Gazeta Rural nº 387

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Sátão comemora 910 anos de atribuição da carta de foral

Ilha do Pico acolhe II Jornadas Gastronómicas do Atlântico Médio Município de Manteigas promove Festival da Truta

Fim de Semana dos Petiscos está de volta a Barcelos Há vinho e petiscos e vinho a 5 euros nos restaurantes de Santarém

Festival “Vila Viçosa à Mesa” propõe Semana das Sopas Ciclo 12 em Rede celebra a figura de Pedro Álvares Cabral

Festival EA Live Évora propõe harmonizar boa música com vinho Edição de Verão da Essência do Vinho - Porto é ao ar livre no Palácio de Cristal Vinilourenço aposta em vinhos diferenciadores e no enoturismo e 23 Canto Polifónico Feminino reavivado em quatro municípios ribeirinhos do Vouga

Ministra da Coesão Territorial visitou o concelho de Aguiar da Beira

Ficha técnica Ano XVI | N.º 385 Periodicidade: Quinzenal Director: José Luís Araújo (CP n.º 4803 A) E-mail: jla.viseu@gmail.com | 968 044 320 Editor: Classe Média C. S. Unipessoal, Lda Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Redacção: Luís Pacheco Opinião: Luís Serpa | Jorge Farromba Júlio Sá Rego | Gabriel Costa Departamento Comercial: Luís Cruz Sede de Redacção: Lourosa de Cima 3500-891 Viseu | Telefone: 232 436 400 E-mail : gazetarural@gmail.com Web: www.gazetarural.com ICS: Inscrição nº 124546 Propriedade: Classe Média - Comunicação e Serviços, Unip. Lda Administrador: José Luís Araújo Sede: Lourosa de Cima - 3500-891 Viseu Capital Social: 5000 Euros CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507 021 339 Detentor de 100% do Capital Social: José Luís Araújo Dep. Legal N.º 215914/04 Execução Gráfica e Impressão: Novelgráfica, Lda R. Cap. Salomão, 121 - Viseu | Tel. 232 411 299 Estatuto Editorial: http://gazetarural.com/estatutoeditorial/ Tiragem Média Mensal: 2000 exemplares Nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.

O mirtilo de Sever do Vouga “é o melhor dos melhores” Feira Nacional do Mirtilo 2021 cumpriu o objetivos traçados Reaproveitamento das folhas de mirtilo vence concurso “From Linear to Circular Ideas” Potencial económico do setor da caça pode ser superior a mil milhões de euros anuais

Centro de Interpretação e Sensibilização Ambiental inaugurado no Boticas Parque Póvoa de Lanhoso apostada em criar novo caminho de Santiago de Compostela

Há antigas minas de ouro romanas no centro de Portugal ‘Do Ferro ao Ouro’ inicia viagem ao Legado Medieval em Barcelos

Município de Gouveia propõe “Um Verão 5 Estrelas” Monção convida-o a ir até ao reino do Alvarinho



Assinalados no dia 4 de Julho

Sátão comemora 910 anos de atribuição da carta de foral Vão decorrer da tarde de 4 de Julho as comemorações, com pompa e circunstância, dos 910 anos de atribuição da Carta de Foral ao Sátão. Haverá danças, representações teatrais e atividades da época que farão a delícia do público. As actividades vão ter lugar em frente à Igreja de Santa Maria, junto à Biblioteca Municipal, com a colaboração da Escola Municipal de Teatro e de alguns figurantes do concelho. O evento irá decorrer de acordo com as orientações da Direção Geral de Saúde.

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ste evento medieval era para ter sido realizado a 9 de Maio, dia em que se comemora a atribuição do foral, mas que a Câmara de Sátão decidiu promover “numa altura mais tranquila”, como referiu o presidente da Câmara de Sátão. Paulo Santos disse que esta iniciativa “era para ter sido feita a 9 de Maio, dia em que comemoramos a atribuição do foral”. Na altura, acrescentou o autarca, “assinalámos a data com o percurso do D. Henrique e D, Teresa nas ruas principais da vila e agora teremos a feira, não nos moldes que queríamos, mas nos que são permitidos e de acordo com as normas de segurança que o momento que atravessamos exige”.

Concelho tem dois novos percursos pedestres Depois da Rota do Míscaro, numa distância de 18 quilómetros, o concelho viu a Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal aprovar e emitir as Cartas de Homologação em mais dois percursos pedestres, a Rota do Barroco, com 19,3 quilómetros e a Rota do Barrocal, 14,1 quilómetros. Os adeptos do pedestrianismo têm agora à sua disposição mais dois percursos que lhes permitem desfrutar da envolvente paisagística e arquitetónica do concelho de Sátão. Os percursos apresentam diferentes níveis de dificuldade e são apoiados por sinalética visível, permitindo que sejam percorridos com autonomia. Permi-

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tem passeios em família, em grupos de amigos e até para os mais aventureiros. Esta é uma excelente oportunidade para se deslumbrar com a natureza, respirar ar puro e sentir as terras de Sátão. O presidente da Câmara, Paulo Santos, espera que estes percursos sejam fruídos por quem visita o concelho. “Vão trazer gente ao nosso concelho”, afirmou, acrescentando que “estes percursos permitem que quem nos visita fique a conhecer melhor o nosso concelho, desde logo as nossas paisagens, mas também o nosso património edificado, que é muito rico”, frisou Paulo Santos.


De 15 a 28 de Julho, em dez restaurantes da Ilha

Ilha do Pico acolhe II Jornadas Gastronómicas do Atlântico Médio Uma montanha de sabores do Pico para o mundo. As artes culinárias picarotas voltam a estar sob as luzes da ribalta, na segunda quinzena de Julho. O maior evento gastronómico do Atlântico, que irá decorrer simultaneamente em diferentes países, terá também como palco a Madalena.

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e 15 a 28 de Julho, a Madalena volta a ser a Capital Gastronómica dos Açores. Dez restaurantes da Ilha Montanha irão participar nas II Jornadas Gastronómicas do Atlântico Médio, apresentando pratos cheios de ADN, elaborados com o apoio dos Chefs Paulo Lourenço, Luís Gaspar e Carlos Afonso. Dando continuidade e maior visibilidade ao projeto Património Gastronómico do Pico, dinamizado pelo Município da Madalena, os renomados cozinheiros estiveram na ilha, ajudando os restaurantes locais, na preparação dos pratos e menus a apresentar, nas jornadas. “É com grande entusiasmo que iremos acolher este evento que terá grande impacto na promoção da nossa gastronomia e dos nossos vinhos”, afirma José António Soares, presidente da Câmara da Madalena, admitindo ter ficado “muito satisfeito por ver reunidas todas as condições para que houvesse lugar a esta confluência de objetivos e, por isso, se formasse esta parceria, aproveitando o trabalho desenvolvido, no âmbito do Património Gastronómico do Pico e que beneficiará, acima de tudo, a restauração e os produtos locais”. Para o autarca, “as artes culinárias são um elemento cultural, um símbolo de identidade, sendo muito importante promover a valorização deste património enquanto ferramenta de desenvolvimento local, de promoção territorial. Queremos fazer da nossa gastronomia uma verdadeira imagem do concelho, da nossa Ilha e da nossa região”, salientou José António Soares. www.gazetarural.com

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De 09 a 18 de Julho, em onze restaurantes

Município de Manteigas promove Festival da Truta A truta é o mote para um festival que o município de Manteigas promove de 9 a 18 de Julho. O Festival da Truta de Manteigas 2021 - Roteiro Gastronómico vai acontecer em onze restaurantes sedeados no concelho.

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Restaurantes aderentes presença da truticultura e a prática da pesca, no troço do Alto Casa de Pasto Ideal Zêzere que atravessa o concelho, enriquece a gastronomia loCasa de São Lourenço cal, com diversos restaurantes a incorporar este prato típico na sua Hotel Restaurante Vale do Zêzere ementa. O Festival da Truta de Manteigas pretende promover este Hotel Vila Galé Serra da Estrela recurso endógeno e dinamizar a economia local, enquanto que, INATEL Manteigas Hotel simultaneamente, potencia a exploração do Viveiro das Trutas, a Paragem Serradalto sua visitação enquanto espaço interpretativo, relacionado com a Restaurante A Cascata biologia da espécie, desde o seu habitat às técnicas de produção Restaurante Alfátima em contexto de viveiro, reafirmando, assim, a importância que Restaurante Central esta unidade tem para a região. Restaurante O Olival A instalação de um viveiro de produção de trutas em ManRestaurante Santa Luzia teigas, então designado por Posto Aquícola da Fonte Santa, Taberna das Caldas ocorreu em 1952. As águas abundantes, frias e límpidas contribuíram para a escolha do local. O objetivo para a instalação do viveiro mantém-se nos dias de hoje, que passa pelos reDia 17 de julho | 16h00 | Sábado povoamento das massas de água da região, para garantir a Apresentação do livro «Produção de Trutas: Truticultura de Manteisustentabilidade da população de salmonídeos e venda para gas» de António Ferreira Borges | Auditório Municipal consumo alimentar. Esta é uma iniciativa promovida pelo Município de ManVisitas guiadas e interpretativas teigas, em colaboração com o Instituto da Conservação da Viveiro das Trutas da Fonte Santa Natureza e das Florestas (ICNF) e Parque Natural da Serra Fim-de-semana: 11h00 | 15h00 da Estrela (PNSE). Dias úteis: 15h00

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No âmbito do programa “7 Prazeres da Gastronomia”

Fim de Semana dos Petiscos está de volta aos restaurantes e tascas de Barcelos Os petiscos estão de volta aos restaurantes e tascas do concelho. Ao longo do fim de semana, de 2 a 4 de Julho, os amantes da gastronomia tradicional poderão apreciar uma grande variedade de iguarias que fazem lembrar a tradicional merenda de outrora.

