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Unidade 5 - Um Estado para governar o povo

Nesta unidade, o objetivo é fazer com que os estudantes reflitam sobre o papel do Estado na história e na atualidade. Ao longo do estudo, busca-se relacionar ainda o passado e o presente e analisar as relações entre Estado, conflitos entre grupos de poder e a construção de instituições que buscam mediar estes conflitos e garantir alguma estabilidade às sociedades.

Proposta pedagógica

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A partir do tema central desta unidade, a proposta é que os estudantes consigam compreender as principais características que compõem o Estado. A partir de tópicos como “O sistema monárquico”, “A democracia grega” e “Roma, da cidade ao império”, eles irão refletir e compreender as diferentes formas de organização de Estados, para que possam, enfim, chegar a compreender a democracia do país em que vivem.

Proclamação da República, (1893), de Benedito Calixto. Óleo sobre tela, 123,5 cm × 200 cm.

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Objetivos da unidade

• Relacionar os elementos de formação do Estado nas sociedades antigas. • Identificar o papel do Estado na mediação de conflitos. • Identificar as transformações nas formas de poder e de legitimidade. • Associar a relação entre Estado e as instituições políticas.

Habilidades trabalhadas: EF05HI02 EF05HI04 EF05HI05

PINACOTECA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Para começar...

Esta pintura representa um acontecimento importante da História do Brasil: a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889. 1. A pintura foi concluída quantos anos após o acontecimento retratado? 2. Você sabe o que esse acontecimento representou para o país? Que mudanças ocorreram? 3. Você sente falta de algum elemento na pintura? Qual? 4. A forma de governo iniciada no dia retratado prevalece até hoje no país?

Quatro anos depois.

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Pré-requisitos

• Ter conhecimento sobre as organizações das sociedades antigas. • Saber identificar mudanças e permanências na história da humanidade. • Reconhecer a história como resultado da ação do ser humano no tempo e no espaço.

A pintura de Benedito Calixto é uma representação posterior da Proclamação da República, o que pode ser deduzido da diferença de datas. Na imagem não observa nenhum civil retratado em primeiro plano, sendo sugeridos apenas como vultos nas varandas.

Representou uma mudança de governo, da Monarquia para a República. O Brasil deixou de ter o Imperador como chefe de estado e passa ter um Presidente da República desempenhando essa função.

Sim, o povo não está presente em um momento tão importante como a mudança de governo, de regime político. O povo não participou deste processo.

Sim, até hoje temos a República Presidencialista como forma de governo.

Antes de iniciar, retome os conteúdos abordados nas unidades anteriores, principalmente na Unidade 1, quando é tratada a questão da água e o surgimento da agricultura. Destacar o processo do nomadismo à sedentarização, como o homem vai adquirindo conhecimento que lhe permite uma melhor qualidade de vida, que ocorre principalmente quando ele obtém alimento de forma segura e também garantindo excedente.

Pode introduzir aqui uma linha do tempo, do Paleolítico à Idade dos Metais, pode solicitar que o estudante ilustre com características de cada período através de desenhos.

O registro mostrado são figuras rupestres.

Porque, através delas, podemos obter informações de como os homens viviam antes do desenvolvimento da escrita.

Nos conta que eles já produziam instrumentos como lanças, arcos e flechas e que caçavam.

Sim, com o fogo o homem pode afugentar animais, pode se aquecer, pode cozinhar os alimentos o que melhora a sua qualidade de vida e sua segurança. A agricultura também que ele estoque alimentos e não precise se mudar ou sair para caçar. O domínio da agricultura possui relação com o sedentarismo, pois o homem precisa controlar todas as etapas do processo de produção.

Os primeiros agrupamentos humanos surgiram ainda no Período Paleolítico. Eram comunidades de caçadores e coletores, povos nômades que viviam da caça e da coleta e se mudavam constantemente em busca de alimento.

No Neolítico, os seres humanos passaram a praticar a agricultura e a domesticação dos animais. Foi nesse período também que dominaram e controlaram o uso do fogo, o que facilitava a proteção, a caça, o aquecimento em noites frias e o cozimento dos alimentos. Essa transformação no modo de vida foi essencial para que os seres humanos passassem a fixar moradia em determinado local, cuidando de plantações e animais e sem a necessidade de se mudar, pois passaram a ter controle sobre a produção de alimento.

1 Observe a fotografia a seguir e a legenda. Depois, responda:

GERASIMOV_FOTO_174/SHUTTERSTOCK

Pintura rupestre representando caça.

a) Que tipo de registro é mostrado na fotografia? b) Por que ele é importante? c) O que esse registro nos conta sobre os primeiros agrupamentos humanos?

2 Podemos afirmar o domínio do fogo, das técnicas de agricultura e domesticação de animais, assim como o sedentarismo aumentaram a expectativa de vida dos seres humanos? Explique.

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Viver em grupo trouxe muitas vantagens aos seres humanos do Neolítico. Eles passaram a fabricar utensílios que aperfeiçoaram e melhoraram suas atividades cotidianas, estabeleceram uma divisão de tarefas entre homens e mulheres e também entre aqueles que dominavam conhecimentos específicos, como a produção de roupas e calçados (como você estudou na Unidade 4).

