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idosos sem situação de rua

Horizonte de 19989 e 20136, observa-se que a transição demográfica também está acontecendo nessa população (Figura 9).

Figura 9: Pirâmide etária da população em situação de rua de Belo Horizonte de 1998 e 2013

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Fonte: Garcia et al. Terceiro censo de população em situação de rua do município de Belo Horizonte. Viçosa. Suprema, 2014.

Se, por um lado, estes dados indicam redução da entrada crianças e jovens na população em situação de rua, por outro pode-se observar o aumento do número de adultos que passam a compor os estratos etários acima de 30 anos. Esses dados mostram que, muito provavelmente, nos próximos anos o número de idosos em situação de rua irá crescer. Os dados do estudo também revelam que esses adultos têm tido pouco acesso às medidas básicas de prevenção em saúde e que eles continuam expostos a importantes fatores de risco, como o consumo de álcool, tabaco, a desnutrição e situações de negligência e violência.

A somatória de todos esses fatores provavelmente criará uma população ainda mais vulnerável do que conhecemos hoje, nomeada de “população de idosos na rua”. Além disso, a falta de vínculos familiares fará com que o estado tenha que investir em meios para proteger, acolher e acompanhar esses idosos, conforme preconiza o Estatuto do Idoso10. Isso demandará que o Poder Público se prepare para lidar com mais essa população vulnerável, pois além da situação de rua, que por si só é um forte fator de vulnerabilidade, esses adultos estão envelhecendo sem qualidade (Figura 10). Corroboram esses resultados os dados da Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, que revelam aumento de 26% do número de idosos em situação de rua no Brasil entre 2010 e 201111 .

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