HOMEOPÁTICOS
Publicação Digital Quadrimestral Gratuita
Uma realização do Grupo Livre de Terapeutas Homeopatas do Centro -Oeste
Nesta edição...
Ano 5
N° 13
Agosto/2021
Editorial
Mantenedores da Revista
TICOS:
Sempre quis ver uma publicação assim, e somente agora conheci. Li tudo no Issuu! Parabéns a toda a equipe pela iniciativa! Adorei a monografia sobre as vacinas e o assunto permanece atual. Esse ano, vou querer participar do III Saberth.
A Revista chegou até mim como PDF, num grupo de WhatsApp. Achei a capa linda e então comecei a ler. Adorei tudo e já quero ser homeopata, gente! Também visitei o canal do YouTube e o Face da Revista. Só sugiro que não parem de publicar materiais por tanto tempo. Precisa alimentar mais esses canais, pra mais gente acessar e conhecer também! Parabéns a todo mundo que participa do projeto!
Sérgio Gomide, Morrinhos, GO Roberta Tintus Lumen, Capão Comprido, DFJornalista Responsável
Editora-Executiva Conselho Editorial
Projeto Grá co e Diagramação
Karine Santos
Redatores
Revisão
Contato
ANUNCIANTES
Se você também quiser publicar aqui a divulgação do seu trabalho terapêutico, por favor faça contato com revistadeestudoshomeopaticos@gmail.com e receba os detalhes! Teremos prazer em torná-lx mais conhecidx!
Este projeto que divulgamos aqui agora diz respeito a um dos problemas que a Homeopatia pode auxiliar a prevenir e a tratar: o mal de Alzheimer, que vem afetando cada vez mais pessoas, por motivos diversos. Vamos apoiar e divulgar!
O Blog Coletivo Filhas da Mãe começou suas atividades em 05 de março de 2021, no Correio Braziliense. Criado no nal de 2019 como uma rede de apoio a cuidadoras e cuidadores familiares de pessoas com demências e Alzheimer, esse Coletivo tem a “proposta de olhar para quem cuida. O cuidado familiar é gratuito, invisível, pesado e solitário", a rma Cosette Castro, psicanalista, pesquisadora e uma das coordenadoras do Coletivo, juntamente com Ana Castro, jornalista aposentada. E, no Brasil, 96% do cuidado não remunerado de familiares doentes é feito por mulheres, segundo o IBGE.
As postagens do Blog são feitas nas segundas, quartas e sextas-feiras, apresentando textos sobre envelhecimento, demências e Alzheimer, cuidado e autocuidado, bem como dicas que facilitem a vida de cuidadoras e cuidadores familiares.
Ana Castro e Cosette Castro assinam os textos semanais, mas contam que em breve terão convidadas escrevendo no Blog. " É uma construção coletiva, inclusive nas sugestões de temas", a rma Ana Castro, jornalista com longa experiência em blogs.
Entre as ações para fortalecer os cuidadores familiares e sua rede, o Coletivo Filhas da Mãe já realizou as seguintes:
a) Em 2020, criou o Bloco das Filhas da Mãe e saiu pelas ruas de Brasília com a marchinha "Ninguém Solta a Mão de Ninguém".
b) Com a chegada da pandemia, incentivou cuidadoras e cuidadores de todo o país a contarem suas histórias por meio do celular, no Projeto Filhas da Mãe Contam Histórias.
c) Em 2021, realizou o III Sarau Virtual de música, prosa, poesia e afeto para homenagear o carnaval que não houve e lançou a marchinha " Vacina Sim!".
"É preciso recuperar a alegria, mesmo falando sobre temas sérios e dolorosos", diz Cosette Castro, e ela conta que o Coletivo Filhas da Mãe, além do Blog, também está nas redes sociais digitais: Facebook (Coletivo lhas da mãe), Instagram (@ bloco lhasdamãe), YouTube ( lhas da mãe), e agora com o Blog Coletivo Filhas da Mãe.
HOMEOPATIA E NÓS
RETROSPECTIVA DO TRABALHO DO GRUPO LIVRE DE HOMEOPATAS DO CENTRO-OESTE NO QUADRIMESTRE ABRIL-JULHO:
Durante os meses de abril, maio, junho e julho, nosso grupo finalizou o estudo de Homeopatia e Sexualidade; realizou dois momentos de estudo a respeito de Homeopatia e Cirurgias, e iniciou o estudo sequenciado do livro Combatendo Fogo com Fogo, de Ton Jansen. Aproveitamos para recomendar a aquisição e a leitura atenta dessa obra, que é de importância fundamental para todo homeopata sério, em busca de novas perspectivas de tratamento profundo para seus pacientes, e até mesmo para si próprio.
Um resumo do conteúdo pode ser observado nos slides utilizados nos estudos, o quais reproduzimos aqui.
No mês de julho, mais uma grata tarefa foi iniciada: a preparação do III Saberth,
a ser realizado no primeiro domingo de dezembro, neste ano, ainda totalmente online.
Vamos assim consolidando a série histórica do evento e fortalecendo a ideia de homeopatia como alternativa saudável e possível para retorno à saúde e manutenção dela em nível profundo.
Para colaborar com o sucesso de mais essa edição do Saberth, convidamos a todos os leitores para visitarem nossos perfis nas redes sociais e ajudarem a ativar o conteúdo com comentários, perguntas, sugestões, compartilhamentos. Dessa forma, todos faremos parte de mais essa iniciativa!
Para acessar qualquer uma de nossas redes, clique no link relacionado:
Dias da Cruz: Médico, Homeopata e Espírita
Pouco tempo depois de ingressar na Faculdade de Medicina, Dias da Cruz se casou com Adelaide Pinheiro Dias da Cruz. Assim que se formou como médico homeopata, recebeu a notícia de que seu pai fora ferido por um golpe de baioneta durante um atendado na Igreja do Sacramento.
Foto: Reprodução/Site do Centro Espírita de Caridade Dias da Cruz
Francisco de Menezes Dias da Cruz, mais conhecido como Dias da Cruz, nasceu em 27 de fevereiro de 1853, no Rio de Janeiro. Filho de Francisco de Menezes Dias da Cruz – chefe do partido Liberal do Rio e professor da Faculdade de Medicina – e Rosa de Lima Dias da Cruz, ele recebeu o exato nome do pai sem o tradicional acréscimo de “Filho” ou “Júnior”. Na época de seu nascimento, a Homeopatia já havia sido introduzida no Brasil graças a Bento Mure, no começo da década de 1840.
Dias da Cruz cresceu num ambiente religioso e sempre estudioso. Foi bibliotecário por dez anos na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, e apenas foi demitido durante a época da Proclamação da República, por conta de uma denúncia feita por adversários políticos e religiosos, que o acusaram de ser monarquista.
O incidente deixou Dias da Cruz tão abalado que ele decidiu se afastar da prática religiosa. Contudo, os ensinamentos humanitários deixados por seu pai falaram mais alto e ele montou seu próprio consultório com o objetivo de acolher os menos favorecidos, assim facilitando o acesso a saúde de qualidade.
Em 1900, Dias da Cruz trouxe de volta o Instituto Hahnemanniano do Brasil, criado no ano de 1878 por Saturnino Soares de Meireles, um médico homeopata do Império. A sede do Instituto funcionava no centro do Rio de Janeiro, na Rua da Quitanda n. º 59, sob a direção do Dr. Joaquim Murtinho. Por alguns anos, os membros do Instituto ali se reuniram e, após a morte de Murtinho, o Dr. Teodoro Gomes foi promovido à presidente. Cerca de um ano depois, Gomes foi substituído pelo Dr. Licínio Cardoso, sob a vice-presidência de Dias da Cruz, iniciando uma época que cou conhecida como o período áureo da Homeopatia no Brasil.
Foi durante a gestão de Cardoso e Dias da Cruz que os Anais de Medicina Homeopática, cuja publicação havia sido interrompida em 1884, reapareceram e ganharam prestígio entre as publicações periódicas de medicina.
Outro importante feito foi a fundação da Faculdade Hahnemanianna – posteriormente batizada como “Escola de Medicina e Cirurgia” e com sede atual na Rua Frei Caneca, no Rio de Janeiro. Dias da Cruz colaborou com a organização dos programas de ensino da Faculdade, onde também lecionou nas disciplinas de Farmacologia e Matéria Médica, tornando-se referência para toda uma nova geração de médicos homeopatas.
Dono de oratória e carisma impressionantes, ele também foi orador do Instituto Hahnemanniano do Brasil e, durante a inauguração do Hospital Hahnemanianno, no ano de 1916, fez um discurso brilhante em nome deste diante do Ministro da Justiça, do Barão Brasílio Machado e de representantes da Presidência da República.
Em 1926, Licínio Cardoso pediu demissão do cargo e Dias da Cruz foi eleito para substituí-lo. Durante sua gestão, ele organizou o 1º Congresso Brasileiro de Homeopatia, que aconteceu entre os dias 25 e 30 de setembro do mesmo ano.
Dias da Cruz ocupou o cargo de presidente do Instituto até o dia 29 de janeiro de 1930. Nessa data, ele convocou uma sessão extraordinária para anunciar que estava renunciando ao cargo por motivo de saúde. Em seguida, foi aclamado como presidente-perpétuo da instituição durante uma cerimônia simbólica.
Além de ser reconhecido até hoje por seu trabalho intenso no campo da Homeopatia, Dias da Cruz também foi um grande estudioso do Espiritismo, uma doutrina religiosa, losó ca e espiritualista de moral cristã.
O primeiro contato de Dias da Cruz com o Espiritismo aconteceu depois que ele recebeu a notícia de que seu pai, médico então falecido, estava distribuindo receituários após reuniões mediúnicas na sede da Federação Espírita Bra-
sileira – FEB através de um médium. Incitado pela curiosidade, Dias da Cruz compareceu a uma dessas reuniões de forma anônima e, para sua surpresa, o espírito de seu pai se manifestou, pedindo para falar com ele.
Durante a conversa, que aconteceu por intermédio de um médium, o pai de Dias da Cruz relembrou um evento do qual apenas eles dois sabiam, convencendo o lho de sua identidade e da realidade de que a vida continuava após a morte. Desse dia em diante, Dias da Cruz se dedicou ao estudo da Doutrina Espírita de forma tão séria que, mais tarde, foi eleito presidente da revista espírita Reformador, pela qual escreveu muitos artigos doutrinários sob o pseudônimo de “Um Espírita”. Além disso, ele também foi escolhido como presidente da Federação Espírita Brasileira, cargo que exerceu de 1890 a 1895.
Segundo o escritor, historiador e homeopata José Emígdio Rodrigues Galhardo, Dias da Cruz foi aquele que, entre os homeopatas brasileiros, tinha o maior e mais perfeito conhecimento da doutrina hahnemanianna.
De acordo com Zêus Wantuil, grande pesquisador da história espírita, em sua obra “Grandes Espíritas do Brasil”, como professor, Dias da Cruz “jamais deixou de comparecer à hora certa em suas aulas. Como clínico no Hospital Hahnemanianno, não se fazia esperar pelos doentes. Eis, em síntese, a brilhante personalidade daquele que digni cou o Espiritismo e a Homeopatia no Brasil.”
O médico, homeopata e espírita faleceu no dia 30 de setembro de 1937, aos 84 anos.
Fontes:
WANTUIL, Zêus. Grandes Espíritas do Brasil. FEB, 1ª edição. RJ. FebNet.Org.Br
Aos que se tratam pela Homeopatia
Imagem: Reprodução
A autora, Célia Regina Barollo é médica homeopata, além de professora e diretora da Associação Paulista de Homeopatia (APH), entidade da qual também é diretora.
