Com ou Sem Você - Ilmare

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Universidade Cruzeiro do Sul.

com ou sem você. Bíblia de Produção do Projeto Interdisciplinar IV: Documentário. Produzido pela Produtora Ilmarë 4º/5º Semestre Noturno de Rádio, Tv e Internet da Universidade Cruzeiro do Sul - Campus Liberdade.

São Paulo 2022


Folha de Aprovação Projeto aprovado em __/__/___ para avaliação semestre de 2022 do curso de Rádio, Tv e Internet.

do

primeiro

com ou sem você.

Banca Examinadora do Projeto


Agradecimentos Gostaríamos de agradecer à Universidade Cruzeiro do sul e todos os seus funcionários. Ao Núcleo de Comunicação, pelo seu atendimento e disponibilização do espaço e materiais que foram de suma importância para realização desse trabalho. Aos nossos professores, que nos acompanharam e orientaram durante todo o processo, agradecemos por toda dedicação e paciência em nos direcionar a excelência do projeto. Agradecemos a todos os amigos e familiares que nos ajudaram e apoiaram, seja direta ou indiretamente. E ao Arthur Guerra, por se disponibilizar em nos ajudar com a gravação. Deixamos aqui também um agradecimento especial a Dra. Paula Gislaine, que aceitou contribuir com o nosso documentário com suas palavras e visões profissionais sobre o tema. Não poderíamos deixar de agradecer as pessoas principais e que deram vida a esse projeto; Regiane Dias, Rayan Dias e Rayssa Dias, por terem disponibilizado o seu tempo para nos ajudar, e acima de tudo, por nos permitirem contar sua história. Somos imensamente gratos por toda ajuda e por nos receberem com toda gentileza, pois sem vocês, esse documentário não seria possível.


Integrantes Emilly Campos Lucas Bernardeli Marcus Paiva M. Stéfano Rafael Henrique Sthefany Amorim Tiago Conelheiro

RGM: 2332277-2 RGM: 2341714-5 RGM: 2273080-0 RGM: 2378512-8 RGM: 2357512-3 RGM: 2355591-2 RGM: 2320647-1

Orientadores Prof. Me. Luís Carlos Soares Prof. Dra. Patricia Assuf


Sumário

1. A produtora..............................................................................................................................7 1.1. Identidade visual.............................................................................................................8 1.2. Missão, visão e valores...............................................................................................9 1.3. Carômetro e minicurrículo....................................................................................10 1.4. Organograma....................................................................................................................12 2. Introdução...............................................................................................................................14 3. Capítulo 1 - Projeto............................................................................................................15 3.1. Sinopse..................................................................................................................................15 3.2. Objetivos..............................................................................................................................16 3.3. Proposta do documentário.....................................................................................17 4. Justificativa.............................................................................................................................18 4.1. Fundamentação teórica do tema.........................................................................18 4.2. Fundamentação teórica do gênero....................................................................19 5. Sugestão de estrutura.....................................................................................................23 6. Linguagem do documentário......................................................................................23 7. Conceito.....................................................................................................................................24 8. Sentimentos...........................................................................................................................24 9. Personagens...........................................................................................................................25 10. Especialista...........................................................................................................................26 11. Apêndice..................................................................................................................................27 11.1. Roteiro..................................................................................................................................27 11.2. Ficha de classificação...............................................................................................33 12. Público alvo...........................................................................................................................36 13. Veiculação e distribuição...........................................................................................37 14. Mapa de arquivo................................................................................................................38 15. Storyboard............................................................................................................................42 16. Capítulo II - Direção de arte e fotografia........................................................43 16.1. Direção de arte...............................................................................................................43 16.2. Iluminação........................................................................................................................44 16.3. Fotografia..........................................................................................................................45 16.4. Planta baixa.....................................................................................................................46


Sumário

17. Capítulo III - Pré e produção...................................................................................47 17.1. Pré produção...................................................................................................................47 17.2. Produção............................................................................................................................48 18. Ordem do dia........................................................................................................................49 19. Roteiro de gravação.........................................................................................................51 20. Cronograma de produção..........................................................................................53 21. Capítulo IV - Edição.......................................................................................................55 22. Consideração final Emilly Campos....................................................................56 23. Consideração final Lucas Bernardeli................................................................57 24. Consideração final Marcus Paiva........................................................................58 25. Consideração final M. Stéfano...............................................................................60 26. Consideração final Rafael Henrique..................................................................61 27. Consideração final Sthefany Amorim..............................................................63 28. Consideração final Tiago Silva..............................................................................65 29. Consideração geral.........................................................................................................67 30. Referências bibliográficas........................................................................................68 31. Anexos......................................................................................................................................71 32. Orçamento previsto.......................................................................................................75 33. Tabela de gastos...............................................................................................................76


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A Produtora Ilmarë em si, é uma palavra que vem da linguagem Quenya, significando Luz das Estrelas, Quenya, é a linguagem dos elfos que seguiram às terras imortais do oeste, ao Lar Além Do Mar dos Altos Elfos, onde os, agora chamados Elfos da Luz, ergueram as Três Casas de Eldar, sob a bênção de Manwë (senhor dos Valar) e prosperaram, eles representam o aperfeiçoamento da vida, que nesse universo se dá ao abandonar a vida terrena para morar com os deuses. Em todas as culturas as estrelas são de suma importância, em qualquer lugar do mundo que alguém for no qual houve arte, existe uma estrela. Olhar para os céus era, e ainda é, um momento importante para os humanos, trazendo à eles algum tipo de emoção, seja essa de esperança e felicidade, ou de tristeza e vazio, uma emoção é uma emoção. Olhar para os céus também trouxe a inventividade ao coração dos homens, que ao absorverem as emoções, decidiram se aventurar, inventar coisas novas, explorar e expandir, o sonho de novas terras, novos mundos, novos horizontes, que sempre foram alcançados, com a inventividade dos homens, que sonharam alto ao olharem as estrelas. Esta inventividade também leva ao aperfeiçoamento, aperfeiçoamento das tecnologias, aperfeiçoamento das técnicas, aperfeiçoando o que fosse necessário, para que o homem pudesse alcançar seus objetivos, e ficarem cada vez mais próximos de seus sonhos. Decidimos ter esse nome pela ideia de que nossos projetos trazem visibilidade aos mais variados temas. E por Ilmarë ser um nome da mitologia de Tolkien infere em nossa decisão inicial de trazer vários temas relacionados ao mundo Geek. E nesse semestre, trazemos um assunto de visibilidade social, para as mães solo.


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Identidade Visual As Cores escolhidas para a Ilmarë foram um azul, de Hex #0000FA, um roxo, de Hex #6B0992, e o branco, de Hex #FFFFFF. O Azul e o Roxo, pois são as cores mais comuns de se encontrar ao procurar por artes do universo, e o Branco por representar uma estrela, de acordo com nosso nome “Ilmarë” que traduzido da mitologia Tolkieniana, significa “Luz das Estrelas” Nossa logo utiliza dessas mesmas cores, representando um diafragma de uma câmera fotográfica, com uma estrela ao centro. Unindo o nosso trabalho de produção audiovisual com nossa temática do universo.