Surgia, assim, um sistema hierárquico, como o do Antigo Egito:

Você já se perguntou como surgiu a hierarquia social? Por que algumas pessoas têm mais poder e riquezas, enquanto muitas outras não têm?

Essa forma de organizar a sociedade teve início com os agrupamentos humanos no Neolítico, que se organizaram de acordo com suas necessidades de sobrevivência, alimentação, produção e fixação em um local.

As primeiras pessoas a se fixarem em determinado local passaram, gradualmente, a reivindicar privilégios de posse e de propriedade e se autointitularam donos da terra que ocuparam e na qual se estabeleceram.

SIBERIAN ART/SHUTTERSTOCK Faraó Hierárquico: que distribui de forma organizada poderes com subordinação sucessiva de uns aos outros.

Sacerdotes Oficiais e nobreza

Soldados

Mercadores e artesãos

Camponeses Escravos

3 Agora, reflita sobre o município onde você vive. a) É possível perceber na sua cidade determinada hierarquia social? b) De onde vêm as frutas e os legumes que a sua família consome? c) Há grandes construções na sua cidade? d) Quais lugares se destacam como centros de cultura e ciência?

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Explore a imagem com os estudantes e o conceito de hierarquia social e como essa forma de organização da sociedade gera desigualdade no acesso aos bens que a sociedade produz.

Oriente os estudantes a refletir sobre a hierarquia social presente na vida cotidiana, nos cargos públicos, nos grandes empresários, nas pessoas que estão sem emprego, nos moradores de rua, como seria se colocássemos ou distribuíssemos essas pessoas em uma pirâmide social?

Geralmente vem de pequenos produtores das regiões rurais do seu estado ou município.

Os estudantes devem destacar grandes construções que podem existir em sua cidade, sejam espaços públicos como prefeitura, hospitais ou privados, como prédios para habitação, lojas ou escritórios.

Os estudantes podem destacar teatros, museus ou universidades que existam na sua cidade ou região.

Peça aos estudantes que façam a leitura individual do texto e que respondam as questões da página. Depois, faça a correção de forma conjunta com a turma para verificar se compreenderam. Essa é uma forma de auxiliar no desenvolvimento de fluência em leitura e localização direta de informações.

Na década de 1920 nascia a indústria paulista, mas o que fazia ainda girar a economia era o Café.

Sim, pois menciona a elite. O teatro teria sido construído para satisfazer os parâmetros europeus da cultura da então aristocracia cafeeira.

A semana de arte moderna de 1922.

Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Anita Malfati e Villa-Lobos entre outros. O estudante deve escolher um deles para realizar uma pesquisa.

De olho nas pistas

A cidade e a cultura

Na cidade de São Paulo, uma grande construção se destaca como centro de cultura: o Theatro Municipal. Foi nesse local que aconteceu um importante evento cultural do nosso país, a Semana de Arte Vista do Theatro Municipal de São Moderna. Até hoje ele é considerado um dos Paulo (São Paulo), 2020. grandes espaços culturais da cidade.

Em 12 de setembro de 1911, com a ópera de Hamlet, de Ambrósio Thomas, era inaugurado um dos mais belos espaços culturais da cidade de São Paulo. O Theatro Municipal embalava os sonhos de uma cidade que crescia com a indústria e o café e que se espelhava nos grandes centros culturais do mundo naquele início de século.

O Theatro Municipal, desde então, passou a proporcionar as impressões artísticas vindas da Europa, principalmente à elite. Imponente e rebuscado, idealizado nos moldes do teatro da Ópera de Paris, o Theatro foi construído para satisfazer os parâmetros europeus de cultura da então aristocracia cafeeira. Os novos ricos queriam melhorar o nível da cidade e apagar as características de vilarejo de seu recente passado.

Com a instalação do teatro, a vida cultural de São Paulo tornou-se rota das grandes óperas internacionais, que antes só se apresentavam na cidade do Rio de Janeiro. Em 1922, um evento mudou o rumo e a história de São Paulo e do Theatro Municipal. A Semana de Arte Moderna, um dos mais importantes acontecimentos artísticos brasileiros, aconteceu ali e grandes nomes da literatura, das artes plásticas e da música nacional estiveram no local, tais como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Anita Malfati e Villa-Lobos.

CONHEÇA A história do centenário Theatro Municipal de São Paulo. Prefeitura de São Paulo. Disponível em: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/se/noticias/?p=21873. Acesso em 22 jul. 2021.

1. Por meio da leitura do texto, indique a que tipo de atividade econômica o crescimento da cidade de São Paulo estava relacionado em 1922? 2. O texto apresenta alguma indicação de uma hierarquia social na cidade? 3. Que evento mudou a história da cidade de São Paulo? 4. Quais artistas participaram desse evento? Escolha um deles e faça uma pesquisa para apresentar à turma, destacando seu papel no evento.