Na 8ª edição de seu livro “Aos que se tratam pela Homeopatia”, que conta com 25 capítulos, Barollo recebeu o auxílio de colaboradores com experiência em Homeopatia para produzir um conteúdo amplo, em linguagem simples, sobre várias questões relacionadas ao tratamento criado por Samuel Hahnemann. Entre eles estão os temas: histórico da Homeopatia;
explicação da nomenclatura homeopática; o uso da Homeopatia na obstetrícia, na ginecologia, e na psiquiatria; a Homeopatia veterinária; e a in uência da alimentação no tratamento homeopático; entre outros assuntos extremamente relevantes.
Essa obra é, sem dúvidas, uma contribuição para o entendimento da loso a por trás tratamento homeopático, bem como dos princípios que regem o regem, facilitando a compreensão do processo de cura impulsionado pelos preparados homeopáticos.
Onde encontrar:
• Amazon
• Americanas
• Estante Virtual
• Mercado Livre
• Organon Books
Homeopatia Rural: Emater capacita produtores rurais no sul do Brasil
Com o objetivo de estimular maneiras mais saudáveis de tratar doenças que atacam plantas a animais, além de capacitar produtores rurais, o curso “Homeopatia no manejo de agroecossistemas” teve início em 13 de maio deste ano em Santa Catarina, e reúne 150 técnicos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), e do Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR) do Paraná.
De acordo com o médico veterinário da Epagri, Marcelo Silva Pedroso, em entrevista ao Jornal NH, os bons resultados e o baixo custo do tratamento homeopático voltado para a área rural têm conquistado cada vez mais agricultores. ‘
Ainda segundo Pedroso, a Homeopatia pode ser aplicada em animais junto com a alimentação e
em plantas através do processo de pulverização. Essa prática pode resolver problemas como mastite, carrapatos e solos desequilibrados.
“A vaca recebe o medicamento pela manhã e, no nal do dia, já melhora o processo in amatório. E o melhor de tudo é que o leite não precisa ser descartado e pode continuar sendo consumido, sem risco algum para o consumidor”, ressalta o veterinário.
O curso tem a duração de 15 encontros na modalidade remota e presencial, e conta com três etapas: a primeira é a formação básica em Homeopatia; a segunda aborda a terapêutica homeopática integrativa e a última aborda estudos de caso baseados nas experiências dos participantes.
Fonte: Jornal NH
Em junho deste ano, Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou o projeto de lei 9.345/21, que cria o Programa Estadual de Medicina Tradicional e Complementar Alternativa nas unidades estaduais vinculadas ao SUS. O texto garante a inclusão de tratamentos e terapias holísticas nas rotinas das unidades estaduais de saúde, como a acupuntura, a Homeopatia e a fitoterapia, e visa, conforme orientação profissional nos termos da legislação em vigor.
De autoria do deputado Eliomar Coelho (PSol), a norma fortalece técnicas já reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
“É uma trilha cada vez mais segura para a prevenção ou o alívio de diversas enfermidades conhecidas. Aliás, técnicas e terapias facilmente encontradas em clínicas e hospitais privados, centros de recuperação e centros clínicos”, assinalou o autor do projeto, deputado Eliomar Coelho (PSOL), em entrevista ao Jornal O Dia.
Para Coelho, a iniciativa trilha um caminho mais seguro para a prevenção ou o alívio de diversas enfermidades através de técnicas e terapias que já são facilmente encontradas em clínicas e hospitais particulares.
Fonte: Jornal O Dia
Alerj aprova lei que inclui Homeopatia nas rotinas das unidades de saúde do SUSFoto: Jochen Pippir/Pixabay
Homeopatia Veterinária apresenta resultados positivos entre animais silvestres
e é responsável técnica da Sigo Homeopatia Veterinária, empresa dedicada à Homeopatia Veterinária de animais domésticos e de campo.
A live “A Homeopatia no cuidado dos Animais Silvestres” aconteceu em maio deste ano, graças a uma iniciativa da Sigo Homeopatia Veterinária, pet shop localizado em Campo Grande, capital do estado de Mato Grosso do Sul. A conversa reuniu a médica veterinária responsável técnica pela marca, o médico veterinário do CRAS/Imasul (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), Diogo Borges de Arruda; e a médica veterinária, especialista e mestre em Homeopatia, doutora em Ciências da área de Epidemiologia aplicada a Zoonoses – USP e Pós-Doc (PHD) em Patologia Ambiental Experimental, professora Dra. Cidéli Paula Coelho.
Os participantes têm ampla experiência no tratamento de animais silvestres. Coelho, por exemplo, trabalha com Etologia e Bem-Estar animal há mais de 20 anos. Arruda, por sua vez, atua diariamente no tratamento de com cerca de 200 animais silvestres de espécies variadas, vítimas de desastres ou maus-tratos, e inclusive chegou a trabalhar na recuperação de animais durante as queimadas que atingiram a Serra do Amolar, região do Pantanal que em 2020 registrou uma das maiores queimadas da história. Já Souza foi presidente da Associação Médico Veterinária Homeopática Brasileira (AMVHB)
A Sigo Homeopatia Veterinária também rmou uma parceria com o Cras, fornecendo medicamentos e orientação homeopática ao centro de reabilitação. Como resultado, as aves tratadas exclusivamente com Homeopatia registraram queda de 40% na mortalidade. Outros casos são da anta Antônio e da arara Frango. Antônio é uma anta macho que foi encontrada ainda lhote, debilitada e fraca, perdida numa fazenda. O animal recebeu tratamento homeopático para ganho de peso, problemas nas patas e pelos e em poucos meses de tratamento se recuperou completamente. Já a arara Frango, ave da espécie Canindé, foi resgatada sem penas e muito fragilizada, e com tratamento homeopático recuperou tanto as penas quanto a saúde.
Durante a live, que discutiu os benefícios da homeopatia para animais, também foi apresentado um case de sucesso. Os funcionários da Sigo Homeopatia Veterinária também têm investido na Homeopatia Ambiental como forma de tratar os animais dentro de seu habitat natural em vez de removê-los. Um exemplo disso é o caso da Serra da Cantareira, localizada em São Paulo. Em 2018, um surto de febre-amarela entre macacos bugios espalhou pânico entre os moradores da região.
Através do grupo de voluntários Sonho de Bugio, a Sigo Homeopatia desenvolveu uma fórmula sem resíduos ambientais para aplicação nas nascentes. Assim, toda a fauna da região foi tratada através da água e, num prazo curto, já não havia mais registro de casos da doença na localidade.
Fonte: Tempoms
Homeopatia pode aliviar sintomas da menopausa
de opinião publicado no site Notícias ao Minuto, a Homeopatia é bastante e caz na prevenção e no controle de alguns sintomas e pode ser usada em combinação com terapias hormonais sem riscos de efeitos colaterais.
Ainda segundo Alfaro, os preparados homeopáticos mais indicados para tratar sintomas da menopausa são:
Foto: Silvia Rita/PixabayA menopausa faz parte de uma etapa natural na vida de todas as mulheres, e traz uma série de mudanças físicas e emocionais. Costuma ocorrer entre os 45 e 55 anos de idade, ocasionando o m da menstruação e a diminuição na produção de hormônios, o que pode resultar em sintomas como alterações de humor, cansaço, insônia, dores articulares e aumento de peso, entre outros.
De acordo com a Dra. Maria Alfaro, formada em Homeopatia pelo Centro de Educação e Desenvolvimento da Homeopatia (CEDH), e seu artigo
•Lachesis mutus– indicado no alívio dos episódios de calor e os sufocos;
•Sepia o cinallis– indicado para a secura vaginal, os sufocos e suores noturnos;
•Cimicifuga racemosa– contém substâncias estrogênicas que ajudam a aliviar os incômodos provocados na pré e pós-menopausa, especialmente os afrontamentos e a secura vaginal;
•Ignatia amara– auxilia no tratamento da ansiedade, nervosismo, variações de humor e insónias ocorrentes durante a menopausa;
•Aurum Metallicum– para o tratamento das cefaleias e enxaquecas, próprias desta fase.
Fonte: Notícias ao Minuto
A importância do tratamento homeopático em animais
A Homeopatia pode ser indicada a qualquer tipo de tratamento, com exceção dos que precisam ser resolvidos com intervenções cirúrgicas, imobilizações e doenças incuráveis. Contudo, é tão e caz que pode agir no controle de dor, além de prevenir in amações, infecções e demais implicações pós-cirúrgicas.
Em celebração ao Dia Mundial da Homeopatia, 10 de abril, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) entrevistou a médica-veterinária Mônica de Souza, ex-presidente da Associação Médico Veterinária Homeopática Brasileira (AMVHB), que falou sobre o tratamento homeopático veterinário.
De acordo com Souza, a Homeopatia pode ser aplicada em todas as áreas, clínica e cirúrgica, de grandes e pequenos animais. Também é possível utilizá-la em tratamento ambiental de animais silvestres em seu habitat, por meio da administração de preparados homeopáticos em mananciais de água. Ainda segundo a veterinária, o tratamento homeopático promove cura e alivia os sinais clínicos do que não pode ser curado, garantindo a sensação de bem-estar e sem riscos de intoxicação ou de gerar resíduos no ambiente.
Segundo a veterinária, alguns dos tratamentos bem-sucedidos na área de homeopatia veterinária são os relacionados a desvios de comportamento, como agressividade e medo de ruídos altos. Contudo, é observando a Homeopatia sendo utilizada na pecuária que se tem uma dimensão mais real de seus benefícios, visto que milhares de animais são tratados através de água e dos alimentos, e os resultados positivos são acompanhados sem considerar o efeito placebo, já que animais não sabem que estão sendo tratados.
Souza também destacou que é importante acertar a medicação uma vez que, se o preparado homeopático correto não for indicado, não haverá resposta.
Fontes:
Canal do Pet - Conselho Federal de Medicina Veterinária
MUNDO
Índia inaugura centro de cuidados homeopáticos para
pacientes com Covid-19
O Ministro de Impostos Comerciais e Registro da Índia, P. Moorthy, inaugurou o Centro de Cuidados Homeopatia Covid-19 na faculdade de medicina Government Homeopathy, em Tirumangalam, Madurai, a segunda maior cidade do estado de Tamil Nadu.
As instalações possuem 50 leitos, que contarão com médicos e enfermeiras exclusivos.
Moorthy também inspecionou a Câmara de Comércio e Indústria de Tamil Nadu, onde
a vacinação COVID-19 foi administrada em pessoas com idade entre 18 e 44 anos.
O corpo administrativo de Madurai também organizou campos de vacinação em 15 locais, incluindo o auditório MADITSSIA em Ambedkar Salai, Indian Overseas Bank em Sathamangalam, UPHC K. Pudur, Jain Vidyalaya em Tiruppalai, Duraisamy Nagar e Agrini Apartments. A vacina também está sendo administrada em Centros de Saúde Primários Urbanos.
Fonte: e Hindu
Homeopatia, Ayurveda e ioga: é assim que os atores do seriado
Ranju ki Betiyaan estão mantendo a imunidade sob controle
Com um enredo distinto, a série dramática de televisão indiana “Ranju Ki Betiyaan” (Filhas de Ranju) continua envolvendo e entretendo o público diariamente, principalmente durante a pandemia. O programa conta com alguns dos atores mais populares do país, como Reena Kapoor, Ayub Khan e Deepshika Nagpal, nos papéis principais. Enquanto as gravações continuam, Reena Kapoor, Ayub Khan e Roopal Tyagi compartilham suas rotinas pessoais para se manterem seguros, fisicamente mais fortes e com a imunidade alta.