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mana, são desenvolvidas atividades de dinamização e pronseridos na política de promoção de uma das suas maiores marcas moção do território e dos seus agentes económicos. Para - a Gastronomia e Vinhos -, os petiscos tradicionais fazem parte do o vereador do pelouro do Turismo e Artesanato, José Beprograma do Pelouro do Turismo “7 Prazeres da Gastronomia”, e são o leza, esta iniciativa tem como objetivo “promover o que é reflexo da identidade do território de Barcelos que encerra em si o que tão característico em Barcelos, além da Câmara Municipal, os de melhor a gastronomia minhota tem para oferecer. restaurantes, a hotelaria, os produtos vinícolas, o artesanato Da carta dos vinte cinco restaurantes e tabernas que participam nese tudo o que mexe com a economia do concelho, desde a gaste fim de semana, constam os rojões, as pataniscas, bifanas, polvo, tronomia, as vivências e dar relevo à nossa identidade, à nossa taquinhos de bacalhau, chispes, codornizes, moelas, orelheira com tradição e aos produtos de Barcelos”. molho verde, escabeche de truta, chispalhada com grão, asinhas de Além disso, estes fins de semana, segundo José Beleza, prefrango, iscas de fígado com cebolada, pica-pau, ovos rotos, sardinha tendem “combater os períodos de menor afluência à cidade e na brasa, bacalhau albardado, entre outras delícias que fundem a potenciar a época baixa da restauração, turismo e hotelaria”. No tradição com a inovação. que diz respeito à carta gastronómica, o vereador do Turismo e do Artesanato garantiu que a elaboração da carta gastronómica Programa “7 Prazeres da Gastronomia” do concelho “um documento de identidade” da gastronomia barcelense está na reta final e, nessa carta, serão apresentados um Em Barcelos, o programa “7 Prazeres da Gastronomia” pretenconjunto de trabalhos que visam registar e validar as receitas trade promover a boa cozinha e os restaurantes do concelho. Comedicionais que englobam o programa “7 Prazeres da Gastronomia”, çou em Maio e vai até Dezembro, com iguarias típicas da região recuperar algumas receitas com pouca expressão mas que outrora desde os rojões, ao galo assado e ao Pica no Chão. tiveram uma preponderância relevante, bem como descobrir o reEste programa teve inicio em Março, com o Fim de semana da ceituário pouco conhecido e que esteja fora do contexto gastronóLampreia, e prosseguiu com a Semana Gastronómica do Galo, mico atual. “Foi feito um levantamento e o registo da gastronomia dos Rojões e das Papas de Sarrabulho à moda de Barcelos, em do concelho, de forma a permitir identificar e fazer um ponto de siMaio. Este programa continua de 2 a 4 de Julho, com o Fim tuação do presente, para se projetar o futuro deste setor importante de semana dos Petiscos, e prossegue com o Fim de Semana em termos turísticos e económicos do concelho e da região”, salientou do Bacalhau, de 17 a 19 de Setembro, o Concurso do Galo o vereador. Assado, de 8 a 10 de Outubro, o Fim de Semana do Arroz Pica Paralelamente a estas iniciativas gastronómicas, o Município de Barno Chão, de 5 a 7 de Novembro, e termina com o Concurso celos desenvolve um conjunto de atividades, ao longo de todo o ano, Barcelos Doce, nos dias 4 e 5 de Dezembro. como trilhos e passeios turísticos, workshops e programas de animação, Ao longo do ano, e conjuntamente com estes fins de separa que se possa aproveitar toda a riqueza do nosso concelho. 8

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De 10 a 25 de Julho, em 20 restaurantes do concelho

Há vinho e petiscos e vinho a 5 euros nos restaurantes de Santarém Vinte restaurantes de Santarém vão disponibilizar os melhores petiscos regionais harmonizados com vinhos do Tejo, pelo preço de 5 euros.

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evento “Santarém Petiscos & Vinhos do Tejo” vai decorrer de 10 a 25 de Julho, no âmbito dos 40 Anos do Festival Nacional de Gastronomia de Santarém. O roteiro com uma vintena de restaurantes aderentes, convida a saborear pratos para “picar” harmonizados com vinhos, pelo preço de 5 euros. Caracóis, tábua mista de enchidos e queijos, camarão com molho de tomate, moelas guisadas, torricado de sapateira, picadinho de novilho bravo, ovos com farinheira, estão entre os muitos petiscos à prova nestas jornadas gastronómicas. A iniciativa, da Câmara Municipal e da Viver Santarém, pretende valorizar a gastronomia e dos vinhos do Tejo, bem como, a dinamização da economia local. Através de um roteiro com os restaurantes aderentes a população poderá saborear o melhor da gastronomia e percorrer através dos melhores sabores os diversos espaços de restauração. Com o objetivo de estimular a participação da população, serão premiados aqueles que degustarem os primeiros dez petiscos. Será disponibilizado nos restaurantes um roteiro para que os participantes possam registar a sua presença e degustação dos diversos petiscos acompanhados dos vinhos do Tejo. O presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves, diz o objetivo “é a valorização da gastronomia e dos vinhos do Tejo, bem como a dinamização da económica local, agradecendo o envolvimento de todos nesta iniciativa”. Por sua vez João Teixeira Leite, presidente da Viver Santarém, salienta que a iniciativa visa “dinamizar Santarém, reforçar o estatuto de capital da gastronomia, atraindo novos públicos ao nosso território, reforçando a sua convicção que será um evento que tem todas as condições para se afirmar e repetir”. O presidente da Comissão Vitivinícola Regional (CVR) do Tejo destacou o envolvimento da CVR neste evento. Luís de Castro confirmou que os vinhos do Tejo “irão participar em vários eventos gastronómicos que fazem parte do Festival Nacional de Gastronomia, que este ano comemora 40 anos”. “Estou certo que a união destas entidades irá ter muito êxito junto do público, valorizando a gastronomia local e os vinhos do Tejo”, sustentou.

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De 5 a 11 de Julho, em 9 restaurantes do concelho

Festival “Vila Viçosa à Mesa” propõe Semana das Sopas Integrado no Festival Gastronómico “Vila Viçosa à Mesa”, uma iniciativa da Câmara de Vila Viçosa, vai decorrer de 5 a 11 de Julho a Semana das Sopas, um evento que promova um dos pratos mais emblemáticos do Alentejo, onde o pão é um elemento obrigatório da “dieta alentejana”, ao qual é dado um tratamento de rei, comprovado na grande variedade de sopas, açordas, migas e ensopados.

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s sopas de origem pobre e rural, dos tempos em que a alimentação das famílias estava limitada ao que era cultivado, enriqueceram a gastronomia alentejana através dos sabores singelos que se encontrou com a adição do pão (preferencialmente duro) a uma mão cheia de ervas aromáticas, que garantem o sabor típico das sopas alentejanas, saber e arte transmitidos ao longo de várias gerações. Estes fatores tornaram a gastronomia alentejana simples e imaginativa, onde podemos encontrar os ingredientes de cada época. O Festival Gastronómico “Vila Viçosa à Mesa” decorre durante o ano na primeira semana de cada mês, dá corpo e alma à oferta gastronómica do concelho e pretende elevar mais alto esta oferta, aliciar e levar aos estabelecimentos de restauração do concelho os muitos turistas e visitantes que os procuram, com ofertas gastronómicas temáticas que evidenciam o melhor que há para degustar em Vila Viçosa. Os apreciadores poderão degustar num dos restaurantes aderentes uma das receitas de sopa alentejana. Assim, – Restaurante da Columbófila: Sopa de tomate, sopa de grão com espinafres, sopa de feijão com repolho; choco frito e costeletas panadas com esparregado; – Café Restaurante Florbela Espanca: sopa de beldroegas, de tomate e de cação; – Restaurante Os Cucos: Gaspacho simples, com pastelão ou com carapauzinhos; sopa de beldroegas com ovo e sopa de cação; – Restaurante Taverna dos Conjurados: açorda de bacalhau, sopa de tomate e sopa de cação; – Restaurante Ouro Branco: várias sopas alentejanas; – Restaurante Restauração: gaspacho alentejano e sopa de tomate com bacalhau; – Restaurante Safari: sopa de cação e sopa de tomate; – Adega 7160: várias sopas alentejanas; – Café Nascer do Sol (Pardais): sopa de ervilhas com ovos escalfados e chouriço, sopa de feijão com alabaças, sopa da panela, sopa fria de meloa com presento, sopa de feijão-verde com borrego, sopa de tomate com carnes fritas e ovo escalfado, sopa de cação, sopa de bochechas com grão e farinheira; mistas grelhadas, cação de cebolada e frango assado na brasa à Maria.

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Parque Industrial Coimbrões, Lote 76 Apartado 5002, 3501-997 VISEU Tel.: 232 470 760 | Fax: 232 470 769 | E-mail: viseu@soveco.pt www.soveco.pt

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Na Aldeia Histórica de Belmonte, a 10 de Julho

Ciclo “12 em Rede” celebra a figura de Pedro Álvares Cabral Nascido na Aldeia Histórica de Belmonte, Pedro Álvares Cabral deu novos mundos ao mundo ao descobrir o Brasil, em 1500. No próximo dia 10 de Julho, o Ciclo “12 em Rede | Aldeias em Festa” 2021 chega à Aldeia Histórica de Belmonte para recordar esta incontornável figura da História, levando-nos ainda à descoberta da família Cabral.

