Vinícola sedeada no Poço do Canto, no concelho da Meda
Vinilourenço aposta em vinhos diferenciadores e no enoturismo É um dos produtores do Douro que procura marcar a diferença, oferecendo ao mercado “vinhos para se beberem e vinhos para se falarem”, como afirmou Jorge Loureço, o mentor do projeto Vinilourenço, sedeado no Poço do Canto, no concelho da Meda.
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ituada numa zona de transição, “onde o Douro encontra a serra”, a Vinilourenço aposta agora no enoturismo, uma necessidade para enfrentar os novos tempos, com a criação de condições para receber todos quantos a visitem. Jorge Lourenço, em conversa com a Gazeta Rural, adiantou que para breve está o lançamento de um vinho bivarietal, com as castas Samarrinho e Donzelinho. Gazeta Rural (GR): Depois da aposta na vinha e nos vinhos chegou a hora do enoturismo? Jorge Lourenço (JL): Esta aposta era inevitável, com a criação de condições para receber pessoas e provas. Contudo, de certa forma, já o estávamos a fazer, mas sentíamos que as condições não eram as que queríamos. Esta nova aposta vai no sentido de criarmos essas condições, porque percebemos que o turismo é necessário. Com a pandemia o turismo parou bastante, a que acresce a desertificação desta região, pelo que esta aposta será o nosso futuro, também pela atração de pessoas a estas zonas do interior, mas também como forma de promovermos os nossos vinhos, os produtos locais e, ao mesmo tempo, criar riqueza na região onde estamos inseridos. Acredito que estamos numa região com um grande potencial, mas que são consideradas desfavorecidas por causa da desertificação e haver menos gente. Este é um investimento significativo, que demorou algum tempo, deu algum trabalho, tem despesas, mas acreditamos que nos poderá trazer retorno e ajudar a dar a conhecer, e a reconhecer, os nossos produtos. GR: Quando vai a uma feira, nacional ou internacional, é questionado sobre que oferta tem na quinta? JL: Depende das feiras, pois nem toda a gente conhece a realidade da região onde estamos inseridos. Numa feira internacional há quem não conheça ou não saiba sequer onde fica Portugal, quanto mais a Meda ou o Poço do Canto. Numa feira nacional também há quem não saiba onde é a Meda. Conhece o Douro, às vezes apenas por fotografia. Obviamente que temos esta necessidade, pois quando vamos a uma feira, ou numa simples viagem, quando encontramos alguém interessante 18
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