Foto: Wikipédia
Falando sobre as medidas de segurança e imunidade, Ayub Khan, que interpreta Guddu Mishra, disse em maio para o jornal “Times of India”:
“Tento me manter seguro seguindo todas as orientações médicas da melhor maneira possível. Eu também identifico e corrijo quaisquer erros que possam acontecer involuntariamente. Eu tomo uma dose diária de suplementos médicos vitais, alguns alopáticos conforme prescrito pelo meu médico e alguns produtos naturais como frutas que são ricas em vitamina C. Assim como todos os meus colegas, eu tento me manter ativo tanto quanto possível.”
Roopal Tyagi também tem feito um esforço extra para garantir que seus níveis de imunidade fiquem elevados. Além da alimentação, o condicionamento físico desempenha um papel importante para ela.
“Estou cuidando muito bem de mim mesma. Faço questão de comer apenas alimentos frescos, ingiro Chyawanprash - receita usada pela Medicina Ayurvédica para reforçar o sistema imunológico e promover o rejuvenescimento - todos os dias. Geralmente, sigo uma dieta ayurvédica sazonal. Como estamos ao ar livre, é difícil segui-la regularmente. [...] Faço ioga todos os dias, pois é a melhor maneira de ficar em forma. Como temos acesso
a uma piscina, tento nadar cerca de 100 voltas na maioria dos dias.”
Para Reena Kapoor, intérprete de Ranju, a vitamina C é de extrema importância. Ela acredita que a segurança de cada um está nas próprias mãos:
“Acredito que todos nós temos que ser muito cautelosos, especialmente se sairmos para trabalhar. Nos sets, a única vez que tiro minha máscara durante as gravações, e quando estou de volta ao meu quarto. Estou tomando meus suplementos de zinco e vitamina, suplementos que meu médico me aconselhou a tomar todos os dias sem falta. Além disso, estou tomando remédios homeopáticos para manter minha imunidade alta”, afirma a atriz.
Ranju Ki Betiyaan é uma história comovente sobre a mãe solteira Ranju e suas lutas para criar quatro filhas numa sociedade patriarcal. A série trata de várias questões sociais enfrentadas por mães solteiras de maneira empoderada, mostrando os desafios de ser mãe e ajudar suas filhas a realizar seus sonhos.
Fonte: Times of India
Na Índia, medicamentos homeopáticos gratuitos são distribuídos entre funcionários de ferrovias
O governo da Índia está distribuindo o preparado homeopático Arsenicum Album para cerca de 1.500 trabalhadores da Patna Junction, uma estação ferroviária localizada na cidade de Patna, capital do estado de Bihar.
Segundo o o cial de pessoal de divisão sênior (DPO) de Danapur, Surjit Singh, o medicamento está devidamente aprovado pelo ministério de Ayush e anda sendo entregue como medida de precaução para trabalhadores da linha de frente das ferrovias indianas contra o novo coronavírus, principalmente pelo grau de exposição que eles sofrem durante a jornada de trabalho.
De acordo com Singh, médico homeopático das ferrovias AK Srivastava, os inspetores de bem-estar Rajesh Gupta e Binod Kumar visitaram as estações acompanhados de membros do Sindicato das Ferrovias para dar pelo menos uma dose do Arsenicum Album para
os funcionários das ferrovias, uma vez que eles são considerados pro ssionais da linha de frente altamente vulneráveis em serviço.
Enquanto isso, os serviços de cozinha comunitária iniciados pela divisão Danapur na semana passada estão gerando uma boa resposta entre os funcionários da ferrovia infectados com Covid-19, assim como seus familiares em isolamento domiciliar em Patna e Khagaul.
As cozinhas da base ferroviária localizadas em Danapur e Patna Junction, que não estão funcionando devido à retirada de serviços de vagões de despensa de trens de longa distância devido à Covid-19, agora estão sendo utilizadas para executar serviços de cozinha comunitária para funcionários de ferrovias e seus dependentes.
Fonte: Times of India
No entanto, os medicamentos devem ser usados de maneira auxiliar às diretrizes-padrão
O juiz N. Nagares, do Tribunal Superior de Kerala, decidiu que um médico homeopata quali cado pode prescrever e dispensar medicamentos homeopáticos para prevenir a Covid-19 e atenuar seus sintomas.
Além disso, médicos homeopatas também podem oferecer intervenção complementar para casos convencionais de COVID-19 e prescrever medicamentos.
Contudo, o preparado homeopático sugerido deve ser um coadjuvante das diretrizes de saúde de ambientes hospitalares, com a aprovação das autoridades e de acordo com a vontade dos pacientes.
O veredito foi apresentado numa petição de mandado protocolada por Jayaprasad Karunakaran de iruvananthapuram, que foi impedido pelas autoridades sanitárias de tratar pacientes com COVID-19. Como resposta, o tribunal citou as diretrizes do Ministério AYUSH e as decisões da Suprema Corte ligadas à gestão de sintomas e a prevenção de COVID-19 por homeopatas, então ordenou que o peticionário não fosse impedido de praticar Homeopatia de acordo com as diretrizes do Ministério AYUSH.
Fonte: e Hindu
O Supremo Tribunal de Kerala decide que médicos homeopatas podem prescrever medicamentos para COVID-19
Cinco novos medicamentos homeopáticos desenvolvidos por médicos indianos no Hospital Nair mostram efeitos contra fungos e bactérias
Uma pesquisa inovadora do homeopata indiano Dr. Rajesh Shah, em colaboração com farmacologistas clínicos do BYL Nair Hospital de Mumbai, cinco novos medicamentos homeopáticos mostraram efeitos antifúngicos e antibacterianos em laboratório. O artigo de pesquisa foi publicado em junho no periódico britânico de homeopatia revisado pelo Pub-med.
Na pesquisa, cinco novos nosódios homeopáticos foram desenvolvidos a partir de bactérias que produzem febre tifóide (Salmonella typhi), pneumonia (Klebsiella pneumonia), gonorréia (Neisseria Gonorrhea), infecções gastrointestinais (E Coli) e de fungos (Candida albicans) pelo Dr. Rajesh Shah, um homeopata e pesquisador. Os nosódios são medicamentos homeopáticos preparados a partir de bactérias e vírus, e costumam ser comparados a vacinas por conta disso, contudo, não são. Curiosamente, a homeopatia e a vacinação foram apresentadas ao mundo no mesmo ano, ou seja, 1796.
“A Homeopatia é freqüentemente sujeita ao ceticismo devido à falta de evidências científicas”, disse o Dr. Shah. “Esta pesquisa é uma evidência fortemente convincente da prova científica dos efeitos antibacterianos e antifúngicos dos medicamentos homeopáticos em experimentos de laboratório.”
O Dr. Shah recebeu anteriormente um prêmio nacional do Ministério da AYUSH em 2018, por sua pesquisa no desenvolvimento de outro nosódio a partir dos germes da tuberculose. Dr Renuka Munshi e Geeta Talele são os co-autores deste artigo de pesquisa.
Candida é um fungo comum que afeta a pele e os pulmões. A pesquisa mostra que um nosódio preparado a partir do fungo Candida foi capaz de inibir o crescimento do fungo Candida em laboratório. Seu sucesso foi tão eficaz quanto o medicamento antifúngico padrão chamado anfotericina.
Da mesma forma, os nosódios homeopáticos preparados a partir da bactéria tifóide (Salmonella typhi) em certas doses podem inibir o crescimento dos germes de forma semelhante ao da Ciprofloxacina e Ofloxacina. Um novo medicamento preparado a partir de E. Coli também pode inibir o crescimento da bactéria E. Coli com a mesma eficácia dos antibióticos mencionados anteriormente. As bactérias tifóide e E. Coli estão entre as principais bactérias que produzem infecções nos intestinos e outros órgãos.
A pneumonia por Klebsiella é uma das principais causas de pneumonia, uma infecção pulmonar. Um nosódio homeopático preparado a partir da mesma bactéria poderia inibir o crescimento da mesma forma que os antibióticos comumente usados.
“As infecções por febre tifóide, E. Coli e pneumonia estão entre as mais comuns na prática diária. Muitas dessas bactérias tendem a se tornar resistentes aos antibióticos, exigindo antibióticos mais fortes com mais efeitos adversos”, disse o Dr. Rajesh Shah, “será uma grande vantagem se os medicamentos homeopáticos puderem demonstrar tais resultados em testes em humanos, o que poderia potencialmente ajudar a reduzir o uso de antibióticos. ” O Dr. Shah é diretor e chefe de pesquisa da Biosimilia Pvt Ltd, uma start-up com foco em novos medicamentos preparados a partir de materiais biológicos.
Quando um especialista em pulmão treinado em alopatia (pneumologista) do Hospital KEM, o Dr. Jaswant Patil foi questionado sobre o escopo antimicrobiano da homeopatia, ele disse: “Muitos estudos homeopáticos mostraram efeitos antibacterianos, antivirais e antifúngicos em animais e ensaios clínicos no passado. Apesar de ser um médico alopata, uso medicamentos homeopáticos para a maioria dessas infecções e obtenho excelentes resultados”. O Dr. Patil é um pneumologista que virou homeopata, abandonou sua prática na UTI e agora pratica Homeopatia há mais de vinte anos.
Numa série de experimentos com vários nosódios baseados em germes desenvolvidos pelo Dr. Shah, ele diz: “Vimos efeitos anti-HIV, anti-hepatite C, anti-malária e anti-câncer em modelos de laboratório e humanos com alguns dos nosódios. Acredito firmemente que os nosódios terão um grande futuro nas funções preventivas e terapêuticas na saúde.”
A Homeopatia tem uma tradição de criar nosódios de quase todos os principais germes há mais de 150 anos, incluindo tuberculose, sarampo, varíola, sífilis, sarna, difteria e muito mais. Alguns dos nosódios homeopáticos preparados a partir de germes específicos mostraram-se muito eficazes no manejo de epidemias de leptospirose, dengue e influenza no Brasil e em Cuba. Recentemente, a Biosimilia também desenvolveu um nosódio do vírus COVID-19 e conduziu estudos de fase 1 e fase 2 examinando o papel profilático do nosódio.
Fonte: The Print
Tratamento Homeopático Pré e Pós Cirurgia
A Homeopatia é eficaz na prevenção e no controle de muitos sintomas, entre eles os de dores, inflamações, infecções e problemas emocionais, como ansiedade e medo, todos comuns em pacientes que estão prestes a passar por intervenções cirúrgicas ou se recuperando de cirurgias.
Segundo a terapeuta homeopata Sheila da Costa Oliveira, formada pela Universidade de Viçosa (UFV), a Homeopatia pode auxiliar a
equilibrar os estados de medo e ansiedade com relação à intervenção cirúrgica e seus possíveis desdobramentos, elevando os níveis de saúde e purificando o sangue.
“Há preparados que auxiliam nas fases de pré e pós cirurgia, como os Sais de Schuessler, o chamado “trio do trauma”: Arnica, Hypericum e Symphitum, e o similimum do paciente, ou seja, o medicamento que mais se parece com a pessoa que será cirurgiada”, explica. “O simi -
limum equilibra todo o ser, e, por isso, serve muito bem para preparar para uma cirurgia e se recuperar dela. E se for utilizado com a frequência correta, o similimum vai sempre harmonizar a saúde como um todo, fazendo com que o risco de cirurgia seja minimizado e até eliminado, em muitos casos”.
