Notícias do Mar n.º 437

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O Problema dos Microplásticos

forem

Nas últimas décadas a poluição por plásticos tem vindo a ser uma ameaça crescente para a vida marinha, mas não só, segundo diversos estudos já realizados a poluição por microplásticos já está na cadeia alimentar, chegando até a nossa corrente sanguínea.

Os plásticos tornam as nossas vidas mais fáceis de várias formas e são frequentemente mais leves ou menos dispendiosos do que os materiais alternativos. Mas, se não forem descartados ou reciclados adequadamente, acabam no nosso meio ambiente, onde permanecem durante séculos, degradando-se em pedaços cada vez menores. Estes pequenos pedaços normalmente inferiores a 5 mm, denominamse por microplásticos e levantam preocupações para a nossa saúde.

A produção mundial de plásticos tem vindo a aumentar desde 1950 e em 2019 foram produzidas cer-

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Notícias do Mar
O Nosso Mar
Estes pequenos microplásticos são inferiores a 5 mm Se não descartados ou reciclados adequadamente, os plásticos acabam no nosso meio ambiente, degradando-se em pedaços cada vez menores

ca de 370 milhões de toneladas a nível mundial e na Europa cerca de 58 M de toneladas segundo o relatório realizado pelo PlasticsEurope em 2020. Os plásticos agregam mais de 20 famílias de polímeros entre as quais polietileno (PE), polipropileno (PP), policloreto de vinilo (PVC), poliuretano (PUR), poliestireno (PS) e poliamida (PA) que representam cerca de 90% do total da produção mundial. Todos os anos uma parte muito significativa dos plásticos da indústria e dos consumidores são libertados para o meio ambiente, estimando-se que cerca de 10% dos plásticos produzidos terminem nos oceanos.

Os microplásticos foram detectados pela primeira vez no meio ambiente em 1970 e logo passaram a ser um fator de preocupação por poluírem cada vez mais os ambientes aquáticos. Encontrados em ecossistemas marinhos, de água doce e terrestres, bem como em alimentos e água potável. A sua libertação contínua contribui para a poluição permanente dos nossos ecossistemas e cadeias alimentares. A exposição aos microplásticos em estudos de laboratório tem sido associada a uma série de efeitos negativos eco-tóxicos e físicos em organismos vivos.

Fontes de Origem dos Microplásticos

A composição de microplástico difere devido a diferenças de eficiência da degradação e origens dos vários polímeros.

Os microplásticos primários surgem de poluição por via direta, onde se incluem os abrasivos industriais para limpeza de navios e aeronaves e os usados nas limpezas domésticas, produtos de higiene pessoal (esfoliantes corporais, pasta de dentes,

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A sua libertação contínua contribui para a poluição permanente dos nossos ecossistemas e cadeias alimentares Os microplásticos são um fator de preocupação por poluírem cada vez mais os ambientes aquáticos

creme de barbear, gel de limpeza), cosméticos e matéria-prima da indústria dos plásticos, “pellets” (pastilhas de resina), pó de resina virgem ou reciclada.

Os microplásticos secundários são o resultado de poluição por via indireta, fragmentos de plástico, que resultam da degradação física, química e biológica de detritos de plástico de maio-

res dimensões que rapidamente sofrem degradação por foto-oxidação graças à exposição à radiação ultravioleta do sol, ao calor da areia e ao próprio movimento das águas.

Principais

Preocupações

Uma vez no ambiente, os microplásticos não são biodegradáveis, são absorvidos por animais, incluindo peixes e crustáceos, que por sua vez são também consumidos como alimentos pelos seres humanos. Os microplásticos foram encontrados em vários ecossistemas, em alimentos e água potável. A sua libertação contínua contribui para a poluição permanente dos nossos ecossistemas e cadeias alimentares.

O impacto ambiental mais comum está na ingestão do microplástico por animais aquáticos, o que pode leválos à asfixia. Quando não causa asfixia, a ingestão desses plásticos leva a lesões em órgãos internos e ao bloqueio do sistema gastrointes-

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Os microplásticos já são encontrados em ecossistemas marinhos, de água doce e terrestres, bem como em alimentos e água potável A produção mundial de plásticos tem vindo a aumentar desde 1950 Os microplásticos primários surgem de poluição por via direta e os secundários por via indireta

tinal. Além dos danos físicos, os microplásticos podem causar danos tóxicos aos seres vivos. Isto porque micro-

plásticos, por causa do seu tamanho reduzido, apresentam uma grande capacidade de absorção nos organismos

de compostos de alta toxicidade, como metais pesados, o mercúrio e o cádmio por exemplo, constituindo um risco para a saúde de todos os seres vivos.

Microplásticos no Sangue Já foram encontrados em alimentos e bebidas, incluindo cerveja, mel e água da torneira. Não surpreendentemente, partículas de microplástico foram, também descobertas em fezes hu-

manas, mas o Immunoplast foi o primeiro estudo a sua existência no sangue. Os resultados do projeto de pesquisa Immunoplast, realizado por pesquisadores da Universidade VU Amsterdam, Deltares e Amsterdam UMC foram publicados a 24 de março do ano de 2022 na revista científica Environment International. A pesquisa mostra que minúsculos pedaços de plástico já presentes no nosso meio ambiente são absor-

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Os microplásticos são usados como matéria-prima na indústria dos plásticos Só em 2019 foram produzidas cerca de 370 milhões de toneladas a nível mundial Os microplásticos foram detectados pela primeira vez no meio ambiente em 1970

vidos pela corrente sanguínea humana.

Esta equipa de cientistas desenvolveu um método analítico para estabelecer o nível de partículas micro e nanoplásticas no sangue humano. O método foi aplicado no sangue de 22 doadores anônimos. O sangue foi examinado quanto à presença de cinco polímeros diferentes, a extensão em que os polímeros individuais estavam presentes no sangue também foi determinada. Três quartos dos doadores continham plásticos no sangue, esta pesquisa foi a primeira a provar que as partículas de plástico podem acabar na corrente sanguínea humana, a pesquisa mostra que as pessoas absorvem microplásticos no seu meio ambiente durante as suas vidas cotidianas.

A próxima questão é o quão fácil é para essas partículas se deslocarem da corrente sanguínea para outros tecidos, como para órgãos nomeadamente o cé-

rebro. Heather Leslie, que trabalhou na VU durante a pesquisa, expressa: “Agora provamos que nossa corrente sanguínea, nosso rio da vida, por assim dizer, contém plástico”. Marja

Lamoree acrescenta: “Este conjunto de dados é o primeiro do seu tipo e deve ser expandido para obter informações sobre como a poluição plástica está a ser disseminada nos cor-

pos humanos e como isso pode vir a ser prejudicial. Com essa percepção, podemos determinar se a exposição a partículas de plástico representa uma ameaça à saúde pública”

As diferentes fontes do microplásticos

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Nas últimas décadas a poluição por plásticos tem vindo a ser uma ameaça crescente para a vida marinha

Financiada pela ONG internacional Common Seas e pelo programa ZonMw Microplastics & Health, este programa pretende obter mais informações sobre os potenciais

efeitos das partículas de plástico na saúde e o que pode ser feito para limitar possíveis efeitos nocivos à saúde. Os 15 projetos de curto prazo deste programa já foram

concluídos e demonstrou que ainda existe falta conhecimento e que mais pesquisas são necessárias para determinar os verdadeiros riscos para à saúde.

Medidas e Soluções

Motivados por preocupações com o ambiente e a saúde das pessoas, vários EstadosMembros da UE já adotaram ou propuseram proibições nacionais sobre utilizações intencionais de microplásticos em produtos de consumo. As proibições referemse principalmente ao uso de microesferas em cosméticos

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A questão é o quão fácil será para essas partículas se deslocarem da corrente sanguínea para outros tecidos, como para órgãos A sua libertação contínua contribui para a poluição permanente da cadeia alimentar A ingestão desses

plásticos

Muito produtos de higiene pessoal são compostos por microesferas de plástico e já se encontram proibidos pela União Europeia

Os “pellets” são uma fonte de poluição por via direta de microplásticos no meio ambiente

que são retirados com água após o uso, nos quais os microplásticos são usados como agentes abrasivos e

de polimento.

Em 2016, a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) ana-

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pelos animais leva a lesões em órgãos internos e ao bloqueio do sistema gastrointestinal

lisou os elementos disponíveis sobre micro e nanoplásticos em alimentos. Os peritos identificaram a necessidade de gerar mais dados sobre os níveis de ocorrência nos alimentos e sobre os seus potenciais efeitos na saúde humana. O Comité de Avaliação dos Riscos (RAC) aprovou o parecer em junho de 2020. O RAC apoiou a proposta e recomendou critérios mais rigorosos para a derrogação dos polímeros biodegradáveis, bem como uma proibição após um período de transição de seis anos para os microplásticos utilizados como materiais de enchimento em campos desportivos de relva artificial.

Os eurodeputados aprovaram, uma estratégia sobre os plásticos que visa aumentar a taxa de reciclagem de resíduos de plástico na União Europeia (UE). Foi também pedido à Comissão que introduzisse uma proibição em toda a UE de microplásticos adicionados intencionalmente nos produtos, como em cosméticos e detergentes até 2020, e que tomasse medidas para minimizar a libertação de microplásticos dos têxteis, pneus, tintas e pontas de cigarro.

Os eurodeputados adicionaram também os plásticos oxidegradáveis à lista de itens a serem proibidos. Tratam-se de plásticos convencionais que se fragmentam facilmente em pequenos pedaços devido aos aditivos e contribuem para a poluição dos microplásticos nos oceanos.

O PE já havia votado, em 2015, a favor de uma restrição de sacos de plástico leves na UE, mas mais medidas serão necessárias no futuro para lidar com o problema dos plásticos de tamanho micro e possiveis efeitos que possam ter na saúde humana.

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O impacto ambiental mais comum está na ingestão do plástico por animais aquáticos, o que pode levá-los à asfixia Ainda existe falta conhecimento, mais pesquisas serão necessárias para determinar os verdadeiros riscos para à saúde Apesar de muito já ter sido feito, mais medidas serão necessárias no futuro para lidar com o problema dos plásticos e microplásticos

Notícias do Ministério da Economia e do Mar

Ministro Acelera Plano de Afetação de Áreas para as Eólicas no Mar

O ministro da Economia, António Costa Silva, deu seis meses à DireçãoGeral de Recursos Naturais para elaborar o plano de afetação de áreas para eólicas offshore.

OGoverno mantém a meta de lançar o primeiro leilão ainda este ano e por isso instruiu a Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos para preparar o plano de afetação de áreas marítimas para as eólicas offshore, no âmbito da pretensão do executivo de desenvolver até 10 gigawatts (GW) de capacidade eólica no mar até 2030. E com o despacho agora publicado, começa a contar um prazo de seis meses para que o plano esteja concluído.

No despacho assinado pelo ministro e publicado já em “Diário da República”, é referido que “o plano de afe-

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Windfloat Atlantic, ao largo de Viana do Castelo Pretende-se a criação de fábricas e estaleiros para a produção de torres eólicas

tação está sujeito a avaliação ambiental”, sendo que “a versão final do plano de afetação, acompanhada da versão final do relatório ambiental e da declaração ambiental, é submetida ao Governo no prazo de seis meses a contar da data de publicação do presente despacho”.

Assim, esse plano, que definirá em concreto os limites das áreas elegíveis para projetos eólicos no mar e podem ser diferentes das já propostas pelo grupo de trabalho que o Governo criou no ano passado para este dossiê.

O que interessa é que possa estar fechado até 20 de outubro.

A meta do Governo é de lançar o primeiro leilão eólico offshore em Portugal ainda este ano. Essa é a razão do prazo agora definido para o plano de afetação dê

uma margem tão curta, para a efetiva realização da licitação ainda no decurso de 2023.

Estão incluídos as regiões dos Açores e da Madeira, comunidades intermunicipais e áreas metropolitanas de

Lisboa e do Porto.

A participação nesta comissão consultiva não é remunerada. E as entidades

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O Windfloat Atlantic, ao largo de Viana do Castelo, com três torres flutuantes, com uma potência total de 25 megawatts (MW) Esperam-se investimentos de 30 a 40 mil milhões só para as eólicas no mar

intermunicipais só podem votar matérias relativas às respetivas áreas geográficas. Recorde-se que o leilão está a ser preparado a pensar não só na instalação de torres eólicas no mar mas também da exigência de contrapartidas industriais, ou seja, da criação de fábricas e estaleiros para a produção dos equipamentos que serão instalados no mar.

O Governo ainda não revelou que capacidade pretende adjudicar no primeiro leilão, a lançar este ano, e que permitirá expandir a produção eólica no mar em Portugal, que para já conta apenas com um projeto que está a funcionar o Windfloat Atlantic, ao largo de Viana do Castelo, com três torres flutuantes, com uma potência

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Esperam-se fábricas nacionais para a produção dos equipamentos Portugal tem grande potencial para o windfloat

total de 25 megawatts (MW).

O ministro do Ambiente estimou em março que Portugal atrairá ao longo da próxima

década investimentos de 60 mil milhões de euros nas renováveis, dos quais 30 a 40 mil milhões só para as eóli-

Existem diversos projetos para avançarem com investimentos

cas no mar. A atualização do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), apresentada há dias,

contempla também apoios de 50 milhões de euros para estudar o potencial da produção eólica no mar.

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Pretende-se desenvolver até 10 gigawatts (GW) de capacidade eólica no mar até 2030

Notícias da Universidade de Coimbra

Remover os Microplásticos das Estações de Tratamento de Águas

Investigadores da Universidade de Coimbra desenvolvem bioprocesso para remoção de microplásticos nas estações de tratamento de águas.

tam carga de superfície negativa, pelo que os biofloculantes que estão as ser desenvolvidos e que foram obtidos a partir de resíduos agroflorestais e de biomassa proveniente de espécies invasoras, promovem uma eficiente floculação e, posterior, remoção dos efluentes», explica a investigadora da FCTUC, acrescentando que a floculação é uma etapa essencial no tratamento tradicional de efluentes, muito utilizada nas ETAR’s.

