Edição 57 - Revista do Ovo

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Coturnicultura

Instalações para codornas de postura O aumento do interesse pela coturnicultura pode ser percebido pelo crescimento de estudos acadêmicos sobre questões de melhoramento genético, nutrição, manejo, equipamentos para a produção das aves e também para tecnificação na produção de ovos

Autores: Sarah Sgavioli* e Cristhiano Ferreira Calderaro, Universidade Brasil. Descalvado – SP Parte do capítulo: Instalações para codornas, do livro: Codornas Japonesas e Europeias: Genética, Nutrição, Manejo e Bem-estar Animal, publicado em 2019, pela editora Novas Edições Acadêmicas. *Autor correspondente: sarahsgavioli@yahoo.com.br

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coturnicultura é um ramo da avicultura brasileira que cria, melhora e fomenta a produção de codornas. Nos últimos anos, essa atividade registrou um avanço significativo na comercialização de seus produtos como ovos, carne, matrizes e o esterco. O aumento do interesse pela coturnicultura pode ser percebido pelo crescimento de estudos acadêmicos sobre questões de melhoramento genético, nutrição, manejo, equipamentos para a produção das aves e também para tecnificação na produção de ovos. Apesar da prevalência de produção em pequenos produtores, a coturnicultura tem deixado de ser uma alternativa apenas para o pequeno produtor, pois com o aumento do mercado consumidor, principalmente dos ovos, produtores de médio e grande porte também têm explorado essa cultura. A comercialização de ovos é a principal alternativa para o início da produção coturnícula, sendo que após o segundo ano é possível aumentar a escala de itens comercializados, com produção de carne, comercialização de esterco e até a produção de aves para revenda. Porém essas opções dependem de

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uma cadeia produtiva estabelecida. Devido ao retorno financeiro e crescimento da demanda por produtos de codornas, como os ovos, a coturnicultura teve um crescimento exponencial na última década. Atrelado a este crescimento, houve o desenvolvimento das instalações para criação das aves.

Diretrizes gerais para as instalações de codornas Apesar das fases de criação das codornas serem estabelecidas em três: cria (1 a 21 dias de idade), recria (22 a 42 dias de idade) e produção (42 dias até o descarte das aves), na prática as fases de cria e recria, devido ao curto período, pode ser compreendida de 1 a 35 dias de idade, ou seja, as codornas não são movimentadas antes de atingirem o início da postura de 30 a 35 dias. A fase de produção de ovos inicia após as aves atingirem 35 dias de idade sendo necessária a transferência para as gaiolas de postura. As instalações devem ser preparadas com antecedência para a recepção das aves, o que inclui a verificação dos equipamentos e possível manutenção com o objetivo de não haver imprevistos durante a recepção das aves. Além disso, é

extremamente importante que as instalações tenham apenas aves de mesma idade, portanto, que se utilize o sistema “todos dentro todos fora” (all in all out).

Equipamentos Para a fase de cria/recria são utilizados bebedouros pendulares ou de copo de pressão e comedouros tubulares ou de bandeja para aves criadas no chão, além de bebedouros do tipo nipple com ou sem “copinho” e comedouros do tipo calha para aves criadas em gaiolas. O aquecimento é realizado por meio de campânulas, fornalha ou turbina a gás, lâmpadas ou tubos com água quente. Para a fase de produção as aves devem ser transferidas para gaiolas de postura, com bebedouros tipo nipple e comedouros tipo calha.

Ambiência e climatização Apesar de possuir elevada rusticidade, as aves são suscetíveis ao calor e ao frio. Por esse motivo os galpões precisam ser bem projetados evitando-se vento, calor e luz em excesso. A construção no sentido leste oeste é obrigatória e tem como objetivo reduzir a inci-


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