolvimento do console, que estabelecerá novos padrões de poder, velocidade e desempenho”, diz o gerente de Xbox Brasil. “Também estamos bastante animados. Uma nova geração possibilita um upgrade no desenvolvimento dos jogos, com títulos ainda mais modernos, interativos, completos e cheios de história”, diz Oliveira, demonstrando a empolgação da Warner com a nova era dos consoles. Com longa trajetória na área de gaming, Priscila acredita que a nova geração irá contribuir para que o crescimento do mercado gamer siga em alta nos próximos anos. “Podemos esperar muitas novidades. Desde tecnologias, como a memória SSD, até o Ray Tracing, que transmite imagens ainda mais realistas” conta a Business Unit Manager Varejo e Games da Ingram Micro Brasil. “Além disso, projetamos que a curva de consumidores desse setor continuará crescendo, seguindo as estatísticas dos últimos anos.”

A NOVA GERAÇÃO POSSIBILITARÁ UM UPGRADE NOS JOGOS, COM TÍTULOS AINDA MAIS MODERNOS



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