P á g i n a | 22 proporcionando um ambiente favorável à troca de cuidados e informações.
da convivência social. Foi a partir do século XVIII, com a busca pelo conhecimento científico e o melhor entendimento sobre doenças e noções sanitárias, que o hospital passou a servir como meio de tratamento. Nesse período, as edificações ligadas à saúde não apresentavam suporte adequado para atenderem a superlotações e não contavam com esquemas apropriados de renovação de ar, o que acarretava no mal funcionamento das mesmas. Com isso, houve uma identificação de que a arquitetura seria crucial para a construção de ambientes propícios à recuperação dos pacientes, que resultou, no século XIX, na preocupação com a salubridade e o conforto ambiental nos ambientes médicos (LUKIANTCHUKI, 2010).
Figura 9 - Grupo de acolhimento em CP Fonte: Casa
2.5
Ângela7.
O PAPEL DA ARQUITETURA
2.5.1 Arquitetura da saúde e o processo de humanização Para Lukiantchuki e Souza (2010), até os dias atuais, existe um senso comum de que os edifícios ligados à área da saúde estão associados a locais de patologias, aflições e preocupações. Ainda segundo as autoras, durante o período da Idade Média, as instalações de hospitais, por exemplo, funcionavam para abrigar enfermos e necessitados, de forma a afastá-los 7
Disponível em: < http://www.casaangela.org.br/grupo-de-acolhimento.html>. Acesso em 09 set. 2021.
Mais além, o século XX, veio acompanhado de avanço científico e especializações médicas, que trouxeram consigo um distanciamento entre profissionais e pacientes, ao deixar de lado princípios humanísticos a favor da medicalização da saúde e da tecnologia (FONTES, 2007). A partir desse acontecimento, no final do século, começam a surgir apontamentos para que esse espaço de cura se transformasse também em um local mais humano (LUKIANTCHUKI, 2010). Nos últimos anos, a temática da humanização ganhou força na área da saúde e tornou-se presente nos debates da arquitetura contemporânea, no que diz respeito à necessidade de maior cuidado com os princípios humanos e sociais. Busca-se propor e implantar um novo modelo de assistência e visão de projeto que englobe o poder do ambiente em relação ao usuário, de forma que o auxilie em sua autonomia, conforto e