Uma investigação, liderada pela Universidade de Coimbra, evidencia que os efluentes industriais não são os que apresentam maior contribuição para a contaminação por microplásticos quando comparados com efluentes domésticos provenientes de Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR’S) municipais. Os investigadores envolvidos estão a desenvolver um bioprocesso à base de resíduos agroflores-

tais para a remoção destas partículas.

Este estudo, que tem como principal objetivo perceber qual o potencial de contaminação proveniente de efluentes industriais após tratamento nas estações de tratamento interno das empresas, está a ser desenvolvido por uma equipa de investigadores do Departamento de Engenharia Química (DEQ) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) no âmbito do projeto “Make water cleaner”

De acordo com Solange Magalhães, investigadora do

Centro de Investigação em Engenharia dos Processos Químicos e dos Produtos da Floresta (CIEPQPF) do DEQ, «já foi possível identificar qual a composição dos principais microplásticos encontrados, sendo que o mais abundante nos efluentes das diferentes indústrias é o polietileno tereftalato (PET), um polímero largamente usado em diferentes indústrias»

Verificou-se ainda que «as propriedades físico-químicas dos microplásticos encontrados indicam que, na sua maioria, estes apresen-

Dado o elevado consumo de plásticos e o pouco cuidado por parte dos utilizadores em fazer uma correta separação e encaminhamento para reciclagem, a contaminação do meio ambiente por microplásticos tornou-se num problema emergente em todo o mundo. Portanto, para a equipa da FCTUC, «todas as tecnologias que permitam minimizar essa problemática têm elevado interesse a nível ambiental e social. A valorização de um resíduo de biomassa e o desenvolvimento de um produto que previne a contaminação ambiental, evitando o uso de compostos de origem sintética, tem também um alto impacto», conclui.

O projeto “Make water cleaner”, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), conta também com a participação de investigadores do Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento (MED) da Universidade do Algarve, e do Centro de Investigação FSCN da MidSweden Univeristy, na Suécia.

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Equipa do projeto da esquerda para a direita -Solange Magalhães, Bruno Medronho, Luís Alves e Graça Rasteiro

O Robalo Face às Variações Térmicas da Água

de ar ascendentes… que terminam na criação de condições para a existência de ventos

Temos na nossa costa portuguesa flutuações térmicas que, num ano normal, podem oscilar entre os 10 e os 21ºC. O primeiro número corresponde a água que reputamos de muito fria, o segundo a água para nós dita “quente”.

Não o seria na Madeira ou nos Açores, mas reportamo-nos ao continente, e penso que estaremos de acordo que os parâmetros gerais serão estes.

Neste intervalo, cabe quase tudo! Cabem os peixes de Inverno, e cabem os de Verão, aqueles que nos aparecem quando a temperatura das águas avizinha os 17/ 18ºC.

Os robalos têm a possibilidade de suportar variações de grande amplitude, e se os podemos encontrar em ambientes de águas gélidas, para o nosso padrão, também é verdade que podem entrar nos rios, onde se sujeitam a temperaturas bem acima do seu “normal”. Mas isso não quer dizer que lhes seja indiferente, ou que não tentem obter o seu conforto.

Como qualquer espécie viva, também eles serão sensíveis às mudanças de tem-

peratura, e fazem a gestão da sua vida tendo em conta aquilo que fisicamente mais lhes convém.

De que forma se sentem os robalos afectados por estas variações? O que muda para nós pescadores quando surge uma frente fria?

O trabalho de hoje vai nesse sentido, de explicar alguns detalhes que podem ser importantes para a programação da nossa saída de pesca.

Sendo os peixes animais de sangue frio, sem qualquer tipo de controle sobre a temperatura corporal interna, (é a mesma da água circundante…), fácil será entender que dependem em absoluto daquilo que é a realidade do mar que os envolve.

Isso quer dizer que qualquer pequena variação de temperatura será sentida, e implica uma reacção imediata.

A temperatura da água do mar depende de factores

muito diversos, mas poderíamos focar-nos apenas em dois deles, nomeadamente a incidência dos raios solares, e as marés.

Sabemos que as marés são provocadas pela atração solar e de forma mais significativa, pela atracção lunar. São estas forças que fazem mover as grandes massas de água do nosso Atlântico, movimentando-as a um ritmo conhecido: seis horas de maré a encher, e as subsequentes seis horas a vazar, grosso modo. O ciclo repete-se duas vezes ao dia, e afecta sobremaneira as trocas térmicas que se verificam ao longo do dia.

Na presença de sol forte, zonas baixas aquecem mais depressa, e essas águas irão misturar-se com águas mais profundas e passar parte do calor que aportam. Falamos de uma imensidão de água tremenda, e por isso os fenómenos de aquecimento

ou arrefecimento são lentos, morosos, ainda que não inconsequentes em termos de movimentação de peixes. Com efeito, basta uma variação de um ou dois graus, e tudo muda! Os peixes podem seguir as correntes de água mais quente, até porque esse será também o movimento da maior parte das suas presas.

Todo este processo deve ser entendido como algo lógico, em que as surpresas não existem. São princípios universais que nos podem servir de guias, para decidirmos onde e como vamos pescar.

Podemos tomar como certo que a subida ou descida da temperatura da água do mar será maior ou menor consoante a profundidade a que nos referimos.

Águas rasas aquecem em questão de horas, águas fundas aquecem em função de meses. É entendível que as

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Lúdica Embarcada
Pesca
É mais normal termos dias de águas calmas no Inverno que no Verão. A razão prende-se com a formação de correntes

águas do largo sejam mais estáveis, pois falamos de uma massa de água que pode ter quilómetros de profundidade.

E isto já nos deixa uma pista: se os nossos robalos se veem subitamente em águas geladas, pelo aparecimento de um vento norte, ou leste, persistente e gelado, já sabemos que irão afundar, e com isso sair do alcance das nossas amostras de superfície.

Vão para o largo, onde podem encontrar as famosas “termoclinas”, ou seja, faixas de águas quentes, entaladas em fitas de água, mais frias abaixo e acima. Uma sandwich de água quente, pois então.

As mudanças térmicas são algo de muito complexo, e um bom desafio para os nossos computadores mais potentes. Acreditem que não é algo que possa depender apenas de

Texto e Fotografia Vitor Ganchinho (Pescador conservacionista) https://peixepelobeicinho.blogspot.com/

estar sol ou não…. são múltiplos factores, entre eles o movimento de rotação da Terra.

Nem sequer é algo que mude da manhã para a tarde, se considerarmos cotas de água tão significativas. Os cálculos são difíceis, porque as variáveis são imensas.

Porque não é só uma questão de somar uma temperatura com outra, e dividir ao meio. Mesmo num só ponto, nunca chegamos a ter toda a coluna de água à mesma temperatura.

Os ventos jogam aqui um papel muito importante, pois são eles que actuam fisicamente sobre a capa mais superficial da água. Arrefecem-na, e mais que isso, se falamos de ventos de terra, empurram-na para o largo.

A seguir, teremos de considerar a diferença de densidades que uma e outra água, quente e fria, comportam.

A diferença de temperaturas no mesmo ponto geográfico, só por si já motiva trocas de posicionamento de águas. A água fria tem uma densidade diferente, mais pesada, e tem tendência a descer em profundidade. Por sua vez, as águas mais quentes do fundo movimentam-se no sentido da superfície.

As massas de ar fazem o mesmo, o ar quente sobe, cria correntes de ar ascendente, criando um espaço a ser imediatamente ocupado por ar frio, em baixo. Ou ficaríamos com uma zona de vácuo.

As águas movem-se de acordo com a sua temperatura e consequente densidade.

E daí, podem perguntar? Daí que isso muda …tudo.

Isso irá provocar mudanças significativas no comportamento do nosso peixe.

Aqueles dias em que não conseguimos um toque nos pesqueiros onde fomos anteriormente bem-sucedidos, mais não são que manifestações de que mudou algo.

Os peixes irão tentar encontrar águas mais temperadas, necessariamente mais profundas. A forma de os pescarmos também tem de mudar. Os locais mudam, as horas de maior actividade mudam, e os nossos equipamentos de pesca também terão de ser forçosamente outros.

Imaginemos que estamos no Outono, e que sabemos onde estão os robalos. Se detectamos que houve nas últimas horas, ou dias, um abaixamento muito significativo da temperatura do ar, que entrou uma frente fria que gelou a primeira capa de água, então também podemos deduzir que os robalos

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As movimentações de peixes provocadas pelas diferenças térmicas são benéficas para quem coloca redes no caminho que os cardumes têm de fazer. Durante o dia, os peixes detectam as redes com facilidade e passam-lhes por cima. Mas à noite uma rede é apenas mais um obstáculo a ultrapassar, conforme são todas as plantas, e pedras que se encontram no caminho. A sua eficácia resulta dos peixes acharem que podem facilmente vencer a resistência dos fios que estão à sua frente. Na natureza conseguem-no, as algas rebentam, mas o nylon é bem mais resistente...

não estarão no mesmo ponto onde sabíamos estarem antes, mas sim mais fundo. E podemos e devemos ir preparados para isso. A existência de diversos tipos de canas a bordo, ajuda-nos a estar equipados para todas as circunstâncias. Porque elas mudam todos os dias, e nós também devemos ser capazes de mudar, de nos adaptar.

Quando invertemos o processo, ou seja, quando consideramos águas que aquecem, deparamo-nos com um factor que é em si um handicap: as águas quentes tendem a perder progressivamente o seu teor de oxigénio. Mais ainda se consideramos águas paradas, sem oxigenação provocada por agitação marítima. Tudo isto é um processo que envolve diversos factores que se conjugam entre si: as águas quentes fazem morrer as plantas marinhas, e a decomposição destas altera os níveis de oxigénio presentes na água.

Se querem um exemplo, podemos falar da qualidade da água das marinas, por exemplo. Aquelas que estão mais fechadas ao exterior, e que dificultam a entrada das marés, são normalmente planos de água putrefacta, sem grandes condições de vida permanente.

Vejam a nossa zona da Expo, por exemplo. Há locais onde a única nota positiva é a passagem de um barco, e do seu hélice, que turbina alguma água.

Não é só um dado, são muitos, em cadeia, e todos eles conjugados tornam a vida impossível a alguns tipos de habitantes mais exigentes em termos de oxigenação.

Ficam aqueles que se encontram em idade pré-juvenil, porque precisam de ambientes de baixa densidade de predadores, ou os que estão mais adaptados à vida em ambientes lodosos, com águas verdes, carregadas de fitoplâncton, por exemplo as tainhas.

Mas peixes de mar batido, de águas oxigenadas, preferem outro tipo de ambientes, e saem, procuram alternativas. Outros passam apenas por esses locais para largar descendência e voltam aos seus habitats regulares, com águas frescas e oxigenadas. E com muita comida.

O ponto chave da questão é este: o peixe tem de sentir condições para poder permanecer. Há um espaço de tolerância que, quando ultrapassado, obriga a uma reacção. O princípio é valido para todos os peixes e obviamente também afecta a actividade do robalo, obriga-o a mover-se, a procurar melhores condições.

Eu vejo a qualidade das águas da doca do Clube Naval de Setúbal, e sei que seria incapaz de comer um peixe pescado ali. Aqueles fundos estão completamente putrefactos, mortos, pouco mais serão que areão preto, com quantidades de bactérias assombrosas.

E todavia, as tainhas vivem lá dentro. Alimentam-se das algas que crescem nas paredes, e isso basta-lhes.

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Os robalos, protegidos pela quantidade cabos de amarração dos barcos, são virtualmente impossíveis para uma linha lançada de uma cana de pesca.

Não o serão no exterior, onde se alimentam de tainhas, e eu sei que bichos na casa dos 10 kgs não são raros. E também sei que alguns desses peixes serão vendidos no Mercado do Livramento, a poucas centenas de metros dali. Mas isso são contas de outro rosário...

Nesta zona, a chegada da enchente será certamente saudada com satisfação, pois é a única forma de oxigenar a água, para além das saídas diárias de embarcações.

Admito que às horas de canícula, sob um sol escaldante, numa vazante mais prolongada, seja muito difícil aos peixes permanecer dentro daquele recinto.

No fim de tudo, falamos sempre de adaptação a determinadas condições. Se as águas estão frias na sua

generalidade, a chegada de condições propícias ao seu aquecimento, alguns dias de sol mais quente, podem trazer os nossos robalos para junto de nós, para a superfície.

Se no pino do Verão as águas estão quentes, a entrada de uma brisa de terra,

a arrefecer a superfície, irá trazer-lhe um aporte de oxigénio interessante, que atrai os robalos para junto de nós.

Nem tudo aquilo que acontece será necessariamente negativo. Há horas para tudo. Recordo-me de ter recebido um comentário aqui no blog que referia que os robalos

no sul, no Algarve, aproveitavam a noite para se posicionar junto aos candeeiros que iluminavam o paredão, para caçarem os peixinhos que acudiam à luz. Pois é muito por aí, pelo aproveitamento das melhores condições do momento, para comer, para cumprir ciclos de vida.

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Pesca Lúdica Embarcada

Viver no Reboliço das Ondas

Quem mergulha chama às faixas superficiais de água branca, as provocadas pelo rebentamento da onda contra as paredes de rocha, algo como “a máquina de lavar”.

Éuma zona perigosa, sempre com correntes, movimentações importantes de massas de água, e quantas vezes com visibilidade muito reduzida.

Mas é também aí que andam os nossos robalos. E por sabermos isso, é aí que os vamos procurar, com todos os riscos inerentes.

De que forma essa espu-

ma interessa aos robalos? Que conseguem eles aí que não possam conseguir noutro lado? Será que andam por aqueles carrosséis de água turbulenta para …se divertirem?