O “trio do trauma” pode ser tomado de véspera e inserido na rotina do paciente logo após o despertar da cirurgia, por ingestão. Caso a pessoa não possa ingerir o medicamento, este pode ser aspirado e esfregado na pele, especialmente nas palmas das mãos, nas solas dos pés e no abdômen. Uma vez em contato com a pele, ele penetra o organismo e faz seu trabalho normalmente.
A Staphysagria também pode ser ingerida de véspera, preparando o organismo para receber com o mínimo de impacto o trauma cirúrgico.
Já os Sais de Schuessler devem ser ingeridos por um tempo maior, no mínimo 15 dias, para renderem o efeito de reequilíbrio sistêmico que eles são capazes de operar.
O similimum também pode ser dado de véspera ou em doses diárias, semanais, a depender do caso e de acordo com a avaliação do homeopata que acompanha o paciente.
Depois da cirurgia, o ideal é que o tratamento homeopático continue até a total recuperação, cujo tempo pode variar por conta do porte da cirurgia realizada e da sensibilidade do paciente.
Juliana Efting Hardt, 36 anos, moradora de Joinville (SC), precisou de cirurgia para retirar um câncer de mama e recorreu à Homeopatia para se preparar emocionalmente.
“Tomei apenas uma medicação que deveria ser iniciada no mesmo dia da cirurgia. Comecei tomando duas vezes ao dia, e depois passou para uma vez ao dia. Tomei por 7 dias e passei muito bem, [com] pouquíssima dor ou desconforto”, conta. “Em conversa com a minha homeopata dias, mencionei que achava que até estaria melhor, pois [durante] os sete primeiros dias, enquanto tomava a medicação, fiquei tão bem que achei que a evolução seria mais rápida. Por isso, após uns 15 dias depois da cirurgia e já sem a medicação homeopática, ela pediu que eu retomasse a mesma uma vez ao dia por mais algumas semanas. Aí sim pude ter a certeza do quanto a medicação estava me ajudando. Eu não conseguia erguer o braço acima da cabeça, mas com dois dias de retomada de medicação eu já tinha todos os meus movimentos do braço normais e sem dor”, assinala Hardt, que continua fazendo uso de preparados homeopáticos para diminuir os efeitos colaterais causados pelos medicamentos pós câncer.
Já Edite Lopes de Souza, 49 anos, de Tabocas do Brejo Velho (BA) procurou tratamento homeopático para passar por uma intervenção cirúrgica de histerectomia.
“Fiquei calma, não tive medo de passar por uma cirurgia tão grande e que mutila a mulher pro resto da vida. A anestesia me preocupava muito, porém não doeu e nem deixou sequelas. Não senti dores depois da cirurgia, a cicatrização da cirurgia foi muito rápida”, aponta Souza. Antes da cirurgia, vinha à mente a preocupação de não poder gerar e nem dar à luz um lho, porém, enfrentei a cirurgia de cabeça erguida”, complementa.
Ainda de acordo com Souza, os resultados alcançados com o tratamento homeopático a deixaram con ante o su ciente para voltar a recorrer a ele no futuro. “A Homeopatia trabalha nos níveis físico, mental, emocional e espiritual. Trata a pessoa como um todo”, destaca.
No caso de MLT - nome ctício, uma vez que a paciente preferiu não se identi car -, 69 anos, moradora de Brasília (DF), os procedimentos cirúrgicos necessários foram os de quadrantectomia da mama direita, por conta do diagnóstico de adenocarcinoma, e redução da mama contralateral, por motivação estética.
Os preparados homeopáticos receitados para esse caso foram a China 12CH, no método plus, 24 horas antes da cirurgia e durante sete dias depois da intervenção, por conta do histórico de sangramentos da paciente; Arnica 30CH em composto com Hypericum perforatum 30CH por 30 dias a partir do dia da cirurgia; e Silicea 6CH após 2 meses, uma vez que um ponto cou retido na cicatriz, gerando uma in amação, e o médico responsável optou por aguardar a expulsão natural pelo corpo.
De acordo com o próprio mastologista de MLT, ele nunca viu uma recuperação tão rápida em termos de edema e in amação, e a paciente não sofreu sangramentos ou hematomas no período pós-operatório.
Novamente segundo a terapeuta homeopata Sheila da Costa Oliveira, o tempo para observar os primeiros efeitos dos preparados homeopáticos no organismo varia de acordo com a sensibilidade do paciente.
“Em mais de 70% dos casos há melhora na dor, redução das in amações e infecções, aceleração da cicatrização interna e externa. Alguns pacientes sentem esses bons efeitos desde a primeira ingestão, enquanto outros precisam de dois a três dias. Nas substâncias utilizadas para preparar o paciente, especialmente com relação ao medo e à ansiedade pré-cirúrgicos, os efeitos são praticamente imediatos, desde que o medicamento e a diluição estejam escolhidos adequadamente”, esclarece.
No momento de indicar preparados homeopáticos, o homeopata leva algumas questões em conta, como: o “estado miasmático”, ou seja, o tipo de predisposição ao adoecimento que o paciente apresenta; sua personalidade; características mentais, emocionais, energéticas; e seu modo de reagir à dor e ao sofrimento.
“Caso se trate de uma emergência e não haja possibilidade de atentar para esses aspectos mais profundos, deve-se escolher medicamentos pelo seu tropismo, ou seja, pelo sistema ou órgão ao qual aquela substância está mais li-
gada, e utilizá-la como emergencial, até que se acessem os demais dados importantes para o tratamento homeopático”, sugere Oliveira. “O tratamento homeopático é feito em fases, e, ao longo do processo, espera-se mudanças, tanto nos medicamentos, quanto nas diluições quanto na frequência. À medida que o estado agudo vai se acalmando, essa rotina também se modi ca, para acompanhar o ritmo de cura da pessoa. Por isso, não se seguem protocolos uniformes, padronizados, pois a Homeopatia busca tratar o doente, e não a doença”.
Ainda segundo a terapeuta homeopata, a Homeopatia não possui contraindicações, “desde que a avaliação do que indicar seja feita por um pro ssional quali cado”, e uma boa forma de concluir se o tratamento está realmente sendo e caz é a auto-observação.
“A Homeopatia sempre busca o equilíbrio do ser”, lembra Oliveira. “Então, deve-se observar se há sinais de equilíbrio mental, emocional, físico, espiritual e energético, como humor positivo e estável, boa qualidade de sono, bom apetite e bom funcionamento dos sistemas corporais, além da redução dos níveis de dor e aumento da condição de cicatrização. Caso isso não esteja ocorrendo, é preciso fazer nova avaliação para mudar a diluição, e/o remédio e/ou a frequência”, conclui.
Foto: Arquivo pessoal
Eu estava tendo dores de cabeça sem conseguir identi car a causa. Em decorrência do cenário da pandemia, ir até um pronto socorro me causava bastante ansiedade e os sintomas acabavam piorando. Tenho dentes bem sensíveis, pois sofro de perda óssea e gengivite crônica, então, sentir um dorzinha não era algo alarmante para mim.
Um dia, percebi que um pedacinho bem pequeno do meu dente estava quebrado, quase imperceptível, apenas eu saberia. Ignorei e continuei todas as minhas atividades normalmente. Meses depois, comecei a sentir muita dor do lado esquerdo do rosto, mas não parecia ser dor de dente.
Como também tenho enxaqueca, não pensei que seria algo além disso. A dor continuou, persistindo e aumentando no decorrer dos dias. Passei uma semana com essa dor quase que sem intervalos. E aí, eu acordei em um desses dias, e percebi meu rosto levemente inchado do lado esquerdo. Fiquei um pouco preocupada, mas não achei que fosse algo muito grave.
Em questão de poucas horas meu rosto havia inchado bastante e meu rosto cou deformado. Senti uma protuberância na bochecha, mas quando eu olhava por dentro, não achava nada na gengiva ou no dente. A dor cou muito mais intensa e o inchado aumentando cada vez mais, em questão de algumas poucas horas.
Entrei em contato com um dentista e descrevi o que estava acontecendo. Ele me disse que poderia se tratar de um abcesso gengival que ainda iria aparecer dentro de um ou dois dias e falou que a única maneira de retirá-lo seria fazendo uma drenagem. Na drenagem, o dentista pode ir tanto por dentro do dente quanto por fora, fazendo uma incisão.
Foi aí que entrei em contato com uma homeopata que conheço e na qual con o. Ela me receitou os Sais de Schuessler, Arnica Montana e Mercurius. Tomei todos no mesmo dia que entrei em contato com o dentista, e o resultado realmente me surpreendeu. Sou uma pessoa bastante cética, então não coloco toda a minha fé em tratamento algum. Mas, tomando em curtos intervalos a homeopatia que me foi receitada, o abcesso surgiu e começou a dissolver num intervalo de três ou quatro horas. Eu sentia algo saindo do abcesso e o inchaço foi diminuindo. Quando fui para a minha consulta com o dentista, a drenagem acabou sendo o menor dos nossos problemas. Meu rosto estava desinchado e tinha voltado ao normal e eu não estava sentindo dor alguma. Ele descobriu uma in amação e uma lesão que não são relacionados ao abcesso e estou tratando isso também com homeopatia. O uso dessa medicação me surpreendeu de forma muito positiva. Continuo os tratamentos respeitando meu corpo e cuidando dele.
Izadora Da Mata Caixeta, 29 anos, Brasília - DF
sintomas e aumentar todas as dores de queimadura e choques em ferroadas fortíssimas e ininterruptas.
Dois dias após o ocorrido, recebi duas fórmulas homeopáticas para iniciar o tratamento de alta sensibilidade, em que, a primeira chamada Calmin seria diluída para ingestão e teria o intuito de harmonizar as reações causadas por tensões nervosas, insônia, dor muscular e ruminação mental, e se constituía de Mimosa, Momordica, Lavandula, Fuchsia, Psidium, Impatiens, Ficus, Basilicum e Vervano; e a segunda, Ecológica, seria borrifada no campo energético grupal e desempenharia a função de trabalhar acordos em equipe harmoniosamente, constituindo-se de Lantana, Camelli, Milefolium, Artemísia, Silene, Impatiens, e Vernonia. Utilizei também óleos essenciais de Lavanda, Patchouli e óleos de Copaíba e Andiroba.
Foto: Arquivo pessoal
Eu me dedico aos estudos iniciáticos na Sociedade Brasileira de Eubiose e conheço a profundidade do alcance da Homeopatia e o nível em que a cura atua na alma e nos sete corpos além do nosso plano de matéria física; e conheço tudo isso principalmente por recorrer, há anos a uma Terapeuta Holística extremamente dedicada.
No nal de janeiro deste ano, um estresse emocional acumulado gerou reações alérgicas de urticária nervosa no braço direito como um todo, que nunca havia se manifestado. Surgiram manchas pigmentadas de branco e vermelho desde as pontas dos dedos até o ombro, com sensação de ardência máxima e coceira absurda nos dedos, na palma da mão e na extensão restante até a axila inchada, acompanhadas de muito suor e insônia pela madrugada.