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Você já viu reportagens ou outras notícias sobre a família real britânica?

O governo do Reino Unido é regido por uma monarquia parlamentarista. Isso significa que a rainha é a chefe de Estado, mas está sob controle do Parlamento e do Poder Executivo, exercido pelo primeiro-ministro. Em uma monarquia, geralmente, o poder Família real britânica em aparição ao público. Londres, Inglaterra, 2015. é hereditário, ou seja, passa dos pais para os filhos. A monarquia é uma das formas mais antigas de governo, com origens nas lideranças das comunidades neolíticas e das cidades antigas.

Você sabia que o Brasil já foi uma monarquia?

Quando se tornou independente de Portugal, em 1822, o Brasil tornou-se uma monarquia, e seu primeiro chefe de Estado foi dom Pedro I. A cerimônia de sagração de dom Pedro I (1839), de Jean-Baptiste Debret. Litografia. Diferentemente dos monarcas britânicos, que estão sob controle do Parlamento, dom Pedro I tinha poder absoluto, pois delegou a si mesmo um quarto poder, o Poder Moderador.

LORNA ROBERTS/SHUTTERSTOCK

COLEÇÃO PARTICULAR

1 É possível notar um componente sagrado na imagem de dom Pedro I pintada por

Debret? Descreva os elementos na pintura que sustentam a sua resposta.

2 Se o Poder Moderador era considerado o quarto poder, quais eram os outros três?

3 Quais são as principais diferenças entre a república e a monarquia?

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Para pensar sobre formas de governo no mundo atual, refletir sobre os países que ainda são Monarquias, destacar que grande parte deles hoje, são Monarquias Parlamentaristas que é uma forma de garantir as eleições e a democracia.

Essa é uma questão interessante a ser discutida em sala de aula, já que muitos brasileiros desconhecem essa informação. Os estudantes podem entrevistar familiares sobre as formas de governo que o Brasil já teve.

A figura de Dom Pedro I, sentado ao trono, recebendo as honrarias de Lúcio Soares Teixeira de Gouveia, então presidente do Senado da Câmara do Rio de Janeiro, que se ajoelha perante ao imperador, recebe um caráter que beira o sagrado. Assim, os meios usados para a composição unem a tradição religiosa com a promissora liderança independente de Portugal. Dom Pedro ocupa o papel central, segura um cetro e é coberto por um manto, na sua cabeça uma coroa.

Os três outros poderes são: executivo, legislativo e judiciário.

Na República, o poder deve ser exercido pelo povo, forma de governo em que o Estado se constitui de modo a atender o interesse geral dos cidadãos. Na república temos um presidente ou primeiro-ministro como chefe de estado. Na Monarquia o poder geralmente é dinástico e hereditário, ou seja, uma família se perpetua no poder, que passa de pai para filho. Na Monarquia quem governa é o rei ou imperador.

O trabalho com essa página, possibilita explorar a monarquia em diferentes tempos e espaços: a monarquia do Reino Unido atualmente, no passado brasileiro e nas origens do Estado Egípcio na antiguidade. Destaque a figura do Faraó como chefe de estado e também como uma figura divina, algo comum na Monarquia.

Significa que o Faraó tinha poder político, pois era o chefe de estado, também era considerado um deus vivo, possuindo assim poder divino.

O Estado egípcio foi formado pela integração de diversas comunidades do vale do rio Nilo. Com terras férteis, o vale do rio Nilo era capaz de acolher uma grande população, o que representava muita força de trabalho disponível.

Ao mesmo tempo, o Egito se situava muito próximo a vários povos. Isso favoreceu a prosperidade, principalmente pelas trocas realizadas com o comércio, por exemplo, de artesanato e de tecnologias.

A unificação política do Egito ocorreu com o apoio Teocracia: uma palavra de origem grega que da religião e foi fortalecido pelo fato de, em uma significa poder divino. grande extensão de terra, as pessoas falarem uma língua comum e terem formas de escrita padronizadas. Essa palavra nos ajuda a entender qual era o poder do faraó no Essas características transformaram o Egito em um reino Egito Antigo. O faraó com forte sentido de unidade e de identidade, capaz era concebido pela população como um de sobreviver a invasões e a períodos de dominação deus vivo, filho do deus e também de fazer povos vizinhos, e até invasores, Amon-Rá e reconhecido adotarem seus costumes. como a encarnação de Hórus, simbolizado por

A relação entre o poder e a religião no Antigo Egito um homem com cabeça eram tão intensas que afetou a forma de governo local, de falcão. fazendo do Egito uma teocracia. A estrutura hierárquica política girava em torno do faraó. O fato de ele representar um deus eliminava qualquer tipo de questionamento sobre o poder que tinha e deveria exercer, assim como mantinha rígida a hierarquia social.

MAGICA / ALAMY / FOTOARENA

Representação do deus Hórus dando a vida ao faraó Seti I.

• O que significa afirmar que o Egito Antigo vivia sob uma monarquia teocrática?