O tema de hoje é esse, é sobre a permanência de robalos na água branca, local onde eles conseguem caçar. Mas onde certamente prefe-

rem não estar... Ponto prévio: a espuma não existe desde a superfície até ao fundo, a não ser que a altura de água ao solo rochoso ou arenoso seja muito baixa. Caso tenhamos alguns metros de profundidade, aquilo que acontece é que essa mistura de água com ar, ou seja, a espuma que vocês conseguem ver da costa, ou quando

dentro do vosso barco, acaba logo ali.

A altura de espuma branca é determinada pela violência do impacto da onda contra a pedra. Se quiserem fazer um exercício, tentem encontrar espuma num dia de calmaria, de mar parado, e vão ver que não encontram.

Pelo contrário, é muito comum que dias de vento forte, com mar formado, com ondas e vagas a correr na direcção de terra, possam dar origem a grandes ressacas de água no ponto em que esta toca a costa.

Ainda assim, acreditem que por baixo, na maior parte dos casos, há visibilidade, há algo diferente daquilo que parece acima.

Digo-vos isto porque durante muitos anos cacei peixes (sargos, robalos, douradas), por baixo dessa espuma.

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Aquilo não é tão mau quanto parece, e como eu sempre fiz questão de dizer a mim próprio quando andava por lá no tambor da “máquina de lavar”, algo como isto: “Vitor, a mesma água que te empurra contra a pedra é a mesma que te afasta dela”...

Teremos mais ou menos metros de mistura de água com ar, (azoto, oxigénio e uma pequena percentagem de gases raros), consoante a força do impacto da água que chega à pedra.

Há alguém que conta com esta mistura de ar e água para poder fazer a sua vida: os nossos robalos!

Não só estarão a trabalhar num ambiente muito oxigenado, logo sem dificuldades de captação de oxigénio para as suas brânquias, como conseguem a ocultação que lhes permite chegar junto às suas presas.

E até aqui já temos duas vantagens. Aí vai mais uma: em águas muito mexidas, os peixes de maior porte, mais pesados, têm mais facilidade em controlar o seu deslocamento que os pequenos e leves peixinhos que lhes servem de alimento.

Será isto sinónimo de gostar de viver lá? Nem pensar. O desgaste físico que um preda-

dor sente naquelas condições será sempre muito superior ao de estar presente num ambiente estável, mais seguro, mais calmo.

Estão lá por questões que se prendem com subsistência alimentar. Porque ali eles são mais rápidos, mais fortes e mais eficazes que os peixes que capturam!

Eles fazem-no, mas enfren-

tam os inconvenientes de levarem com toneladas de água em cima, e que os obrigam a nadar, a ter desgaste físico para se manterem tão estáveis quanto possível.

Bem preferiam estar numa praia calma...

A zona onde a onda vem percutir contra a parede e o fundo, sendo caso disso, é uma zona de perigo para to-

23 2023 Maio 437 Pesca Desportiva Texto
https://peixepelobeicinho.blogspot.com/
e Fotografia Vitor Ganchinho (Pescador conservacionista)

dos os que lá estão, incluindo os robalos. É verdade que estão muito bem preparados fisicamente e estruturalmente para enfrentar aquelas agruras, mas isso não impede que a situação em si seja difícil.

Vejamos o seguinte: é verdade que falamos de águas muito oxigenadas, e isso é positivo, mas também falamos de águas que rebentam em direcções distintas, em função daquilo que oferece resistência à passagem da água.

Locais com pedra partida, oferecem pontos de contacto directo, frontal, de resistência física com a onda que obriga esta a divergir, a passar ao lado. E isso provoca fluxos de água que “espirra” para todos os lados, que cria correntes divergentes. O que quer dizer que, sendo por um lado óptimo para quem tem vantagens físicas sobre

as suas presas, para quem está desenhado para evoluir naquele ambiente, também por outro lado irá provocar no nosso robalo um acréscimo de dispêndio de energia que este bem dispensava. Não esqueçam que parte da energia captada pela ingestão das suas presas já está gasta a lutar contra o meio ambiente adverso.

Quanto mais altas são as ondas, maior o impacto que irão provocar quando chegam à costa. Eles estão lá, naquele reboliço, porque ali são reis e senhores da situação, sabem que podem conseguir comida mais facilmente.

Este “facilmente” deve ser lido em sentido figurado, já que quando lançamos as nossas linhas por detrás da zona de rebentação e conseguimos um robalo, eventualmente à noite, a pescar

em surfcasting, estamos a rebocar um peixe que aceitou viver naquele pesadelo para conseguir a sua comida, e que por azar deu com a nossa isca. Por isso, “fácil” não será nunca….

Os robalos, bem como outros peixes da espuma, gostam de se posicionar alguns metros atrás do ponto de rebentamento da onda. Sabem que é aí que terão mais possibilidades de conseguir trabalhar e encontrar a sua comida.

As situações nunca são definitivas, porque dependem sempre das condicionantes do próprio local. Não será igual haver uma parede de pedra lisa, ou termos uma ponta de rocha que adentra o mar, e que pode ser ultrapassada pela movimentação da água, fazendo com que grande parte da energia da onda se venha a dissipar muitos metros à frente.

Também devemos considerar se estamos perante uma coroa de areia, com água antes e depois desta. Nesse caso, o peixe pode até preferir ficar não atrás, mas sim à frente da rebentação. E porquê? Porque o peixe se irá posicionar de forma a esperar o resultado da escavação que a energia da onda inevitavelmente fará na areia.

Falamos de anelídeos, bivalves, pequenos carangue-

jos que vivem enterrados, etc. Tudo o que possa ser comida e que fique prejudicado pela força da água, e que é empurrado para frente, e não para trás. Nesse caso, a comida estará depois da zona de turbulência, e não antes. Quanto maior a altura da onda ao fundo, menos espuma. Isso quer dizer que quando lançamos as nossas linhas, devemos procurar as zonas menos turbulentas, porque será aí que o peixe irá tentar encontrar a comida.

Repetindo, para que não fiquem dúvidas em quem me lê, as cristas de espuma formamse nos locais mais baixos, onde a força da água encontra um obstáculo. Se tivermos mais fundo, a água passa por cima e não rebenta. É aí!

Há algo que podemos fazer para conseguir informação útil. No Verão, quando temos mar muito calmo, águas com pouquíssima agitação, temos condições para analisar os fundos onde iremos pescar de Inverno, quando nos chegam os temporais. Se conhecermos os fundos, saberemos tirar maior partido deles. Não é nos momentos em que o mar parte violentamente que ficaremos a conhecer os locais com areia, com rocha, os canais por onde o peixe entra e sai com a maré, etc.

Isso é trabalho de casa que deve ser feito quando a água está calma, e temos todas as condições para colocar um par de barbatanas, uma máscara e um tubo, e podemos ir “passear” pela zona. Porque não levar familiares, os filhos, a esposa?

Pensarão que estamos a proporcionar-lhes um momento de lazer em família, de divertimento na natureza, quando na verdade estamos sim a preparar a nossa pesca para daí a alguns meses. Mas ficamos bem vistos...

24 2023 Maio 437 Pesca Desportiva
Aqui, o desgaste será bem menor, mas as presas têm visibilidade, e mais condições para escapar

Mercury Marine Recebe Quatro Prestigiados Prémios de Design

A Mercury Marine, uma divisão da Brunswick Corporation, recebeu quatro prémios do International Design Forum (iF), referentes ao motor fora de borda elétrico Avator™ 7.5e, ao motor fora de borda Verado® V10 e ao motor fora de borda Verado® V12.

Estes três motores foram premiados na categoria “Automotive/Vehicle” e o Avator foi também homenageado na categoria “Product Interfaces” pelo seu display integrado e controlo remoto.

Em todos aqueles produtos, a Mercury colaborou com a Designworks, uma empresa do Grupo BMW, com mais de 50 anos de experiência em design de transporte, para criar produtos que con-

tinuam a liderar a indústria marítima.

O iF International Forum Design, uma das organizações independentes de design mais conceituadas do mundo, organiza o iF Design Awards anualmente e recebeu, este ano, quase 11.000 indicações de quase 60 países.

“Estamos muito orgulhosos que a iF nos tenha concedido esses prestigiados prémios de design”,

disse Todd Dannenberg, Diretor de Design Industrial da Mercury. “Cada aspeto do Avator foi projetado com especial atenção à qualidade, à durabilidade, à fiabilidade e à experiência do utilizador final. A plataforma Verado da Mercury continua a ser elogiada, em todo o mundo, pela sua inovação, desempenho e design inigualáveis. Ganhar prémios globais com aqueles produtos é uma prova da força da nossa colaboração com a Designworks e do talento da equipa de design industrial da Mercury.”

A Mercury já recebeu sete iF Design Awards: a sua Mercury Avator 7.5E

26 2023 Maio 437 Náutica Notícias
Touron

gama V-6 foi premiada em 2019, a sua série de motores fora de borda FourStroke em 2015 e o seu ERC (Electronic Remote Control) em 2014.

Avator 7.5E

Este é o segundo galardão global do Avator, que já tinha ganho o Prémio de Inovação no Miami International Boat Show 2023. O motor fora de borda elétrico oferece potência limpa e silenciosa com recursos inovadores que facilitam o desfrute da água pelos nautas.

Baterias trocáveis, um sistema de instalação de ligação rápida e controlos intuitivos facilitam a configuração e a operação. O visor integrado está posicionado de forma ideal para facilitar

a leitura do nível da bateria e do estado do motor.

5.7L V10 Verado

O Mercury Verado

5.7L V10 de 350 e 400 cv foi desenvolvido para ter a aparência dum monólito esculpido, um design sofisticado, elaborado, limpo, ousado e icónico. Foi pensado para oferecer uma aparência premium, juntamente com excelente potência e tecnologia para responder às necessidades náuticas dos consumidores.

7.6L V12 Verado

O motor fora de borda Mercury Verado 7.6L V12 600 cv é um motor inovador devido ao seu design geral. Foi concebido para transmitir uma poderosa mensagem visual com a sua aparência dum monólito esculpido. Foi projetado para oferecer um visual inigualável de excelente qualidade, aliado a potência e tecnologia ex-

traordinárias. Continuando o legado da família de motores Verado, a Mercury desafiou o pensamento convencional sobre motores fora de borda para proporcionar uma experiência de navegação incrivelmente luxuosa.

“Como parceiro de design estratégico da Mercury, nosso objetivo é criar uma linguagem de design consistente e harmoniosa em toda a sua gama de motores fora de borda”, disse Johannes Lampela, Diretor de Design Industrial da Designworks LA. “Estamos muito contentes com este reconhecimento dos iF Awards e enfrentar o desafio de fazer a transição da excelente experiência náutica e da marca poderosa que é a Mercury para a era da propulsão elétrica”

27 2023 Maio 437 Náutica
Mercury
5.7L
Mercury
7.6L
Verado
V10 400HP
Verado
V12 600HP

“Aida Perla” em Escala Inaugural em Leixões

O Porto de Leixões recebeu mais dois navios de cruzeiro em escala inaugural, o “Aida Perla” e o “Fridtjof Nansen”.

OTerminal de Cruzeiros acolheu o “Aida Perla” que chegou com quase 3.300 passageiros a bordo, sobretudo de nacionalidade alemã.

A embarcação encontrase numa viagem de 26 dias, com embarque em La Ro-

mana, na República Dominicana e desembarque em Hamburgo, na Alemanha.

Do seu itinerário fazem parte, para além do Porto de Leixões, vários portos das Caraíbas, as ilhas Canárias, Funchal, Vigo e Le Havre.

O “Aida Perla” é um gi-

gante de 300 metros de comprimento construído em 2017 para a Aida Cruises, companhia de cruzeiros que opera sobretudo para o mercado alemão.

A Estação de Passageiros em Leça da Palmeira acolhe o pequeno, mas luxuoso

navio de expedição “Fridtjof Nansen”.

Foi construído em 2020 e pertence à prestigiada companhia de cruzeiros Hurtigruten. A Embarcação foi projetada para viagens na costa norueguesa e de expedição polar (itinerários no Ártico e na Antártica).

O seu atual itinerário é uma viagem de 12 dias de Lisboa a Hamburgo passando por portos espanhóis, franceses e Países Baixos.

O MS “Fridtjof Nansen” é o segundo navio de cruzeiro do mundo com propulsão híbrida. Tem apenas 140 metros de comprimento e pode acomodar até cerca de 550 passageiros.

Foram realizadas cerimónias de troca de placas a bordo de ambos os navios, com os respetivos comandantes, celebrando a primeira visita a Leixões.

28 2023 Maio 437
Notícias do Mar
Notícias do Porto de Leixões
O Aida Perla Terminal no Porto de Leixões

E Continua a Correr Mais Tinta Sobre o Tejo

Como é nosso apanágio continuar a ter coragem para dizer não!, sempre que se justifica ou com a franqueza de dizer “Que o Rei vai Nú!” quando é evidente, vamos dar continuação aos temas da nossa crónica anterior do NM436, como ainda temos muito por dizer, na sequência desta nossa nova série de artigos de opinião, pareceres e opiniões de entendidos na matéria, que fomos registando nos três congressos do Tejo que realizámos e nas inúmeras conferências preparatórias itinerantes desses congressos, para além daquilo que também fomos registando nas nossas viagens de reconhecimento,

30 2023 Maio 437 Notícias do Mar
Tagus Vivan Crónica Carlos Salgado

quer navegando no rio quer nos contactos com as populações ribeirinhas, durante essas viagens.

As imagens que ilustram este artigo de opinião, servem para mostrar como o nosso Tejo passou a ficar, a partir de quando a APAAgência Portuguesa do Ambiente, passou a substituir a 1.ª ARH do Tejo, Autónoma, por decisão do governo da Tróika.

