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ALMANAQUE | UBERLÂNDIA S.A.
Lauro Teixeira, fundador da Imperial, e as instalações da fábrica na praça Tubal Vilela
Q
uem nunca se esbaldou, quando criança, com as balas Mentolina, os bombons Toffee ou não degustou gulosamente uma barra Skate derretendo na boca? Essa fantástica memória afetiva do paladar vem de uma fábrica de chocolates quase centenária, genuinamente uberlandense.
CHOCOLATES IMPERIAL, 91 ANOS DE HISTÓRIA POR CARLOS GUIMARÃES COELHO
Lauro era filho de José Teixeira de Santana e sobrinho do Coronel José Teófilo Carneiro, que tinha a concessão do serviço de energia para Uberlândia, por meio da Cia Força e Luz, onde Lauro foi trabalhar como contador. Mas, após a morte do Coronel e com a inviabilidade de continuar a empresa herdada por oito filhos, a concessão foi transferida para Cia Prada. Lauro, então, em 1929, foi trabalhar no Rio de Janeiro, numa fábrica de balas. Enxergou ali um bom negócio para iniciar em Uberlândia. A Imperial foi fundada em 1930 por Lauro Teixeira, com o nome de Teixeira e Rezende Ltda, ao lado do amigo e sócio, Oswaldo Rezende, conhecido como Vadico. Lauro tinha apenas 23 anos quando iniciou essa atividade industrial. Os dois amigos juntaram suas economias e abriram a fábrica. A primeira máquina de balas foi importada da Inglaterra em 1932. Vadico permaneceu ao seu de Lauro por cerca de 16 anos, mas faleceu precocemente, em 1946. Vinte e dois anos depois, o ex-prefeito Renato de Freitas, genro de Vadico, vendeu a parte para Osvaldo e os genros de Lauro, Cícero e Nilson. A fábrica funcionou inicialmente na rua Silviano Brandão, depois na praça Tubal Vilela, até se transferir, em 1975, para o distrito industrial. Lauro faleceu cinco anos depois, em 1980. Na mudança para