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psicoativas
mo doença. Essa mudança de perspectiva se faz porque o objeto de estudo dela não são somente as doenças, as causas de óbito. O termo abrange também os hábitos, os com portamentos - como o tabagismo -, os aspectos positivos em saúde - como a percepção de bem-estar - e as reações das populações às medidas preventivas e à oferta de serviços de saúde, entre outros apectos3 .
A premissa básica da epidemiologia social é de que os eventos relacionados à saúde não ocorrem ao acaso e que cada um de nós possui certas características que nos predispõem ou nos protegem desses eventos. A compreensão dessas características/fatores determinantes pode nos auxiliar em sua eliminação, redução ou neutralização4 .
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Epidemiologia e uso de drogas
A epidemiologia torna-se uma importante ferramenta para o estudo do fenômeno do uso de drogas, podendo contribuir em vários aspectos na discussão e planejamento de políticas públicas, como se segue:
• dimensionamento e estabelecimento de balizas para quantificação e qualificação do problema; • pontuar suas principais características como fenômeno social que se apresenta como um problema de saúde coletiva; • identificação de grupos com mais vulnerabilidade e fatores de importância na produção do fenômeno.
A abordagem epidemiológica no campo do uso de drogas permite estimar a necessidade de oferta de serviços de saúde e subsidiar o planejamento de intervenções que visem reduzir as condições relacionadas à droga na população.
Os estudos epidemiológicos na área de drogas visam descrever questões como:
• A frequência e os hábitos de consumo de drogas em determinadas populações; • os padrões de uso e consumo; • o diagnóstico de transtornos relacionados ao uso; • o conhecimento de fatores associados tanto ao uso quanto aos transtornos.
Esses estudos são realizados com o intuito de fomentar a implantação de programas preventivos adequados e políticas públicas que melhor atendam às demandas dessa população e sua família, partindo da premissa de que é fundamental conhecer uma realidade para o planejamento de ações que realmente a atendam.
Nos diversos estudos realizados sobre o uso de drogas no mundo são descritos muitos fatores de vulnerabilidade. Para a compreensão do fenômeno do uso de substâncias psicoativas e, consequentemente, da demanda de ações de abordagem, tratamento e políticas efetivas, é fundamental o conhecimento desses fatores e sua distribuição na população.