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ara celebrar a ligação da Aldeia Histórica de Belmonte com o Brabrar a ligação da Aldeia Histórica de Belmonte, e Portugal, sil, o evento contará também com uma degustação de sabores com o Brasil. O evento contará, por exemplo, com a visita do país sul-americano, pela mão do chef Valdir Lubave. O dia termiguiada “Belmonte em época de Cabral”, a palestra “As renará em grande, com um concerto do músico Dino d’Santiago, com a ceitas do tempo de Pedro Álvares Cabral”, um momento participação do Coro da Academia Sénior de Belmonte. com música do Brasil, pela voz de músicos brasileiros que O primeiro alcaide-mor do castelo da Aldeia Histórica de Belmontrabalham na região, a experiência gastronómica “Sabores do te chamava-se Fernão Cabral I. Era o pai de Pedro Álvares Cabral. Brasil”, com o chef Valdir Lubave, e termina com um concerto Em 1446, tornou o castelo a sua residência, fundando o Paço dos de Dino d’Santiago, no palco do Castelo da Aldeia Histórica de Cabrais (como ainda hoje é conhecido). Pedro Álvares Cabral celeBelmonte, com a participação do Coro da Academia Sénior de brizou o nome de Belmonte em todo o mundo, quando descobriu Belmonte. o Brasil, em 1500, mas a família Cabral já vinha a marcar, há alE para descobrir, em pleno, a Aldeia Histórica de Belmonte, gum tempo, a história daquele lugar. o Ciclo “12 em Rede | Aldeias em Festa” inclui, ainda, atividaCom o mote “Por Terras de Cabral”, o Ciclo “12 em Rede | des complementares no fim-de-semana do evento. No dia 9 de Aldeias em Festa” 2021 chega à Aldeia Histórica de Belmonte Julho, às 21,30 horas, haverá um momento de acolhimento aos para celebrar não só a figura de Pedro Álvares Cabral, como participantes do evento, seguido de uma visita noturna ao Castelo também a própria família Cabral. O evento promete ainda da Aldeia Histórica de Belmonte. No dia 11 de Julho, habitantes e uma viagem pela História de Belmonte e até ao Brasil - uma visitantes da Aldeia Histórica de Belmonte podem participar numa ligação que Pedro Álvares Cabral firmou e que permanece caminhada pela PR - Caminho Histórico de Belmonte, com welcome até aos nossos dias. session & degustação de produtos regionais no TheVagar - Mountain Várias atividades, ao longo de todo o dia, prometem um Suites ou numa visita livre aos museus de Belmonte, cuja extensa ofernovo olhar sobre a família Cabral e momentos para celeta é um dos mil motivos para visitar a Aldeia Histórica. 12

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Durante todo o evento, em vários restaurantes de Belmonte, é possível provar as “Receitas de Cabral”. Graças a um projeto comunitário, desenvolvido em conjunto com restaurantes e empresas alimentares de Belmonte, foram criados pratos de inspiração medieval que evocam sabores, aromas, cores e texturas próximas daquelas que terão povoado a mesa de Pedro Álvares Cabral, com a participação de João Pedro Gomes e do chef Luís Lavrador. Devido à pandemia, a participação no evento será limitada e sujeita a inscrição prévia – mas a festa poderá ser sentida e vivida em todo o mundo, via streaming, no Facebook das Aldeias Históricas de Portugal. A inscrição, que é gratuita, pode ser feita para a totalidade do evento ou apenas para um momento específico, como um concerto ou uma visita guiada – sendo que o limite de participantes dependerá do espaço e da tipologia de cada atividade. Para se inscreverem para o programa da festa na Aldeia Histórica de Belmonte, os interessados devem contactar a Câmara de Belmonte ou as Aldeias Históricas de Portugal. Este evento é promovido pela Associação de Desenvolvimento Turístico Aldeias Históricas de Portugal, numa organização do Município de Belmonte, Associações e Agentes económicos locais. Uma iniciativa apoiada pelo Centro 2020, Portugal 2020 e Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, através do Programa de Valorização Económica de Recursos Endógenos (PROVERE).

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Concertos acústicos de artistas portugueses

Festival EA Live Évora propõe harmonizar boa música com vinho Quatro concertos acústicos de artistas portugueses marcam o regresso do festival EA Live Évora, em Julho, organizado pela Fundação Eugénio de Almeida (FEA), após um ano de interregno provocado pela pandemia de covid-19, revelou a organização. O conceito é harmonizar bons momentos musicais com vinho EA”, classificou a organização.

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edro Abrunhosa, Carolina Deslandes, Bárbara Tinoco e Tiago Nacarato sobem ao palco nos dias 16, 17, 23 e 24 de Julho, respetivamente, na Quinta de Valbom, num “ambiente intimista”, e com vista para as “idílicas vinhas da Adega da Cartuxa”, explicou a FEA em comunicado. “Promovendo Évora como destino cultural de excelência, o EA Live irá transmitir a sua energia única à comunidade e a todo os que a visitarem”, adianta a organização do festival, que ainda “dará a oportunidade a quatro artistas emergentes de atuarem na abertura de cada um dos concertos”. O festival teve origem numa campanha da Fundação Eugénio de Almeida, em 2016, na qual cinco artistas de diferentes áreas foram “convidados a provar e a traduzir o vinho EA da Cartuxa em arte”, segundo o sítio oficial do festival na internet. Desde então, acrescente a FEA, tem vindo “a traçar um caminho que transformou profundamente uma marca de vinhos numa marca com ligações 14

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à arte de fazer música”. “Idealizado para os amantes de música e vinho, nos últimos anos o conceito já assumiu o formato de ‘slow fest, fast festival, music sessions’, harmonizando sempre os bons momentos com vinho EA”, classificou a organização. A lotação do EA Live irá respeitar as normas indicadas pela Direção-Geral da Saúde, assegura a FEA, e os 30 euros de custo do bilhete, à venda nos locais habituais, incluem uma degustação de vinhos EA. Os concertos têm início às 20,30 horas e o festival irá disponibilizar estacionamento gratuito no centro da cidade de Évora e ligação ao recinto dos concertos através de um serviço de ‘transfers’. Desde o seu ano de estreia, em 2017, o EA Live decorre maioritariamente na capital do Alto Alentejo, mas já contou com passagens por Lisboa, em edições anteriores, nomeadamente no Coliseu dos Recreios e no Campo Pequeno.


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Um novo evento, sob o rigor que os tempos atuais exigem

Edição de Verão da Essência do Vinho - Porto é ao ar livre no Palácio de Cristal

A cidade do Porto conhece a estreia de um novo evento. Essência do Vinho - Porto, Edição de Verão é uma forma descontraída de mostrar os vinhos de 150 produtores, nacionais e internacionais, numa programação que contempla ainda provas comentadas, restaurantes e sessões de cozinha ao vivo. O evento vai decorrer de 2 a 4 de Julho, no Palácio de Cristal, ao ar livre, com restrições de lotação e cumprindo as diretrizes de segurança e higiene da Direção-Geral da Saúde.

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ntre novidades e vinhos de fazer sonhar, os visitantes poprémios do “Concurso Mundial de Bruxelas” aos vinhos portuderão atualizar-se quanto aos vinhos do momento. Melhor gueses representados no evento que obtiveram as melhores ainda, o cenário de apreciação é ao livre, no inconfundível Jardim considerações naquela competição internacional. das Camélias do Palácio de Cristal, local que permite uma panorâNo último dia, a Quinta da Biaia, Ribafreixo e Global Wines mica única sobre a zona ribeirinha e a foz do rio Douro, sem esquemostram “Vinhos Bio e Vegan” (12:30). Qual enredo de Camicer o por do sol com a ponte da Arrábida de Edgar Cardoso a traçar lo, a prova “Amor de Perdição: Vinhos do Dão & Chocolate” o horizonte visual. (15:00) promete tornar-se uma tentação. “A diversidade de De todas as regiões do país e ainda de boa parte das mais veneSanta Vitória” (17:30) guia-nos por uma extensa e multifaráveis denominações internacionais, difícil será mesmo escolher um cetada herdade do sul do Alentejo, que produz vinhos basbranco atlântico cheio de frescura ou um tinto de cor aberta e arotante versáteis. E a fechar (19:30) provam-se “Os Melhores mas perfumados. Ou ainda, um espumante que nos convida a celeVerdes 2021”, recentemente eleitos. brar a vida ou um rosé que nos desafia à harmonização gastronómica. Na Concha Acústica do Palácio de Cristal, o verdadeiE por que não um Porto com água tónica? ro espetáculo terá o chefe Chakall como protagonista. Ainda no capítulo do vinho, a programação inclui uma dezena de As sessões de cozinha ao vivo realizam-se diariamente, provas comentadas, conduzidas por enólogos, produtores e pelos propelas 19:30 (dia 2), 16:30 e 19:30 (dia 3), 16:30 e 18:30 vadores da Revista de Vinhos. (dia 4). Serão receitas fáceis de executar em casa, com o A 2 de Julho apresentam-se os vinhos da coleção “Poças Fora da Sétwist que o chefe do turbante nos habituou. Em funciorie” (18:30), interpretações alternativas de castas e formas de elaboranamento permanente, quatro espaços de restauração ção de vinhos no Douro pela já centenária Poças Júnior. No mesmo dia permitem petiscar ao longo da visita. (20:30), a Global Wines desafia a uma viagem pelo Alentejo, Bairrada e A entrada é gratuita com aquisição obrigatória de Dão na sessão “Vinhos 19|90 uma viagem por três regiões”. copo de provas Riedel, no valor de 5,00€, e inclui duas A tarde de 3 de Julho inicia-se com uma incursão pelo território-mãe de degustações de vinhos. O acesso ao evento implica uma das grandes castas brancas do nosso país através da prova “Vinhos ainda a realização de um teste à Covid-19 (4,00€/tesVerdes Alvarinho de Monção e Melgaço” (12:30). A seguir (15:00) atraveste), disponível no local ou, em alternativa, o Certificasamos o Atlântico na prova “Vinho Madeira, a expressão de um vinho vuldo Digital Covid; comprovativo de teste PCR negativo cânico”. A curiosidade aguça para ficarmos a conhecer e provar os vinhos realizado nas últimas 72h ou comprovativo de teste dos vencedores de nova edição do concurso “Os Melhores Vinhos do Dão rápido antigénio realizado nas últimas 48 horas. 2021” (17:30). Ao início da noite (20:30) decorrerá a sessão de entrega de 16

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Com vinhos das colheitas de 2010 e 2020

Alvarinho das Quintas de Melgaço no topo das escolhas dos especialistas Os vinhos Alvarinho da Quintas de Melgaço (QM) continuam a somar reconhecimentos. Três dos seus néctares foram merecedores de pontuações de excelência, com grande destaque para o Alvarinho QM, cujas colheitas de 2010 e 2020 arrecadaram algumas das classificações mais altas dos respetivos segmentos.

