32 se exibiu com trajes que não lembram a simbologia da realeza e nem tão pouco dialogava com a letra do samba.
Figura 04: Porta-bandeira e mestre-sala Dodô e Adão, em 1953 (Fonte: O Cruzeiro). Disponível em : https://www.portelaweb.org/segmentos/mestre-sala-e-porta-bandeira/casais-da-portela. Acesso em 16/12/2020.
A rara imagem da época nos revela o cuidado da porta-bandeira com sua cabeça quanto ao penteado e nota-se uma tiara, cuidadosamente colocada sobre o penteado, embora a adereçaria não tenha feito parte de detalhes e designs no conjunto da indumentária. Quanto ao seu par como forma de não mostrar o cabelo masculino, que por sua vez não tinha como fazer penteados, o recurso utilizado foi o uso do chapéu para compor sua indumentária com referência ao estilo de chapéus originalmente usados pelos nobres do velho continente no período 1600-16505, chapéus altos ou largos com abas enfeitados eram tendência entre os nobres. O chapéu com estruturas de abas longas, ambas laterais eram cuidadosamente enroladas para dentro e finalizado com uma pluma de avestruz em uma das laterais. 5 A moda no período 1600-1650 na roupa da Europa Ocidental é caracterizada, entre outras, pelas mangas cheias, chapéus altos ou largos com abas. Para os homens, a mangueira desaparecia em favor de calções. Disponivel em: https://www.hisour.com/pt/mens-fashion-in-western-europe-in-1600-165032427/. Acesso em 23/12/2020