O desespero se tornou tão alarmante, que por orientação pro ssional, recorri a uma dose maior de anti-histamínico farmacêutico, desconhecido pelo meu organismo até então, mas isso só resultou em piorar os
O processo de cura ao todo levou 14 dias: no princípio, os pensamentos, desordenados devido ao caos nos sistemas nervoso e imunológico de defesa do organismo, se acalmaram, o nervosismo deu lugar à compreensão, as emoções adentraram o eixo em busca do equilíbrio e se tornaram mais re exivas e amenas. No terceiro dia, a frequência dos sintomas suavizou, a quantidade intensa de manchas começou a diminuir, os choques eram mais leves e retornavam quando o esforço de uso do braço era maior. No quinto dia, toda a apreensão e nervosismo junto às dores estavam mais controlados em sinal de cura e no 12º dia havia passado, raramente surgindo manchas vermelhas na parte superior da mão esquerda e nas laterais da palma.
Particularmente, busco recursos terapêuticos que estejam em conexão com o mundo natural. Os resultados são explícitos e sempre chocam pela força e agilidade que os nossos corpos tendem a responder diante dos estímulos.
A Homeopatia através da natureza é uma ferramenta poderosa e pura de regeneração, restauração, e reequilíbrio; remédio para a mente, para o coração, para o corpo, para o espírito e para a alma. Atinge patamares muito à frente da nossa elevação de absorção.
EVITE MESMO A AUTOMEDICAÇÃO! PARA SABER COMO E QUANDO USAR CADA SUBSTÂNCIA CITADA NAS MATÉRIAS DESTA REVISTA, OU EM QUALQUER OUTRO LUGAR, PROCURE SEMPRE UM HOMEOPATA. HÁ RISCO DE EFEITOS INDESEJADOS, SE A PRESCRIÇÃO NÃO FOR FEITA ADEQUADAMENTE.
A Farmácia Homeopática
Denomina-se “Farmácia Homeopática” todo estabelecimento de saúde e tecnologia que segue padrões de segurança normatizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que conta com pro ssionais farmacêuticos habilitados para produzir preparados homeopáticos, ou seja, fórmulas farmacêuticas elaboradas a partir de vegetais, animais, minerais ou extratos sintéticos, através de processos de dinamização e diluição. Para esclarecer o que está por trás das etapas de produção de um medicamento homeopático, assim como as principais diferenças entre remédios manipulados e homeopáticos, e outras questões especí cas da farmacotécnica homeopática, a nova edição da Revista de Estudos Homeopáticos conta com a participação do professor e farmacêutico homeopata Murilo Ferreira de Carvalho, 46 anos, (CRF-GO: 2971), também doutor em Ciências Farmacêuticas e especialista em Farmacotécnica Homeopática pela Universidade Federal de Goiás - UFG.
REH: Professor, em primeiro lugar agradecemos a sua colaboração com a nossa revista. Para começar, como o senhor definiria o conceito de “farmácia homeopática”?
Murilo Carvalho: Aqui começamos com a distinção entre os termos farmácia e drogaria, pois a drogaria comercializa medicamentos e insumos na sua embalagem original, mas não existe a manipulação de medicamentos, enquanto que na farmácia (magistral), isso acontece. A farmácia homeopática é, pois, uma farmácia magistral que manipula medicamentos homeopáticos, em suas diversas formas.
REH: Quais são as diferenças entre as farmácias homeopáticas e as farmácias comuns?
Murilo Carvalho: As farmácias magistrais são aquelas em que se manipulam medicamentos alopáticos e/ou homeopáticos de acordo com a especificação de cada pessoa. Então toda farmácia homeopática é magistral, mas nem toda farmácia magistral é homeopática, uma vez que existem farmácias magistrais que manipulam somente alopáticos ou que manipulam alopáticos e homeopáticos.
REH: Quais são as diferenças entre os preparados homeopáticos e os remédios convencionais ?
Murilo Carvalho: Essa é uma pergunta muito importante, porque a maioria das pessoas entendem que preparados homeopáticos são “naturais”, como se tivessem origem apenas no reino vegetal, mineral ou animal. Mas
os mesmos são feitos também de produtos fisiológicos, patológicos e até mesmo sintéticos. Já os medicamentos alopáticos são representados em sua maioria pelos sintéticos e os de origem vegetal. Em relação ao preço, alguns medicamentos alopáticos são mais baratos (Dipirona, AAS, Omeprazol), mas de forma geral, os medicamentos homeopáticos levam grande vantagem nesse quesito. E quanto ao processo de produção, é bom ressaltar que a manipulação atende aos critérios de cada tipo de medicamento, seja alopático ou homeopático, e consideramos que os homeopáticos também são produzidos em escala industrial.
REH: Todo “remédio manipulado” é considerado homeopático? Por quê?
Murilo Carvalho: Não necessariamente. Os medicamentos magistrais - ou manipulados - podem ser considerados homeopáticos ou alopáticos. Podemos dizer que a palavra “manipulação” diz respeito a produção, e “homeopatia” ao tipo de tratamento. Na produção, o medicamento pode ser manipulado de acordo com a necessidade de cada pessoa, ou pode ser industrializado, sendo feito em grande escala com milhares de unidadescomprimidos, cápsulas, etc. - ao mesmo tempo. Um medicamento, quando é industrializado, independentemente de ser alopático ou homeopático, não atende as necessidades individuais de cada pessoa, uma vez que sua fórmula ou dose não podem ser alteradas, pois a mesma já vem pronta da indústria.
REH: Quais são as etapas do processo de diluição dos preparados homeopáticos, e quais são seus objetivos?
Murilo Carvalho: Para que um medicamento seja considerado homeopático, ele precisa, necessariamente, passar por duas etapas: diluição e agitação (sucussão) ou trituração. Ao conjunto dessas 2 etapas, Hahnemann chamou de dinamização, pois a palavra “dynamo” quer dizer força. O objetivo desse processo é, ao mesmo tempo, diminuir os efeitos colaterais das substâncias na sua forma original e aumentar seu poder de cura (resposta farmacodinâmica).
REH: Quais são as formas de dinamização e para que cada uma delas serve?
Murilo Carvalho: Chamamos de escala a proporção entre o insumo ativo e o insumo inerte empregada na preparação das diferentes dinamizações. E assim, as formas farmacêuticas derivadas são preparadas segundo as escalas Centesimal (1/100), Decimal (1/10) e Cinquenta Milesimal (1/50.000). Todas as escalas atendem ao mesmo objetivo, que é promover o equilíbrio e a cura, atendendo às necessidades individuais de cada pessoa.
REH: O que a farmacopeia orienta e por quê?
Murilo Carvalho: A Farmacopéia Homeopática é um compêndio que tem por objetivo orientar a produção de medicamentos homeopáticos, de modo a conferir uniformidade e qualidade na produção dos mesmos e, além disso, regulamenta os setores farmacêuticos envolvidos na produção e controle de fármacos, insumos e especialidades farmacêuticas.
REH: Como é possível identificar/encontrar farmácias de manipulação homeopáticas confiáveis?
Murilo Carvalho: Todas as farmácias são fiscalizadas pela Vigilância Sanitária, que impõe rigorosas regras para a prática da manipulação, e por isso, devem possuir a licença que é emitida por essa agência. Normalmente não há um critério objetivo para se avaliar a “confiança” em uma farmácia magistral, no entanto, alguns fatores podem ser considerados, como a presença do farmacêutico e os canais de comunicação que essas empresas mantêm com seus clientes. Além disso, hoje em dia é fácil conferir as avaliações de uma empresa na internet, porém, esse critério nem sempre é confiável, devido às inúmeras variáveis que são levadas em conta, como por exemplo, disponibilidade em estoque de substâncias, taxa e horário de entrega, etc.
REH: Como o farmacêutico homeopata realiza sua formação?
Murilo Carvalho: De acordo com a Resolução 601/2014 do Conselho Federal de Farmácia (CFF), o farmacêutico homeopata é o profissional graduado em ciências farmacêuticas e registrado no Conselho Regional, com formação teórico-prática em homeopatia e/ou farmácia homeopática, por meio de disciplinas específicas em cursos de graduação em Farmácia ou de cursos de especialização, e cursos de aprimoramento reconhecidos pelo CFF. Esses cursos habilitam esse profissional nas áreas de manipulação, pesquisa, desenvolvimento, produção, controle e garantia da qualidade, farmacovigilância e questões regula -
tórias dos medicamentos e produtos homeopáticos, assim como do aconselhamento, indicação, dispensação e comercialização de medicamentos e produtos homeopáticos
REH: Que tipos de instrumentos são utilizados na preparação dos remédios homeopáticos?
Murilo Carvalho: Na produção dos medicamentos homeopáticos, não há muita exigência no que diz respeito à instrumentação do laboratório. Os itens indispensáveis são: balança de precisão, alcoômetro de Gay-Lussac, destilador e uma estufa ou autoclave para esterilização dos materiais de uso diário. Além desses materiais, outros podem ser adquiridos no intuito de facilitar a produção, como, por exemplo, o sucussionador (braço mecânico), o dinamizador de fluxo contínuo, micropipetas e repipetadores automáticos.
REH: Quais os benefícios do medicamento homeopático manipulado?
Murilo Carvalho: O medicamento homeopático, de forma geral, é mais vantajoso, por não trazer os efeitos colaterais que por vezes evidenciam os medicamentos alopáticos. Além disso, o mesmo pode trazer outras vantagens como, por exemplo, valorizar a pessoa como um todo e não apenas os sintomas da doença; estimular as reações defensivas do organismo aumentando sua vitalidade; preço reduzido no tratamento; e sobretudo por trazer uma “cura rápida, suave e duradoura”, utilizando as palavras de Hahnemann.
HOMEOPATIA TAMBÉM É CIÊNCIA
CURANDO COM
Assim como os demais preparados homeopáticos, o Nux Vomica é prescrito de acordo com a individualidade de cada paciente para tratar um conjunto de sintomas, não uma doença especí ca.
De acordo com a terapeuta homeopata Adriana Braga, 48 anos, formada pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), a Homeopatia segue o princípio geral de que “semelhante cura semelhante”.
“[A Homeopatia] utiliza as mesmas substâncias que provocam os sintomas para tratar ou aliviar vários tipos de doenças. Assim, sintoma e doença para Homeopatia são fatores semelhantes”, explica.
Ainda segundo a homeopata, os sintomas que podem ser tratados pelo Nux Vomica são variados.
“É possível utilizá-lo para curar dor de cabeça, mal-estar no estômago, insônia, estresse e ansiedade, dentre muitos outros. Eu, particularmente, uso Nux Vomica para desintoxicar dependentes
de drogas ilícitas e tratar pacientes com depressão, síndrome do pânico e autismo. Também uso para desintoxicar o fígado de medicamentos alopáticos”, assinala Braga. “Nos dois casos, e outros tantos, o tratamento com Nux Vomica CH 5, tomado duas vezes ao dia por 21 dias, é o su ciente para introduzir em seguida a Homeopatia correspondente à personalidade real do atendido, com resultados signi cativos e rápidos”, opina.
No caso de Claudio Henrique Goldbach, 46 anos, engenheiro e morador de Santa Catarina, o Nux Vomica foi prescrito para tratar sua in exibilidade na forma de pensar e agir.
“Antes de começar a tomar o medicamento, eu passava por excesso de tensão causado por eventos que eu acreditava que eu poderia interferir ou in uenciar”, conta. “Depois de iniciar o tratamento com o Nux Vomica, eu aceitei que tenho controle ou in uência sobre muito pouco. Quase nada. O tratamento foi bastante e caz, tanto que recomen-
do sempre a Homeopatia como tratamento para a causa e não para a consequência”, aponta Goldbach.