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stas distinções são passos muito importantes para a Quintas No que concerne ao segmento “Alvarinhos de Colecionador”, de Melgaço. Sabemos que é o amor pelo que fazemos que foi a vez de uma outra jóia do espólio do Alvarinho QM brilhar: nos coloca no caminho de bons resultados e estas excelentes a sua colheita de 2010, com a conquista de uma das melhores pontuações espelham a qualidade que é fruto desta dedicação. pontuações da prova: 18 pontos. O Alvarinho QM, em particular, tem sido o exemplo perfeito É ainda de especial referência a categoria “Alvarinho de Culto”, deste percurso”, afirma Pedro Soares, administrador das Quinonde o QM Nature 2016 foi um dos protagonistas ao ser reconhetas de Melgaço. cido com 17,5 pontos. Estes dois vinhos também mereceram o selo Com o objetivo de melhor avaliar e celebrar a diversidade “Altamente Recomendados”. dos vinhos da casta Alvarinho, a prova da Revista de Vinhos Recorde-se que os néctares da Quintas de Melgaço, como o Alvarifoi organizada em quatro categorias distintas: “Espumantes nho QM, têm vindo a conquistar distinções ao nível nacional e interde Alvarinho”; “Alvarinhos de Culto”; “Alvarinhos de Colenacional. Em 2021, este vinho tornou-se o único Alvarinho a conquiscionador”; e “Alvarinhos Colheita 2020”. tar a Medalha de Duplo Ouro no maior e mais importante concurso de Na categoria “Alvarinhos Colheita 2020”, várias marcas vinhos da Ásia, os SAKURA Japan Women’s Wine Awards, após ganhar de renome marcaram presença a par da Quintas de Melo Ouro no XXVI Grand International Wine Awards Mundus Vini – 2020. gaço. O corpo cheio e final de boca prolongado do Alvarinho QM 2020 conquistou a melhor posição do segmento, com 17,5 pontos atribuídos. Foi, também, o único néctar da categoria ao qual foi atribuído o selo “Altamente Recomendados”, da Revista de Vinhos. www.gazetarural.com

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Vinícola sedeada no Poço do Canto, no concelho da Meda

Vinilourenço aposta em vinhos diferenciadores e no enoturismo É um dos produtores do Douro que procura marcar a diferença, oferecendo ao mercado “vinhos para se beberem e vinhos para se falarem”, como afirmou Jorge Loureço, o mentor do projeto Vinilourenço, sedeado no Poço do Canto, no concelho da Meda.

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ituada numa zona de transição, “onde o Douro encontra a serra”, a Vinilourenço aposta agora no enoturismo, uma necessidade para enfrentar os novos tempos, com a criação de condições para receber todos quantos a visitem. Jorge Lourenço, em conversa com a Gazeta Rural, adiantou que para breve está o lançamento de um vinho bivarietal, com as castas Samarrinho e Donzelinho. Gazeta Rural (GR): Depois da aposta na vinha e nos vinhos chegou a hora do enoturismo? Jorge Lourenço (JL): Esta aposta era inevitável, com a criação de condições para receber pessoas e provas. Contudo, de certa forma, já o estávamos a fazer, mas sentíamos que as condições não eram as que queríamos. Esta nova aposta vai no sentido de criarmos essas condições, porque percebemos que o turismo é necessário. Com a pandemia o turismo parou bastante, a que acresce a desertificação desta região, pelo que esta aposta será o nosso futuro, também pela atração de pessoas a estas zonas do interior, mas também como forma de promovermos os nossos vinhos, os produtos locais e, ao mesmo tempo, criar riqueza na região onde estamos inseridos. Acredito que estamos numa região com um grande potencial, mas que são consideradas desfavorecidas por causa da desertificação e haver menos gente. Este é um investimento significativo, que demorou algum tempo, deu algum trabalho, tem despesas, mas acreditamos que nos poderá trazer retorno e ajudar a dar a conhecer, e a reconhecer, os nossos produtos. GR: Quando vai a uma feira, nacional ou internacional, é questionado sobre que oferta tem na quinta? JL: Depende das feiras, pois nem toda a gente conhece a realidade da região onde estamos inseridos. Numa feira internacional há quem não conheça ou não saiba sequer onde fica Portugal, quanto mais a Meda ou o Poço do Canto. Numa feira nacional também há quem não saiba onde é a Meda. Conhece o Douro, às vezes apenas por fotografia. Obviamente que temos esta necessidade, pois quando vamos a uma feira, ou numa simples viagem, quando encontramos alguém interessante 18

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fazemos-lhe o convite para nos visitar. E se convidamos alguém também queremos ter condições para a acolher e para lhe mostrar o que temos de bom. Essa foi uma das razões que nos motivou a avançar para este investimento. GR: Mostrar ao potencial cliente ou consumidor o local onde os vinhos são produzidos é uma mais valia? JL: A paisagem também ajuda. Onde temos a adega não estamos rodeados de vinhas, mas estamos muito perto, contudo mostra muito do que é o nosso terroir, no Douro Superior, uma zona de transição entre o xisto e o granito. Na Meda um dos slogans é “onde o Douro encontra a serra”. Quem aqui chega encontra nesta paisagem um pouco da história, pois se houver um nevão conseguimos ver a neve na Serra da Estrela, mas em contrapartida não conseguimos ver o Douro, mas temos o vale do Douro e conseguimos ver montanhas para lá do Douro.

“Há vinhos para se beberem e há vinhos para se falarem” GR: A Vinilourenço tem apostado em produtos ‘fora da caixa’, em vinhos diferenciadores. Essa é uma aposta ganha, para continuar? JL: Essa foi sempre a minha filosofia, que incuti na minha equipa. Fazer mais do mesmo, aquilo que todos fazem não tem grande interesse. Para nós é muito importante fazer coisas diferentes, para termos produtos diferenciadores. Apostamos na exploração das castas típicas desta região, do melhor que as vinhas velhas nos podem dar, mas também do melhor que este território tem para dar. Obviamente que queremos continuar com essa filosofia, achamos que esse é o caminho mais difícil, mas pode também ser o do sucesso. Quando falo de sucesso, não quero ser o melhor do mundo, mas todos nós, quando fazemos coisas, queremos que elas nos motivem internamente. Quando dizia que não queremos fazer mais do mesmo, sabemos que temos que ter vinhos comerciais, que o consumidor goste, mas também percebemos que há vinhos para se beberem e há vinhos para se falarem e nós queremos ter as duas faces da moeda. Nos vinhos comerciais temos que olhar para o gosto do consumidor, enquanto os vinhos para se falarem vão ao encontro do nosso gosto pessoal, à descoberta do que este território tem, do clima que temos e o que as castas autóctones nos podem dar. Depois temos a vantagem de aliar as vinhas que temos no Poço do Canto, no concelho da Meda, e as nossas propriedades de Foz Côa, Pocinho e Vale da Teja. Isso dá-nos um leque e um potencial muito grande para trabalhar vinhos totalmente diferentes e, de certa forma, fazer muitas experiências na adega, o que é sempre desafiante e dá para lançar produtos novos quase todos os anos. GR: E aproveitar o melhor de algumas castas que estavam em vias de extinção? JL: Sim. O Samarrinho e o Donzelinho são duas castas bastante antigas no Douro, o segundo mais típico do Poço do Canto, mas que, pela sua morfologia, foram desafiantes para fazer um projeto de raiz, porque fomos ao Centro de Estudos buscar o material genético, foi enxertado e as vinhas foram plantadas em 2012. Já fizemos alguns monocastas de ambos. Brevemente iremos lançar um bi-varietal das duas castas. Este é um exemplo e goste-se ou não são perfiz de vinhos diferentes, que não agradam a todos, mas são diferenciadores. É que isso que procuramos neste segmento. São os vinhos que se vão beber, mas também falar neles. www.gazetarural.com

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Com o projeto “Cultura Entre Pontes”

Canto Polifónico Feminino reavivado em quatro municípios ribeirinhos do Vouga A prática polifónica a três vozes, que tem passado de geração em geração desde tempos imemoriais, corre hoje em dia um sério risco de se perder. Os objetivos desta oficina são claros e passam por conhecer, aprender, preservar e integrar no património cultural o Canto Polifónico Feminino, atualmente alvo de candidatura a Património Cultural Imaterial da Humanidade (UNESCO). É através desta iniciativa de desenvolvimento artístico e comunitário, promovida no âmbito do projeto “Cultura Entre Pontes”, que esta prática não será perdida.

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m Sever do Vouga, Vouzela, Oliveira de Frades e São Pedro do Sul serão selecionadas 10 mulheres por município que gostem de cantar. O grupo, composto pelas vozes dos quatro municípios, irá posteriormente atuar nos quatro concelhos, num espetáculo a 40 vozes. A oficina “Canto Polifónico Feminino” tem como objetivo preservar e reinterpretar o cancioneiro tradicional do território articulado com as novas sonoridades e formas de apresentação para que esta importante e identitária prática não se perca no tempo. Numa altura em que o Canto Polifónico Feminino está a ser alvo de uma candidatura a Património Cultural e Imaterial da Humanidade da UNESCO, esta oficina reveste-se de especial importância. O objetivo passa pelo ensino, disseminação e valorização do canto a três vozes junto da população mais jovem. Para isso, serão recuperadas e transcritas para pauta 10 cantadas a partir do património musical polifónico dos quatro municípios- Sever do Vouga, Vouzela, Oliveira de Frades e São Pedro do Sul. Em termos práticos, em cada município será constituído um grupo de 10 mulheres locais, com ou sem experiência prévia, mas 70% das participantes devem ser jovens até aos 30 anos de idade. Este aspeto é determinante, considerando o envelhecimento associado às detentoras desta tradição e consequente necessidade de renovação da geração de praticantes.

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Inscrições estão abertas até 15 de Julho A seleção será da responsabilidade do diretor artístico Paulo Pereira e, em cada município, as oficinas serão dinamizadas por uma cantora profissional que ensinará esta prática. Assim, em Sever do Vouga a responsável é Carmina Repas Gonçalves, em Vouzela é Joana Negrão, em Oliveira de Frades é Celina da Piedade e em São Pedro do Sul é Teresa Campos. As inscrições estão abertas até 15 de Julho e têm um limite de 10 vagas por município. Em Sever do Vouga as oficinas acontecem dias 31 de Julho, 18 e 19 de Agosto; em Oliveira de Frades dias 16, 17 e 18 de Agosto; São Pedro do Sul a 16, 17 e 18 de Agosto; e em Vouzela dias 17, 18 e 19 de Agosto. As datas dos concertos já estão agendadas: Sever do Vouga 21 de Agosto; Vouzela 22 de Agosto; Oli-


veira de Frades 11 de Setembro e São Pedro do Sul 12 de Setembro. Aos espetáculos irão juntar-se duas associações locais de cada município. Cada uma, com base no património recolhido por Giacometti, vão apresentar cerca de três cantadas. Os espaços de apresentação escolhidos são ao ar livre e de elevado valor patrimonial, desde moinhos, pelourinhos, eiras, dolmens, museus, parques, igrejas, bibliotecas ou torres medievais.

