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Figura 18. Mestre-sala e porta-bandeira Matheus e Squel, 2020. Disponivel em: https://carnavalinterativo.com.br/blog/2020/03/06/squel-jorgea-e-matheus-oliverio-seguem-namangueira-para-2021/. Acesso em: 19/12/2020.
Ela com um penteado estruturado com mechas em verde e rosa e um arranjo com uma miniatura de coroa na lateral do penteado. Ele com uma peruca para representar o penteado dreadlock e uma finalização com um adereço que faz alusão a uma coroa de espinhos intencionados a fazer uma releitura de forma “poética” assim defendido no livro Abre Alas (2020), das imagens de Jesus e Maria. Nenhuma verticalização para disputa de espaço com a bandeira, sem base de arame e pesos de decorações, o que revela a tendência da ambiência carnavalesca atual. A análise dos dados históricos, imagens e vídeos dos desfiles também revelam a tendência por adereços de cabeças poucos verticalizados, sem os exageros anteriores de grandes volumes, em formas suntuosas, com as bases de armações de arames, o uso exagerado leques de penas e plumas e dos enfeites decorativos. Nas três figuras anteriores (18,17 e 16) ficou evidenciado a preferencia dos adereços de cabeças que fazem parte da caracterização do figurino carnavalesco, para apresentação de personagens por eles encarnados na atualidade. Com o mínimo de volume e peso, que também trouxeram para os casais mais mobilidade nos giros com suas bandeiras, e, sem interferir ergonomicamente com seus passos coreográficos. Primordialmente, os adereços de cabeça foram inspirados no estilismo do burgo do velho continente, adornados com belos penteados, tiaras, coroas e chapéus. Por conseguinte, estruturados em bases de arames com exageros nas formas e volumes, finalizados com maior verticalização por leques de plumas e penas.