Ora bem, como ficou por dizer na crónica anterior, tudo sobre o profícuo e competente trabalho daquela 1.ª ARH-Tejo, Autónoma, não podemos deixar que o cidadão português, possa esquecer ou ignorar o trabalho profícuo e competente que

a dita entidade autónoma realizou até ser substituída pela APA – Agência Portuguesa do Ambiente, pelo tal governo da Tróika, devemos acrescentar o seguinte:

Foi graças à prática de uma gestão participada que traduziu-se na concretização de uma real gestão integrada dos recursos hídricos, devidamente suportada pelo conhecimento, pela informação e pelo envolvimento de todas as entidades ligadas ao sector e aos cidadãos em geral… Em síntese, as abordagens adotadas por esta A RH-Tejo visaram facilitar a vida do consumidor e de outros beneficiários, o que conduziu, pela sua vez, a um desempenho mais eficiente e eficaz dos seus

técnicos, e de desenvolver conjuntamente com os utilizadores, as soluções mais adaptadas às realidades em causa, para os problemas existentes.

Para além disso, é digno de destaque, que no cumprimento da sua missão, ela estabeleceu como lema de atuação “ Rios vivos e vividos e um litoral de excelência”.

Rios vivos e vividos e um litoral de excelência, foi a missão que estava em curso pela arh do tejo, autónoma, que a tróika e uma super ministra impreparada, decidiu interromper inopinadamente!

Mais palavras para quê?

O Tejo e o Turismo

Não há quem não diga, ou quem não abane a cabeça afirmativamente, neste país de marinheiros à beira mar plantado, que devido ao nosso clima ameno, à paisagem, à rica gastronomia e à afabilidade do povo português, que o turismo podia e devia ser o nosso “Petróleo”, e não só, quer na orla marítima quer também no nosso interior, com destaque para o rio Tejo, por exemplo! Contudo, pelo facto desta realidade pecar por ter vindo a ser apenas seletiva, dirigida por quem e para onde já havia trabalho feito anteriormente, com algumas provas dadas, porque

31 2023 Maio 437 Notícias do Mar

verdade seja dita, sobre o Tejo turístico, ainda há muito para dizer, e porquê?!

Não há dúvida de que o Programa Valtejo da CCDRLisboa e Vale do Tejo, veio dar o seu contributo bastante válido para que o Tejo e o Turismo se complementassem, com as requalificações das frentes ribeirinhas desde Vila Franca de Xira até Abrantes, com novos projetos excelentes em termos de inovação, e foi sem dúvida uma iniciativa muito oportuna, para que o objetivo superior do aproveitamento do rio Tejo para um turismo lúdico, náutico e da Natureza, passasse a ser uma realidade.

Mas como na prática, em casos como este, quem é autor do projeto e faz a obra,

não é quem a vai utilizar, gerir e mantê-la nas devidas condições de fruição, com a indispensável vigilância e de criar atrativos para a sua utilização, porque é aí que está o busílis!... Porque é precisamente aí que as coisas podem mudar de figura, porque nós da AAT, que colaborámos neste profícuo projeto da CCDR-Lisboa e Vale do Tejo, PROLVT, não nos esquecemos da entrevista que nos deu já no ano de 2012, o Dr. Joaquim Rosa do Céu, então o Presidente do Turismo de Lisboa e Vale do Tejo, quando por nós questionado sobre o que esta nova região turística a que presidia, podia contribuir para a valorização do rio Tejo turístico, respondeu:

O Tejo e o turismo têm

um encontro marcado, e este encontro não é certamente, uma questão de “se” é antes uma questão de “quando”. De certa forma o turismo anda, desde já, à procura do Tejo: Porque o Tejo é único; Porque o Tejo é, só por si, uma geografia… O Tejo, ou os muitos Tejos que no Tejo coexistem, precisa de afirmar o seu “ lado obscuro, complicado, que de turismo só acontece às vezes,” que seja sinónimo de uma visita. Um “lado turístico” que tem de ter o conteúdo de um serviço; Um serviço que tem de ser real, visível e fácil de adquirir e não, como frequentemente e infelizmente acontece no nosso país, um serviço difícil, complicado, quando

pode, quando calha, quando há disponibilidade.

E para piorar, essa disponibilidade normalmente não coincide com a disponibilidade de quem precisa do serviço: Precisamente o turista ou o visitante. Por isso não é um serviço. É uma possibilidade ou até mesmo uma eventualidade, e tanto pode ser que sim como pode ser que não. Enquanto este estado de coisas continuar, o Tejo é muito menos turístico do que nós pensamos que é. Muito menos turístico do que os seus valores “prometem” que seja.

É um caso para merecer uma reflexão séria(?!)…

Continua no próximo jornal

32 2023 Maio 437 Notícias do Mar

A Gestão da Água em Tempo de Seca

A nossa vizinha Espanha, segundo as notícias a que o GR teve acesso, devido à seca, está a ter dois pesos e duas medidas na atual gestão da água dos seus rios e das suas barragens por um lado, enquanto por outro lado, está a demolir as pequenas barragens, charcos e reservatórios de água, que se encontram por todo o país para servirem de apoio à agricultura e ao mundo rural.

Isto acontece enquanto que no rio Tejo que também é nosso, a nossa única vizinha tem outra estratégia completamente diferente, relativamente às dezenas de mega barragens deste Rio em Espanha, que produzem energia elétrica, para além dos transvases de caudal significativo, pelos quais anda a desviar a mais pura água da nascente, para abastecer os aldeamentos turísticos da região de Valência e o deserto de Múrcia, onde está a ser plantada a maior exploração hortícola para abastecer a Europa, o que no seu conjunto, como não podia deixar de ser, não pode sobrar mais água que se veja, na maior parte do ano para o Tejo português, o nosso, diga a nossa APA, as inverdades que disser.

Alerta: estão a ser destruídos reservatórios em pleno aviso de seca!

Nos últimos dias, têm circulado, nas redes sociais e nos meios de comunicação social, notícias que afirmam que o governo espanhol está a demolir barragens em plena seca. Será que isto é verdade?

Um bom exemplo disso pode ser visto nos últimos tempos nas redes sociais e em muitos meios de comunicação social, onde, nesta época de seca, começaram a proliferar, alertas e contestações, recorrentes em épocas de escassez de chuva. Tornou-se moda afirmar que o Governo espanhol está a destruir maciçamente os reservatórios no meio de uma

das piores secas das últimas décadas, estamos a falar de construções sem qualquer utilidade que perderam a sua utilidade, segundo o governo de Espanha, uma vez que os terrenos secos e os pequenos sistemas de irrigação desapareceram como consequências do êxodo rural, onde se incluem os moinhos de água abandonados e as pequenas centrais hidráulicas.

Nas últimas décadas, registaram-se vários afogamentos e acidentes em represas e outras pequenas barreiras físicas abandonadas e há também casos de colapso destas estruturas com efeitos devastadores a jusante, especialmente após um período de chuvas intensas.

A origem deste “embuste”

está na Estratégia de Biodiversidade 2030, da União Europeia, que tem como um dos objetivos restabelecer o livre fluxo de água em pelo menos 25 mil km de rios do continente europeu e a remoção de barreiras físicas, é um dos elementos-chave para atingir este objetivo. Por conseguinte, não se trata de uma decisão do Governo espanhol, mas sim da transposição de uma diretiva europeia Em suma, estamos a falar de construções construções ditas sem qualidade ou capacidade de armazenamento de água. Nas últimas décadas, estas obras perderam a sua utilidade, uma vez que os terrenos secos e os pequenos sistemas de irrigação desapareceram (uma das consequências do êxodo rural).

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Notícias do Mar

Incluem-se também aqui os moinhos abandonados e as pequenas centrais hidráulicas

Impactos negativos destas barreiras nos ecossistemas fluviais

Acredite-se ou não, uma das principais consequências pode ser vista nas praias: estas barreiras físicas impedem que os sedimentos cheguem à costa. Recordemos que este é um dos elementos-chave para a regeneração natural das praias e que é uma das causas que explicam a grave regressão sofrida por muitos sectores costeiros do nosso país.

A presença de obstáculos como barragens e represas impede que os sedimentos cheguem à costa, o

que constitui uma das causas da regressão significativa de muitas das nossas praias.

Têm também um grande impacto nos peixes e noutros seres vivos, que deixam de poder subir ou descer o rio. E não estamos a falar apenas de grandes barragens, mas também de pequenas represas ou rampas de 50 centímetros. Por esta razão, espécies como a lampreia, o esturjão e a enguia estão praticamente extintas em Espanha.

Nas últimas décadas, registaram-se vários afogamentos e acidentes em represas e outras pequenas barreiras físicas abandonadas. Em alguns casos, é muito perigoso tomar banho nestas zonas devido ao refluxo da água que produzem. Há também casos

de colapso destas estruturas com efeitos devastadores a jusante, especialmente após um período de chuvas intensas.

Neste caso, ninguém quer pagar a manutenção de um reservatório inútil, nem mesmo as câmaras municipais vizinhas, que se puseram em pé de guerra para que a sua demolição fosse finalmente aprovada. Além disso, é mais uma fake new o facto de os municípios de Valdecaballeros e Castilblanco, cuja captação de água na barragem de Valdecaballeros foi construída ilegalmente, ficarem sem abastecimento de água. Já foi aprovada uma tomada de água legal na barragem de García de Sola.

Por último, a Costa Dulce, assim chamada devido às gigantescas albufeiras que

rodeiam a albufeira de Valdecaballeros (que faz parte da albufeira de García de Sola), tem uma capacidade muito superior à capacidade real para usos consumptivos.

Valdecaballeros teria apenas mais 1% de capacidade de albufeira. Por conseguinte, parece improvável que haja falta de água pelo facto de não existirem reservatórios suficientes.

Manuel Cousilhas

Así es como justificáis el derribo de los embalses, con estos ejemplos de apertura de charcas?, por que no sois claros y mencionáis todos los derribos de embalses que se están haciendo en tiempos de sequía. Después no habrá agua y la culpa será del cambio climatico.

35 2023 Maio 437 Notícias do Mar

Notícias do Mar

Tejo a pé

Surpreendente Mafra

No passado dia 23 de abril o “Tejo a Pé” voltou a associar-se à APERCIM, em Mafra, para uma ação de Prática Integrada de Pedes-

trianismo no âmbito do Projeto Sai Prá Rua - Capacitar para Incluir pelo Desporto e Aventura, que esta Associação desenvolve com o apoio do Instituto Nacional para a

Reabilitação e do Programa Nacional de Desporto para todos do IPDJ, permitindo colocar em prática partilhada os praticantes e entusiastas da modalidade e Pessoas

com Deficiência, numa clara demonstração que esta é uma atividade que poderá ser praticada por todos, sendo um excelente veículo para a inclusão. O percurso

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O Texto Luísa Roque e Hugo Silva Fotografia Vários autores A luxuriante vegetação ripícola foi uma constante

foi elaborado e preparado pelos Técnicos e Utentes da APERCIM, tendo por base os trilhos que estes habitualmente percorrem nas suas sessões e contou ainda com o apoio do Guia Luciano Silva, da empresa Roteiros de Aventura, que é parceira da APERCIM neste projeto.

Partindo do Parque Desportivo de Mafra o grupo de caminheiros, com mais de 50 pessoas, rumou ao conhecido “Trilho do Sr. Heitor “, trilho de pé posto de vegetação luxuriante que leva até à mágica Ermida da Sra do Arquiteto – reza a lenda que em tempos remotos, um homem do mar em perigo, devido a uma tempestade, terá prometido a Nossa Senhora do Socorro que, caso se salvasse, mandaria cons-

truir uma capelinha em sua honra de cujo campanário não se enxergasse chaminé a fumegar. O devoto teria prometido edificar dois templos: um no ponto mais alto e outro no ponto mais baixo do Concelho, resultando assim na construção da Capela de N. Sr.ª do Socorro, na Serra do Socorro, freguesia de Enxara do Bispo, e a construção da Ermida no Arquiteto, freguesia de Mafra, respetivamente.

Antes de chegar ao Rio Lizandro, o grupo abandonou este vale, rumando ao Forte do Zambujal – a vista desafogada para o Atlântico foi o palco ideal para a apresentação da Arqueóloga da Câmara Municipal de Mafra, Marta Miranda, que deu a conhecer algumas das par-

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O numeroso e heterogéneo grupo caminhou em perfeita harmonia O Sr. Heitor foi proprietário por estas paragens e hoje “tem” um trilho que merece ser vivido A bonita Ermida da Sra do Arquiteto foi o pretexto para uma pequena pausa

ticularidades desta estrutura preponderante nas Linhas de Torres e do papel que tiveram nas Invasões Napoleónicas. Após o retemperar de energias, o regresso à Vila de Mafra foi feito junto à Ribeira da Vidigueira, onde nos embrenhamos na natureza circundante.

Mafra continua a surpreender todos pela beleza e diversidade de paisagem dos seus trilhos, alguns deles já percorridos por este grupo informal de caminheiros. Pretendemos voltar mais vezes.

O Tejo a pé é um grupo informal de amigos que se junta, desde há 15 anos, uma vez por mês, para andar. Para ser participar basta enviar um email: cupeto@uevora.pt

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A Arqueóloga Marta Miranda da Câmara Municipal de Mafra Com muita atenção ouvimos a história do Forte do Zambujal com franceses, ingleses e portugueses à mistura

Aquisição de Flutuadores Argo

IPMA, I.P. adquire seis flutuadores Argo para monitorizar parâmetros físicos e biogeoquímicos do oceano, estes serão a contribuição de Portugal para o Programa Argo Internacional e integrarão essa rede global de observação do oceano.

Seis flutuadores Argo foram adquiridos pelo IPMA, I.P. no âmbito dos projetos “Observatório do Atlântico - Infraestrutura de Dados e Monitorização” e “OBSERVA.

PT - Observações a bordo de navios comerciais nacionais para apoio à proteção e restauração da biodiversidade nos ecossistemas marinhos do Mar Português”.