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De olho no sujeito

As mulheres também governam

Assim como atualmente as mulheres são chefes de Estado, o Egito Antigo também teve mulheres governantes. A mais conhecida delas é a faraó Hatshepsut.

Hatshepsut é conhecida como a primeira mulher do Egito Antigo a reinar com toda a autoridade de faraó.

Antes dela, outras mulheres reinaram no Egito Antigo, porém não tiveram todo o poder, influência e respeito de Hatshepsut.

Ela foi a quinta faraó da décima oitava dinastia do Egito e assumiu o trono em 1478 a.C, reinando por anos. Seu governo foi considerado um dos mais bem-sucedidos. Além de ser um período de paz e de riqueza, sob o governo dela foram construídos templos e monumentos, como o templo Djeser-Djeseru, dedicado ao deus Amon.

Escultura da faraó Hatshepsut no Templo de Karnak, Luxor, Egito.

WIRESTOCK CREATORS/SHUTTERSTOCK

Templo de Hatshepsut, também conhecido como Djeser-Djeseru. Luxor, Egito.

ALEKSANDAR TODOROVIC/SHUTTERSTOCK

1. Em sua opinião, será que foi fácil para Hatshepsut ser a primeira mulher faraó? Explique. 2. Que outros lugares as mulheres ocupavam da sociedade egípcia?

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O conteúdo dessa página possui grande importância para discussões em sala de aula. Ainda que a história nos mostre que, primordialmente, sempre foram os homens que governaram, as mulheres também tinham papeis importantes em diferentes sociedades.

Os estudantes devem refletir que as sociedades antigas são patriarcais, com o poder centralizado na figura do homem, desta forma não deve ter sido fácil para Hatshepsut ocupar o papel de Faraó.

Geralmente as mulheres ocupavam papéis ligados à família, ao cuidado de crianças, ao lar, porém outras mulheres chegaram a governar no Egito, porém não com a mesma projeção de Hatshepsut.

Inicie a página destacando a democracia ateniense como um marco histórico na antiguidade clássica. Apesar de ela ter sido restrita, abriu portas para se pensar formas de governo com participação popular. Você ainda pode introduzir aos estudantes conceitos importantes como democracia, cidadania e direitos.

A Grécia geralmente está presente nas referências dos estudantes em filmes, livros e jogos. Levante esses conhecimentos prévios, qual a imagem que os estudantes possuem dos gregos antigos? Inicie uma discussão conjunta com a turma.

A Grécia Antiga formou-se por uma sucessão de migrações e de culturas que se fundiram. Gradualmente, esses povos adotaram uma língua comum, que deu origem ao grego antigo, e passaram a se reconhecer como “helenos”, em referência à terra que passaram a ocupar, chamada por eles de Hélade.

Apesar da formação dessa identidade comum, as cidades gregas antigas nunca chegaram a se unir e formar um Estado unificado. Ao contrário, mantiveram-se autônomas, Autônomo: que se com apego às origens e ao orgulho pelos valores governa por leis próprias. celebrados em cada uma das cidades.

Cada cidade-Estado tinha instituições políticas próprias. Originalmente, todas tiveram conselhos e reis. Algumas desenvolveram formas de participação mais direta dos cidadãos, como em Atenas.

De modo geral, as cidades gregas configuraram espaços de discussão política. Além da acrópole, parte alta da cidade, que concentrava os templos e os tribunais, destacava-se como principal espaço de discussão pública a ágora, praça junto ao mercado, onde ocorriam discussões intelectuais e culturais e eram encenadas peças de teatro com temas políticos.

Os gregos entendiam que o cidadão deveria dedicar parte do seu tempo às discussões políticas e intelectuais, o que subentendia que o cidadão deveria ter também alguma estabilidade econômica. As trocas comerciais e culturais entre as cidades e diversos povos, as navegações e o estabelecimento de colônias ampliaram o horizonte econômico e cultural das cidades gregas. O contato com diversas culturas enfraqueceu algumas tradições e ideias quando confrontadas com as informações sobre os costumes e as práticas políticas de outras cidades e outros povos que circulavam.

DROZDIN VLADIMIR/SHUTTERSTOCK

Vista aérea da Acrópole de Atenas, Grécia.

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A participação na vida política era restrita aos homens livres. Em Atenas, para ser considerado cidadão, era necessário ter tanto pai como mãe nascidos na cidade. Em algumas cidades, como Esparta, o regime era oligárquico, restrito a uma minoria entre os homens livres mais ricos descendentes dos fundadores da cidade, que era chamada de pólis.

De modo geral, nas pólis gregas estavam excluídas das decisões oficiais as pessoas escravizadas e os habitantes de origem estrangeira, mesmo que fossem comerciantes enriquecidos.

As mulheres, mesmo as que faziam parte da elite, não tinham voz política, embora pudessem exercer influência maior ou menor por meio do marido, conforme os costumes da cidade. Em Atenas, apesar da maior participação dos homens livres na vida política em comparação com Esparta, as mulheres viviam confinadas e tinham menos influência que as espartanas, que podiam circular nos espaços da cidade e participar mais de atividades cotidianas fora de casa.