Azul, de Hex #0000FA

Roxo, de Hex #6B0992

Branco, de Hex #FFFFF


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Missão Visão e Valores MISSÃO

Como uma produtora, nós temos uma missão muito importante, que é, transmitir informações, emoções e ideais através de produções sonoras e audiovisuais.

VISÃO

Nós temos uma visão bem simples e direta, que é dar visibilidade com qualidade a diversos segmentos da sociedade, ou às formas de entretenimento presentes nela.

Valores

Nós, na Ilmarë Produções, temos uma ética pautada em valorização e respeito às pessoas, afinal, são as pessoas que tornam tudo possível.


Carômetro e Minicurrículo

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EMILY CAMPOS

Analista de Qualidade Trabalhos Audiodrama: Produção Executiva e Assist. de Roteiro. Revista Eletronica: Direção e Roteiro. Programa de TV: Produção e Câmera.

LUCAS BERNADELI

Editor de Vídeo e Pordutor de Conteúdo na Subprefeitura da Mooca

Audiodrama: Roteirista Revista Eletronica: Apresentador Programa Para TV: Assist. de Roteiro e Direção.

MARCUS PAIVA

Consultor de Negócios - Conibase Trabalhos Audiodrama: Ator Revista Eletronica: Cinegrafista Programa de TV: Produtor e Assist. de Edição.

M. STEFANO

Fotógrafo e Escritor Fantasma Trabalhos Audiodrama: Produção e Edição Revista Eletronica: Roteiro e Edição Programa de TV: Tecnico de Som e Edição


RAFAEL HENRIQUE

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Locutor, Prod e Coordenador Tec. da Rádio Católica de Osasco

Trabalhos Audiodrama: Edição, Design de Som, Captação de Som e Assist. de Direção Revista Eletronica: Edição e Direção de Imagem. Programa Para TV: Edição, Captação de Som e Câmera.

STHEFANY AMORIM

Estágiaria de Produção - Casos de Família Trabalhos Audiodrama: Direção e Assist. de Roteiro. Revista Eletronica: Produção Executiva e Apresentadora. Programa Para TV: Direção de Arte e Direção Geral.

TIAGO SILVA

Supervisor Administrativo Central Brasil

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Banco

Trabalhos Audiodrama: Produção e Edição Revista Eletronica: Roteiro e Edição Programa Para TV: Tecnico de Som e Edição


Organograma

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Direção Geral e Pesquisa

Sthefany Amorim

Assistente de Direção e Roteiro

Roteiro

Tiago Silva

Produção

Emily Campos

Lucas Bernadeli

Direção de Imagem e Edição

Assist. de Produção

Cinegrafista

Marcus Paiva

Rafael Henrique

Arthur Guerra (Convidado)

Captação de Som M. Stefano


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Sei que você aguenta, pois toda mulher nasce de outra mulher, por isso são fortes duas vezes!" Autor Desconhecido


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Introdução Com dados do governo, aproximadamente 5,5 milhões de brasileiros não contém registro paterno em seus documentos, quase 12 milhões de famílias nacionais são compostas apenas por mães solos. Todos os lugares visitados por nossa equipe possuem em comum uma alta taxa de mãe adolescentes solos abandonadas por seus parceiros e mães mais maduras. Abandono paternal é independente de idade, mas se torna mais frequente entre adolescentes. Algo que todos que entrevistamos compartilham além da falta de presença masculina é sua situação financeira, grande parte das mães solos trabalham duas vezes mais para bancar o custo de vida de seus filhos, muitas dependem da ajuda financeira do governo. Das mães mais maduras que compartilharam suas vidas conosco, a grande parte disse que seus filhos começaram a trabalhar muito jovens para ajudar em casa, muitos deles não finalizaram o ensino médio e grande porcentagem não conhece o próprio pai e nem sabe o nome de seu progenitor. Judicialmente não existe uma lei a respeito de abandono paternal em vigor, mas dentro do “Estatuto da Criança e do Adolescente”, popularmente conhecido como ECA existe um artigo de número 27 pela constituição Federal de 1988 que reconhece o estado de filiação. No presente momento há algumas discussões no STJ com a premissa de uma indenização a partir de abandona paternal e afetivo. Gostamos de ressaltar que a população mais pobre é quem mais sofre por essas circunstâncias, porém nenhuma pessoa em que entramos em contato sabe a muito a respeito de artigos e leis, muitas nem vão atrás de pensão para o filho.


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Capitulo I - Projeto

Sinopse Procurando dar destaque às famílias chefiadas por mães, que na grande maioria dos casos, são solteiras. Também buscamos expor problemas sociais causados pelo abandono afetivo pelo lado paterno, situação que muitas vezes não tem a devida atenção por vivermos em uma sociedade patriarcal. Com ou Sem Você mostra a história de Regiane, que cuida sozinha dos seus dois filhos a mais de 10 anos. Este documentário abordará a realidade e dificuldades de ser mãe solo, e a rotina de ter que criar um filho sozinha conciliando com todos os afazeres domésticos e pessoais, além de todos os traumas causados que afetaram a família, e consequentemente trouxeram impactos físicos. Advertimos que o documentário pode abortar conteúdo que provoque sensibilidade para determinadas pessoas.


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Objetivos O documentário "Com ou Sem Você", vem com o intuito de proporcionar uma reflexão sobre como é a vida das mães criam que seus filhos sem a presença do pai biológico, mostrando a dificuldades do dia a dia, evidenciando os traumas e consequências físicas e psicológicas causadas pelo abandono. Pautando a forma como as crianças lidaram e lidam até hoje com a realidade do abandono e falta de presença constante do pai. Temos o objetivo conscientizar as pessoas das consequências que esse abandono causa na vida da mãe e dos filhos.


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Proposta do Documentário "Com ou Sem Você" mostra a realidade de uma mãe solo. O destaque é a rotina de Regiane (uma mãe solo com dois filhos), como é ter que assumir sozinha a responsabilidade de criar duas crianças sem a participação de um pai. A intenção é denunciar esse problema de caráter social, cultural e econômico, que aflige diversas famílias brasileiras. Retratamos o quando as mulheres lutam dia após dia e quanto esse processo é sofrido. Além disso a nossa intenção é tocar as pessoas que nunca passaram por uma situação parecida para que elas entendam o que as mães solos passam e tentem oferecer algum tipo e ajuda. Um documentário que se assemelha com o nosso e que foi usado como referência no momento de desenvolvimento do projeto é o "Mães Solteiras", produzido pelo jornalista e cineasta Ulisses Rocha. Assim como o nosso, "Mães Solteiras" proporciona a reflexão sobre a vida dessas mães que criaram seus filhos sem a presença do pai biológico. A modalidade das entrevistas será em forma de relato pessoal, contendo algumas perguntas para “roteirizar” e dar contexto a história que queremos contar, mas sem perder a originalidade e naturalidade dos fatos. A intenção é que os entrevistados contem relatos pessoais e histórias de vida para que as pessoas se identifiquem e entendam as consequências que o abandono parental gera a uma mãe e um filho. As histórias são contadas diretamente por quem as viveu, fazendo assim com que não sejam perdidos detalhes e emoções na transmissão da mensagem. O uso de OFF’s será utilizado nos momentos de mostrar imagens referentes às histórias sendo contadas.