Projeto Cultura Entre Pontes O Projeto “Cultura Entre Pontes” visa capacitar não só as associações culturais e artísticas destes municípios, mas também fortalecer ‘novas’ pontes de contacto e colaboração futuras. O trabalho com as associações culturais e com a comunidade é o âmago do projeto. No canto polifónico, serão criados grupos de canto locais nos territórios e promovidos espetáculos com a participação dos grupos locais. Já no teatro, serão criadas visitas encenadas em locais de elevado valor patrimonial para visitação e promoção dos territórios, em articulação com associações culturais. Mas há muito mais, desde uma mostra sobre o emblemático canto polifónico, um roteiro turístico e cultural pelos 4 municípios com recurso a vídeo mapping e até uma mítica caderneta de cromos. Esta rede supramunicipal (que une municípios de duas sub-regiões diferentes - Viseu Dão Lafões e Região de Aveiro) pretende que as entidades envolvidas passem a ganhar escala e partilhem uma visão comum na superação dos desafios de captação de novos públicos e visitantes, que são tão importantes para reverter as quebras das dinâmicas económicas e culturais provocadas pela pandemia de Covid-19. “Cultura Entre Pontes” é, assim, um projeto agregador que fala de proximidade, de ligação, de união. Foram aliás estas premissas que levaram a erigir esta pioneira rede cultural, com base no desenvolvimento de um programa de ação inovador, integrador e de “amor sincero ao povo”, utilizando a expressão de Michel Giacometti, reconhecido etnomusicólogo francês que desenvolveu no território um trabalho único na preservação e valorização do património imaterial associado ao canto polifónico.

Tlf.: 232 411 299 Tlm.: 918 797 202 www.gazetarural.com 23 Email: novelgrafica1@gmail.com


Inaugurou as obras do Largo da Carvalha e a requalificação do Dólmen I de Carapito

Ministra da Coesão Territorial visitou o concelho de Aguiar da Beira A Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, visitou o concelho de Aguiar da Beira, onde se inteirou do decurso das obras de requalificação do Dólmen I de Carapito, um dos mais emblemáticos e imponentes monumentos megalíticos do país e um exemplar único no mundo, cujas obras devem ficar concluídas no final do Verão, e inaugurou as obras do Largo da Carvalha, já concluídas.

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guimos que o projeto integrasse o Mapeamento Europeu da Cultura, o epois da sessão pública, que decorreu no Salão Noque permitiu o acesso a fundos europeus para a sua requalificação e bre da Câmara de Aguiar da Beira, a ministra inauguvalorização”. O projeto “ambicioso, como lhe chamou Joaquim Bonifárou as obras de requalificação do Largo da Carvalha, recencio, inclui a requalificação do Dólmen, mas também a reconstituição da temente concluídas mamoa que existia há seis mil anos. Na sua intervenção, a Ministra da Coesão Territorial destaRecorde-se que a “Casa da Moura”, como localmente é conhecido cou o trabalho levado a cabo na recuperação do legado históo Dólmen I de Carapito, foi alvo de trabalhos arqueológicos em 1966 rico, como é o Dólmen de Carapito, “que se torna um fator de por Vera Leisner e Leonel Ribeiro, cujos resultados o catapultaram atratividade”, para além de que é importante “o despertar para para uma projeção internacional que ainda hoje poucos dólmens a nossa cultura” e para o património histórico, que “é importanportugueses possuem. te preservar”, sustentando que “temos obrigação de manter o O total das duas obras ascendem a um investimento global de que herdámos para as gerações vindouras”. cerca de um milhão e meio de euros, na sua quase totalidade finanPara além disso, Ana Abrunhosa referiu que “nunca como agociadas por fundos europeus. ra os autarcas do interior estiveram tão empenhados em tornar os seus territórios amigáveis para o investimento”, numa alusão aos mais de 2.700 projetos aprovados a nível nacional, num investimento de cerca de 1,9 milhões de euros, comparticipados por fundos europeus em mais de 1,2 milhões. É que a governante destacou a importância da coesão territorial e da fixação de pessoas nestas regiões. Por sua vez o presidente da Câmara de Aguiar da Beira destacou a importância das duas obras para o concelho, em particular da recuperação do Dólmen de Carapito. Joaquim Bonifácio referiu o esforço feito para conseguir o financiamento destas obras e o contributo de Ana Abrunhosa, na altura presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro. “Conseguimos com bastante persistência aprovar os projetos para a requalificação do Largo da Carvalha, no centro histórico da Vila, e do Dólmen de Carapito, esta ansiada há mais de 40 anos”, afirmou Joaquim Bonifácio, salientando que, no caso deste último, “é também um exemplo de persistência, pois conse24

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Diz o presidente da Mirtilusa, José Sousa

O mirtilo de Sever do Vouga “é o melhor dos melhores” Está a decorrer bem a campanha do mirtilo em Sever do Vouga, que este ano deve ultrapassar as 200 toneladas. O presidente da Mirtilusa, em conversa com a Gazeta Rural, diz que o fruto não chega para as encomendas. “Se estivéssemos a receber quatro ou cinco vezes mais fruto estava vendido”, refere José Sousa.

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ara o dirigente, o mirtilo que se produz no concelho tem boa procura e é diferenciador. Prova disso é aquilo que ouve de clientes estrangeiros: “é o melhor dos melhores”, dizem. Gazeta Rural (GR): Está a correr bem a campanha do mirtilo deste ano? José Sousa (JS): Em relação aos anos anteriores está a correr muito bem, porque se está a escoar o fruto, que não chega para as encomendas. Se estivéssemos a receber quatro ou cinco vezes mais fruto tínhamo-los vendido. Considero que os preços, que nesta altura se praticam, são muito bons. Como presidente da Mirtilusa e como produtor, olhando para o histórico de anos anteriores, considero que vai ser uma boa campanha. Houve alguns problemas com a mosca, mas foi muito residual, após as últimas chuvas. GR: O mirtilo que se produz em Sever do Vouga é muito procurado. É diferenciador? JS: Claramente. Converso bastante com os nossos clientes e o que nos dizem é que o mirtilo de Sever do Vouga é o melhor dos melhores. Quando um cliente de um país, que é dos maiores produtores do mundo, nos diz que o nosso fruto, ao nível do grau brix, é muito superior ao que eles produzem, está a dizer tudo. O mirtilo tendo doçura é o que importa para os clientes.

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GR: Enquanto presidente da Mirtilusa, consegue fazer uma estimativa da quantidade de mirtilo que se produz em Sever do Vouga? JS: Pelas quantidades que recebemos na Mirtilusa, e numa estimativa geral, com os outros dois grandes comercializadores do concelho, diria que Sever do Vouga deve produzir entre 200 a 250 toneladas de fruto por campanha. Esta produção tem tendência a aumentar, uma vez que nos últimos anos foram feitas algumas plantações, ao abrigo da Bolsa de Terras e também de projetos de jovens agricultores, que são ainda muito jovens e que devem começar a produzir em pleno dentro de dois a três anos. Nessa altura, tudo indica, e se as plantações não forem abandonadas, deveremos atingir o pico da produção no concelho, que pode ultrapassar as 300 toneladas de mirtilo. Sabemos que nem todos os projetos chegam a bom porto, por razões diversas, mas se tudo correr bem podemos ultrapassar essa quantidade GR: Até quando vai decorrer a campanha? JS: Há variedades tardias que ainda não estão em produção. Tenho uma variedade tardia que há uns anos terminámos a apanha do fruto em meados de Setembro. No ano passado terminámos em Agosto. Tudo depende do tempo. O clima é que dita se antecipamos ou atrasamos a apanha. Porém, num ano normal, a campanha decorre até Agosto.


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O presidente da Câmara de Sever do Vouga

Feira Nacional do Mirtilo 2021 cumpriu os objetivos traçados Sever do Vouga levou a cabo a edição 2021 da Feira Nacional do Mirtilo, não nos moldes que a Câmara local desejava, mas a possível no momento atual. O certame correu bem, com bastantes visitantes, destacando-se o comportamento de todos, no cumprimento do plano de contingência traçado em face da situação que o país atravessa.

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presidente da Câmara de Sever do Vouga destacou esse facto, referindo que foi cumprido o objetivo, que foi “a venda e promoção do nosso produto agrícola principal, que é também a marca do concelho”. Joaquim Coutinho, em conversa com a Gazeta Rural, referiu também o momento (30 de Junho) que o concelho vive com a ausência de casos.

AC: A vacinação no concelho está adiantada? AC: Sim. Esse é um fator bastante positivo. Estamos com uma cota de vacinação elevada, bastante acima da média nacional, o que é um motivo para estarmos mais descansados, não direi totalmente tranquilos, mas esperamos que as coisas decorram de forma favorável.

Gazeta Rural (GR): Não foi a feira que queria, mas foi a possível? António Coutinho (AC): Naturalmente. Andávamos desejosos de voltar aos velhos tempos, mas ainda não foi possível. Foi uma feira com um misto de bastante público, como gente que utilizou a feira para as suas aquisições, de forma moderada, segura e ordenada. Cumprimos o objectivo que era a venda e promoção do nosso produto agrícola principal, que é também a nossa marca, com os produtores de mirtilo do concelho, bem como de produtos associados e derivados. GR: Atravessamos um momento difícil. O concelho de Sever do Vouga tem estado tranquilo? AC: Temos andado abaixo e acima, como a maior parte do país, sem nunca termos estado numa situação muito má. Houve apenas um período menos bom. Nos últimos tempos temos andado entre o 0 e meia dúzia de casos. Nesta altura estamos sem casos e espero que isso se mantenha por muito tempo, mas, no momento que atravessamos, nada é garantido. 28

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GR: Com isso e com o cartão digital, acredita num bom Verão no concelho? AC: Acredito, tal como acreditei o ano passado. Só que estas coisas não são como nós queremos. Vamos esperar que, com o comportamento sério das pessoas e como a vacinação adiantada, possamos ter um Verão descansado. GR: Como está a decorrer o plano para o turismo no concelho? AC: Já tenho a última versão do plano, ainda que sujeita a correcções e alterações. Eu e a equipa envolvida vamos debruçar-nos sobre o documento para ver se é aquilo que ambicionamos. GR: Há potencialidade no concelho por explorar? AC: Acho que potencialidades novas surgem de onde menos esperamos e é para isso que os especialistas trabalham. Nós se aproveitarmos os recursos turísticos que temos, a todos os níveis, desde a natureza, à paisagem, aos desportos de natureza, à gastronomia e os monumentos, tudo compilado dá um grande bolo. Somos, realmente, um concelho bafejado pela sorte no que toca ao potencial turístico.