Enquanto viajantes traziam notícias e percepções sobre outras cidades gregas e de outros povos, filósofos participavam das discussões buscando definir valores para a atividade política, debatendo as características ideais que os cidadãos e os governantes deveriam ter.

Congresso de representantes de Estado em Esparta, c. 432 a.C. Ilustração publicada em um livro, em 1915.

BRIDGEMAN IMAGES/EASYPIX BRASIL

1 Observe a pintura acima e responda às perguntas. a) O que está acontecendo na imagem? b) Podemos afirmar que a democracia ateniense era restrita? Explique com base na imagem.

2 Quem tinha direito à democracia em Atenas?

3 O Brasil é um país democrático? Quais são as características do nosso país que justificam a sua resposta?

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Dando continuidade ao trabalho com a dupla de páginas, após uma leitura compartilhada do texto, peça aos estudantes que respondam as questões de forma individual. Se julgar pertinente, peça a eles que façam em uma folha a parte e lhe entregue, para que sirva como forma de avaliação continuada.

Uma reunião sobre política, onde os homens que são considerados cidadãos se reúnem e colocam em discussão suas propostas ou críticas ao governo.

Sim, na figura vemos apenas homens. As mulheres não participavam das decisões políticas. Escravos e estrangeiros também não eram considerados cidadãos.

Somente os homens livres, de pai e mãe ateniense, maiores de 18 anos e nascidos na cidade eram considerados cidadãos. As mulheres, escravos e estrangeiros não desfrutavam de nenhum tipo de participação política.

O Brasil é um país democrático mas há muita discussão sobre ser uma democracia frágil. Podemos escolher nossos representantes através do povo e participar da vida política do país.

Separe os estudantes em grupos e peça que leiam os textos e discutam entre si as atividades propostas. Depois, faça uma roda de conversa sobre o assunto com eles, na qual você pode fazer uma leitura compartilhar ou pedir a voluntários que leiam em voz alta, além disso, peça que apresentem suas respostas e converse sobre elas, explicando e retomando o texto caso haja alguma dúvida. Esse assunto é bastante importante para que os estudantes compreendam a organização do país que vivem.

De olho nas pistas

Os poderes na democracia brasileira

Os Três Poderes

Já ouviu falar dos Três Poderes? Não, não se trata de pedra, papel, tesoura ou coisas do tipo. Trata-se dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário que norteiam as ações políticas do nosso país. Foi o filósofo francês Montesquieu quem teorizou pela primeira vez sobre a divisão do poder em três instâncias distintas.

Depois de muito estudar o assunto, o filósofo concluiu que “tudo estaria perdido se o mesmo homem, ou o mesmo corpo de principais, ou de nobres, ou do povo, exercessem os três poderes, o que faz leis, o que executa as resoluções públicas e o que julga os crimes ou as desavenças dos particulares”.

Ele tinha percebido que, se em uma sociedade todos cuidassem de tudo, nada iria funcionar. Por isso, a importância da divisão dos poderes. Mas atenção! Apesar de separados, eles devem trabalhar de forma harmônica e coordenada, controlando as ações entre si. Nenhum deles é mais importante ou poderoso que o outro.

O Poder Executivo

O Executivo é a instância de poder político encarregada de executar as leis e administrar o funcionamento do país, do estado ou do município. Esse poder é exercido pelo presidente (em nível nacional), auxiliado por ministros que indica; pelo governador (estadual e no Distrito Federal), auxiliado por secretários; e pelo prefeito (municipal), também auxiliado por secretários.

RAFASTOCKBR/SHUTTERSTOCK

Vista do Palácio do Planalto. Brasília (Distrito Federal), 2021.

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Atividade complementar

Ainda como forma de reforçar o aprendizado dos estudantes sobre o assunto, proponha que pesquisem quais cargos públicos existem em cada um dos 3 poderes. Eles podem criar um cartaz com essas indicações e breve explicações do que cada cargo executa.

O Poder Legislativo

É o poder encarregado de elaborar as leis e fiscalizar as ações do Executivo. É exercido pelo Congresso Nacional (senadores e deputados federais), Assembleias Legislativas (deputados estaduais), Câmara Legislativa (Distrito Federal) e Câmaras Municipais (vereadores). Curiosidade: o Poder Legislativo é bicameral (ou seja, tem duas casas) somente no nível federal, com o Senado Federal e a Câmara dos Deputados.

O Poder Judiciário

É o poder encarregado de fazer cumprir as leis elaboradas pelo Legislativo, resolvendo os conflitos e garantindo os direitos individuais, coletivos e sociais. Seu órgão máximo é o Supremo Tribunal Federal, cujos ministros são nomeados pelo presidente da República. Curiosidade: existem órgãos (tribunais e juízes) federais, estaduais e no Distrito Federal, mas não municipais.

OS TRÊS Poderes. Plenarinho. Disponível em: https:// plenarinho.leg.br/index.php/2017/09/os-tres-poderes/. Acesso em: 22 jul. 2021.