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Justificativa Fundamentação Teorica do Tema São Consideradas chefes de família as mulheres que são fonte principal de renda para o sustento da casa e dos filhos. É importante ressaltar que essa classificação pode ou não incluir um marido ou companheiro. Segundo dados do IBGE, apenas em 34% das famílias sustentadas por mulheres há a presença de um cônjuge. A configuração dos arranjos familiares vem mudando com o passar dos anos, e o número de lideranças femininas em lares apenas cresce. De acordo com informações do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), em 1995, 3% dos domicílios tinham mulheres como pessoas de referencia. Os dados mais recentes são de 2015, vinte anos depois, ano em que alcançou os 40%. Ao se falar da diferença de salário ainda em concordância com o IPEA, as mulheres trabalham em média, 7,5 horas a mais que os homens por semana, porém, conforme a Fundação SEADE (Sistema Estadual de Análise e Dados), a renda média de famílias chefiadas por mulheres é 30% menor do que a chefiada por homens só aqui na região metropolitana de São Paulo. Infelizmente, com a chegada da pandemia do coronavírus, a situação financeira para essas famílias só piorou com a alta do desemprego. As mulheres foram as mais demitidas nesse período e tiveram uma queda de quase 50% de suas rendas, além das dificuldades trazidas pelo fechamento de escolas e creches. A proposta de Auxílio Emergencial oferecida pelo Governo Federal durante a crise contemplou mães solteiras apenas com quatro parcelas de R$ 375,OO em meio à alta de preços em todos os setores do país. Tendo dados em mão a proposta do "Com ou Sem Você" procura dar visibilidade necessária e merecida a esse assunto infelizmente tão comum, mas tão marginalizado no nosso meio social. Trazer essa pauta ao mercado audiovisual também de maneira acessível é de suma importância, além de ser um meio de comunicação mais popular e com fácil disseminação.


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Fundamentação Teorica do Gênero Documentário é um gênero de filmes que visa o compromisso com a realidade. Um documentário é uma produção audiovisual de visão artística não ficcional, que dificilmente segue as formações de produtos audiovisuais padrões com roteiro, narração e descrição. Não se trata da representação audiovisual da realidade como ela é, mas a realidade segundo a ótica específica de alguém, que pode ser o documentarista, diretor e/ou roteirista. O cinema documental é mais antigo do que possamos imaginar, porém, a verdadeira definição para esse gênero audiovisual, surgiu em meados dos anos vinte do século XIX, através de dois cineastas: Robert Flahert e Dziga Vertov. (DA-RIN, 2004, Página 28) Ambos Robert Flahert e Dziga Vertov afirmam que é essencial sair do estúdio, para filmar a realidade em seu habitat natural, e assim obter uma versão mais próxima do real que se pretende abordar. Apesar de terem esta mesma perspectiva, cada um possui uma verdade abordada de forma diferente em seus filmes. Flahert costumava pedir para seu entrevistado direcionar seu discurso para as câmeras, enquanto Vertov desejava captar imagens de pessoas em seu dia a dia, sem que percebessem que estavam sendo gravadas. Esses dois exemplos deixam claro que cada documentário possui uma identidade diferente e uma realidade própria. Isto se dá em função da ótica elaborada por cada diretor, documentarista e/ou roteirista em questão. São eles que costumam determinar a realidade que desejam abordar, e sobre qual ótica, como foi dito no início do texto. Cada Documentário tem sua voz distinta. Como toda voz que fala, a voz fílmica tem um estilo ou uma “natureza” própria, que funciona como uma assinatura ou impressão digital. Ela atesta a individualidade do cineasta ou diretor, ou às vezes, o poder de decisão de um patrocinador ou organização diretora. O noticiário televisivo tem voz própria, da mesma forma que Fred Wiseman, Chris Marker, Esther Shub e Marina Goldovskaya. (NICHOLS, 2005,pág. 135)


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Segundo Nichols, existem seis modos distintos de abordagens para um filme documental, seriam eles: poético, expositivo, observativo, participativo, reflexivo e performático. Para ele, a definição destes modos não precisa necessariamente ser total, ou seja, elas podem se mesclar de acordo com a ótica do diretor, assunto e informação ali exposta. Esses modos determinam uma estrutura de afiliação frouxa, na qual os indivíduos trabalham; estabelecem as convenções que um determinado filme pode adotar e propiciam expectativas especificas que os espectadores esperam ver satisfeitas. Cada modo compreende exemplos que podemos identificar como protótipos ou modelos: eles parecem expressar de maneira exemplar as características mais peculiares de cada modo (...) (NICHOLS, 2005, pág.136) O modo poético está relacionado diretamente com questões de ânimo, afeto e tom. Em geral, não costuma apresentar a ótica do conhecimento ou persuasão. Um exemplo é o documentário: Elena (2013), dirigido pela diretora Petra Costa, no qual, ao invés de uma construção de depoimentos secos e imagens nítidas, a diretora investe em uma descrição visual de Elena em um congelamento de lembranças e sonhos, construindo a personagem por meio de imagens que carregam sentimento e uma variação de emoções. Esse modo particularmente hábil em possibilitar formas alternativas de conhecimento para transferir informações diretamente, dar prosseguimento a um argumento ou ponto de vista específico ou apresentar proposições sobre problemas que necessitam solução. Esse modo enfatiza mais o estado de ânimo, o tom e o afeto do que as demonstrações de conhecimento ou ações persuasivas. (NICHOLS, 2005, Pág.138)


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O modo expositivo é um modo argumentativo de discurso que apresenta estética subjetiva. O que é apresentado em produções desse modo sempre se encaixa na visão do documentarista, e no discurso que ele constrói. Por exemplo, no documentário: Blackfish: Fúria Animal (2013), da diretora Gabriela Cowperthwaite. O filme expõe os maus tratos sofridos pelos animais que compõem os espetáculos do SeaWorld. Nele, a diretora constrói, através de depoimentos, imagens e dados, uma forte exposição â cultura de tortura no famoso parque, e deixa claro seu posicionamento contra o que está sendo mostrado. É um dos mais difundidos e o que o público mais reconhece como documentário devido ao uso constante de seus elementos em noticiários de TV. Neste modo, os fragmentos do mundo histórico são concatenados numa estrutura mais retórica e argumentativa. A perspectiva do filme é dada pelo comentário feito em voz ’off e as imagens limitam-se a confirmar a argumentação narrada. (NICHOLS, 2005, Pág. 148) O modo observativo trata se de uma forma de tentar não interferir na realidade que se pretende abordar. Seria, basicamente, ligar a câmera em um ambiente, deixá-la no local, e voltar somente para recolher o material. Nichols usa como uma forma de fácil entendimento o exemplo de olhar por um buraco de fechadura. Este modo seria basicamente isso, segundo ele. O filme Juízo, da diretora Maria Augusta apresenta esse modo ao buscar captar a realidade tal como ela é, sem interferência alguma. Isso se mostra na falta de movimento de câmera e na quase inexistência de trilha sonora, com o intuito de passar realidade ao que está sendo narrado.