Uma equipa liderada por docente da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra

Ideia de reaproveitamento das folhas de mirtilo vence concurso “From Linear to Circular Ideas” O projeto BB RELeaf, liderado por Sofia Viana, docente da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra (ESTeSC), venceu o primeiro prémio do Concurso de Ideias de Economia Circular “From Linear to Circular Ideas”.

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reaproveitamento das folhas de mirtilo - consideradas um desperdício agrícola - para gerar biomassas com aplicação nas indústrias alimentar e nutracêutica está na base desta ideia inovadora. O objetivo passa por “converter resíduos agrícolas em novos ativos de valor acrescentado, otimizando o rendimento de recursos naturais, fomentando circuitos de retorno e facilitando a transição para sistemas que exponenciem a bioeconomia circular”, explica Sofia Viana que, além de docente da ESTeSC, é investigadora integrada no Coimbra Institute for Clinical and Biomedical Research da Universidade de Coimbra. Os ensaios pré-clínicos realizados pela equipa BB RELeaf (que integra o projeto “Biomassa inovadora da folha senescente do mirtilo: convertendo resíduos em recursos nutracêuticos sustentáveis de valor acrescentado”) demonstram os benefícios funcionais das biomassas geradas a partir das folhas de mirtilo, cuja aplicação poderá ser possível em três segmentos de mercado: como aditivo antioxidantes de base natural; como ingrediente funcional para rações animais superiores; e como suplemento nutracêutico. A ideia é, agora, que a participação no concurso “From Linear to Circular Ideas” sirva de alavanca para a abertura do projeto ao mercado. “O objetivo do concurso é fomentar a transferência de conhecimento da academia para a sociedade, através do estreitamento de relações com o tecido empresarial das equipas cujos projetos foram considerados mais inovadores, disruptivos e com potencial de acrescentar valor. É esta agora a expectativa”, assume Sofia Viana. Promovido pela Rede Campus Sustentável, o concurso “From Linear to Circular Ideas” – que se realizou este ano pela primeira vez - contou com 144 participantes, de mais de 20 Instituições do Ensino Superior português e brasileiro. O vídeo da sessão final – onde são apresentados os cinco projetos finalistas, entre os quais o BB RELeaf – está disponível em https://www.youtube.com/watch?v=4Z78zzqYlWA.

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Segundo dados da Associação Nacional de Proprietários Rurais

Potencial económico do setor da caça pode ser superior a mil milhões de euros anuais A atividade económica gerada anualmente pelo setor da caça em Portugal cifra-se em 320 milhões de euros, um valor muito aquém do seu potencial, de acordo com um levantamento efetuado pela Associação Nacional de Proprietários Rurais, Gestão Cinegética e Biodiversidade (ANPC).

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Associação estima que o setor, com a adoção de políticas adequadas, possa vir a ter um potencial económico na ordem dos 1,14 mil milhões de euros anuais. Atualmente, as 5100 zonas de Caça existentes em Portugal, a que correspondem sete milhões de hectares, garantem 7300 postos de trabalho permanentes, a que se somam 108300 empregos temporários. Uma maior aposta no setor cinegético, e a adoção de políticas públicas adequadas, iria ampliar significativamente o já muito relevante papel da Caça na criação e manutenção de empregos nas zonas rurais: a exploração sustentável da Caça poderia gerar até 21400 postos de trabalho permanentes e 317000 empregos temporários. De acordo com João Carvalho, secretário-geral da ANPC, “atualmente aproveitamos apenas cerca de 30% do potencial do setor da caça, o que nos convoca para a necessidade urgente de dinamização do setor cinegético através da implementação de uma estratégia nacional de promoção e valorização dos recursos cinegéticos, à semelhança do que ocorre noutros países, como por exemplo Espanha. O setor da caça pode ser um aliado efetivo no esforço de recuperação económica de Portugal, permitindo que com uma adequada e sustentável valorização dos recursos endógenos se criem dezenas de milhares de postos de trabalho no interior do país, contribuindo para a dinamização e coesão territorial, a par da promoção da biodiversidade e da valorização dos habitats. A caça é um setor que, com uma estratégia adequada, pode ser crescentemente inovador e tecnológico e ter um efeito indutor positivo em setores complementares, como são os casos do turismo, gastronomia e restauração, hotelaria, comércio, cultura, entre outros.” De acordo com o mesmo levantamento efetuado pela ANPC, a título comparativo, em Espanha 30

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- o mais direto competidor de Portugal -, a caça gera anualmente 6,5 mil milhões de euros, é responsável por 187 mil empregos diretos e afirma-se como um contribuinte muito expressivo para o PIB neste país. O turismo cinegético em Espanha é, aliás, um dos principais motores do desenvolvimento regional, fruto quer das condições naturais do país (onde existem grandes semelhanças com Portugal), quer das políticas de promoção e desenvolvimento aí empreendidas. Portugal foi durante muitos anos um dos principais países emissores de caçadores para Espanha, tendência que se esbateu, fruto do desenvolvimento do setor em Portugal. Atualmente esta tendência inverteu-se, sendo aliás Espanha o principal mercado emissor de caçadores estrangeiros em Portugal. Com um plano nacional de valorização da caça, e o envolvimento ativo das autoridades públicas de regulação da caça, mas também de promoção turística, seremos capazes de potenciar a vinda de caçadores estrangeiros, turistas que poderemos considerar ‘de elevado valor acrescentado’ dado terem um nível médio de consumo cerca de 50% superior ao dos restantes turistas. A economia gerada pela caça vai muito para além do impacto direto no sector (empresas de caça, de gestão cinegética e de fornecimento de equipamentos cinegéticos), tendo uma enorme relevância para sectores complementares como a hotelaria, restauração, comércio e serviços locais nas regiões mais desfavorecidas do nosso País.

A caça é um recurso endógeno renovável A caça é ainda um sector de forte captação de investimento estrangeiro para Portugal e, nos últimos anos, muitas dezenas de herdades de caça foram adquiridas por investidores que apostam no nosso país pela excelência do território nacional para a produção de caça e biodiversidade. Com o desenvolvimento de políticas públicas adequadas para o setor da caça, assentes em critérios de racionalidade e de conhecimento, que tenham a preocupação de valorizar a caça como recurso que é, permitirão que este setor cresça e que o seu potencial de criação de emprego e geração de riqueza seja efetivo, ao mesmo tempo que o Estado vê as suas receitas aumentarem. A caça é um recurso endógeno renovável cujo potencial económico pode, e deve, ser devidamente explorado através da adoção de uma agenda de desenvolvimento do setor. A este propósito e no âmbito da reflexão sobre o sector da caça, promovida pelo ministro do Ambiente e da Ação Climática sobre quem recaí a tutela do setor, a ANPC, conjuntamente com a FENCAÇA e CNCP (Organizações do Setor da Caça de 1º Nível), remeteram no passado mês de Fevereiro uma proposta de estratégia e de medidas estruturais, assentes numa visão e em valores modernistas, que conduzam a uma caça do século XXI, apelando a João Pedro Matos Fernandes “para que não continuemos a desperdiçar o enorme potencial existente em Portugal. As três OSC de primeiro nível requereram, entretanto, audiência ao ministro do Ambiente e da Ação Climática, para tratar deste e de outros assuntos cruciais para o sector, para o desenvolvimento rural e para a conservação dos recursos naturais. www.gazetarural.com

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Com a presença do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor

Centro de Interpretação e Sensibilização Ambiental inaugurado no Boticas Parque Foi inaugurado em Boticas do Centro de Interpretação e Sensibilização Ambiental (CISA). O ato foi presidido por Manuel Heitor, Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, juntamente com o presidente da Câmara de Boticas, Fernando Queiroga, o presidente da CCDR-N, António Cunha, e a responsável ambiental da Iberdrola, Sara Hoya.

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seus recursos endógenos”. ISA, situado no Boticas Parque - Natureza e BiodiversidaPor sua vez, o presidente da Câmara de Boticas, Fernando Queide (BNB), é um espaço lúdico e pedagógico direcionado, roga, disse que “este equipamento vai permitir dinamizar ainda sobretudo, para o público mais jovem e que tem como objetivo mais o Boticas Parque e atrair mais visitantes ao nosso Concelho”, principal a divulgação científica e ambiental do mexilhão-de-rio acrescentando que “a vasta riqueza natural e paisagística desta (Margaritífera margaritífera), uma espécie de bivalves protegida região merece ser conhecida e valorizada”. pela Convenção Sobre a Conservação da Vida Selvagem e dos HaApós a inauguração teve lugar uma visita guiada ao BNB, nobitats Naturais. meadamente ao Posto Aquícola e ao Centro de Reprodução de Além da divulgação do mexilhão-de-rio, este espaço contempla mexilhão-de-rio, e ainda ao Centro de Artes Nadir Afonso. também informações sobre mais duas espécies presentes neste De referir que a criação do CISA decorreu no âmbito do território como é o caso da Toupeira-de-Água e da Borboleta Azul. “Plano de Compensação de Flora e Fauna”, atribuídas ao MuUm espaço distinto e inovador que dá a conhecer o vasto património nicípio de Boticas pela Iberdrola, empresa responsável pela natural existente no Concelho de Boticas e na região, contribuindo, construção do Sistema Eletroprodutor do Tâmega, e surge simultaneamente, para a diversificação das atividades turísticas e amcomo complemento ao Centro de Reprodução de mexilhãobientais disponibilizadas no BNB. -de-rio instalado também no Boticas Parque. O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, referiu que “a criação de espaços como este são fundamentais para dinamizar e valorizar os territórios, através do estudo do património e dos

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Percursos que Leon de Rosmithal fez entre Freixo de Espada à Cinta e Braga

Póvoa de Lanhoso apostada em criar novo caminho de Santiago de Compostela Covas do Barroso e Lameiros do Barroso são os percursos

Câmara de Boticas implementa novos trilhos no concelho Prosseguem a bom ritmo os trabalhos de criação de duas novas pequenas rotas no concelho de Boticas, nomeadamente o PR1 - Trilho de Covas do Barroso e o PR2 - Trilho dos Lameiros do Barroso, sendo que a implementação dos percursos está a cargo da empresa Naturthoughts - Turismo de Natureza, Lda.