Já para Raphaela Mara Silva Queiroz da Cunha, 31 anos, servidora pública de Goiânia (GO), seu primeiro contato com o Nux Vomica ocorreu através de um psiquiatra, que receitou o medicamento para tratar suas crises de ansiedade.
“Eu sentia intenso enjoo, náuseas, falta de ar e sensação de palpitação, sensação de estar com o estômago dilatado e mente acelerada”, explica.
O psiquiatra concluiu que o Nux Vomica seria o composto semelhante à personalidade de Cunha, além de auxiliar em muitos dos sintomas que ela sentia relacionados a desconfortos estomacais.
“Após iniciar o tratamento, os sintomas foram muito abrandados, principalmente aqueles relacionados a náuseas e enjoos, permitindo que houvesse considerável avanço na psicoterapia que era feita em conjunto”, ressalta Cunha. “Depois disso, passei a me consultar com uma homeopata e já tomei Nux Vomica por várias vezes. Avalio meu tratamento como extremamente e caz. Auxiliou muito com os sintomas físicos para que eu pudesse tratar os sintomas emocionais, sem precisar recorrer a ansiolíticos alopáticos. Após o m das crises de ansiedade, o composto continuou me auxiliando em outros diversos desequilíbrios relacionados às diversas emoções que me afetavam, sozinho ou com outros compostos. Eu recorri e sempre recorro à Homeopatia em razão de seu efetivo resultado no tratamento dos
sintomas físicos e emocionais e total ausência de efeitos colaterais”, completa.
Para Adriana Braga, de forma geral, o per l do paciente que precisa do Nux Vomica conta com traços de personalidade e características emocionais especí cas, tais como: temperamento ardente por zelo; dá muito valor ao trabalho, tornando-se um maníaco pelo trabalho, assim sendo, esse o domina; é ambicioso e competitivo a um grau patológico; não aceita limites e limitações, pois é extremamente con ante de si mesmo e arrogante; possui disposição suicida, mas lhe falta coragem para tirar a própria vida; busca energia e conforto em estimulantes como café, álcool, drogas e bebidas alcoólicas; e comete abusos de medicação; entre outros.
“O tempo de cada tratamento depende do que o atendido deseja alcançar [...]. Se o atendido quer trabalhar as emoções, o resultado virá com tempo mais prologando, e a individualidade de cada pessoa dirá o tempo necessário de tratamento e se o objetivo da terapia foi alcançado”, destaca a terapeuta homeopata.
“A melhora é imediata no atendido que procura a cura física, como de dor de cabeça, dor no estomago ou vômito”, acrescenta. “Cada situação, de cada atendido, pede uma dinamização diferente porque a Homeopatia trata o ser como o todo e não a doença de forma pontual, ou seja, cada preparado com sua respectiva dinamização possui contorno individualizado, assim cada pessoa tem uma resposta do organismo de forma diferente exigindo uma dinamização diferente para si”, conclui.
Homeopatia popular na agropecuária familiar Popular homeopathy in family farming
SOUZA, Edite Lopes 1, NATIVIDADE, Leonor 2, CORTE, Ivanildo de Souza3
1Instituto Tecnológico Hahnnemam - Faculdade Inspirar, editelopesdesouzahomeopata@ gmail.com, 2Instituto Tecnólogico Hahnemann – Faculdade Inspirar - leonornatividade@terra. com.br; 3Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – ivanildo.corte@yahoo.com.br
Eixo temático: 15 . Saúde e Agroecologia
Resumo
O estudo analisou e discutiu o uso da homeopatia e sua importância na agropecuária familiar. Buscou-se um histórico desde a origem da homeopatia, bem como sua disseminação no Brasil, e tomando como base as experiências da Universidade Federal de Viçosa – UFV, Universidade Estadual de Maringá –UEM, Cooperativa de Produtores Agropecuaristas de Campinas do Sul/ MS e o Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor – CAPA / PR. Tendo como resultados os agropecuaristas adquiriram autonomia, qualificação, organização, disciplina, harmonia na sua propriedade e na sua família. Concluiu-se que a homeopatia aplicada na agropecuária familiar tem amparo legal, é uma tecnologia social, livre de resíduos químicos. Para tanto, recomenda-se a implantação de projetos pilotos em associações de moradores, assentamentos rurais, comunidades tradicionais e nas secretarias municipais que compõem a Mesorregião do Extremo Oeste da Bahia.
Palavras-chave: Prevenção e cura; agroecologia; tecnologia social.
Keywords: Prevention and healing; agroecology; social technology
Introdução
A homeopatia foi criada pelo médico alemão Samuel Hahnemann em 1796. É regida por quatro leis: 1ª lei – Semelhante cura Semelhante, 2ª lei – experimentação nos organismos sadios, 3ª lei – substância única, 4ª lei - dose única (preparados diluídos e sucussionados denominados “dinamizados”) (REZENDE, 2009).
De acordo com Andrade; Casali (2011) a homeopatia foi trazida ao Brasil pelo médico francês Dr. Benoit Mure em 1840 e incorporada à cultura popular. Sendo resgata pelos grupos e Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) em Cuiabá / MT em 1980 e disseminando pelo país posteriormente através da fundação da associação Brasileira de Homeopatia Popular (ABHP) em 1996 (AMARAL, 2008).
A professora Eliete Fagundes inicia em 1989 a experimentação do uso da homeopatia em plantas e dar início ao ensino da ciência da Homeopatia para as diferentes áreas do conhecimento (FAGUNDES, 2018). Em 1994 começa a experiência de capacitação/ensino, pesquisa e extensão sobre o uso da ho -
meopatia na agropecuária na Universidade Federal de Viçosa (UFV), posteriormente na Universidade Estadual de Maringá (UEM), na Cooperativa de Pequenos Agropecuaristas de Campinas do Sul/ MS (COOPASUL) e no Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor (CAPA) / PR.
Os agropecuaristas tradicionais familiares da Mesorregião Oeste da Bahia são herdeiros dos conhecimentos secular dos antepassados, guardiões das águas, da cultura e da biodiversidade.
Por fim, o objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão da literatura, discutir sobre o uso da Homeopatia e sua importância na agropecuária familiar para ser aplicado na Mesorregião do Extremo Oeste da Bahia.
Metodologia
Foi utilizado o método indutivo e bibliográfico sobre o tema Homeopatia popular na agropecuária familiar. Tomando como referências: Andrade e Casale (2011), referindo à Universidade Federal de Viçosa, pioneira no Ensino da Ciência da Homeopatia à família agrícola, através do Programa de Extensão desde 1995 e aos universitários (graduação e pós-graduação), com trabalhos de pesquisa iniciados em 1998, contando em 2011 com 28 teses/dissertações de pós-graduação concluídas e defendidas; Mendonça (2002), enfatizando que em 1997, a Cooperativa de Produtores Agropecuaristas de Campinas do Sul – COOPASAUL/MS inicia os trabalhos com uma capacitação em homeopatia com duração de sete dias para produtores, com foco na pecuária leiteira. Inicia com 30 propriedades e em 5 anos atinge 400; Grisa, et. al (2009), relatando que em 2004 o Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor - CAPA capacitou técnicos e agricultores, atendendo no início 20 produtores da pecuária leiteira, estruturou posteriormente um laboratório para o preparo dos medica -
mentos homeopáticos, envolvendo várias instituições parceiras.
Além dos relatos de experiências, buscou-se fundamentar sobre o amparo legal do uso da homeopatia e relatar a realidade dos pequenos agricultores camponeses com seus saberes locais, visando compreender a possibilidade de adesão desses agricultores à praticas homeopáticas como instrumento da agroecologia.
Este artigo faz parte do Trabalho de Conclusão do Curso de Edite Lopes de Souza, com o título “Homeopatia Popular na Agropecuária Familiar: uma proposta pra Mesorregião do Extremo Oeste da Bahia.
Resultados e Discussão
A Homeopatia criada e desenvolvida pelo médico Samuel Hahnemann é uma ciência que provou ser eficiente no uso da agropecuária.
Segundo Fagundes (2018), as teorizações e experimentações abriu um leque de possibilidades de usos da homeopatia para além da saúde humana. A exemplo da Universidade Federal de Viçosa (UFV) conduzida por Casali, que consegue através da interação entre estudantes e agropecuaristas familiares, popularizar a ciência.
As experiências práticas da COOPASUL Mendonça (2002), e do CAPA Grisa et. al (2009) foram inseridas junto ao pequeno agropecuarista nos estados do Mato Grosso do Sul, parte do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e Oeste do Paraná. O CAPA – Núcleo Rondon, ao longo de 2 anos, assistiu 20 propriedades rurais. Inicialmente todos os atores envolvidos passaram por capacitação (MULBER; FULBER, 2013). Apresentando resultados significativos.
A Universidade Estadual de Maringá promove curso de extensão sobre a Homeopatia na Agricultura em 2017. O curso é coordenado pelo Professor Bonato, que há 16 anos atua na área.
O Governo reconhece juridicamente a ocupação do terapeuta não médico e o ensino da Ciência da Homeopatia pelas Universidades nos programas de extensão. O uso da homeopatia em sistemas orgânicos de produção tem seu amparo legal na Instrução Normativa nº 17 de 18 de junho de 2014 (BRASIL, 1999; 2002, 2014).
Na mesorregião do Extremo Oeste da Bahia, os agropecuarista familiares, mantem um contato estreito de dependência e convivência com o Bioma Cerrado e transição Cerrado/Caatinga, baseado na agropecuária de subsistência e no extrativismo, conforme (RIGONATO, 2017).
Tendo em conta a degradação ambiental, e ameaça de perda da territorialidade de muitas agropecuaristas familiares tradicionais. Estudos e experiências locais junto aos agropecuaristas familiares poderão ser realizados com o uso da homeopatia visando o fortalecimento da agroecologia na região para verificar a importância dessas práticas para o manejo e sustentabilidades da pecuária.
Conclusões
Concluiu-se que a homeopatia desde sua descoberta é aplicada na terapêutica humana e no equilíbrio dos seres vivos. No Brasil foi disseminada no meio popular.
E na agropecuária consolidou devido a junção dos saberes cientifico e popular. É uma tecnologia simples, podendo ser desenvolvida e ampliada valorizando os saberes socioculturais dos sujeitos com a biodiversidade, proporcionando saúde e equilíbrio ao ambiente aplicada na agricultura orgânica. No entanto poderá ser divulgada, estudada e experimentada na mesorregião do Extremo Oeste da Bahia como instrumento de fortalecimento prático na agroecologia.
Referências bibliográficas
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Relatos de casos de afecções o almológicas tratadas com homeopatia Kátia Regina da Silva Couto Rio de Janeiro, 2016
Monogra a submetida como requisito parcial para obtenção do certi cado de conclusão do curso de formação de especialista em Homeopatia – área de Medicina, sob a orientação do Professor Eliene Sobreiro Couto. INSTITUTO HAHNEMANNIANNO DO BRASIL. Departamento de Ensino Curso de Pós-Graduação em Homeopatia Área de Concentração: Medicina.
RESUMO
Desde 1979 a Homeopatia foi reconhecida como especialidade médica pela Associação Médica Brasileira, assim como desde 1980, pelo Conselho Federal de Medicina. Apesar de ser utilizada cada vez mais na prática médica, sua eficácia ainda é pouco documentada e divulgada para os médicos, principalmente no que tange a certas especialidades médicas como a oftalmologia. A importância da divulgação dos resultados da homeopatia na oftalmologia é observada através da possibilidade de se obter um tratamento eficaz e eficiente, que facilita a aderência do paciente, sendo compatível para qualquer faixa etária, além de ser ecologicamente correto. Através da revisão de literatura, o presente trabalho tem o objetivo de divulgar a eficácia do tratamento homeopático nas afecções oftalmológicas de diversas áreas anatômicas do globo ocular: conjuntiva, córnea, cristalino, retina e nervo óptico.