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Já no modo participativo, isso se daria de forma contrária, onde contamos inteiramente com a participação direta do documentarista nos planos de gravações, em conversas diretas com os entrevistados. Seria uma relação um tanto íntima, ao comparar com o modo descrito anteriormente. Um exemplo disso é o documentário: Casas Marcadas, dos jovens diretores: Alessandra Schimite, Adriana Barradas, Ethel Oliveira, Ana Clara Chequetti, Juliette Lizeray e Carlos R. S. Moreira. Nele, a equipe de documentaristas exerce participação direta no processo de gravação, aparecendo nas entrevistas e conversas a todo momento. No modo reflexivo, temos uma espécie de relacionamento direto com o cineasta, em que a sensação será de conversa direta com o espectador. Trata de realismo físico, psicológico e emocional por meio de técnicas de montagem de evidências. Filosofando com minha avó, dirigido pelo direto Eduardo Ximenes apresenta uma reflexão filosófica sobre a vida, com imagens belíssimas do universo entre os pensamentos sobre a vida de uma senhora de idade. E, o último modo descrito por Bill Nichols, o performático. Ele não é caracterizado apenas como um modo de documentário com histórias irreais e imagens planejadas para causar no espectador ou o sentimento que o documentarista quer que ele sinta. O modo performático também levanta questões sobre o que é conhecimento, porém a subjetividade tem peso maior do que a construção de argumento lógico e linear. A combinação do real com o imaginário de acordo com a complexidade emocional do cineasta torna muitas vezes o documentário autobiográfico e paradoxal, visto que “os documentários recentes tentam representar uma subjetividade social que une o geral ao particular, o individual ao coletivo e o político ao pessoal. ” (Idem, ibidem: Pág. 171)


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Sugestão de Estrutura O documentário começa com cenas do bairro Vila Ema onde a história é passada, logo na primeira cena, a personagem deixa a filha mais nova na escola e da a benção. Depois dessa passagem, a personagem se apresenta e conta como conheceu o pais dos seus filhos. Durante todo o documentário, existe OFF'S e inserts para não ficar algo cansativo de se assistir. Além do depoimento da personagem principal, o filho mais velho comenta sobre a experiencia de como é ser criado sem a figura paterna e com ajuda de uma especialista psicopedagoga, o documentário cria mais vida.

Linguagem do Documentário O tipo de documentário escolhido foi o expositivo. Esse tipo de documentário é um dos mais comumente encontrados no mercado audiovisual. Trata-se de qualquer documentário que retrate algum acontecimento, enfatizando fatos e argumentos para aquilo que o filme está narrando. A nossa intenção é mostrar a realidade vivida pelas mães e filhos sem interferir, mostrando o dia a dia deles e ouvir a história contada exclusivamente por eles, com o propósito de dar voz a essas pessoas.


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Conceito "Com ou Sem Você" é um documentário expositivo que a trás questão social da ausência de um pai. Com o intuito de tocar os filhos das mulheres que são mães solos, para que eles deem mais valor para o esforço que elas fazem. Além de dar espaço para a voz para uma mãe, quanto aos filhos que saem prejudicados em situação de abandono parental.

Sentimentos Os sentimentos que queremos provocar com o documentário são:

EMPATIA REFLEXÃO VISIBILIDADE AFETO ESPERANÇA


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Personagens

Regiane Dias 41 anos Mãe de Rayan e Rayssa Consultora de RH Mãe Solo

Rayan Dias 15 anos Filho de Regiane e Irmão de Rayssa Estudante

Rayssa Dias 10 anos Filha de Regiane e Irmã de Rayan Estudante


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Especialista

Doutora Paula Gislaine Psicopedagoga e especialista em comportamento infantil

Como o documentário trata-se de um questão social que queremos de forma clara abordar, solicitamos ajuda para a doutora Paula Gislaine para que de forma explicativa para que quem estiver assistindo entenda o quanto a ausência paterna pode causar na vida tanto das crianças como da mãe. Além de toda bagagem estudantil e vida profissional, a psicopedagoga também é mãe solo aos 16 anos de idade. O convite para a psicopedagoga foi através a uma das integrantes da produtora, Sthefany Amorim trabalhou com a Doutora Paula e sentiu que seria necessário algum especialista para comentar sobre o caso da família Dias e a primeira pessoa a se passar na cabeça foi ela. Doutra Paula Gislaine também teve uma breve participação no programa "Casos de Família apresentado por Christina Rocha. Nesse Programa, a psicopedagoga aborda os assuntos de bullying e sobre o caso que não foi criado com o pai paterno.


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Apêndice


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Ficha de Classificação

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Ficha de Classificação

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Ficha de Classificação

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Público-Alvo

O Documentário "Com ou Sem Você" tem como público alvo jovens adultos com crianças em uma família monoparental, em especial as mães solo, que tem que criar crianças sem a ajuda de uma figura paterna, mostrando a vida de uma mãe que, mesmo que sozinha e passando por dificuldades, foi capaz de criar seus dois filhos sem a ajuda do pai. Tendo como si, uma faixa etária entre os 20 e 25 anos, por ser as idades do pico de fertilidade de uma pessoa, além de estar no início de sua vida adulta, onde essa pessoa pode não estar totalmente preparada para ter uma criança, ainda mais se estiver sozinha, sem ajuda de um parceiro. O Documentário busca atingir principalmente pessoas de classe média baixa, com renda mensal média de até quatro salários mínimos, pois, por ter menos recursos financeiros, a dificuldade de se criar uma criança fica ainda mais alta, o que é aludido no documentário com a história da personagem Regiane.


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Veiculação e Distribuição Escolhemos a Netflix, uma plataforma de streaming, como forma de veiculação e distribuição do nosso documentário. A Netflix, é atualmente, uma das principais plataformas que oferecem esses serviços, além de ser uma grande potência mundial com mais de 207 milhões de assinantes em todo o mundo, de acordo com dados atualizados no ano de 2021. Ela foi escolhida pois conta com obras diversificadas, e além de todas a suas produções originais, o streaming investe em muitas obras independentes e com temas sociais, como é o caso do nosso documentário.


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Mapa de Arquivo


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Mapa de Arquivo


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Mapa de Arquivo


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Mapa de Arquivo


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Storyboard

Plano geral, ângulo normal. Imagem mostra uma

Plano fechado, ângulo normal 3/4. Regiane se

Plano americano, ângulo normal 3/4. Regiane

avenida de São Paulo a bordo de um carro.

apresenta, diz profissão e apresenta os filhos.

diz como conheceu o pai dos seus filhos.