No âmbito dos projetos pro-

movidos pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. (IPMA, I.P.), “Observatório do Atlântico – Infraestrutura de Dados e Monitorização” financiado pelo programa Crescimento Azul das EEA Grants

e, “OBSERVA.PT – Observações a bordo de navios comerciais nacionais para apoio à proteção e restauração da biodiversidade nos ecossistemas marinhos do Mar Português” financiado pelo programa Mar 2020, foram adquiridos seis flutuadores Argo para monitorizar os parâmetros físicos e biogeoquímicos da coluna de água.

Foram adquiridos 4 flutuadores ARGO padrão equipados com CTD para medição de Condutividade, Temperatura e Pressão – modelo ARVOR-I; 1 flutuador ARGO padrão CTD(O), equipado com um sensor adicional para medição de Oxigénio Dissolvido – modelo ARVOR-DO-I; e 1 flutuador ARGO Biogeoquímico equipado com CTD e seis sensores adicionais de variáveis biogeoquímicas: pH, Oxigénio Dissolvido, Nitrato, Clorofila a, Partículas em Suspensão e, Irradiância Downwelling – modelo PROVOR CTS4. Todos os flutua-

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Notícias do Mar
Instituto Português
Notícias do
do Mar e da Atmosfera
Atualmente existem perto de 4,000 flutuadores distribuídos pelo oceano global
Fotografia IPMA e EuroArgo
do Navio de Investigação
Os flutuadores do IPMA, I.P. serão lançados a partir Mário Ruivo durante o primeiro semestre de 2023

dores têm capacidade para atingir os 2,000 metros de profundidade.

Os flutuadores são a contribuição de Portugal para o Programa Argo Internacional e integrarão essa rede global de observação do oceano, que há mais de 20 anos recolhe informação sobre a estrutura do oceano, utilizando flutuadores derivantes que executam perfis da coluna de água, entre os 2,000 m de profundidade e a superfície. Atualmente, existem perto de 4,000 flutuadores distribuídos pelo oceano global, gerando cerca de 100,000 perfis de temperatura/salinidade por ano, disponibilizados de forma livre e gratuita. Pela sua natureza colaborativa e es-

cala a que opera, a rede Argo constitui uma componente importante do sistema global de observação do oceano.

Os flutuadores do IPMA, I.P. serão lançados a partir do Navio de Investigação Mário Ruivo durante o primeiro semestre de 2023 entre Portugal Continental e o Arquipélago dos Açores, com o objetivo de recolher informação em áreas subamostradas no território marítimo nacional.

O IPMA, I.P. encontra-se fortemente envolvido no programa Argo, sendo o ponto de contacto nacional desse programa e o co-coordenador do EuroGOOS Argo Task Team, estando a dinamizar um futuro programa nacional denominado ARGO.PT.

Para saber mais sobre o programa Argo: https://www.euro-argo.eu/ https://oceanops.maps.arcgis.com/apps/Cascade/index.html?appid=a170a0d522bb42f1a019e4e473cf1bdd https://www.researchgate.net/publication/362469537_Estudo_sobre_a_cobertura_espacial_e_temporal_da_rede_ Argo_no_Atlantico_Nordeste

41 2023 Maio 437 Notícias do Mar
Seis flutuadores Argo foram adquiridos pelo IPMA Flutuadores Argo para monitorizar parâmetros físicos e biogeoquímicos do oceano Distribuição Mundial dos flutuadores Argo, europeu e de outros países Cobertura nacional do Argo

Notícias do Intituto Português do Mar e da Atmosfera

Avistamentos de Caravela-portuguesa

Caravela-portuguesa dá à costa nos Açores e em Portugal continental em grande número, saiba o que fazer caso aviste uma ou em caso de contacto com esta espécie.

Onúmero de avistamentos de caravela-portuguesa comunicados ao GelAvista tem vindo a aumentar nos últimos dias nos Açores, mas também no continente, onde se verificam ocorrências desde a Póvoa do Varzim à Costa da Caparica. Foram registadas observações de mais de mil organismos no referido arquipélago e mais de uma centena na área de Peniche. Se detetar uma caravelaportuguesa, não lhe toque e informe as pessoas que se encontram nas imediações. Localizadas nos tentáculos, as suas células urticantes são capazes de causar queimaduras severas, mesmo após a morte do animal. Uma vez que esta é a es-

42 2023 Maio 437
Notícias do Mar
Foram registadas observações de mais de mil organismos no arquipélago dos Açores, esta imagem foi captada no Faial Physalia physalis, uma caravela portuguesa é uma colónia de organismos individuais Fotografia: João Garcia

pécie mais perigosa de gelatinosos que ocorre no país, nunca é demais alertar para os cuidados a ter em caso de contacto inadvertido com a mesma. Comece por lavar a zona afetada cuidadosamente com água do mar sem esfregar, remova então possíveis vestígios da pele com uma pinça e aplique compressas quentes (40º C) durante 20 minutos ou vinagre sem diluir. Por fim, dependendo da gravidade da situação, procure um profissional de saúde.

O projeto de ciência cidadã GelAvista realiza, desde 2016, a monitorização de gelatinosos em toda a costa portuguesa. Trata-se de um projeto do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) que desafia os cidadãos a contribuir para o desenvolvimento da ciência através da comunicação de avistamentos das espécies que ocorrem no país.

Só com a colaboração de todos será possível saber a área de ocorrência e estimar a abundância desta e de outras espécies, assim como conhecer melhor os seus padrões de distribuição sazonal e espacial.

Participe na monitorização de gelatinosos em Portugal, enviando os seus avistamentos através da aplicação GelAvista ou para plancton@ ipma.pt.

Mais informamos que estamos disponíveis para qualquer esclarecimento adicional que entendam necessário.

O Programa GelAvista

O GelAvista é o programa responsável pela monitorização dos organismos gelatinosos

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Esta colónia de organismos usa os seus tentáculos para capturar as presas Mais de uma centena de observações na área de Peniche As suas células urticantes são capazes de causar queimaduras severas Células urticantes da Caravela-portuguesa, localizadas nos tentáculos Fotografia: Nélson Vitorino

em toda a costa portuguesa, Açores e Madeira, lançado em Fevereiro de 2016. Pretende envolver a comunidade no desenvolvimento da ciência, colmatando assim a falta de conhecimento em Portugal

sobre os organismos gelatinosos.

Reúne informação acerca destes animais, recorrendo à participação dos cidadãos que frequentam as zonas costeiras – praias, estuários,

rios, marinas, e outros – durante as suas atividades de lazer (passeio à beira-mar, mergulho, vela, surf, etc.) ou as suas atividades profissionais (por exemplo recolha nas redes de pesca).

A Caravela Portuguesa

De nome científico Physalia physalis, uma caravela portuguesa é na verdade uma colónia de organismos individuais chamados pólipos. Qualquer um que não esteja familiarizado com a biologia da venenosa caravelaportuguesa provavelmente a confundiria com uma simples alforreca. Não só não é uma alforreca, como também não é um, mas sim vários organismos. A caravela portuguesa é um sifonóforo, um animal constituído por uma colónia de organismos que trabalham em conjunto.

Ela recebe o nome do pólipo superior, uma bexiga cheia de gás ou pneumatóforo, que fica acima da água e lembra um velho navio de guerra a todo vapor. As caravelas também são conhecidas como varejeiras pela cor azul-púrpura de seus pneumatóforos.

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Mesmo após a morte do animal, os seus tentáculos são capazes de causar queimaduras

Painéis Solares de Alta Eficiência

Os novos painéis solares Spectra PERC são uma forma eficiente de gerar energia solar gratuita usando o mínimo de espaço e peso.

Pode desfrutar de um carregamento mais rápido para executar todas as coisas necessárias, sejam aplicações profissionais ou de lazer. Têm alta eficiência de conversão de luz em corrente.

A sua estrutura é rígida, de alumínio, e compõe-se de e

células negras que permitem que os painéis se destaquem pelo seu design de célula exclusivo e construção durável que permite que o painel seja altamente eficaz em qualquer aplicação.

PERC (Passivated Emiter Rear Cell) Technology. Células Monocristalinas. Absorção de luz elevada, especialmente em condições de pouca luz. Para instalações de 12VDC, ou em associação, para 24, 48 etc. Podem ser usados em aplicações “On-Grid” (fornecer à rede elétrica geral) ou “OffGrid” sem interligação à rede. A gama vais de painéis de 30 a 400W.

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Notícias Nautel

Painéis solares fotovoltaicos, semiflexíveis

A recente linha de painéis solares Spectralite SemiFlex é mais compacta e eficiente graças ao seu polímero celular ETFE, de alta qualidade e construção de célula solar classe A.

Esta gama é dividida em duas linhas de produtos: o Spectralite Semiflex que usa células Mono cristalinas e o Spectralite SemiFlex Pro

que usa células SunPower.

Graças ao seu design robusto, os painéis são resistentes o suficiente para serem pisados e permitirem que sejam eficazes em aplicações comerciais de baixa potência, onde sua construção sem vidro os torna inquebráveis e resistentes a vandalismo.

Especificações

gerais dos Spectralite SemiFlex e Pro

- Usam polímero ETFE de alta qualidade com placa traseira interna de alumínio para evitar rachaduras nas células e melhora a dissipação de calor.

- Os painéis são semi-flexíveis, portanto, podem ser ligeiramente encurvados sem danificar as células, ao contrário dos painéis convencionais.

- Os cantos são arredondados com ilhós recortados para uma instalação fácil e

segura.

- Leve, ultraplano, extremamente robusto, à prova

de arranhões e resistente à água do mar/sal.

- Diodo de bloqueio integrado e cabo de núcleo duplo 3M incluído.

A gama vai de painéis desde 15 a 200W.

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www.nautel.pt

França a Desenvolver a Energia das Marés

a tecnologia para aproveitamento da energia das marés está pronta a ser utilizada em França, esta a ser ponderada a criação de parques para produção de energia das marés.

Falando num encontro anual de representantes das energias renováveis, Sébastien Lecornu anunciou mesmo a realização de estudos preli-

minares para o efeito nessas duas regiões, onde a força das marés é das maiores do mundo. Após uma década de investigação, a tecnologia para aproveitamento da

energia das marés parece estar pronta a ser utilizada em França.

Tal como sucedeu com a energia do vento, que deu origem a parques para apro-

veitamento da energia eólica e que estão hoje disseminados um pouco por todo o mundo, a França pondera a criação de parques para produção de energia das marés, menos generalizados, e assumir a vanguarda neste segmento.

Rémi Gruet, CEO da Ocean Energy Europe, a maior

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Notícias do Mar Energias Renováveis
Flutuadores Realização de estudos preliminares

rede mundial de profissionais de energias dos oceanos, acolheu o anúncio com satisfação, recordando que “a França está pronta para se tornar o foco mundial da energia das marés, dado que possui um dos mais poderosos recursos nesse tipo de energia, tem tecnologia avançada e uma cadeia de abastecimento pronta para agir”

O mesmo responsável acrescentou que um concurso para explorar a energia das marés resultaria na instalação das primeiras fábricas em França, “criando uma forte indústria doméstica, com hipóteses significati-

vas de exportação global”. Depois de o Governo francês “ter claramente reco-

nhecido esta oportunidade, cabe agora ao sector demonstrar a sua prontidão

tecnológica e o progresso alcançado nos primeiros parques piloto”

49 2023 Maio 437 Notícias do Mar
Flutuadores Protótipo da energia das marés Energia das marés no norte de França

Notícias do Instituto de Soldadura e Qualidade

ISQ Assina Contrato Internacional de 16 Milhões Num dos Maiores Projetos de Inovação da Europa

O ISQ acaba de assinar o seu maior Contrato Quadro com a F4E - Fusion For Energy, para o Controlo de Qualidade da construção de diversos componentes do maior reator nuclear experimental conhecido como ITER (International Thermonuclear Experimental Reactor), o maior TOKAMAK (reator de fusão) alguma vez projetado e que representa um dos maiores avanços científicos da atualidade na geração de energia isenta de emissões.

Esta é também uma conquista da máxima importância para Portugal porque posi-

ciona o país naquele que é um projeto internacional de referência em que o grande desafio colocado à indústria,

à engenharia e à tecnologia é quanto à forma como se pode produzir energia de forma segura, fiável, ambien-

talmente responsável e em grande escala.

“O Contrato tem um orçamento de 16 milhões de euros e uma duração de quatro anos. O concurso teve a participação dos maiores players europeus nesta área, tendo o ISQ conseguido demonstrar a sua competitividade, importância e competência na engenharia de ponta a nível internacional”, sublinha José Figueira, administrador do ISQ.

O ISQ é, desde 2014, responsável pela garantia da qualidade e controlo e supervisão da construção dos vários componentes do reator na Europa e China, assegurando o cumprimento dos re-

50 2023 Maio
437
Notícias
Mar
do
O ITER representa um dos maiores avanços científicos da atualidade para uma geração de energia isenta de emissões O ITER é o maior TOKAMAK (reator de fusão) alguma vez construído

quisitos de qualidade aplicáveis. Atualmente o ISQ conta com uma equipa de 20 inspetores (residentes, itinerantes ou spots com intervenção pontual) em diversos países europeus prevendo-se a duplicação deste número de engenheiros.

“O ISQ tem em execução outros três Contratos, fornecendo serviços de Engenharia na fase de projeto, ensaios especiais a materiais e mock-ups dos componentes do reator assim como formação de mais de 600 técnicos do ITER e F4E nas mais diversas áreas”, acrescenta Mónica Reis, gestora de projeto.

F4E (Fusion For Energy) é o organismo que gere a contribuição da UE (União Europeia) para a construção do ITER. O objetivo é demonstrar a viabilidade científica e técnica da fusão nuclear, réplica da fonte de energia do sol e das estrelas, como fonte de energia segura, inesgotá-

vel e responsável do ponto de vista ambiental. É um projeto conjunto entre a União Europeia, China, Índia, Japão, Coreia do Sul, Federação Russa e Estados Unidos, sendo Cadarache o local de instalação do reator, no sul de França.