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Trilho de Covas do Barroso, com 8,9 quilómetros de distância, terá início e fim junto ao Forno do Povo de Covas do Barroso e passará em alguns dos pontos mais emblemáticos da freguesia, como são o caso do Largo do Cruzeiro, da Igreja de Santa Maria e do Observatório do Território GIAHS/SIPAM – Olhar do Guerreiro, em Covas do Barroso, e da Capela de São José, na localidade de Romaínho. Por sua vez, o Trilho dos Lameiros do Barroso, trajeto com 9,9 quilómetros, tem como ponto de partida e chegada o Largo da Capela, em Vilarinho Seco, uma aldeia tipicamente barrosã onde predominam os espigueiros e as casas de pedra com telhados de colmo, passando ainda pelas localidades de Bostofrio e Agrelos.

Cinco peregrinos, provenientes da Póvoa de Lanhoso, percorreram o Caminho que Leon de Rosmithal fez entre Freixo de Espada à Cinta e Braga, num percurso de cerca de 220 quilómetros. Durante o trajeto, o grupo foi recebido pelo presidente da Câmara da Póvoa de Lanhoso, Avelino Silva, nos Paços do Concelho, e pelo Arcebispo Primaz, D. Jorge Ortiga, na Sé de Braga.

A

Câmara da Póvoa de Lanhoso pretende lançar as raízes para a criação de um novo caminho de Santiago de Compostela, com base nas crónicas da viagem de Leon de Rosmithal, realizada no século XV. Desta forma, a peregrinação que hoje terminou destinou-se já a fazer o reconhecimento do terreno. Leon de Rosmithal, Barão de Blatna, cunhado de Jorge de Podiebrad, rei da Bohemia (reino dissolvido e integrado na República Checa), iniciou, a 26 de novembro de 1465, uma peregrinação até ao túmulo do apóstolo Santiago Maior, em Santiago de Compostela, com passagem por Portugal. Nesta viagem, fez-se acompanhar por 40 pessoas e 52 cavalos e trazia uma carta de Dona Leonor de Portugal, casada com Frederico III, Imperador Sacro Império Romano-Germânico para entregar a seu irmão, Rei Afonso V. Entrando em Freixo de Espada à Cinta, já em 1466, atravessou Portugal na diagonal até passar pela Póvoa de Lanhoso, onde um dos seus cronistas descreve a terra e o estado do Castelo de Lanhoso. Em Braga, a comitiva foi acolhida pelo rei Afonso V e recebeu estadia. Daqui, seguiu a sua missão em direção a Ponte de Lima, tomando o Caminho Central Português.

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Na oitava edição do Prémio Uva de Ouro 2021

Espumantes Terras do Demo conquistam mais duas medalhas Os espumantes Terras do Demo, produzidos pela Cooperativa Agrícola do Távora, em Moimenta da Beira, conquistaram mais duas medalhas. Foi na oitava edição do Prémio Uva de Ouro 2021. “Ouro” para o ‘Malvasia Fina Bruto (2019)’ e “Prata” para o “Pinot Noir Blanc De Noir (2018)”. Nos últimos quatro anos os espumantes de Moimenta foram distinguidos 13 vezes em diversos concursos nacionais e internacionais.

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“Pinot Noir”, produzido em exclusivo para a garrafeira do Continente, é um espumante branco, com tom levemente rosado, feito a partir da casta que lhe dá o nome, reconhecida internacionalmente como uma das mais nobres para a produção de espumante. Já o “Malvasia Fina”, branco também, apresenta aspeto límpido, bolha fina e persistente, aroma intenso, primoroso a flores de malvasia, paladar acidez distinta que contribui para um final cheio de presença. Os prémios foram conquistados em prova cega que contou com enólogos, produtores, sommeliers, wine educators, agrónomos e vitivinicultores que ao longo de cinco dias avaliaram 600 amostras de vinho. De acordo com a organização as medalhas atribuídas destinam-se a vinhos com pontuações acima dos 80 pontos no caso dos vinhos merecedores da medalha de “Prata”, sendo atribuída a medalha de “Ouro” a vinhos com pontuações superiores a 90 pontos.

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Sucede no cargo a João Monney Paiva

José dos Santos Costa é o novo presidente do Politécnico de Viseu José dos Santos Costa foi eleito presidente do Instituto Politécnico de Viseu (IPV) para o quadriénio 2021/2025. A eleição decorreu durante o Conselho Geral do IPV, após a audição pública dos dois candidatos, que efectuaram a apresentação dos seus programas de ação, seguindo-se um período de esclarecimentos.

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otaram os 30 elementos que compõem o Conselho Geral. José dos Santos Costa obteve 23 votos e João Monney Paiva 7. José dos Santos Costa sucede no cargo a João Monney Paiva. É doutorado em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina da Universidade de Salamanca, tem o grau de mestre em Ciências de Enfermagem, atribuído pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto, e é licenciado em Medicina Dentária pela Universidade Católica Portuguesa. É docente da Escola Superior de Saúde de Viseu, desde 1991, foi vice-presidente do Politécnico de Viseu de 2009 a 2017. O Conselho Geral do Politécnico de Viseu é constituído por 21 elementos internos, dos quais 16 são representantes dos professores, aos quais se juntam cinco representantes dos estudantes. O Conselho Geral completa-se com nove personalidades externas, membros de reconhecido mérito, representantes da comunidade, como Arlindo Cunha, presidente da Comissão Vitivinícola Regional do Dão; Adelino Costa, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Viseu; Carlos Santiago, presidente da Comunidade Intermunicipal do Douro e da Câmara Municipal de Sernancelhe; Conceição Azevedo, presidente da Câmara Municipal de Viseu; Fátima Eusébio, diretora do Departamento dos Bens Culturais da Diocese de Viseu; Fernando Daniel Nunes, administrador do grupo Visabeira; Joaquim Jorge Nelas, diretor do Serviço de Ortopedia do Centro Hospitalar Tondela-Viseu; Mário Coutinho, técnico superior da Misericórdia de Lisboa; e Nuno Dionísio, diretor da Softinsa/IBM.


Investigadores confirmam a sua existência

Há antigas minas de ouro romanas na região centro de Portugal

Uma equipa de investigadores espanhóis confirmou a existência de antigas minas de ouro romanas no centro de Portugal, anunciou a Câmara de Penamacor, que é parceira da investigação. A autarquia ressalva que a existência de antigas minas romanas de ouro na Região Centro não era totalmente desconhecida, mas também sublinha que os resultados deste projeto de investigação, que foi dirigido pelo Consejo Superior de Investigaciones Científica - CSIC, mostram a verdadeira dimensão desse complexo.

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irigido por Brais X. Currás e por F. Javier Sánchez-Pao estudo dos registos paleoambientais conservados na rede permitiu lencia, o projeto conta já com resultados publicados compreender as mudanças nos usos do solo derivados do início da na revista Antiquity. “A identificação de um conjunto mimineração do ouro”, está detalhado. neiro foi realizada através de meios de teledeteção aérea, Dentro do complexo mineiro de Penamacor realizaram-se também empregando a análise da fotografia aérea dos anos 1950, escavações no acampamento romano situado junto à Mina da Presa. mas também por outros mais modernos, como a limpeza do Os dados obtidos mostram que a cronologia do acampamento se siterreno com tecnologia LiDAR. O resultado é a documentatua na época Julio-Claudia, por volta da primeira metade do século ção de um extenso conjunto de minas, que situa a Lusitânia I DC. Na altura, o território lusitano já tinha sido conquistado por como uma das principais zonas produtoras de ouro do ImRoma há um longo tempo. Assim, a presença do exército não estaria pério Romano. Trata-se fundamentalmente de minas a céu relacionada com a conquista, mas com o controlo do território e a aberto, que foram trabalhadas com a ajuda da água. exploração dos recursos. Na maior parte dos casos, destas antigas explorações hoje Esta investigação iniciou-se no âmbito de um projeto de póssó restam os materiais estéreis, em forma de grandes amon-doutoramento da Fundação para a Ciência e Tecnologia dirigido toamentos de pedra, conhecidos localmente como ‘conheiras’“, por Brais X. Currás na Universidade de Coimbra e foi levado a cabo refere-se na nota da autarquia. Segundo acrescenta, “as micom financiamento dos projetos de “Arqueología en el Exterior” nas localizam-se fundamentalmente no vale do Tejo e nos seus do Estado Espanhol. afluentes: o Erges, o Ponsul, o Ocreza e o Zêzere”, sendo que no Atualmente, a investigação continua dentro dos projetos Zêzere uma boa parte das minas situam-se abaixo das barragens “AVRARIA. El oro de Hispania. Impacto territorial, económico y e só podem ser reconhecidas nas fotografias aéreas tiradas pelo medioambiental de la minería del oro en el Imperio romano” e exército nos anos 1940. “AVRIFER TAGVS. Poblamiento y geoarqueología del oro en Lusi“Também se documentou uma grande área mineira no vale do tania (AuTagus3)”. rio Alva, até agora quase desconhecida, e que alberga uma das Os investigadores prevêem continuar as escavações no conmaiores concentrações de explorações auríferas romanas de todo junto mineiro de Penamacor, centrando-se no estudo do poPortugal”, aponta. voamento ligado às minas. A informação refere ainda que as escavações foram realizadas A partir de uma perspetiva geoarqueológica, também se procom o apoio da autarquia e que estiveram centradas no conjunto curará entender a geologia dos depósitos auríferos e a tecnomineiro do Covão do Urso e Mina da Presa. “Realizaram-se escavalogia usada para o seu aproveitamento, além de também se ções nos depósitos de água da rede hidráulica empregada no funpretender prosseguir o estudo da presença dos exércitos de cionamento. Por este meio, conseguiu-se demonstrar que as minas Roma na antiga Lusitânia e a sua relação com a mineração estiveram em funcionamento entre os séculos I-III d.C. Além disso, do ouro. www.gazetarural.com

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Última Hora

Iniciativa junta municípios de Barcelos, Esposende e Braga

‘Do Ferro ao Ouro’ inicia viagem ao Legado Medieval em Barcelos

Os municípios de Barcelos, Esposende e Braga uniram-se para criar uma iniciativa que nos transporta até aos períodos mais emblemáticos do passado de cada cidade. A iniciativa ‘Do Ferro ao Ouro’ conta com um programa dividido pelas três cidades e apresenta mais de 100 iniciativas, gratuitas, ao longo de quatro meses, que nos levam a viajar em três épocas distintas, a Idade do Ferro, a Idade Média e o período Barroco.