Plano fechado, ângulo normal frontal. Rayan

Plano fechado, ângulo normal 3/4. Regiane fala

Plano americano, plongée, 3/4. Rayan explica

explica o porquê de ter sido violento na infância.

da relação e da proximidade do pai com os filhos.

o porquê de ter sido violento na infância.

Plano americano, ângulo normal 3/4. Dra. Paula

Plano e contraplano, plongée, 3/4. Regiane lava

Plano fechado, ângulo normal 3/4. Regiane diz

analisa o comportamento de Rayssa.

louça, enquanto Rayssa faz o dever de casa.

como superou as dificuldades para criar os filhos.

Plano aberto, ângulo normal 3/4. Crianças surpreendem Regiane, enquanto ela detalha sua parceria com os filhos.

Plano americano, ângulo normal 3/4. Regiane diz

Plano geral, contra-plongée, de nuca. Mãe caminha e os filhos a seguem até seguirem

como leva a vida com a ajuda dos filhos juntos até o final da viela.


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Capítulo II - Direção de Arte e Fotografia

Direção de Arte Em relação a direção de arte, optamos por utilizar todo o ambiente da casa da personagem, trazendo assim, um ar intimo e aconchegante. Quando falamos de mãe, a primeira memória que temos é a casa que fomos criados, a sala onde assistíamos desenhos animados com o chocolate quente e um cobertor, a cozinha com cheiro de comida, um "boa noite filho", beijo na testa e muito abraço apertado no quarto. Então, decidimos por esses três ambientes: sala, cozinha e o quarto do filho. Tudo para que o telespectador se sinta como se estivesse na casa da personagem.

Sala de estar

Cozinha

Quarto de Rayan


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Iluminação A Iluminação veio para agregar ao nosso projeto, já que decidimos usar o ambiente original da casa. Para não destoar da Paleta de cores da casa, usamos iluminação branca, para trazer mais claridade e realçar mais na questão da imagem da câmera. Foram usados uma softbox e um led para ter a iluminação que precisávamos, já que o ambiente da casa não proporcionava.

Led com tripé Iluminação indiretamente para o rosto da personagem Parede servindo como rebatedor

Softbox Iluminação Indireta Posicionada fora do ambiente para iluminar mais o espaço


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Fotografia Para a captação de imagens foram utilizadas 3 câmeras DSLR, sendo 2 Canon T6i e 1 Nikon D5500, com lentes de 50mm e 35mm e 18~35mm. Foram utilizados também 2 tripés. Com três pontos de captação, a intenção foi experimentar a personagem e entender qual seria o seu melhor enquadramento, posição, afim de que a imagem também contasse a história de sua vida. Embora os ângulos e enquadramentos permanecessem inalterados durante a gravação, durante a edição, foram necessários alguns ajustes. Já na gravação no quarto do Rayan, apenas uma das T6i e a D5500 foram usadas pelo espaço quase confinado para o trabalho, não sendo possível explorar nada além do que é apresentado.


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Planta Baixa


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Capítulo III - Pré e Produção Pré-Produção Pré-Seleção dos participantes: Os participantes foram escolhidos por meio de uma pesquisada realizada pela nossa equipe de famílias monoparentais, suas vivências, dificuldades e superações, na qual resultou na descoberta da família Dias, onde Regiane desempenha o papel de mãe solo.

Convite de Profissionais da área de psicologia Para o aprofundamento do tema e embasamento, convidamos a Psicopedagoga Paula Gislaine, que responde algumas perguntas pontuais relacionadas ao impacto emocional da separação e abandono na vida da mãe e das crianças. Pré-Entrevista dos Participantes Uma conversa tranquila e informativa sobre a história da família e seus acontecimentos mais marcantes, para elaboração do roteiro e consciência de quais perguntas abordar, de modo que nossos participantes se sentissem a vontade em responde-las.

Entrevistas As entrevistas foram feitas separadamente. Primeiro Regiane, mãe solo, posteriormente o Rayan, filho mais velho, de modo a melhor valorizar cada ponto da história e perspectiva diferente e também para que não houvesse nenhum bloqueio ao falar.


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Produção Comunicação entre a produção e os participantes: Por se tratar da vizinha de um dos produtores, a comunicação foi amplamente facilitada. Foi utilizado o WhatsApp para alinhar outras informações também. Buscar referências de conteúdo para produzir as pautas nas entrevistas: Foi utilizado fontes bibliográficas para ajudar a síntese das informações e aprofundar o conteúdo das perguntas. Formulação de questionários para as entrevistas Mediante ao dados obtidos, foi possível elaborar um questionário coeso, de qualidade. Mediante ao dados obtidos, foi possível elaborar um questionário coeso, de qualidade. Assistência nas gravações de todas as entrevistas e etapas do documentário Decupagem e anotação de arquivos Para facilitar o reconhecimento dos arquivos na pós-produção, foi anotado todos os registros de cada câmera, os que valeram e os que não valeram também. Montagem dos Equipamentos: Organizamos cada uma das três câmeras em posicionamentos diferentes para enriquecer o documentário. Da mesma forma, as lâmpadas da casa apenas não foram suficientes, sendo assim, utilizamos iluminação extra de forma estratégica.


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Ordem do Dia


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Ordem do Dia


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ROTEIRO DE GRAVAÇÃO


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Cronograma de Produção


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Cronograma de Produção


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Capitulo IV - Edição A edição deste documentário se deu em alguns longos processos de corte e seleção de conteúdo, já que, se somado o material bruto, teríamos mais de 1 hora de arquivo, contando os depoimento da mãe e do filho, análise da psicopedagoga, e a participação de outra personagem, alheia à família, que por conta do tempo limite, não foi possível aproveitar o material. No total, foram 5 versões entre cortes, ajustes, retoques e o documentário finalizado. Nas duas primeiras, foram apresentados apenas cortes, com alguns elementos visuais, para começar a ilustrar e a direcionar qual seria a estética do filme. Nas terceiras e quartas versões, o documentário já foi ganhando roupagem, troca de efeitos de elementos visuais, (mais) cortes, inserção dos logos do curso e da universidade, criação de vinheta para a produtora, introdução para o filme e a tela com o nome do Doc, troca das escolhas de câmeras em momentos em que era possível fazê-lo, a fim de amenizar os cortes; créditos finais e o design de som e sonoplastia, já que o tempo de cortes já fora alcançado. Abaixo seguem os prints da timeline de edição do antes da terceira versão e da edição finalizada. Pré-terceira versão:

Edição finalizada:


