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GUERRA NAS ESTRELAS: INTERNET VIA SATÉLITE EM 2021
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ntregar serviços e soluções essenciais com banda larga via satélite é possível há algum tempo com as frotas de Satélites de Alto Throughput (HTS). Porém nos últimos tempos, podemos ver aumentos nas velocidades, maior quantidade de tráfego, e funcionalidades mais avançadas para usuários finais varejo e corporativos. Os HTS são desenvolvidos principalmente para fornecer serviços de acesso à internet ponto a ponto em regiões não atendidas, ou atendidas com deficiência mediante serviços terrestres: nesses casos os serviços via HTS podem concorrer em questões de preço e largura de banda. Na data de criação desse texto, a SpaceX do Elon Musk está lançando 60 novos satélites de internet Starlink que entrarão na órbita em poucas horas. Poderá se converter em uma opção de acesso à internet barata para todos daqui um tempo? A maioria dos serviços oferecidos com esse tipo de tecnologia,
compreendem hoje velocidades médias de 20Mbps, largura de banda dedicada ou compartilhada, capacidade para VoIP e alto SLA (99,5%) entre outros. A latência trabalhando com satélites de baixa órbita, e de no máximo 40ms, o que faz a tecnologia atrativa para todo tipo de atividades habituais.
“Na data de criação desse texto, a SpaceX do Elon Musk está lançando 60 novos satélites de internet Starlink que entrarão na órbita em poucas horas.”
A pandemia acionou um alarme em determinadas regiões dos EUA onde os habitantes não possuíam acessos confiáveis à internet. Os estudantes não podiam participar das classes facilmente, e os pais lutavam para poder fazer seus trabalhos. A beta “Better than nothing” (melhor do que nada) da Starlink, lançada no norte dos EUA, permitiu que alguns usuários com sorte consigam experimentar e testar o serviço (ainda com alguns limites), por um custo promocional de instalação. A rede de satélites de órbita baixa da empresa promete altas velocidades para habitantes de áreas rurais que não dispõem de muitas opções. Por enquanto o serviço não tem disponibilidade de “mobilidade” (que nesse caso seria poder pegar a antena e levá-la para qualquer lugar onde estivermos viajando) pois cada cliente fica amarrado a uma única célula de satélite, mas o time da Starlink afirma que isso será possível eventualmente, quando colocarem ainda mais satélites na órbita.