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viagem no tempo inicia com o legado Medieval barcelense em ruínas do Castelo de Faria. destaque, de 2 a 18 de Julho, com vários eventos na Torre MeO exercício interpretativo e pedagógico dos ofícios princidieval, Frente Ribeirinha, Paço dos Condes, Igreja Matriz, Largo Marpais, dos jogos, e outras atividades ligadas ao tema medieval, tins Lima e no Castelo de Faria. como a equitação, a armaria e a falcoaria, serão disponibilizaDepois da itinerância de Barcelos em Braga, com um concerto do dos e dinamizados por técnicos experimentados em associação Coro de Câmara de Barcelos em que apresentaram os Louvores a com os artesãos locais. Nossa Senhora nas Cantigas de Santa Maria, de Afonso X, o Sábio, A viagem ao passado prossegue em Esposende com o período segue-se agora a itinerância de Esposende em Barcelos com a sinfoGalaico-Romano, entre 23 e 25 de Julho, e termina em Braga com nia Mataphor of a Place, de Frederico Dinis, no dia 26 de Junho, às destaque para o período Barroco, entre 22 e 26 de Setembro. 22 horas, em Galegos Santa Maria. Os interessados podem consultar todos os eventos do prograBarcelos faz a sua viagem ao legado Medieval, de 2 a 18 de ma, horários, informações e inscrições em www.do-ferro-ao-ouro. Julho, com torneios de justas a cavalo, na Frente Ribeirinha, aprept. Todas as atividades estarão sujeitas às normas da Direção-Geral senta vários autos de Gil Vicente, enquadrados pelos monumenda Saúde em vigor na altura da sua realização. Todos os eventos são tos mais significativos da época. Pode ainda participar em jogos de entrada gratuita, e sujeitos a inscrição prévia. Para participar nos de tabuleiro medievais, na Torre Medieval, e ficar a conhecer eventos que se realizam em Barcelos inscreva-se através do e-mail dohistórias e segredos com as visitas guiadas ao Paço dos Condes ferroaoouro@cm-barcelos.pt. de Barcelos e ao Centro Histórico. A operação “Do Ferro ao Ouro” foi apresentada à Autoridade de GesAinda durante esta viagem ao passado, pode ver, viver e tão do NORTE 2020 – Programa Operacional Regional do Norte n.º 14experimentar in loco o quotidiano da época medieval, pela 2020-25, sendo cofinanciada no âmbito do Programa Operacional Norte experiência de um conjunto de atividades artesanais em 2020, Portugal 2020 e Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEcontexto de oficina, num acampamento montado entre as DER). 36

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Iniciativa vai decorrer entre 3 de Julho a 15 de Agosto

Município de Gouveia propõe “Um Verão 5 Estrelas” “Gouveia - Um Verão 5 estrelas” é a proposta do Município de Gouveia para animar o Verão de 2021. A iniciativa vai decorrer entre 3 de Julho a 15 de Agosto e conta com diversas atividades nas áreas da cultura, desporto, património, gastronomia e ambiente.

T

endo em conta o aumento da procura turística que se verifidades culturais em recintos ao ar livre, com lugares sentados cou nos destinos de turismo de interior e natureza no Verão de e controlo de acessos, será este o local mais indicado para 2020 e que, previsivelmente, deverá também ocorrer neste Verão, o a realização deste tipo de atividades em condições de seguMunicípio de Gouveia preparou uma proposta que tem como prinrança. O primeiro teste ao plano de contingência desenhado cipais objetivos a dinamização da economia local e a atenuação dos para o “Anfiteatro da Cerca” aconteceu com o espetáculo, “Exefeitos provocados pela pandemia nos agentes turísticos locais. pressões de uma Polifonia Popular Beirã – O Instrumento e a “Gouveia - Um Verão 5 estrelas” foi pensada para ter enquadraPartitura”, de João Barradas & Quinteto de Cordas da Orquestra mento nas atuais restrições impostas pelas medidas de combate à Sinfónica de Gouveia, no dia 10 de Junho. Esta primeira iniciativa pandemia, como a proibição da realização de desfiles, festas popuvalidou a funcionalidade do recinto para pequenos espetáculos, lares, manifestações folclóricas ou outras de qualquer natureza, em com capacidade máxima para 250 lugares sentados, assegurando espaços ou vias abertos, quer sejam públicos, privados ou equipao distanciamento físico e o cumprimento de todas orientações rados a públicos e é uma proposta para que todos vivenciem o Vesanitárias. No contexto do estado de calamidade, o “Gouveia rão em Gouveia. Um Verão 5 Estrelas” vem para reforçar a oferta de animação da Engloba atividades dirigidas a diferentes públicos. Terá atividacidade e do concelho, procurando mitigar o impacto económico des culturais como espetáculos musicais, de teatro, dança, artes que resulta da impossibilidade legal de realizar eventos de massas, performativas, circenses, humorísticas, workshops artísticos; inicomo é o caso das Festas do Senhor do Calvário. Isto porque tentar ciativas educativas na área da cultura, como espetáculos de tearealizar a “A Maior Romaria das Beiras”, adaptando-a às atuais restro infantil ou iniciativas de sensibilização para a leitura; eventos trições legais, com pequenas iniciativas presenciais, significaria desecológicos e ambientais, como caminhadas, oficinas, ações de virtuar por completo um evento que possui um carácter popular e sensibilização e concursos de fotografias; atividades desportivas identitário muito forte. Ainda assim, não deixarão de ser assinalados como ginástica, hidroginástica e aulas de atividade física (inclualguns momentos simbólicos das Festas do Senhor do Calvário, que sive para o publico sénior); e ainda um passaporte para “Tapisserão divulgados no contexto da programação da iniciativa “Gouveia car em Gouveia”, entre muitas outras iniciativas. – Um Verão 5 estrelas”, prevista para o mês de Agosto. Foi também a pensar nesta iniciativa que o Município de A programação prevista estará sempre dependente da evolução da Gouveia entendeu realizar uma intervenção de manutenção situação epidemiológica do concelho e das medidas de combate à panno “Anfiteatro da Cerca”. Isto porque, face às orientações da demia da doença COVID-19 que se encontrarem em vigor, à altura da Direção Geral de Saúde, que privilegiam o decurso das ativirealização das atividades. www.gazetarural.com

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Nos fins de semana de 2 a 4 e 9 a 11 de Julho

Monção convida-o a ir até ao reino do Alvarinho A Feira do Alvarinho de Monção, a maior Wine Party de Portugal, foi cancelada, tal como o ano passado. Como alternativa, o Município de Monção lançou, em colaboração com os produtores locais, a campanha “Bem-vindo a Monção, o Reino do Alvarinho” com a realização de dois fins de semana, 2 a 4 e 9 a 11 de Julho, repletos de atividades para todos os públicos.

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plinar constituída por quatro espetáculos que retratam a multiiniciativa promocional, onde enaltecemos as potencialidades plicidade de temáticas que o vinho oferece. e atrativos do território, com particular destaque para o vinho O desporto está presente com a realização de trilhos pedesAlvarinho, elegante na forma e delicioso no conteúdo, tem como obtres, pedalar Monção, atividades no rio Minho (caiaque, stand jetivo reforçar a atividade económica e proporcionar aos munícipes up paddle), tiro com arco e kartcross a pedais. A gastronomia e visitantes vários momentos de animação e descontração”, refere também não poderia faltar. 18 restaurantes do concelho têm na a autarquia do Alto Minho. ementa “Cordeiro à Moda de Monção”, popularmente conheciO programa do evento celebra o regresso ao quotidiano, dentro do como “Foda à Monção”. 6 bares disponibilizam tapas à base de da normalidade possível e com total segurança, convidando todos produtos endógenos de Monção. os amantes deste território, em família ou grupo de amigos, a desOs visitantes são convidados a visitar “O Reino do Alvarinho”, frutar das atividades previstas e de um vinho fantástico que nasceu um destino extraordinário, algo mais grandioso do que pode imagiali, naquele ‘cantinho simpático’, sendo produzido por várias centenar, que foi afirmando a sua inconfundível identidade ao longo dos nas de monçanenses, para deliciar o mundo inteiro. anos, não só graças à arte de “saber fazer” e “bem receber” do seu Nos dois fins-de-semana há muito para ver e fazer. Consultanpovo, como também à riqueza do seu divino vinho Alvarinho. Sabedo o programa, as propostas são múltiplas e diversificadas, desde -se que aqui nasceu e cresceu, antes de qualquer registo, motivo jantares vínicos, serões à moda antiga, conversas com sabores, pelo qual se confunde a história do reino com a história do vinho. visitas e provas vínicas nas quintas e adegas do concelho, pique“Esta terra tem paisagens mágicas e sedutoras, onde se ouve o niques “Sabores de Monção”, e provas comentadas de Alvarinho. ritmo da terra. E a imaginação serve-se num copo. Com alma, alegria Referência ainda para visitas guiadas pelo perímetro da fore a luz da festa. Sentimos esta terra dento de nós. Necessitamos de taleza de Monção, Alvarinho palmo e meio, tours em Tuk Tuk, voltar a ela. De saboreá-la e vivê-la”. passeios de charrete, e o Projeto Monsons, atividade multidisci-

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Monção convida-o a ir até ao reino do alvarinho

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e 23 canto Polifónico Feminino reavivado em quatro municípios ribeirinhos do Vouga

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Fim de Semana dos Petiscos está de volta a Barcelos

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Município de Manteigas promove Festival da Truta

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Sátão comemora 910 anos de atribuição da carta de foral

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