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Consideração Final - Emilly Campos Esse semestre tivemos a oportunidade de trabalhar com o gênero Documentário, o qual sempre tive muito apreço e estava ansiosa para produzir. Consegui compreender a dificuldade de captar e contar a história do outro em sua profundidade. Esse ano voltamos a presencialidade das aulas, o que de certa forma, ajudou mais na comunicação entre os integrantes e com os professores, além do desenvolvimento do projeto, já que foi possível trabalhar com os equipamentos disponibilizados pela faculdade, e assim pudemos obter uma melhor captação de som e imagem. Com o tema decidido, fomos atrás da nossa personagem principal para sabermos um pouco mais da sua história e já ficarmos familiarizados com tudo, para que pudéssemos ter um roteiro e perguntas mais coerentes e que fossem confortáveis para que ela pudesse responder. Nesse projeto, fique responsável majoritariamente pelo roteiro, junto com mais uma pessoa. Apesar de já ter escrito roteiros em outros trabalhos do curso, tive uma maior dificuldade pois não estava acostumada com a forma mais “livre” de roteirização de um documentário, já que nesse gênero, a parte roteirizada é somente a nossa, pois não podemos prever o que será dito pela personagem de acordo com as perguntas feitas. O dia da gravação foi mais tranquilo, não tivemos nenhum problema pois ela foi realizada na casa da nossa personagem, estávamos em um ambiente mais tranquilo e intimista, então acredito que tudo tenha corrido bem da melhor forma possível. Dentre todos os trabalhos, esse foi o que eu mais gostei de fazer. Acredito que eu tenha conseguido realizar minha função da melhor forma possível dentro das minhas possibilidades e dificuldades. Pude também aprender muito sobre a profundidade e complexidade que é um documentário, como é traduzir a história de alguém e tudo que se viu e sentiu, mas sempre com todo o cuidado necessário.


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Consideração Final - Lucas Bernadeli Durante esse semestre tivemos o prazer de desenvolver um documentário. Projeto este que eu esperava ansioso desde o ingresso na universidade. Retratar uma história, uma vida, etc, e trazer visibilidade de uma forma única à mesma, não tem preço. Muitos assuntos estão constantemente presentes na sociedade e não são devidamente retratados. Pensando assim que decidimos enaltecer a vida de uma mãe solo, seus conflitos e desafios. Apesar de me identificar muito com roteiro e apresentação, dessa vez tive a responsabilidade de cuidar da produção. Além de entrevistar previamente os nossos participantes e faze-los se sentir confortáveis com as perguntas, também anotei todos os arquivos utilizados nos dias de gravação, para que facilitasse nossos próximos passos. Dentre as etapas, esta foi a que mais gostei e aprendi, já a parte mais difícil para mim foi a de organizar os documentos devidos, já que é muito trabalhoso e exige muita atenção. O projeto atingiu todas as minhas expectativas do que eu imaginava ser. O maior desafio mesmo foram os 15 minutos requeridos de vídeo. Por ser muito pouco, tivemos que colocar o pé no freio, em relação aos conteúdos. Mesmo assim, toda essa experiência foi muito positiva para mim e me fez ter novas ideias que pretendo desenvolver futuramente.


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Consideração Final - Marcus Paiva Atualmente estou muito satisfeito com meu esforço, mesmo com a esperança de sempre poder render mais. De primeiro momento, fiquei muito feliz com o tema escolhido pela minha produtora. é um tipo de documentário, que eu consegui aprender mais sobre o assunto e como é a realidade de uma mãe solo. Fui criado com meus pais e meu irmão mais velho e nunca passei por esse tipo de situação. Situação essa, que cresce cada vez mais. Com o passar dos meses e anos, irão surgindo mais direitos e leis referentes às mães solos. Isso já é um passo bom. Porém, não se vive somente de direitos e leis. A realidade dentro e fora de casa, é algo de suma importância, ou seja, você saber ser um bom pai, estar presente dos seus filhos, mostrar o amor que sente, dar carinho e atenção é algo fundamental. No caso do nosso documentário, entrevistamos a Regiane e o Rayan, com participação especial da Rayssa. No dia, tive que fazer uma viagem de 28 km até o destino de gravação. A experiência foi muito boa, como disse anteriormente. Neste projeto, estou como assistente de produtor, e acredito que tive um desempenho considerável, demonstrei interesse na pré-produção, na gravação e o interesse continua na pós-produção. Me envolvi nas atividades que foram me solicitadas, se me reportavam uma vez, eu de novo tentava, até cumprir a atividade com êxito. Eu e minha produtora, ficamos a tarde inteira até tarde da noite em gravação com nossos convidados, para realizarmos esse documentários da melhor forma. E perto de irmos embora, chegou mais uma convidada ao nosso projeto, a Amanda. A Amanda que também, passou por uma situação similar à de mãe solo, contou para nossa produtora como foi a vivência e outros detalhes dessa sua fase em sua vida. Nesse dia, consegui dormir com a consciência limpa de trabalho audiovisual feito com sucesso.


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Dia 29 de Abril, foi dia de entrevistarmos nossa convidada psicopedagoga, à Paula Gislaine. É sempre uma honra receber um (a) convidado (a) em nosso projeto e dessa vez não foi diferente. À Paula Gislaine, agregou muito mesmo no nosso projeto. Com uma opinião de uma especialista, é algo que podemos entender com mais transparência e claridade, do assunto que estamos abordando. E comigo, foi dessa maneira. Como eu já havia conhecido a história da Regiane, pude ouvir vários fatores e pontuações que à Paula Gislaine comentava na entrevista. Clareou bastante, na minha impressão. Entendi melhor, sobre o lado comportamental do pai, mãe e filhos. Tivemos perguntas criativas e bem selecionadas para a entrevista, isso ajudou também para o rendimento da entrevista ficar incrível. Agradeço primeiramente à Deus, por ter chegado até aqui e quero agradecer minha família também, que é a minha base e meu bem mais precioso. Quero também, deixar aqui meus agradecimentos aos professores. Estou chegando cada vez mais perto, de transformar meu sonho em realidade e vocês sem dúvidas, fizeram e farão ainda parte dessa realização. Sou muito grato também, aos meus colegas da Ilmarë Produções. Fico muito feliz e grato, obrigado por todas oportunidades fornecidas. Infelizmente, este é o fim desse imenso Relato Individual!


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Consideração Final - M. Stéfano Com o começo desse semestre eu logo fiquei feliz, pois finalmente eu teria as experiências as quais não tive chance, e assim eu finalmente tive certeza que eu realmente amo o que estou fazendo, pois mesmo com todo o extenso trabalho que tive, eu sempre me sentia bem comparecendo às aulas e fazendo os trabalhos. Nesse semestre principalmente, por ser documentário, eu sabia que iria me dar bem, pois já tive experiências anteriores trabalhando em documentários, e sempre amei trabalhar com isso. Dito isso, infelizmente tivemos diversos problemas com nossa produção, como mudanças de ideias e cancelamentos com os entrevistados, mas nada disso me fez perder todo o amor que eu tenho por documentários. Nesse documentário eu fiquei principalmente como técnico de áudio e microfonista, área a qual eu já tive experiência e a qual eu mais gosto de atuar, mas também trabalhei um pouco na iluminação e na câmera. Finalmente ter essa experiência é tudo o que eu realmente queria, que infelizmente com a pandemia eu não pude. Em um modo geral eu só tive experiências positivas nesse semestre, com a volta as aulas presencias eu finalmente pude realmente entender meu amor pelo curso, poder transmitir minhas ideias através da mídia audiovisual certamente é o que eu quero seguir fazendo pelo resto da minha vida. Finalizando, não vejo outros modos de pontuar minha experiência esse semestre, mas certamente houveram muitas redescobertas para mim, e estou certo que para os demais alunos do curso também.