CACIO MURILO/SHUTTERSTOCK

Vista do Congresso Nacional. Brasília (Distrito Federal), 2008.

VITORDEMASI/SHUTTERSTOCK

Vista do Supremo Tribunal Federal. Brasília (Distrito Federal), 2021.

A Praça dos Três Poderes abriga as sedes dos três poderes do Estado: o Palácio do Planalto (poder Executivo), o Congresso Nacional (poder Legislativo) e o Supremo Tribunal Federal (poder Judiciário).

Para que haja harmonia e fiscalização entre elas, que uma acompanhe o trabalho realizado pela outra.

• Observe a fotografia ao lado. a) Localize na imagem onde é a sede de cada um desses poderes. b) Em sua opinião, por que é importante essas construções serem próximas umas das outras?

DELFIM MARTINS/PULSAR IMAGENS

Vista da Praça dos Três Poderes. Brasília (Distrito Federal).

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Nesse momento, retome a imagem inicial, quando foi apresentado o conceito de República e mencione para os estudantes que Roma introduziu essa forma de governo, trazendo o significado de Res Pública ou seja, coisa pública.

O povo romano tem sua origem em agrupamentos humanos que se organizaram em 2000 a.C. e tiveram constante contato os povos gregos e etruscos.

Em geral, o convívio dos romanos com os gregos foi pacífico. Com os etruscos, entretanto, havia bastante competição pelo controle de rotas comerciais.

Em cerca de 1500 a.C., os etruscos assumiram o controle da região e instalaram-se como reis na cidade de Roma. Esse período de monarquia perdurou até 509 a.C., quando os patrícios, chefes das famílias mais ricas e tradicionais, depuseram o último rei etrusco. Iniciou-se então o período de consolidação de uma das principais instituições romanas: a República, que se estendeu de 509 a.C. a 27 a.C.

Por causa de seu histórico de invasões, ao longo dos séculos a sociedade romana tornou-se cada vez mais militarizada. Como dependiam dos votos do povo romano, os patrícios precisavam promover novas campanhas militares para distribuir benefícios ao povo. Isso levou a um período de expansão e conquista de outros povos.

O Império Romano – (séc. II a.C.-séc. III d.C.)

Mar do Norte Mar Báltico Territórios conquistados 200 a.C. Territórios conquistados 100 a.C. Extensão do Império no princípio da Era Cristã Conquistas no século I da Era Cristã Conquistas ulteriores (Trajano, Severo, Diocleciano)

OCEANO ATLÂNTICO

40° N LUSITÂNIA

TERRACONENSIS

BAÉTICA AQUITÂNIA

MAURITÂNIA

Meridiano de Greenwich PANÔNIA DÁCIA QUERSONÉSIA

ROMA DALMÁTIA

OÉSIA TRÁCIA Mar Negro

MACEDÔNIA

ACAIA MÍSIA

LÍDIA

LÍCIA

BRITÍNIA CAPADÓCIA FRÍGIA MESOPOTÂMIA CILÍCIA BÍRIA

M a r M e d i t e r r â n e o

CHIPRE Mar Cáspio

EGITO ANTIGO ARÁBIA

0 510

km

ALLMAPS

Fonte: SALLES, C. Larousse das civilizações antigas. Paris: Larousse, 2008.

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Para ampliar

Você pode fazer a leitura conjunta com os estudantes, seguida de uma discussão do texto A República Romana era uma democracia? (disponível em: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/roma-democracia.phtml. Acesso em: 14 ago. 2021).

A chamada da matéria do site Aventuras na História já indica alguns elementos para debate: Até que ponto ia a liberdade política dos romanos? Como seria considerada a república no mundo de hoje?

Violentos em diversas ocasiões, principalmente contra povos resistentes e rebeldes, a consolidação do domínio dos romanos conferiu segurança e estabilidade econômica a algumas regiões. Assim, teve início o Império Romano, que justificava seu expansionismo afirmando que este promovia a pax romana (paz romana, em latim).

• Observe a imagem a seguir.

a) Quais elementos típicos de uma grande cidade você identifica nessa imagem? b) Essa imagem se assemelha a uma cidade moderna? Por quê?

CROATO/SHUTTERSTOCK

Maquete-modelo de como teria sido a cidade de Roma na Antiguidade.

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Destaque para os estudantes a mudança de regime político: Roma começa como uma monarquia, passa pela república e chega ao Império. O conceito de Império deve ser discutido na relação com a leitura do mapa da página anterior, observando-se a extensão das conquistas romanas.

Espaços públicos, avenidas, ruas, locais para esporte, prédios públicos, áreas residenciais, praças.

Sim, há bastante semelhanças, o que muda é o material utilizado nas construções e a questão tecnológica muito presente na sociedade contemporânea, mas a visão de cidade, de espaços públicos é muito semelhante.

Neste item, procure abordar outros grandes impérios do passado na perspectiva de dimensionar o alcance do Império Romano no tempo e no espaço. Ao trabalhar o conteúdo, destaque que ainda é recorrente a ideia que a sucessão de impérios se dá pela simples dominação ou eliminação de um povo pelo outro. De modo geral, apesar dos violentos confrontos, invasores e conquistados terminam estabelecendo formas de convívio e influência mútua.