A experiência que o ISQ trouxe do projeto CERN –European Organization for Nuclear Research (Organização Europeia para Investigação Nuclear) foi decisiva na sua participação no ITER. No projeto CERN-LHC, o ISQ inspecionou a qualidade do fabrico das séries de cabos supercondutores, magnetos, componentes criogénicos e criostatos, bem como a montagem final nos túneis CERN.

ITER

O ITER (www.iter.org) será a maior central elétrica de fusão nuclear do mundo, concebida para demonstrar a viabilidade científica e técnica da energia de fusão para fins

energéticos. A investigação sobre fusão tem por objetivo desenvolver um protótipo de uma central elétrica de fusão segura e fiável, ambientalmente responsável e economicamente viável. A fusão tem a capacidade de produzir energia em grande escala, utilizando combustíveis abundantes, sem emissões de dióxido de carbono ou de outros gases de efeito estufa. Os avanços científicos possibilitados pelo ITER irão

melhorar consideravelmente a capacidade de prever o comportamento de plasmas em combustão em futuros reatores. Mas para se tornar económica, a energia de fusão exigirá avanços além da construção do ITER, sendo necessário desenvolver a engenharia e a tecnologia de primeira geração de reatores de fusão. O ITER é um passo importante na construção destas primeiras centrais elétricas de fusão.

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José Figueira, administrador do ISQ Mónica Reis, gestora de projeto O local de instalação do reator, Cadarache, no sul de França

ISQ é a Primeira Entidade Portuguesa a Obter Reconhecimento Internacional como External Reviewer para ESG

O ISQ é a primeira entidade portuguesa a obter o reconhecimento como external reviewer pelo International Capital Market Association (ICMA) para a prestação de serviços de Second Party Opinion e de Verificador, assegurando o cumprimento dos guias Green e Social Bond Principles, o Sustainability Bond Guidelines e o Sustainability-Linked Bond Principles.

João Safara, Administrador do ISQ refere: “Esta distinção surge na sequência da credibilidade e know-how reconhecidas ao ISQ em matéria de ambiente, de segurança e sustentabilidade”, neste âmbito, “o ISQ irá prestar serviços de avaliação independente que permitem aos Investidores e às Instituições Financeiras tomar decisões fundamentadas e garantir que os seus fundos estão alinhados com os principais quadros financeiros sustentáveis, cumprindo os objetivos estabelecidos pelos emitentes”, complementa

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Notícias do Mar Notícias do Instituto de Soldadura e Qualidade
Testes no laboratório

João Safara. Estes serviços podem ser aplicados em vários sectores, nomeadamente indústria transformadora, transportes, farmacêutica, comércio e serviços, agricultura, produção animal, silvicultura e pesca, indústrias extrativas, indústrias transformadoras, energia, construção, turismo, saúde e atividades de apoio social, entre outros. Nos domínios do ambiente, sustentabilidade e segurança, o ISQ já oferece ao mercado uma vasta gama de serviços que passam pelo aconselhamento de estruturação verde/social/ sustentável; due diligence ambiental; due diligence ESG; avaliação de conformidade legal ambiente, qualidade e segurança; roteiro para a circularidade e monitorização; soluções de simbiose industrial para descarbonização; soluções de apoio à decisão na gestão de resíduos wastevalue; definição e monitorização na implementação de KPI’s de circularidade; sustentabilidade dos edifícios (BREEAM,

LEED, WELL); avaliação e descontaminação de solos e águas; avaliação quantitativa dos riscos para a saúde humana e o ambiente; análise de risco ambiental no âmbito da garantia financeira; estratégias e relatórios de sustentabilidade; avaliação

do ciclo de vida (LCA) e declaração ambiental de produto (EPD). O ISQ promove ainda consulta e avaliação das partes interessadas na identificação dos principais constrangimentos que possam no futuro inviabilizar a implementação de um proje-

to, seja devido a constrangimentos legais e administrativos, seja por questões de incompatibilidade com instrumentos de gestão de terrenos, perímetros urbanos, biodiversidade, património arqueológico, recursos hídricos e paisagens. É também uma

53 2023 Maio 437 Notícias do Mar
Ensaios estruturais ISQ tem o maior laboratório de Ensaios Estruturais

entidade parceira para a identificação de diretrizes com vista à obtenção de autorizações e licenças, dando apoio nos processos de licenciamento municipal, industrial e ambiental bem como na realização de estudos técnicos sobre regimes ambientais.

ISQ tem o maior laboratório de Ensaios

Estruturais

No Laboratório de Ensaios Especiais, em Castelo-Branco, estão as maiores instalações laboratoriais do País no que diz respeito a Ensaios Estruturais, Ensaios de Termo Vácuo e Ensaios de Vibrações num Shaker Eletrodinâmico. É o único laboratório equipado para fazer Ensaios ATP (Indústria de Alimentos Perecíveis) em tuneis Termodinâmicos assim como Homologação de equipamentos de frio.

É o laboratório mais bem preparado para desenvolver ensaios experimentais à medida tendo, por isso, clientes de todo o país e de vários países europeus.

Este laboratório concluiu com sucesso, há poucas semanas, uma campanha de ensaios dinâmicos num protótipo de um satélite de Observação da Terra. Neste momento está em curso, em paralelo, várias campanhas de ensaios para o ITER, o reator experimental de fusão nuclear que vai ser construído em França.

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Estudos técnicos sobre regimes ambientais É o laboratório mais bem preparado Ensaio experimental Ensaio estrutural no laboratório

Novos Commander 7x50c & 7x50 da Steiner

Binóculos de Elevado desempenho da Steiner – líderes mundiais em aplicações marítimas extremas há mais de 40 anos! O nome em si garante soberania e segurança.

Dificilmente algum outro binóculo oferece mais desempenho, melhor manuseamento e elevada qualidade ótica. Os novos Commander representam o produto mais competitivo no mercado nos dias de hoje e, temo-lo aqui para si.

Este novo modelo Commander é fabricado usando uma estrutura de policarbonato reforçado com fibra de vidro de alta tecnologia e um design “open bridge” em alumínio que o torna mais leve e robusto. O design ergonómico e o comprovado sistema Comfort-Balance garante um manuseamento com uma só mão, maior conforto de transporte e aperto mais firme com o sistema de clique rápido “ClicLoc 2.0”. O revestimento avançado em

56 2023 Maio 437 Electrónica Notícias Nautiradar

borracha NBR com o característico relevo, garante um aperto seguro e antiderrapante, eliminando o risco de queda. A fiável combinação de funcionalidade, robustez lendária e manuseamento confortável, faz do Commander o melhor companheiro por gerações.

O campo de visão excecionalmente amplo, agora com 140 metros e uma nitidez melhorada oferecem a melhor observação possível em qualquer situação, especialmente quando importa e todos os segundos contam. Após uma pesquisa intensiva, o revestimento único da STEINER – Diamond Marine – é aplicado ao usar fluoretos e minerais raros e garante uma transmissão de luz sem igual, clareza e contraste. Isto oferece-lhe imagens nítidas e perfeitas, mesmo em condições de baixa luminosidade. O sistema Auto-Focus mantém imagens nítidas a partir de 20 metros de distância do objeto ao infinito.

Uma outra característica exclusiva do Commander é o retículo de precisão integrado, que permite um cálculo preciso de distâncias e dimensionamento e é uma ajuda valiosa em estimar a

distância a objetos observados. O compartimento da bateria abre facilmente ao rodar, sem a necessidade de ferramentas, para que a bateria possa ser substituída em qualquer lugar e em qualquer momento. Para mais informações sobre este novo produto da Steiner, por favor visite o site www.nautiradar.pt ou contacte através do 21 300 50 50.

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Notícias Nautiradar

McMurdo Apresenta a Nova Radiobaliza

EPIRB SmartFind G8 PLUS AIS

A nova Smartfind G8 Plus com AIS, combina os alertas de busca e salvamento na frequência de 406 MHz com a capacidade de localização e rastreio potente do sistema de AIS.

AEPIRB SmartFind G8 PLUS AIS é compatível com a constelação MEOSAR para uma deteção e desempenho melhorado na localização e, agora com um sinal ótico Infravermelho (visão noturna) para auxiliar na deteção de sobreviventes em condições de baixa luminosidade. O infravermelho pode ser detetado a uma maior distância e em condições de visibilidade mais fracas do que as luzes standard nas EPIRBs, acelerando desta forma os tempos de resgate.

As Radiobalizas (EPIRB) mais poderosas do mundo, proporcionam tempos mais rápidos de resgate via:

- Deteção mais rápida de alertas na frequência 406

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MHz através da compatibilidade com os satélites da MEOSAR

- EPIRB QUADROTECH, com quatro frequências de busca e salvamento, a SmartFind G8 PLUS AIS suporta os ele-

mentos de Alerta, Localização, Rastreio e Resgate das operações de busca e salvamento.

- Maior velocidade e precisão na deteção da localização, uma vez que os recetores GNSS multiconstelação funcionam com uma gama mais ampla de satélites, incluindo Galileo e GPS.

- Melhorando ainda mais a nossa anterior e primeira convergência da frequência 406 e AIS, combinando o alerta global de 406 MHz com a localização localizada e poder de rastreamento do AIS

A radiobaliza G8 PLUS AIS é a primeira EPIRB a possuir as frequências 406 MHz (pa-

drão) e 121.5 MHz, GNSS e a incluir AIS para resgate localizado. Esta combinação é o resultado de novas tecnologias, mas também de novas atitudes face ao AIS enquanto ferramenta de busca e salvamento, assim como a compreensão de que uma deteção acelerada de alertas e precisão de localização irão salvar ainda mais vidas. Essa parceria tecnológica também ajudará a reduzir os pedidos de ajuda às autoridades de busca e salvamento, pois deverá ajudar os proprietários das embarcações a detetar e a resolver as ativações acidentais graças à visibilidade dos sinais de AIS.

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Para mais informações visite www.nautiradar.pt
A nova Smartfind G8 Plus com AIS A nova Smartfind G8 Plus é a primeira EPIRB a possuir as frequências 406 MHz (padrão) e 121.5 MHz, GNSS e a incluir AIS

Notícias da Marinha

Missão Mar Aberto

A missão terá a duração de mais de 4 meses e ao longo deste período está previsto a visita de 14 países

Navios da Marinha largam para missão do “Mar Aberto” no dia 15 de Abril, sendo seu primeiro destino o porto de Dakar, no Senegal. Já o submarino NRP Arpão que também participa nesta missão, já cruzou a linha do equador.

Os navios da Marinha, o NRP Setúbal e o NRP Centauro, que constituem uma Força Nacional Destacada (FND), largaram da Base Naval de Lisboa para mais uma missão no âmbito da iniciativa “Mar Aberto”. Na despedida para mais uma missão, marcaram presença a Ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, e o Chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Henrique Gouveia e Melo.

A missão terá a duração de mais de 4 meses e ao longo deste período está previsto a visita de 14 países, cerca de 20 portos diferentes e a participação nas Comemora-

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Notícias do Mar
O NRP Setúbal

ções do Dia de Portugal que decorrerão na África do Sul, na Cidade do Cabo.

Atualmente, o NRP Setúbal é comandado pelo Capitãode-Fragata Aristides Pereira da Costa e conta com uma guarnição de 70 militares.

O NRP Centauro é comandado pelo Segundo-Tenente Silvestre Rodrigues e a guarnição é constituída por 11 militares.

No total vão para missão 81 militares da Marinha, sendo que o Submarino Arpão partiu também, na semana passada, para a missão “Mar Aberto” com uma guarnição de 35 militares.

A iniciativa Mar Aberto visa contribuir para a manutenção das relações de cooperação e satisfazer os compromissos internacionais assumidos por Portugal no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), e no âmbito das Presenças Marítimas Coordenadas da União Europeia (PMC – UE).

Navios da Marinha

Navegam Rumo a Bissau

No âmbito da missão “Mar Aberto”, os navios da Marinha NRP Setúbal e NRP Centauro, largam no dia 24 de abril, rumo ao porto de Bissau, após terem estado em Dakar, no Senegal.

Após dois dias de permanência no porto de Dakar, foram recebidos a bordo 2 grupos que visitaram os navios da Força Nacional Destacada (FND). O primeiro grupo composto por elementos do corpo diplomático de países da União Europeia e CPLP e outro com 15 cidadãos portugueses residentes neste país.

Durante a paragem no Dakar também foram apresentados cumprimentos à Embaixadora de Portugal em Dakar, Doutora Florbela Paraíba.

A Iniciativa “Mar Aberto”

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A Ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras e o Chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Henrique Gouveia e Melo, marcaram presença na cerimónia de despedida para mais uma missão da Marinha Portuguesa O navios da Marinha largam para missão do “Mar Aberto” no dia 15 de Abril, tendo como primeiro destino o porto de Dakar, no Senegal O NRP Centauro

tem como objetivo contribuir para segurança marítima no Golfo da Guiné e na costa ocidental africana, bem como para a satisfação de compromissos internacionais assumidos por Portugal com os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Submarino

português

cruzou a linha do Equador

O NRP Arpão, que se encontra a participar na Iniciativa Mar Aberto, no Atlântico Sul, cruzou, pela primeira vez, a linha do Equador.

O NRP Arpão é o primeiro submarino português a realizar uma missão deste tipo, sendo também a primeira vez que um submarino nacional cruza a linha do Equador, colocando à prova a capacidade logística operacional da Marinha.

Até ao início de agosto, o submarino irá percorrer mais de 13.000 milhas, realizar cerca de 2.500 horas de navegação e visitar dois continentes e cinco países: Cabo Verde, Brasil, África do Sul, Angola e Marrocos, contribuindo para o estreitamento das relações de cooperação militar e diplomáticas entre Portugal e cada um dos países visitados.

O submarino Arpão tem uma guarnição de 35 militares e é comandado pelo capitãode-fragata Taveira Pinto.