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Consideração Final - Rafael Henrique "Com ou sem você" é um trabalho em que eu lamento muito por não ter mais tempo de exibição, pelo menos 30 minutos. Detalhar em 15 uma vida cheia de percalços, lutas, adversidades, lágrimas e sorrisos, entre tantas outras coisas foi um desafio gigante pra mim. A começar pela riqueza de detalhes em cada história contada pela Regiane, a quem direcionou desde já meu agradecimento pela acolhida, carinho, receptividade e compreensão de entender que a vida dela e da família seria exposta. Normalmente há um pé atrás nas pessoas quando se trata de abrir a "caixa preta" de sua vida. Aliás, esse foi o motivo pelo qual duas das três famílias se recusaram a participar desse projeto. A cabeça desse documentário foi a Sthefany, que já havia comentado comigo anteriormente sobre a temática deste, e de cara achei a ideia interessante. Aliás, ela tem se tornado uma grande parceira nesses projetos universitários, pela empatia, compatibilidade, perfeccionismo, visão acerca do audiovisual, criatividade e "chatice" de querer entregar um trabalho bem feito. Parceria que vem desde a nossa antiga produtora, Ojo d'Oro (in memoriam). Essa novidade da mudança de produtora poderia ser um fator de incompatibilidade, mas não... Fui bem recebido e ainda calhou de, junto com a Sthefany, encabeçar esse projeto. Nesse semestre, uma vez mais, fiquei responsável pela edição do trabalho. E fico feliz por isso. Como disse acima, eu sou bem chato nessas coisas, prezando pelo primor do projeto final. Acredito que nessa função, cresci mais ainda, até por ser o segundo projeto editado no Adobe Premiere, o qual eu tinha vontade de aprender a manusear, mas não tinha tempo hábil, nem "motivo" para mexer no software. Aprendi coisas novas e isso agregou muito aos conceitos que já tinha acerca da edição. Outra função que desempenhei foi a Direção de Fotografia. Confesso que, nessa, eu penei um pouco, por ser a primeira vez. Tentei aplicar o conhecimento visual da edição nos componentes dos sets de gravação. Em vários outros detalhes, tive o importante apoio do Arthur Guerra, amigo do Stéfano, que topou nos ajudar nesse documentário. A ele também reitero minha gratidão por compartilhar um pouco do seu conhecimento comigo e com nossa equipe.


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Esse projeto também me ajudou a compreender melhor o gerenciamento de uma equipe de audiovisual. Pude entender as necessidades do projeto, de cada integrante da equipe, direcioná-los, conduzi-los para uma boa decisão, ensinar e aprender com cada um deles, entender o 'modus operandi' de cada um e me adaptar a eles. Por fim, quero ressaltar que esse semestre foi extremamente desgastante pelo fato de termos dois projetos interdisciplinares sendo realizados simultaneamente. Foi bem complicado lidar com a rotina de fazer um programa de rádio de qualidade uma vez por semana, mais um dia de ensaio e produção do conteúdo de cada programa, somados às gravações, reuniões, definições do documentário. Mas a vida é isso. Se não tiver suor, significa que não teve esforço. Agradeço, também, aos colegas da Ilmarë, aos professores e ao pessoal do Núcleo de Comunicação pelo apoio e ajuda em mais um semestre. Quero dedicar o meu trabalho realizado neste projeto interdisciplinar à minha amiga Lúcia, mãe solo, de apenas 46 anos, que fora assassinada no último domingo, 8 de maio de 2022, Dia das Mães, por um "cidadão" que dirigia sob efeito de álcool e drogas ilícitas. Ela poderia ter sido nossa personagem nesse doc. Sua história de superação, lutas e de vitória, assim como a da Regiane, seja inspiração para mulheres que precisam desse direcionamento. Descanse em paz, querida Lúcia!


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Consideração Final - Sthefany Amorim Esse semestre como qualquer outro, foi muito desafiador, por vários fatores, tanto em, questões pessoais, como acadêmicas, infelizmente perdemos uma integrante, mas no final das contas tudo ocorreu bem. Esse semestre trabalhei pela primeira vez com a produtora Ilmarë e para quem "chega agora", existe um pouco de dificuldade de saber como o grupo todo trabalha. Adaptação e a recepção foram ótimas e conseguimos trabalhar bem. "Com ou Sem Você" é o trabalho que fiquei mais ansiosa para fazer, infelizmente ele relata sobre a nossa sociedade e eu sinto presente nessa história porque minha vida não foi tão diferente da família relatada. Mais um semestre fiquei responsável com o cargo de direção, por eu ter tido a ideia do projeto, a produtora em si entraram em consenso e virei a "cabeça" do projeto. Acompanhei cada função detalhadamente, para que nada fugisse do controle e se caso fugisse já teríamos um plano B, algo que já tinha acontecido. A primeira ideia era contar historias de diferentes famílias, mas infelizmente, por motivos pessoais duas das três famílias que fizemos o convite, por motivo pessoal tiveram que cancelar as gravações. A nossa personagem principal, é vizinha de um dos nossos colegas do grupo, então ela esteve conosco desde o principio e sempre que precisávamos, estava disposta a ajudar cada vez mais, sou muito grata por ela e seus filhos por abrir as portas de casa, contar suas histórias e nos receber tão bem. Outra carta na manga foi a psicopedagoga, Paula Gislaine, conheci ela em uma gravação do programa "Casos de Família", criamos um laço muito forte e por saber um pouco da história dela, não pude deixa-la de fora, então agradeço muito a ela por nos ajudar.


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Durante todas as gravações, sempre deixamos o ambiente mais leve e tranquilo para que não haja desconforto para nossos convidados, tanto a Família Dias, quanto a psicopedagoga. Houve sim mal-estar entre os integrantes da produção, em questão de deixar de agendar estúdio para última hora, mesmo já ter conversado e não respeitar a função do outro, por exemplo, mas deixamos para resolver essas pendências longe de nossos convidados. Espero que a mães solos que assistirem nosso documentário, se identifique um pouco, porque tentamos representa-las o máximo que podíamos com a Regiane. Desejo também que de alguma forma, a partir de hoje, as pessoas que assistiram e que não sofreram com a ausência de uma figura paterna, comecem a olhar essa situação com outros olhos, porque é muito difícil tanto para mãe como para os filhos, então qualquer ajuda sempre é bem vinda.


