ASCENSÃO DO SENHOR
13 MAIO 2021
PRÉDICA: JOÃO 14.1-12 ISAÍAS 33.13-17,22 COLOSSENSES 3.1-11
Eldo Krüger
Uma profunda conversa entre Jesus e os discípulos
1 Introdução Quem deseja obter mais informações sobre Ascensão, o Evangelho de João e as comunidades joaninas, e o estudo sobre o texto indicado para pregação, encontra subsídios nos auxílios do Proclamar Libertação, v. II, p. 63; v. 21, p. 139; v. 27, p. 124; v. 35, p. 192; v. 39, p. 170; v. 42, p. 169; v. 44, p. 168. Os dois textos de leitura bíblica sugerida falam sobre como devemos viver como filhos e filhas de Deus. Em Isaías 33.13-17,22, o profeta anuncia a vinda de um rei (Messias) e instrui o povo de Israel a ser fiel à aliança feita entre Deus e o povo, a obedecer a Deus e fazer a sua vontade, agindo com amor e justiça com seu próximo. No texto de Colossenses 3.1-11, o apóstolo Paulo aponta para o evento da ascensão (Pensai e buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus, v. 1-2) e diz que, a partir do batismo e da fé, estamos unidos com Cristo e nos tornamos “novas criaturas” (2Co 5.17) e isso nos compromete a seguir Cristo e seus ensinamentos, a procurar construir um caráter e uma conduta de vida íntegra e ética que reflitam nossa relação de comunhão com Cristo. O texto de João 14.1-12 relata a conversa de despedida que Jesus teve com os discípulos um pouco antes de enfrentar sua morte, ressurreição e ascensão. Jesus consola e anima seus discípulos, convoca e incentiva a crer nele e em Deus, que são um só, e pede para que na sua ausência deem continuidade ao seu ministério, fazendo e multiplicando suas obras de amor e misericórdia (Mt 4.23). Uma relação que podemos estabelecer entre os três textos é que a ascensão de Jesus, a promessa da sua volta e de um dia estarmos com ele e com o Pai no reino dos céus requerem de nós cristãos que creiamos nele e vivamos neste mundo como verdadeiros filhos e filhas de Deus, praticando seus ensinamentos e colocando nossa vida a serviço dele, da sua missão e do reino de Deus.
2 Exegese 1. Do capítulo 13 ao 17, encontramos os discursos de despedida de Jesus. Jesus diz aos discípulos que seria traído por um deles, que Pedro iria negá-lo, que estava na iminência de ser morto e de voltar para o Pai e os discípulos não poderiam acompanhá-lo de imediato (Jo 13.33,36). Ouvir isso mexeu profundamente com os sentimentos e a fé dos discípulos, pois tinham fortes laços de afeto e amizade com Jesus. Ficaram apreensivos, inseguros e com medo de
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