Babilônia, Roma, Persa e Maia. Esses são alguns dos grandes impérios da Antiguidade.

A Babilônia estava localizada na região da Mesopotâmia, onde hoje estão o Iraque e o Kuwait. Ela ficou famosa por seus Jardins Suspensos. Houve duas fases do Império Babilônico, entremeadas pelo domínio dos assírios. A primeira durou de 1792 a.C. a 1750 a.C. A segunda de 626 a.C. a 539 a.C. Entre seus principais monumentos estão o Palácio do Norte, os templos de Esagila, de Nabu, de Ishtar e de Marduk; e as ruínas de Etemenanki.

O Império Romano é considerado por muitos historiadores como o maior da história ocidental. Permaneceu por cinco séculos: teve início em 27 a.C. e terminou em 476 d.C. Sua extensão compreendia desde o Rio Reno para o Egito, chega à Grã-Bretanha e à Ásia Menor, estabelecendo assim, uma conexão com a Europa, a Ásia e a África. Muitos são os vestígios arqueológicos dessa fase, entre eles destacam-se o Foro Romano, o Coliseu e o Panteão Romano.

O Império Persa (550 a.C. - 330 a.C.) teve seu domínio iniciado por Ciro e abrangia a Ásia Menor e o Oriente Médio. Hoje ocupa a região do atual Irã. Entre seus principais vestígios arqueológicos estão Persépolis e o Portão de Xerxes.

HOMO COSMICOS/SHUTTERSTOCK

Reconstituição dos portões de Ishtar, na antiga Babilônia, Iraque.

Vista do Coliseu em Roma, Itália.

Esculturas nas paredes da antiga cidade de Persépolis, no atual Irã.

EMPERORCOSAR/SHUTTERSTOCK

MICHAL KNITL/SHUTTERSTOCK

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Para ampliar

Embora para esta faixa etária não seja tão relevante detalhar os períodos dos impérios, dispomos a título de referência para você: 4000 a.C.: As mais antigas evidências conhecidas das cidades na Mesopotâmia. 3500 a.C.: Surge a escrita entre os sumérios. 2350 a.C.: Diversas cidades são controladas por Sargão, rei de Kish, dando início ao Império Acádio. 2100 a.C.: O Império Acádio começa a perder sua importância. 1800 a.C.: A cidade da Babilônia se consolida como a mais importante da Mesopotânia (Primeiro Império Babilônico). 1600 a.C.: Fragmentação do Império Babilônico. Hititas, vindos da Ásia Menor, ocupam áreas da Mesopotâmia. 1200 a.C.: Os assírios estabelecem seu império, no norte da Mesopotâmia. 612 a.C.: Os babilônicos derrotam os assírios e destroem sua capital, Nínive (Segundo Império Babilônico). 539 a.C.: Os persas invadem a Mesopotâmia, destruindo o Império Babilônico.

A civilização maia ocupou a região onde estão hoje o México, a Guatemala e Belize. Os maias se desenvolveram aproximadamente a partir de 1800 a.C. e viveram seu auge durante o período entre 250 d.C. e 900 d.C. As ruínas de Chichén Itzá e da cidade maia de Tikal são consideradas dois dos principais sítios arqueológicos dos maias.

Templo de Kukulcan El Castillo, no centro do sítio arqueológico de Chichén Itzá, em Yucatan, Mexico.

WANGKUN JIA/SHUTTERSTOCK

1 Quais são as semelhanças e as diferenças que você observa nas fotografias?

2 No caderno, copie o quadro a seguir e preencha-o com as informações de cada um dos grandes impérios da Antiguidade.

Impérios antigos Quanto tempo durou Continente

País (ou países) que ocupa hoje

Principais vestígios arqueológicos Babilônia ||||||||||||||||||||||||||||||||||| ||||||||||||||||||||||||||||||||||| ||||||||||||||||||||||||||||||||||| |||||||||||||||||||||||||||||||||||

Roma ||||||||||||||||||||||||||||||||||| ||||||||||||||||||||||||||||||||||| ||||||||||||||||||||||||||||||||||| |||||||||||||||||||||||||||||||||||

Pérsia ||||||||||||||||||||||||||||||||||| ||||||||||||||||||||||||||||||||||| ||||||||||||||||||||||||||||||||||| |||||||||||||||||||||||||||||||||||

Maias ||||||||||||||||||||||||||||||||||| ||||||||||||||||||||||||||||||||||| ||||||||||||||||||||||||||||||||||| |||||||||||||||||||||||||||||||||||

Agora, responda: a) Qual dos impérios acima durou mais tempo? b) Qual deles ocupou a maior extensão de territórios, se estendendo por outros continentes?

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Para o professor

Burbank, Jane, Cooper, Frederick. Impérios: Uma Nova Visão da História Universal. Brasil: Crítica, 2019.