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Consideração Final - Tiago Silva Neste semestre voltamos ao presencial e a graças a isso passamos a ter contato com nossos professores e colegas de turma o que ajudou bastante no desenvolvimento de nosso projeto interdisciplinar, essa volta facilitou nossas vidas no sentido de tirar dúvidas com cada professor, esclarecer e debater com nossos amigos e melhorar nosso trabalho dentro da produtora e isso pessoalmente posso afirmar que ajudou muito em nosso trabalho desenvolvido, que teve como objetivo um documentário aonde trabalhamos com o tema da monoparental – quando apenas uma pessoa assume a parentalidade de outra. Apesar das facilidades alcançadas por conta da volta ao presencial também enfrentamos algumas dificuldades nisso, pois agora nossa logística desenvolvida é outra, temos nosso trabalho, família, estudos e o lazer o que torna nosso tempo dedicado ao estudo um pouco menor, nossa dedicação um pouco menos eficaz, mesmo assim desenvolvemos um trabalho legal para apresentar mesmo depois das dificuldades enfrentadas por cada membro de nossa produtora e até mesmo divergência em alguns assuntos relacionados ao nosso tema abordado em nosso documentário. Eu assumi o roteiro de nosso documentário e não foi nada fácil, pois diferentemente de outros semestres onde o roteiro relacionado a filme/programa e mais tranquilo de trabalhar pois nesses casos escrevemos todas as falas, diálogos e ações de uma cena ou personagem, já em um documentário e mais complicado pois desenvolvemos apenas a fala do intermediador da entrevista, pelo fato de não saber o que o entrevistado vai responder ou de que forma vai entender nossa pergunta ou até mesmo sua resposta que pode direcionar a uma outra pergunta diferente da planejada ou desenvolvida inicialmente em nosso roteiro.


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Por essa questão tive bastante dificuldade na elaboração do roteiro, quebrando a cabeça com a forma de desenvolver e conduzir esse documentário da melhor maneira possível e apresentar um melhor trabalho. Outro problema enfrentado num documentário e que após a finalização do roteiro passamos para a parte de produção e gravação do documentário, é nessa hora que a coisa fica um pouco mais complicada, pois durante a gravação e desenrolar da entrevista vamos notando a rumo que o documentário caminha de acordo com as perguntas feitas e com as respostas fornecidas por nosso entrevistado(a), e isso gera um retrabalho pois temos que refazer nosso roteiro já desenvolvido já que o que descrevemos já não bate totalmente com as perguntas e respostas obtidas, então começamos a trabalhar pra fazer nosso roteiro se encaixar com o material gravado e assim finalizar novamente nosso roteiro de documentário, mas graças a Deus no final temos um ótimo trabalho desenvolvido por nossa produtora.


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Consideração Geral Tomar a responsabilidade de contar a história de alguém através de um produto audiovisual não é uma tarefa fácil, pois requer um cuidado maior com a narrativa, a forma como você vai mostrar isso para o seu público. Como todo semestre, esse também foi um pouco desafiador, tivemos que lidar com algumas dificuldades e imprevistos que poderiam prejudicar alguma parte do projeto, mas tudo foi resolvido da melhor maneira possível para que entregássemos um bom documentário. O trabalho em si foi um pouco cansativo, porém é gratificante poder olhar tudo finalizado de forma como pensamos lá no começo. O dia da gravação, tanto com a família Dias, como com a Dra. Paula Gislaine, ocorreu de maneira muito tranquila, e todos estavam a vontade, conseguimos trabalhar de maneira mais confortável e menos exaustiva. Mesmo com todos os problemas enfrentados no caminho, conseguimos finalizar e entregar o projeto de uma forma eficaz. Nos esforçamos e demos nosso máximo em cada etapa desse documentário para que pudéssemos mostrar a história da nossa personagem de forma clara, mesmo que infelizmente, não caiba tudo que gostaríamos de dizer no tempo de 15 minutos determinado para o projeto. Finalizamos esse trabalho gratos por todo aprendizado. E reiteramos aqui nossa gratidão a Regiane e sua família por aceitarem compartilhar sua vida conosco, nos sentimos felizes e gratos de podermos contar uma história tão bonita como a dela.


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Referências Bibliográficas

DOCUMENTÁRIO de Ulisses Rocha retrata histórias de mães solteiras. Itú Cinemas, 2014. Disponível em: https://www.itu.com.br/geral/noticia/documentario-deulisses-rocha-retrata-historias-de-maes-solteiras-20140820 Acesso em: 05/03/2022 _________________________________________________________________

SOUZA, Ana P. 2008. Estudo Comparativo das Famílias Monoparentais Masculinas X Monoparentais Femininas: A Infuência Do Genitor No Desenvolvimento Familiar, 2008. Disponível em: https://www.franca.unesp.br/Home/Posgraduacao/ServicoSocial/Dissertacoes/AnaPaula.pdf Acesso em: 24/03/2022 _________________________________________________________________ PEREIRA, Jeferson B.: FIGUEIREDO, Cristiane X. e RAMOSM, Eduarda G. Família Monoparental como Entidade Familiar. JUS.com.br, 2021. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/88058/familia-monoparentalcomo-entidade-familiar Acesso em: 24/03/2022


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Referencias Bibliograficas

PARNES, Célia. Monoparentalidade Feminima em Foco. Governo de SP, 2021. Disponível em: https://www.saopaulo.sp.gov.br/artigos/monoparentalidade-femininaem-foco/ Acesso em: 24/03/2022 _________________________________________________________________

SEGUNDO Pesquisa, Brasil Tem Mais de 20 Milhões de mães Solteiras. CNM.

Disponível em: :https://www.cnm.org.br/index.php/comunicacao/radio_item/segundopesquisa-brasil-tem-mais-de-20-milhoes-de-maes-solteiras Acesso em: 24/03/2022

_________________________________________________________________ ALBUQUERQUE, Beatriz. 320 Crianças foram registradas sem o nome do pai em 2020 e 2021. Agência Brasil, 2022. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencianacional/geral/audio/2022-03/320-mil-criancas-foramregistradas-sem-o-nome-do-pai-em-2020-e2021#:~:text=R%C3%A1dio%20Nacional%20%2D%20Bras% C3%ADlia-,320%20mil%20crian%C3%A7as%20foram%20re gistradas%20sem%20o%20nome%20do%20pai,dos%20Regi stradores%20de%20Pessoas%20Naturais. Acesso em: 24/03/2022


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Referencias Bibliograficas

BETTAGLIA, Rafael. Infográfico: qual o streaming com mais assinantes no mundo?. Super Interessante, 2021. Disponível em: https://super.abril.com.br/cultura/infografico-qual-ostreaming-com-mais-assinantes-no-mundo/ Acesso em: 01/05/2022


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Anexos


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Orçamento previsto


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Tabela de Gastos


com ou sem você. São Paulo 2022


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Articles inside

Consideração final Rafael Henrique..................................................................61

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page 26

Cronograma de produção..........................................................................................53

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page 20

Consideração final Lucas Bernardeli................................................................57

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page 23

Capítulo IV - Edição.......................................................................................................55

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page 21

Consideração final Emilly Campos....................................................................56

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page 22

Conceito.....................................................................................................................................24

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page 7

Especialista...........................................................................................................................26

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Ordem do dia........................................................................................................................49

1min
page 18

Mapa de arquivo................................................................................................................38

1min
page 14

Storyboard............................................................................................................................42

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Personagens...........................................................................................................................25

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Sentimentos...........................................................................................................................24

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Roteiro de gravação.........................................................................................................51

1min
page 19
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