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Contextualização da obra

nar como se deu a inusitada história da pioneira enfermeira brasileira. Como uma mãe foi parar em uma guerra a fim de proteger seus filhos e parentes? Quais foram suas motivações e seus medos? Como era sua vida antes do acontecimento em questão? E como foi sua vida após esse fato marcante? Responder a essas e a outras perguntas sobre uma figura tão admirável é a motivação do autor neste livro.

Entre os meses de dezembro de 1864 e março de 1870, aconteceu o conflito de maior duração e proporção de toda a história da América do Sul: a Guerra do Paraguai. Nele, Brasil, Argentina e Uruguai – chamados de Tríplice Aliança – enfrentaram o Paraguai por conta de conflitos de interesses políticos e econômicos. A guerra foi um grande divisor de águas para todos os países envolvidos, afetando não só a área territorial de cada país, como a economia e a população. No Brasil, a guerra deixou uma dívida enorme, fortaleceu o Exército como instituição e marcou o início da decadência da monarquia, além de tirar a vida de milhares de brasileiros.

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Portanto, Ana Néri tinha razão ao se preocupar quando seus filhos e seu irmão foram para a guerra. Com o aval do presidente da província da Bahia, o conselheiro Manuel Pinto de Sousa Dantas, ela foi incorporada ao décimo batalhão de voluntários em agosto de 1865, na qualidade de enfermeira, prestando serviços nos hospitais militares de Salto, Corrientes, Humaitá e Assunção, bem como nos hospitais

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