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É a primeira vez que um submarino nacional cruza a linha do Equador, colocando à prova a capacidade logística operacional da Marinha À Embaixadora de Portugal em Dakar, Doutora Florbela Paraíba, visitou os navios da Força Nacional Destacada Após terem estado em Dakar, os navios da Marinha, largaram no dia 24 de abril, rumo ao porto de Bissau

Porto de Setúbal “hub” de Inovação

Ambiental, Tecnológica e Energética a Nível Nacional e Europeu

O Porto de Setúbal quer assumir-se como um polo de desenvolvimento sustentável da atividade portuária e, simultaneamente, promover o crescimento económico, a economia azul, a inovação, a tecnologia e o bem-estar local, regional, nacional e a nível Europeu.

As energias renováveis, a transição energética, a economia circular, a inovação e a tecnologia nas cadeias logísticas, nos transportes marítimos e no Porto de Setúbal, foram alguns dos temas discutidos durante a segunda conferência do Fórum “Investir, Inovar e Descarbonizar”, dedicado ao tema “Inovação e Sustentabilidade, que se realizou hoje, dia 3 de maio, no âmbito do Centenário do Porto de Setúbal.

Neste encontro, debateuse também a importância do equilíbrio e coexistência de ecossistemas naturais e so-

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Notícias
Mar Notícias
Porto de Setúbal
do
do
Porto de Setúbal como um polo de desenvolvimento sustentável da atividade portuária O Porto de Setúbal

cioeconómicos.

O presidente da APSS, Carlos Correia, salientou que “o Porto de Setúbal reúne, pelas suas características naturais, pelas infraestruturas existentes, pelos investimentos de melhoria realizados nos últimos anos, pelas áreas de expansão de que ainda dispõe e pelo know how das empresas localizadas na sua envolvente, potencialidades para um forte desenvolvimento e crescimento nos próximos

anos de suporte à transição energética com base em energias renováveis, em harmonia com a cidade e valorizando o património, a natureza e os ecossistemas circundantes”

Carlos Correia deixou ainda uma mensagem e objetivos: “queremos tornar o Porto de Setúbal num “hub” económico de desenvolvimento sustentável diferenciador a nível regional, nacional e europeu, parte imprescindível de cadeias

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O Porto de Setúbal recebeu grandes melhorias das acessibilidades marítimas, ferroviárias e rodoviárias nos últimos anos Investir, Inovar e Descarbonizar Carlos Correia, presidente da APSS

logísticas sustentáveis de base para a localização de novos clusters da reindustrialização, das novas energias, das energias verdes e da economia circular, inovação e bioeconomia. Queremos tornar o Porto de Setúbal num “hub” atlântico de nova geração com pe-

gada ambiental mínima, digitalizado e automatizado, associado às cadeias de abastecimento verdes da próxima geração e portos climate-smart. Queremos tornar o Porto de Setúbal num “hub” natural, limpo e protetor da natureza, com uma forte aposta no esforço de

mitigação de impactes e promovendo a renaturalização das áreas protegidas e dos ecossistemas de elevado valor natural e para a captura de carbono”

No encerramento deste encontro, Porfírio Gomes, presidente da Comunidade Portuária de Setúbal,

destacou que “o Porto de Setúbal está vivo e recomenda-se” adiantando que o porto “está a ter uma atratividade muito grande no domínio das energias alternativas e tem todas as condições para se tornar num hub de energias limpas”

Porfírio Gomes, salientou a melhoria das acessibilidades marítimas, ferroviárias e rodoviárias, realizadas nos últimos anos e adiantou que neste momento é tempo de “todos juntos, criarmos condições para que num curto espaço de tempo, todos os projetos previstos sejam implementados”

O seminário ficou ainda marcado pela intervenção de vários stakeholders do setor, especialistas, representantes de instituições de ensino, pesquisa e desenvolvimento tecnológico, assim como da Comunidade Portuária de Setúbal, que abordaram soluções inovadoras para os desafios que o setor enfrenta no domínio da sustentabilidade ambiental, económica e energética.

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Conferência do Fórum “Investir, Inovar e Descarbonizar” Porto de Setúbal está vivo e recomenda-se

Para Portugal o Turismo de Cruzeiros

Vale 487 Milhões de Euros Anuais

de acordo com os últimos indicadores e operadores do setor do turismo, está a regressar o crescimento que se registava em pré-pandemia gerando já proveitos no valor de 487 milhões de euros anuais.

Celebrou-se no dia 05 de maio o Dia Europeu do Turismo e Portugal, de acordo com os últimos indicadores e operadores do setor do turismo, está a regressar ao crescimento que se registava em pré-pandemia e como o turismo de cruzeiros não é uma exceção e os portos portugueses são um destino atlântico de cruzeiros importante na Europa, atraindo passageiros de todo o mundo e gerando já proveitos no valor de 487 milhões de euros anuais.

A indústria dos cruzeiros gera um impacto económico significativo para as economias europeias. De acordo com os novos dados da CLIA - Associação Internacional de

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Notícias do Mar Dia Europeu do Turismo
Dia mundial do turismo em Lisboa Terminal de cruzeiros de Lisboa

Cruzeiros, divulgados na Cimeira Europeia da CLIA de 2023, o setor dos cruzeiros gerou mais de 40 mil milhões de euros de impacto económico na Europa em 2021 (último ano com números já consolidados), apesar do volume de passageiros ter sido drasticamente reduzido devido às restrições pandémicas. O setor também reforçou a sua estrutura com 315.000 postos de trabalho na Europa durante este período desafiante.

O impacto do turismo de

cruzeiros na economia portuguesa, de acordo com os mais recentes dados da CLIA, é significativo. Estimase que este tipo de turismo tenha gerado proveitos totais no valor de 487 milhões de euros, o que inclui compras das linhas de cruzeiro a fornecedores locais no valor de 70 milhões de euros, 121 milhões de euros de investimento em construção naval e cerca de 24,8 milhões de euros na remuneração das 7900 pessoas que, em Por-

tugal, trabalham diretamente neste setor.

A força do setor europeu da construção naval e a sua ligação com a indústria global de cruzeiros foi fundamental para manter níveis fortes de impacto social e económico na Europa, mesmo nos anos de Pandemia. Mais de 93% das companhias de cruzeiros do mundo são fornecidas por estaleiros europeus, incluindo estaleiros portugueses, e a construção de navios de cruzeiro representa cerca

de 80% da carteira de encomendas de estaleiros navais. Com 66 navios de cruzeiro encomendados para os próximos cinco anos, tal representa mais de 40 mil milhões de euros de investimento direto na Europa.

Nikos Mertzanidis, Ports and Destination Lead da CLIA, afirma que “a indústria de cruzeiros é uma fonte essencial de receita para as comunidades nas cidades portuárias e áreas circundantes”. De acordo com o

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O cruzeito MSC-Preziosa em Lisboa Turistas em Alfama Os Tuk Tuk de Lisboa

State of the Cruise Industry Report 2023, publicado pela CLIA, “os passageiros dos cruzeiros gastam em média 660 euros nas cidades portuárias ao longo de um cruzeiro típico de sete dias”. O mesmo relatório indica que “6 em cada 10 viajantes

de cruzeiro regressam aos destinos que visitaram num cruzeiro para estadias mais longas. Tal gera benefícios económicos directos, incluindo a criação de emprego, receitas para os portos, operadores turísticos locais, HORECA, fornecedo-

res e aumento dos gastos turísticos”

Sobre a Cruise Lines International Association (CLIA)

A CLIA é a maior associação comercial da indústria de

cruzeiros do mundo e a principal autoridade da comunidade global de cruzeiros. Em nome dos seus membros, filiados e parceiros, a organização apoia políticas e práticas que promovam um ambiente seguro, saudável e sustentável na atividade dos navios de cruzeiro, promovendo experiências de viagem positivas para os mais de 30 milhões de passageiros transportados anualmente. A comunidade da CLIA inclui as mais prestigiadas linhas de cruzeiros oceânicas, fluviais e especiais do mundo, uma comunidade de agentes de viagens altamente qualificados e certificados e uma vasta rede de partes interessadas, incluindo portos e destinos, desenvolvimento de navios, fornecedores e serviços empresariais. A CLIA representa mais de 90% da capacidade de cruzeiro transoceânica do mundo, bem como cerca de 60.000 agentes e agências de viagens de todo o mundo. Os agentes de viagens e as agências representam a maior rede de profissionais de viagens especializados em viagens de cruzeiro. A sede global da organização fica situada em Washington, DC, com escritórios regionais localizados na América do Norte e do Sul, Europa, Ásia e Australásia.

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Cruzeiros em Leixões Os cruzeiros no Funchal Em Portugal, trabalham 7900 pessoas neste setor Cruzeiros nos Açores em Ponta Delgada

26.ª Edição do Marina de Vilamoura International Boat Show

OMarina de Vilamoura International Boat Show está de volta e traz consigo novos lançamentos e muitas novidades.

oferece as melhores condições para uma exposição de barcos na água, seguindo as melhores práticas dos mercados internacionais.

As empresas do sector náutico que possuem embarcações novas e seminovas (brokerage), bem como os representantes de marcas de acessórios, equipamentos e serviços integrados, já reservaram os seus espaços para garantir a participação no evento.

A26.ª edição do Marina de Vilamoura International Boat Show acontecerá de 10 a 18 de Junho na Marina de Vilamoura, no Algarve. Os principais players da indústria náutica são esperados neste

evento, organizado pela Marina de Vilamoura em parceria com a FIL. Será uma oportunidade para apresentar os principais lançamentos e novidades do sector.

Realizado desde 1997, o Marina de Vilamoura Interna-

tional Boat Show não é apenas uma exposição única no cenário náutico português, mas também um autêntico cartão-de-visita do estilo de vida inconfundível do Algarve. Vale ressaltar que a Marina de Vilamoura, a maior do país,

O Marina de Vilamoura International Boat Show atrai regularmente compradores, in-vestidores, parceiros de negócio, entusiastas das áreas envolvidas, órgãos de comunicação social, entidades reguladoras do sector e público em geral. É importante destacar a contribuição do evento para a economia local, impulsionando sectores como a hotelaria, restauração, transportes e serviços em geral. O evento atrai a população local, os estrangeiros residentes no Algarve e turistas nacionais e estrangeiros.

71 2023 Maio 437 Náutica Vilamoura International Boat Show 2023
A Marina de Vilamoura, a maior do país, oferece as melhores condições para uma exposição de barcos na água Os principais players da indústria náutica são esperados neste evento É importante destacar a contribuição do evento para a economia local

Notícias do Porto de Aveiro

Porto de Aveiro é na Península Ibérica o Primeiro a Receber a Certificação

Norma ISO 20858

O Porto de Aveiro é o primeiro porto na Península Ibérica a obter a Certificação na norma ISO 20858 - Avaliação e Plano de Segurança das Instalações Portuárias e o segundo, a nível nacional, a obter a certificação na norma ISO 28000 - Sistema de Gestão da Segurança para a Cadeia de Abastecimento.

As obtenções destas certificações nas normas ISO vêm reforçar o compromisso que o Porto de Aveiro tem na melhoria contínua da segurança e qualidade das

operações, tendo em vista a satisfação dos seus clientes e acompanhamento das tendências do mercado em permanente mudança.

A ISO 28000 é sustentada em diversos referenciais

normativos ISO 28001. Melhores práticas para a cadeia de abastecimento e ISO 20858- Avaliação e Plano de Segurança das Instalações Portuárias e permite a gestão integrada do risco

de toda a cadeia de abastecimento pelo seu nível de integração com outras normas, nomeadamente a ISO 27001 Sistema de Gestão de Segurança da Informação. Atualmente, o Porto de Aveiro, aguarda a emissão do certificado da norma ISO 27001 - Sistema de Gestão da Segurança da Informação – que tem como principal en-

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Notícias
do Mar
A certificação ISO reforça o compromisso na melhoria da segurança e qualidade das operações O Porto de Aveiro

foque a plataforma da Janela Única Logística – JUL.

A experiência que o Porto de Aveiro teve com o processo de implementação das aludidas certificações foi objeto de partilha, na sessão de encerramento do Projeto GISAMP - Gestão Integrada da Segurança da Cadeia de Abastecimento Marítimo-Portuária.

Recorde-se que este projeto teve como objetivo, por um lado, certificar os portos nacionais, permitindo que obtenham reconhecimento internacional em matéria de Segurança Marítima, e, por outro,

promover a cooperação entre os portos, visando a partilha das boas práticas.

De referir, ainda, que a implementação, pelo Porto de Aveiro, do sistema de gestão integrado suportado nas três normas ISO contribuirá para minimizar as vulnerabilidades do domínio marítimo – portuário, reduzindo o risco subjacente às principais ameaças que se impõem à comunidade portuária, reforçando a segurança das cadeias logísticas, e melhorando os níveis de segurança e proteção nas operações.

73 2023 Maio 437 Notícias do Mar
O Porto de Aveio reforçou as cadeias logísticas Melhores práticas para a cadeia de abastecimento Implementação do sistema de gestão integrado suportado nas três normas ISO

Reforçar o Apoio à Transição para o Transporte Ferroviário

Empresas assinam declaração conjunta da Associação Europeia do Transporte Ferroviário de Mercadorias (ERFA) para reforçar a urgência da transição modal para o transporte ferroviário.

Declaração

conjunta apresenta propostas de medidas para apoiar a ferrovia

AMEDWAY é uma das empresas signatárias da declaração conjunta da (ERFA) que apela à Comissão Europeia e aos Estados-Membros para reforçarem o apoio à promoção do transporte ferroviário de mercadorias, que é o mais eficiente e limpo em termos energéticos.

Esta declaração sucede a uma primeira, emitida em 2020, a qual apelava à priorização da transição modal –uma mudança que, face aos

constrangimentos de que a EU padece em termos de energia, é agora ainda mais urgente.