Palavras-chave: tratamento homeopático, eficácia, afecções oftalmológicas.
ABSTRACT
Homeopathy has been recognized as a medical specialty by the Brazilian Medical Association since 1979 and by the Federal Medical Council since 1980. Despite being increasingly used in medical practice, its effectiveness is still poorly documented and publicised to doctors, particularly in certain medical specialties, such as ophthalmology. The dissemination of successful homeopathic outcomes in ophthalmology is important as it may provide an effective and efficient treatment for any age group with good patient compliance, which is also environmentally friendly. A literature review was undertaken to identify the effectiveness of a homeopathic approach in the treatment of diseases of different parts of the eye, such as the conjunctiva, cornea, lens, retina and optic nerve.
Keywords: homeopathic treatment, effectiveness, ophthalmologic disorders.
1 INTRODUÇÃO
A homeopatia foi desenvolvida no século 18 na Europa pelo médico Samuel Hahnemann, após a realização de diversos estudos e experimentações. Desde então, a homeopatia difundiu-se por diversos países e no Brasil foi introduzida por Benoit Mure em 1840, tornando-se uma nova opção de tratamento para a população. Os princípios filosóficos e doutrinários da homeopatia estabelecidos por Hahnemann foram sistematizados em suas obras: “Organon da arte de curar” e “Doenças crônicas”. No primeiro parágrafo do Organon, Hahnemann define a missão do médico: “A mais alta e única missão do médico é restabelecer a saúde nos doentes, que é o que se chama curar”. A homeopatia é um sistema terapêutico cuja prática visa o restabelecimento da saúde através de medicamentos preparados em diluições infinitesimais e dinamizados. Seus princípios fundamentais baseiam-se nos aspectos:
- Cura pelo semelhante, Similia similibus curentur ou “sejam os semelhantes curados pelo semelhante”, onde qualquer substância capaz de provocar determinados sintomas em um homem são, é capaz de curar um homem que apresente um quadro mórbido semelhante, desde que em doses adequadas, com exceção das lesões irreversíveis.
- Experimentação no homem são, através da qual testa-se as substâncias medicinais em pessoas sadias para revelar os sintomas que refletirão a sua ação. - Doses infinitesimais, que é o processo farmacotécnico onde se usa diluições infinitesimais e dinamizadas no intuito de evitar os efeitos tóxicos das altas doses 2 e os efeitos negativos da agravação
dos sintomas, além de aumentar a reação orgânica do paciente.
- Concepção do remédio único, onde apenas um medicamento é testado por vez na experimentação patogenética, para se obter as características da substância testada.
Com estas raízes filosóficas, a homeopatia vem permeando diversas especialidades médicas, como é o caso da oftalmologia, onde observam-se publicações variadas que comtemplam êxitos das abordagens homeopáticas utilizados em muitas afecções oftalmológicas.
Baseando-se nestas publicações, algumas afecções oftalmológicas descritas não apresentam cura através do tratamento alopático, outras necessitam de abordagem cirúrgica ou de medicações de alto custo na tentativa de melhora ou remissão do quadro. Não obstante, as vantagens do tratamento homeopático são representadas pelo baixo custo, sendo um tratamento compatível para qualquer faixa etária, além de ser elaborado de forma ecológica por consumir pouca matéria prima em sua confecção. Por outro lado, o tratamento alopático, ainda que de forma conservadora, inclui medicações tópicas ou sistêmicas que em sua maioria conta com uma série de efeitos colaterais, muitas vezes graves e irreversíveis. Foi observado através de pesquisas que o tratamento homeopático mostrou-se eficaz não só nas afecções da conjuntiva (as mais comuns) como também em outros segmentos anatômicos do globo ocular, como córnea, cristalino, retina e nervo óptico.
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 CONJUNTIVA
A conjuntiva é uma membrana mucosa transparente que reveste a superfície interna das pálpebras e a superfície do globo ocular até o limbo. Ela faz parte da barreira de defesa contra infecções. Sua drenagem linfática se dá para os gânglios pré-auriculares e submandibulares. A conjuntiva pode ser subdividida em palpebral, bulbar (recobre a esclera anterior) e a conjuntiva do fórnice (reveste a extremidade nasal e temporal).
A afecção mais comum da conjuntiva é a conjuntivite, caracterizada por hiperemia, edema e secreção. É frequente a sensação de corpo estranho ocular 4 e turvação visual que melhoram com o piscar. São vários os agentes causadores das conjuntivites, dentre eles encontram-se: bactérias, vírus, atopias, etc. O tratamento alopático é prescrito de acordo com o agente etiológico de cada conjuntivite, baseado principalmente no aspecto clínico da afecção. As ilustrações a seguir são das conjuntivites mais comuns na clínica diária.
Os aspectos clínicos importantes para o diagnóstico diferencial das inflamações conjuntivais são: sintomas, secreção, reação conjuntival, presença de membranas, envolvimento corneano associado e linfadenopatia. Diversos tipos de conjuntivites acometem também a córnea levando ao quadro de ceratoconjuntivite.
2.2 CÓRNEA
A córnea é uma membrana avascular formada por cinco camadas: epitélio, camada de Bowman, estroma (corresponde a 90% da espessura corneana), membrana de Descemet e o endotélio.
ções, os depósitos lipídicos e as dobras e rupturas da membrana de Descemet.
Diversos tipos de conjuntivites também podem acometer a córnea ocasionando ceratoconjuntivite, como é o exemplo da Ceratoconjuntivite Vernal ou Primaveril. Trata-se de uma afecção bilateral e recorrente de cunho alérgico que afeta principalmente meninos na primeira década de vida.
Nas regiões da África subsaarianas representa um problema de saúde pública. A maioria dos pacientes desenvolve asma e eczema na infância. A ceratoconjuntivite vernal pode ter ocorrência sazonal, com pico de incidência no nal da primavera e no verão. Os principais sintomas são prurido intenso, lacrimejamento, fotofobia, sensação de corpo estranho e presença de secreção mucóide espessa. Pode ser classi cada em afecção palpebral (de pior prognóstico, pois envolve a conjuntiva tarsal superior e pode estar associada a doença corneana pela aposição das placas tarsais e o epitélio corneano), límbica (em pacientes negros e asiáticos) e a mista (afecção palpebral e límbica).
A córnea é o tecido mais densamente inervado do corpo. A inervação sensorial se dá pela primeira divisão do nervo trigêmeo. Em olhos com abrasões corneanas ou ceratopatias bolhosas, o estímulo direto sobre estes terminais nervosos causa dor, lacrimejamento re exo e fotofobia. Afecções corneanas podem ser super ciais (acometem somente o epitélio) ou profundas (lesões que podem atingir até o endotélio). As lesões super ciais mais comuns são as erosões epiteliais pontuadas e a ceratite epitelial pontuada, enquanto as lesões profundas mais encontradas na prática clínica incluem os in ltrados, as ulcerações, as vasculariza-
Apesar de 95% dos pacientes acometidos sofrerem remissão até o m da adolescência, 5% desenvolvem ceratoconjuntivite atópica, afecção crônica e não remissiva, com baixa expectativa de resolução nal, associada à baixa visual importante cujo tratamento alopático se assemelha ao da ceratoconjuntivite vernal. Este tratamento inclui o uso de colírios (estabilizadores de mastócitos, anti-histamínicos, corticosteróide, acetilcisteína e ciclosporina), injeção supratarsal de corticosteróide, tratamento sistêmico (imunossupressores e antihistamínicos orais) e tratamento cirúrgico (ceratectomia super cial e enxerto de membrana amniótica). Em contrapartida ao tratamento alopático, a homeopatia apresenta uma alternativa de tratamento das conjuntivites e ceratoconjuntivites que logra êxito.
2.3 RELATOS DE CASOS DE AFECÇÕES CORNEANAS E CONJUNTIVAIS
Em 2001 foi realizado um estudo pelo Dr. Cláudio M. Sena e cols. sobre os resultados iniciais do uso de medicação homeopática no tratamento da ceratoconjuntivite primaveril. Treze pacientes que apresentavam ceratoconjuntivite vernal foram acompanhados por 1 ano. Foram
tratados com medicamento homeopático em dose única, via oral, baseando-se na totalidade sintomática de cada paciente. Todos os pacientes já haviam utilizado corticosteróide tópico antes da sua inclusão no estudo. Até seis meses de tratamento, cada paciente foi examinado pelo mesmo médico a cada mês. Após seis meses, a avaliação foi trimestral até completar 1 ano de tratamento homeopático. A porcentagem de melhora dos sinais e sintomas foi signicativa: 100% para o lacrimejamento e dor ocular, 92% de melhora para secreção ocular, assim como 86% para sensação de corpo estranho.
Nesse estudo, 84% dos pacientes relataram melhora do prurido e da fotofobia, assim como diminuição ou ausência do desconforto ocular provocado pela ceratoconjuntivite. Em 62,5% dos casos houve melhora dos nódulos limbais. Não obstante, 61% dos casos melhoraram da hiperemia conjuntival e em 58% houve melhora das erosões epiteliais. Neste estudo evidenciou-se apenas 8% dos casos com melhora da hipertro a papilar tarsal. Portanto, conclui-se que o tratamento homeopático apresentou melhoras dos sinais e sintomas da ceratoconjuntivite vernal neste estudo.
Em 2005, a Dra. Margareth Mendes fez um levantamento bibliográ co sobre a aplicação da homeopatia nas epidemias. A conjuntivite foi abordada dentre as epidemias citadas. O primeiro trabalho foi um estudo duplo cego randomizado realizado em Pittsburg, USA, durante uma epidemia onde foi avaliado o uso de Euphrasia 30 CH ou placebo na prevenção das ceratoconjuntivites.
O estudo era composto de dois grupos de escolares de 4 a 15 anos, onde o primeiro grupo apresentava 658 escolares que usaram pro laticamente Euphrasia 30 CH por 3 dias consecutivos, e o segundo grupo, controle, apresentava 648 participantes que usaram placebo. Os sintomas foram avaliados segundo uma pontuação.
Os resultados não tiveram signi cância estatística, pois não houve diferença na incidência e na gravidade da doença entre o grupo experimental e o grupo controle. Não foi feita a valorização dos sintomas que individualizaria aquela epidemia impossibilitando atingir o gênio epidêmico da epidemia.
O segundo trabalho foi realizado em 1995, em uma ceratoconjuntivite epidêmica em Cuba. Foram 108 pacientes distribuídos de forma aleatória para tratamento com homeopatia e o grupo controle fez tratamento alopático. Os sintomas e suas modalidades, sinais e exame físico, foram catalogados e após realizar a repertorização, o medicamento mais importante era a Pulsatilla. O Mercurius solubilis e a Euphrasia apresentaram respostas parciais. Foi utilizado Pulsatilla 6 CH a cada duas ou três horas, espaçando conforme a melhora. Em alguns casos, os sintomas persistiram nas 72 horas ou ocorreram novos sintomas.
Estes casos foram tratados individualmente após nova repertorização. Foram excluídos 30 pacientes por falta de seguimento ou por uso de medicação alopática. Os sintomas foram modalizados e distribuídos percentualmente. Os resultados revelaram uma diferença signi cativa (p = 0,999), demonstrando que o tratamento com a homeopatia apresentou mais e cácia do que o tratamento alopático na melhora dos sintomas, em menos de 3 dias.