Escrito por professores de história da Universidade de Nova York, o livro Impérios: Uma Nova Visão da História Universal faz um estudo abrangente de diversos impérios ao longo da história e como suas características podem explicar o alcance, a duração e a influência de cada um.

Destaque que, no continente americano, também houve grandes civilizações como a Maia, bem como civilizações posteriores, em especial a Asteca (no México atual) e a Inca (no atual Peru).

Grandes construções, templos, arquitetura de grande porte que demonstra o poder dessas civilizações.

O Romano, durou cinco séculos e ocupou a Europa, o Norte da África e a Ásia Menor.

A proposta desta atividade é que os estudantes pesquisem em diferentes fontes como ocorrem as eleições no Brasil. De quanto em quanto tempo, quem pode votar, como o voto é realizado. Normalmente, as eleições e seus critérios de funcionamento são amplamente divulgados pela imprensa e órgãos públicos, sendo de fácil busca na Internet.

Essa atividade pode servir para avaliar as habilidades dos estudantes em dialogar e expressar suas ideias, em defendê-las de forma ética e respeitosa e com base em pesquisa anterior, ou seja, um debate deve estar baseado em pesquisa prévia, em levantamento do assunto que será debatido. Pode-se discutir a diferença entre senso comum e conhecimento.

Juntar saberes

1 Vamos pesquisar sobre o sistema eleitoral brasileiro? Reúna-se com mais um colega e, juntos, procurem descobrir:

• Como funcionam as eleições no Brasil? • Quando as eleições são realizadas? • Quem pode se candidatar? • Quem pode votar? • O que significa que as eleições podem ocorrer em dois turnos? • Em quem votamos (quais são os cargos representativos)? • Como participar da vida política da sua cidade?

2 Na imagem sobre o surgimento da democracia ateniense da página 99, você viu um debate acontecendo, uma troca de ideias. Que tal experimentar um debate democrático semelhante?

A sala pode ser dividida em dois grandes grupos. Os grupos devem ler sobre como ocorrem as eleições na sua cidade, para prefeito e vereador. Como as informações sobre os candidatos chegam? Qual é a idade mínima para que você possa participar do processo eleitoral? Quais são as etapas da eleição? O que são partidos políticos?

Cada grupo deve apresentar suas ideias e debater sobre a importância da escolha dos representantes pelo povo.

RAFAPRESS/SHUTTERSTOCK

Simulação de um voto em uma urna eletrônica brasileira, 2020.

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Exposição resgata história de Carmelita Brasil, primeira mulher a ser eleita vereadora no estado do Rio

A primeira mulher eleita vereadora no estado do Rio de Janeiro foi de Nova Iguaçu. A história de vida e atuação política de Carmelita Brasil, que se elegeu em 1947 [...].

Eleita [...] em 1947, Carmelita foi a primeira e única mulher daquela legislatura na Câmara de Vereadores, e a primeira de todo o estado. Sua atuação política foi marcada pelo embate, de acordo com os pesquisadores. Ex-funcionária pública da prefeitura, atuou em favor do funcionalismo e da educação. Fazia reuniões para discutir a política em sua própria casa, e não tinha receio de expor suas opiniões, como lembra a sobrinha Nadía Ribeiro, de 69 anos.

ALEIXO, Isabela. Exposição resgata história de Carmelita Brasil, primeira mulher a ser eleita vereadora no estado do Rio. Extra, 29 jun. 2021. Disponível em: https://extra.globo.com/noticias/rio/exposicao-resgatahistoria-de-carmelita-brasil-primeira-mulher-ser-eleita-vereadora-no-estado-do-rio-25081228.html. Acesso em: 22 jul. 2021.

Primeiras eleitoras do Brasil, em Natal (RN). Antes mesmo do reconhecimento oficial do voto feminino no Brasil em 1932, mulheres como Celina Guimarães Viana recorreram à Justiça de seus estados para exigir diretos políticos.

ARQUIVO NACIONAL, RJ

Assim como Carmelita, muitas outras mulheres conquistaram seu espaço na política e na história do Brasil. Que tal pesquisar sobre elas e montar um mural com imagens e informações? • Levantem nomes de mulheres que ocuparam cargos públicos ou tiveram projeção na história do Brasil. • Reúnam informações para fazer uma pequena biografia sobre elas. • Escolham imagens de mulheres de diferentes regiões do país, destacando seu papel político na história do país. • Verifiquem a periodização e façam uma linha do tempo.

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Avaliação formativa

Ao concluir os estudos nesta Unidade, verifique:

No processo de avaliação formativa o estudante vai aqui 1. A compreensão do conceito de Estado pelos estudantes. 2. Quais informações prévias os estudantes dispunham? Em que estavam embasadas? 3. As informações prévias dos estudantes auxiliaram ou dificultaram a capacidade dos estudantes de argumentar com base em conhecimentos históricos e valores de cidadania?

Nesse momento, os estudantes devem estar bastante familiarizados com o conceito de linda do tempo, portanto é possível que não tenham dificuldades em criar uma. Porém, se ainda restarem dúvidas, ajude-os no que for necessário, de maneira individual ou em grupo.

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