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2.5.2 Conforto, sensações e percepções Ao projetar um espaço, são tomadas decisões que repercutem na funcionalidade e no visual do lugar e, tão significativo quanto, nas mensagens psicológicas vindas do mesmo. O conceito anteriormente abordado, da humanização, quando aliado às pesquisas no campo da psiconeuroimunologia, tem demonstrado que certos elementos, utilizados de forma correta nos ambientes, são capazes de transformá-los em espaços agradáveis, mesmo quando referente a locais de assistência à saúde (VASCONCELOS, 2004).
desenvolvimento das tarefas, independente do sujeito envolvido, seja ele o paciente ou o profissional da saúde (Figura 11). Vale ressaltar que é importante também considerar os elementos culturais e subjetivos como aspectos importantes para a real percepção do conforto (BRASIL, 2014).
Segundo a ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – (BRASIL, 2014), elaborar um projeto arquitetônico para estabelecimentos da área da saúde é um procedimento complexo, que necessita considerar critérios técnicos e físico-funcionais. Ou seja, além de atender ao crescimento das tecnologias na saúde, deve estar atento às variáveis geográficas e responder, com certa importância, à satisfação dos usuários do espaço, ao adotar estratégias de conforto ambiental em suas variadas perspectivas, como: visuais, térmicas, acústicas, lumínicas, olfativas e ergonômicas. O equilíbrio entre essas condicionantes leva à sensação de conforto que conduz à integração do usuário ao ambiente e à melhor performance em suas atividades. Em contrapartida, pesquisas na área do conforto indicam que circunstâncias não favoráveis, como calor excessivo, falta de ventilação ou circulação de ar, ruídos demasiados e constantes, bem como condições de iluminação inadequadas e odores distintos podem dar início à tensão e à irritabilidade no 9
Disponível em: <https://ofrasco.com.br/blog/wp- contentuploads/2014/01/ armandinho.png>. Acesso em 09 set. 2021.
Figura 11 - Tirinha Armandinho Fonte: Alexandre Beck9, 2014.
De acordo com a ANVISA (BRASIL, 2014), ao longo da história, o espaço destinado a atividades da saúde foi conformado por meio de padrões que privilegiaram mais os profissionais da área e a questão do limpo e científico