As 21 signatárias, às quais se juntam a eurodeputada Karima Delli, Presidente da Comissão de Transportes do Parlamento Europeu, e Josef Doppelbauer, Director Executivo da Agência Ferroviária da União Europeia, declaram que a quota modal do caminho-de-ferro (16,8% na UE) não aumentou nos três anos que passaram

desde a declaração conjunta original e que é urgente apoiar o transporte ferroviário de mercadorias em toda a Europa, com a finalidade de atingir o objectivo desejado de 30% de quota modal até 2030.

“A ferrovia, além de ser o transporte mais amigo do ambiente, permite economizar tempo reduzindo o tráfego nas estradas. O transporte ferroviário é também o meio com mais potencial para reduzir a dependência da EU da energia fóssil e acelerar a transição energética. Assim, com a assinatura da MEDWAY, além de um apelo aos governantes, esta declaração conjunta reafirma também o compromisso de contribuição para um sector logístico cada vez mais verde e sustentável”, justifica Bruno Silva, director-geral da MEDWAY e signatário da declaração.

Documento, as empresas signatárias enumeram um conjunto de propostas de medidas para apoiar o transporte ferroviário de mercadorias, suportadas pelas vantagens deste modo face aos concorrentes. “O consumo de energia do transporte ferroviário de mercadorias é 7 vezes inferior ao rodoviário e 9 vezes melhor em termos de emissões de CO2”, pode ler-se na carta.

Assim, preconizam as signatárias a adopção de uma abordagem multimodal em relação a legislação importante, como seja a revisão da Directiva relativa aos pesos e dimensões dos veículos rodoviários, a limitação do custo da electricidade para o transporte ferroviário de mercadoras, a redução das taxas de acesso à via férrea, o direccionamento de investimentos de maior envergadura para infraestruturas e material circulante, digitalização e novas tecnologias ou a coordenação internacional das obras e restrições de capacidade, são algumas das ideias apresentadas.

Para as signatárias, “o transporte ferroviário de mercadorias deve ser considerado como a espinha dorsal da logística europeia, tanto por razões ambientais, como de poupança de energia”

74 2023 Maio 437
Notícias do Mar Ferrovia

A largada

“Pardal” Vence Regata em Sesimbra

Quase três dezenas de veleiros participaram numa regata clássica, a Wintermantel, no sábado a 22 de abril, que largou em Lisboa e terminou em Sesimbra.

AXXI Regata Naval do Clube Naval de Sesimbra realizouse no domingo, dia 23 de abril, com a participação de 14 veleiros, que integraram a Wintermantel, a habitual

regata que liga Lisboa a Sesimbra e que trouxe à nossa baía 29 veleiros e cerca de 150 velejadores, no passado sábado, dia 22 de Abril.

O vento trocou as voltas aos velejadores da XXI Re-

gata Naval de Sesimbra, que tinha largada prevista para as 13 horas no domingo. Numa tarde de muito sol e calor, o vento teimava em não descer a serra do risco. A largada foi dada apenas pelas 14.45 horas e a regata acabou por realizar-se com condições perfeitas para a prática da modalidade.

O percurso triangular iniciou-se junto ao cabo de ares, com passagem por uma boia amarela localizada em frente à Fortaleza de Santiago, a escassos 50 metros da linha de água, o que proporcionou um espetáculo único para todos os que passeavam pela marginal de Sesimbra ou que se encontravam na praia. A regata levou os veleiros até à praia do Ribeiro do Cava-

lo para depois voltarem ao cabo de ares.

O veleiro ‘Pardal’, de Tomás Pardal Monteiro, foi o grande vencedor da regata, depois de a tripulação ter conseguido lidar bem com as difíceis refregas e mareta que se fizeram sentir a partir do momento em que o vento entrou.

Na classe NHC, ‘Alma do Mar’, de João Bitoque, terminou a regata no 2.º lugar e ‘PapaLéguas II’, de Paulo Cortes Rosa, ficou em 3.º lugar. Na classe ANC, o 1.º lugar também foi alcançado pela embarcação ‘Pardal’, o 2.º lugar pela ‘Alma do Mar’ e o 3.º pela ‘PapaLéguas II’.

No final da regata realizou-se um convívio nas instalações do Clube Naval de Sesimbra com a entrega

76 2023 Maio 437 Vela Notícias
do Clube Naval de Sesimbra

de prémios promovida pelo presidente da Direção do Clube Naval de Sesimbra, Fernando Silva. A cerimónia contou com a presença do presidente da Assembleia Municipal de Sesimbra, João Narciso, do vereador da Proteção Civil, Márcio Oliveira, da vereadora do Turismo e Economia Local, Argentina Marques, da presidente da Junta de Freguesia de Santiago, Laura Pinto Correia, e do Capitão do Porto de Sesimbra, Marco Serrano Augusto.

Organizada pelo Clube Naval de Sesimbra, a XXI Regata Naval contou com o apoio da Estação Náutica de Sesimbra, do Porto de Sesimbra e da Câmara Municipal de Sesimbra.

Vitória do CNSesimbra em Pesca Desportiva de Barco

Equipa do Clube Naval de Sesimbra

Vence primeiro Torneio da Liberdade

OClube Naval de Sesimbra alcançou o 1.º lugar do primeiro Torneio da Liberdade, promovido no domingo dia 23 de abril pelo Clube Naval de Sesimbra.

A equipa do CNS foi

Manuel Salgueiro, Marco Pereira e Rui Pires. O Gru-

po Desportivo Amarelos

A ficou em 2.º lugar, com Bruno Cabrita, Gigi e António Oliveira, enquanto o 3.º lugar foi conquistado por Tavamar, com Luís Miguel, Manuel Amador e Mário Rui.

Em termos individuais, Vítor Silva, do Grupo Desportivo Amarelos, que esteve à pesca na embarcação ‘Bolhas’, foi o grande vencedor do torneio. O 2.º lugar foi alcançado por Luís Miguel, da equipa Tavamar, que integrou a embarcação ‘Santiago’. O pódio ficou completo com um atleta da casa. Manuel Salgueiro, do Clube Naval de Sesimbra, conquistou o 3.º lugar integrado na embarcação ‘Minerva’.

A competição de pesca de alto mar em barco fundeado, disputada por 60 participantes, contou com o apoio da Federação Portuguesa de Pesca Desportiva de Alto Mar, do Porto de Setúbal e da Estação Náutica de Sesimbra.

77 2023 Maio 437 Vela
Veleiros em Sesimbra Os Prémios

Notícias da Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas

1ª e 2ª Jornada do Campeonato Nacional de Pesca Submarina 2023

Aprova contou com a participação de 9 clubes inscritos com a participação de, 29 atletas masculinos e 3 atletas femininos inscritos.

Na primeira jornada em Peniche, Nuno Jerônimo da equipa Clube Naval de Sesimbra foi o primeiro classificado na classificação individual com 11 capturas, João Peixeiro da equipa Vasco Gama Suzuki Marine ficou em segundo lugar com 13 peixes capturados e Tiago Gregório da equipa C.Naval Peniche foi o terceiro classificado com 9 capturas. Nas classificações das equipas a maior pontuação foi obtida pelo C.Naval Peniche com 24 capturas validadas aos seus atletas, seguido do Clube Naval Sesimbra em se-

78 2023 Maio 437
Submarina
Pesca
Realizou-se nos passados dias 29 e 30 de Abril a 1ª e 2ª Jornada do Campeonato Nacional de Pesca Submarina 2023, organizada pelo Clube Naval de Peniche Praia e a FPAS.

gundo lugar com 20 capturas validadas, terminando o pódio das equipas com o Clube Naval Nazaré em terceiro com a validação de 14 capturas.

Na segunda jornada realidada em Peniche, na classificação individual, Humberto Silva da equipa Clube Naval de Portimão foi o primeiro classificado com 18 capturas validadas, Francisco Bastos da equipa Estoril P.-Marisco Praça ficou em segundo lugar com 19 capturas e João Peixeiro da equipa Vasco Gama Suzuki Marine foi o terceiro classificado com 14 peixes capturados. Nas classificações das equipas a maior pontuação foi obtida pelo Estoril P.-Marisco Praça com 41 capturas validadas aos seus atletas, seguido do Clube Naval de Portimão em segundo lugar com 31 capturas valida-

das, terminando o pódio das equipas na segunda jornada com o Clube Naval Nazaré em terceiro com a validação de 23 capturas.

Ao fim destas duas jornadas a classificação individual do campeonato é liderada por João Peixeiro da equipa Vasco Gama Suzuki Marine com um total de 27 peixes validados. Na classificação por equipas, a Estoril P.-Marisco Praça segue a frente com o

coletivo dos seus atletas tendo conseguido 54 capturas validadas.

As duas ultimas jornadas (3ª e 4ª Jornadas) são organizadas em parceria pelos clubes Clube Naval Nazaré/ Cnoca/São João da Madeira em conjunto com a FPAS.

O Campeonato Nacional de Pesca Submarina de 2023, irá ser organizado em 4 Jornadas, sendo as entidades filiadas promotoras o Clube

Naval de Peniche (1ª e 2ª Jornadas) e Clube Naval Nazaré/Cnoca/São João da Madeira em parceria organizam as (3ª e 4ª Jornadas).

Poderá consultar a classificação na integra da 1ª e 2ª jornada bem como a classificação geral ao fim das duas jornadas disputadas no site da FPAS: http://www.fpas.pt/ files/Classifica%C3%A7%C 3%A3oGeral2JornadasCNP escaSubmarina2023.pdf

79 2023 Maio 437 Pesca Submarina

Três Ministros e Especialistas Vão Falar Sobre Renováveis Oceânicas

AAPREN, a Associação Portuguesa de Energias Renováveis vai debater o potencial das renováveis oceânicas no primeiro evento totalmente dedicado ao tema. O Oceanic Renewables Summit está marcado para 24 de maio, no Museu do Oriente, em Lisboa, e tem já confirmada a presença do Ministro do Ambiente e da Ação Climática, do Ministro das Infraestruturas e do Ministro da Economia e do Mar.

A intervenção do Ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, incidirá sobre a temática do “Eólico offshore flutuante” enquanto “alavanca para a economia portuguesa”. Já o Ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, irá focar-se na “Meta de 10 GW de Eólica Offshore e a legislação Portuguesa”. A “Adaptação do Setor Portuário Português e o desenvolvimento de uma cadeira de valor em Portugal” será o ângulo a explorar pelo Ministro das Infraestruturas, João Galamba.

“Neste evento queremos abordar o potencial estratégico deste cluster emergente que constitui uma oportunidade de desenvolvimento social e económi-

co, envolvendo os principais especialistas do setor e as entidades envolvidas no processo”, sublinha o CEO da APREN, Pedro Amaral Jorge.

O evento contará ainda com a participação dos seguintes oradores, entre outros:

- João Bernardo (DiretorGeral da DGEG – DireçãoGeral de Energia e Geologia);

- João Carlos Simão (Diretor-Geral da DGRM – Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Recursos Marítimos);

- Alessandro Boschi (Head of Renewables do Banco Europeu de Investimento)

- Eduardo Feio (Presidente do Conselho de Administração do Porto de Aveiro e do Porto da Figueira da Foz);

- Juan Diego Pérez Freire (Managing Director do Porto de A Coruña);

- Pedro Verdelho (Presidente do Conselho de Administração da ERSE)

- Giles Dickson (CEO da WindEurope);

- Juan Virgilio Márquez (Diretor-Geral da AEE – Associação Eólica Espanhola);

- João Manso Neto (CEO da Greenvolt);

- João Conceição (COO da REN);

- Prof. João Peças Lopes (FEUP / INESCTEC).

A conferência contará também com a participação de especialistas nacionais e internacionais de empresas como Smartenergy, Greenvolt, Ocean Winds, Copenhagen Offshore Partners, Ørsted, Iberdrola, TotalEnergies, Repsol, Vestas, Principle Power, entre outras.

Os temas em análise na conferência pretendem abarcar todos os temas associados ao desenvolvimento das renováveis oceânicas em Portugal em painéis de debate dinâmicos:

- Estratégias europeias para as Renováveis Oceânicas;

- Renováveis Oceânicas –O relatório Português;

- A meta de 10 GW de Eólica Offshore e a legislação Portuguesa;

- Modelos para o Design, financiamento, construção, operação e manutenção da rede para offshore;

- Adaptação do Setor Portuário Português e o desenvolvimento de uma cadeia de valor em Portugal;

- Eólico Offshore flutuante, uma alavanca para a economia portuguesa;

- Estruturas de Financiamento relevantes e possíveis para projetos eólicos offshore.

Portugal tem como meta atingir os 10 GW de eólica

Director: Antero dos Santos - mar.antero@gmail.com

offshore até 2030, um objetivo estabelecido pelo Primeiro-Ministro, António Costa. O primeiro leilão de eólica offshore deverá ser lançado ainda este ano, de acordo com que foi anunciado pelo Governo português.

A APREN, a associação mais revelante do setor em Portugal, é uma das principais entidades envolvidas no processo. A APREN participa no grupo de trabalho criado pelo Governo para o planeamento e operacionalização de centros eletroprodutores baseados em fontes de energias renováveis oceânicas. Integra ainda os três subgrupos responsáveis por produzir recomendações relativas aos objetivos estabelecidos.

A APREN já organiza anualmente o mais importante evento dedicado às energias renováveis – o Portugal Renewable Energy Summit. A próxima edição está marcada para 29 e 30 de novembro de 2023.

Paginação: Tiago Bento - tiagoasben@gmail.com

Director Comercial: João Carlos Reis - noticiasdomar@media4u.pt

Editor de Motonáutica: Gustavo Bahia

Colaboração: Carlos Salgado, Vitor Ganchinho, Carlos Cupeto, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Rocha, João Zamith, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Motonáutica, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Club Naval de Sesimbra, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana, Associação Portuguesa de WindSurfing Administração, Redação: Tlm: 91 964 28 00

80 2023 Maio 437
Notícias do Mar Última Renováveis Oceânicas

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