Em 2009, Antônio Cruz e cols. apresentaram os primeiros resultados do uso do Vaccininum em pacientes com doenças conjuntivais e corneanas. O primeiro caso foi de uma criança com ceratoconjuntivite primaveril grave com intensa fotofobia, sensação de corpo estranho ocular e prurido. A criança em questão fazia tratamento com homeopatia e mantinha uma melhora do quadro o almológico, mas permanecia com baixa da acuidade visual consequente a alterações da córnea. Durante a evolução do quadro, a criança apresentou úlcera de córnea em ambos os olhos, diminuindo mais a acuidade visual. Durante este período, ela contraiu varicela e evoluiu com melhora dos sintomas e da visão, fato este que corrobora Hahnemann, quando constatou que a própria na-
tureza possui instrumentos homeopáticos de cura, comprovando a grande lei da cura pelo semelhante.
A partir dos sintomas oculares semelhantes da varicela e da Vaccininum (Vaccinia), optou-se pelo uso do medicamento Vaccinia como tratamento homeopático da conjuntivite primaveral da criança em questão. Não obstante, usou-se Vaccinia em mais 5 pacientes selecionados pela semelhança dos sintomas e sinais desta conjuntivite com o quadro da Vaccinia, além da falta de resposta a outros tratamentos. Todos permaneceram no mínimo 7 dias sem usar medicação alopática, com exceção de um paciente com úlcera de córnea em escudo devido à gravidade do caso. Logo após a redução dos medicamentos utilizados, este paciente iniciou o tratamento com a medicação homeopática. Foi utilizada dose única em 35 CH de Vaccininum, via oral. Os pacientes evoluíram com melhora dos sinais e sintomas, apresentando melhora da qualidade de vida em relação aos tratamentos realizados anteriormente.
Em 2014, o mesmo autor, Antônio Carlos G. da Cruz e cols. apresentaram um estudo com dois casos de melhora das papilas gigantes na ceratoconjuntivite primaveril com tratamento homeopático. Dois pacientes que apresentavam úlcera de córnea em escudo unilateral e hipertro a papilar gigante, resistentes à retirada do corticoide tópico e portadores de bronquite, foram tratados com uma única dose de 30 CH, via oral, do medicamento homeopático individual correspondente a totalidade sintomática de cada um. As revisões foram feitas nos primeiros 30 dias após o uso do medicamento e subsequentemente a cada dois meses.
O caso 1, M.C.F., masculino, 5 anos, apresentava prurido e fotofobia intensos, sensação de corpo estranho e lacrimejamento. Era um menino cuidadoso com a saúde dos familiares, preocupado em medicá-los em caso de doença. Certas ocasiões ele cava febril quando o pai demorava a chegar do trabalho. Ele tinha medo de escuro, de baratas e da morte. Ao exame o almológico: hiperemia conjuntival bulbar, secreção mucosa, papilas gigantes no tarso superior
e erosões puntiformes em toda a córnea no olho direito e úlcera em escudo no olho esquerdo de 0,7 x 0,7mm. Fazia tratamento tópico (corticoide, anti-histamínico, anti-in amatório) e sistêmico (anti-histamínico). Foi prescrito Phosphorus 30 CH, via oral, em dose única.
O caso 2, W.H.S.R., masculino 6 anos, também apresentava prurido e fotofobia intensos, sensação de corpo estranho e lacrimejamento. Era acompanhado por sua avó nas consultas, e ela dizia que ele poderia furar os próprios olhos de tanto coçá-los. Havia piora do quadro com calor. Ao exame o almológico: hiperemia conjuntival bulbar, secreção mucosa, papilas gigantes no tarso superior e erosões puntiformes em toda a córnea no olho direito, úlcera em escudo no olho esquerdo de 2,0 x 2,5mm e in ltrado límbico com nódulos de Tantras no olho direito. Este paciente fazia tratamento tópico (corticoide e reparador o álmico em forma de pomada) e sistêmico (anti-in amatório não hormonal). Foi prescrito Apis melli ca 30 CH, via oral, em dose única.
Os dois pacientes foram acompanhados por 15 e 20 meses respectivamente até a alta. Após um mês de tratamento, o primeiro caso encontrava-se sem queixas e apresentava cicatrização da úlcera em escudo. As papilas gigantes diminuíram com mais lentidão a partir do décimo mês. Após um ano e três meses o paciente não mais apresentava hipertro a papilar. Não apresentou qualquer episódio de febre, os medos suavizaram, e apenas alguns episódios de bronquite se manifestaram. Surgiram erupções cutâneas pruriginosas, principalmente nos membros inferiores que migravam das coxas para as extremidades. Este paciente recebeu alta o almológica a partir deste quadro, sendo encaminhado para o Instituto Mineiro de Homeopatia. Após quinze dias da medicação, o segundo caso estava assintomático. Sua úlcera de córnea cicatrizou após o quarto mês e durante esse período ocorreram suaves episódios de bronquite. Após um ano e oito meses o paciente recebeu alta, ocasião em que reduziu sua intolerância ao calor e houve o desparecimento da hipertro a papilar.
Segundo os autores, não foi encontrada na literatura o almológica nenhuma descrição de melhora da hipertro a papilar tarsal com uso de medicamentos na idade entre cinco e seis anos como nos casos acima. Segundo a literatura, essa melhora ocorre espontaneamente, mas somente na adolescência. A evolução dos dois casos se deu com apenas uma dose de cada medicamento homeopático, facilitando o custo do tratamento, sem a necessidade de ações mais agressivas e dispendiosas. Não obstante, o desaparecimento dos sintomas em um período considerado rápido para o tipo de afecção, houve a reintegração mais rápida dos pacientes à escola. Esse estudo mostra que a homeopatia pode contribuir para o tratamento de quadros graves da ceratoconjuntivite primaveril ou vernal.
2.4 CRISTALINO
O cristalino é uma lente biconvexa, avascular, elástica e transparente que se localiza posteriormente à íris e é mantida em sua localização através dos ligamentos do sistema zonular. Anatomicamente é possível o reconhecimento de sua cápsula, do córtex e do núcleo. A cápsula estabelece os limites do cristalino e em sendo elástica, está diretamente relacionada com o fenômeno da acomodação. No decorrer da vida, o núcleo do cristalino sofre com aumento de volume e rigidez causados por mecanismos de degeneração, precipitação, desnaturação e coagulação de proteínas, originando a opaci cação que diminui a acuidade visual, chamada catarata. Esta pode ter origem congênita por alterações embriológicas, precipitadas por doenças sistêmicas (Diabetes Mellitus, Distro a Miotônica, Dermatite Atópica e Neuro bromatose), assim como ser secundária à doença ocular primária (Uveíte anterior crônica, Glaucoma de ângulo fechado, Alta miopia, Distro as hereditárias de fundo de olho). Não há tratamento clínico na alopatia para a catarata. A cirurgia é indicada quando a diminuição visual prejudica as atividades habituais do paciente. Atualmente, o tratamento cirúrgico pela facoemulsicação apresenta um alto índice de e cácia.
2.5 RELATOS DE CASOS DE CATARATA
Em 1982, Diwan Harish Chand publicou o artigo “Role of homeopathy in ophthalmological conditions” no Indian Journal of Ophthalmology, onde a rmava que o colírio de Cineraria maritima deveria ser usado no estágio inicial da opaci cação do cristalino no intuito de prevenir ou diminuir o desenvolvimento da catarata. Adicionado ao colírio, outras medicações homeopáticas de uso oral deveriam fazer parte do tratamento, de acordo com a história do paciente. Os medicamentos mais populares seriam: Calcarea carbonica e a Calcarea uorica.
Por outro lado, ele relata que no British Homeopathic Journal foi descrito um caso de catarata bilateral em um paciente de 82 anos que melhorou com Silicea. Já a catarata consequente a traumatismo, o Conium maculatum ou a Arnica montana seriam os mais indicados. Je erson Melamed apresentou a monogra a de conclusão do curso de formação de especialista em homeopatia do Instituto Hahnemanniano do Brasil em 1998 sobre o Tratamento Homeopático da Catarata.
O autor descreveu o caso que envolveu o emprego de Cristalinum 30 CH, 05 gotas via oral, à noite, por 90 dias a um grupo de 20 pacientes com catarata incipiente e idades entre 50 e 70 anos. A acuidade visual deste grupo variava de
50 a 70 %. Após 3 meses de uso da medicação organoterápica, 15 pacientes (75% dos pacientes) melhoraram a acuidade visual em 10 a 20%. Os 5 pacientes restantes (25% dos 15 pacientes), não apresentaram modi cação da situação oftalmológica neste período, sendo recomendado o tratamento cirúrgico. Também foi descrito pelo autor outros casos que apresentaram resultados favoráveis através do tratamento homeopático com o medicamento de fundo.
2.6 RETINA
A retina constitui o estrato neurossensorial do olho e possui dez camadas. Sua parte óptica transforma o estímulo luminoso em estímulo nervoso, resultando a sensação de visão. Sua função comtempla a detecção de um estímulo no campo de visão. O suprimento sanguíneo da retina é realizado de 2 formas: pela coroidocapilar, correspondendo às camadas pigmentar e de cones e bastonetes, e outra vascular compreendendo as camadas nuclear interna e ganglionar, procedente da artéria central da retina. A área central da retina corresponde a mácula e é responsável pela visão de cores, de detalhes e da visão diurna. Já a área periférica da retina é especializada na visão escotópica e noturna. As alterações retinianas mais comuns são as doenças in amatórias (uveítes), doenças vasculares, degenerações (degenerações maculares), distro as, descolamento de retina e afecções consequentes a traumatismos.
A Degeneração Macular Relacionada com a Idade (DMRI) tem sido uma das principais causas de cegueira nos pacientes acima de 50 anos na atualidade. Trata-se de uma doença degenerativa e progressiva que acomete a área central da retina (mácula), podendo levar à perda da visão central. Pode ser classi cada como seca, responsável pela maior parte dos casos (85%90%), ou exsudativa, também denominada neovascular ou úmida (10%-15%).
Na DMRI seca ocorre a formação de drusas e defeitos do epitélio pigmentar da retina, podendo evoluir para um estágio nal denominado atro a geográ ca. A DMRI exsudativa caracteriza-se pela formação de membrana neovascular, sendo responsável pela maior parte (90%) dos casos de cegueira (acuidade visual menor ou igual a 20/200). Atualmente, somente a DMRI exsudativa apresenta tratamento com potencial melhora da visão. É um tratamento dispendioso que está baseado na aplicação de fármacos na cavidade vítrea. Estes medicamentos atuam bloqueando a atividade do fator do crescimento do endotélio vascular (VEGF-A: vascular endothelium growth factor) e com isto inibe a permeabilidade vascular e angiogênese. A ação do fármaco dura em torno de 4 a 6 semanas, estabilizando e, em cerca de 1/3 dos casos, melhorando a acuidade visual. Os resultados já podem ser observados nos primeiros 30 dias, mas são necessárias aplicações contínuas dos medicamentos por período previamente imprevisível, até não haver, nos casos responsivos, atividade da doença de nida conforme achados clínicos e de exames complementares.
2.7 RELATOS DE CASOS DE AFECÇÕES VÍTREO-RETINIANAS
David Milstein publicou o artigo “Degeneração Macular Relacionada com a Idade tratada com Isopatia” na revista Homeopatia em 2012. O autor apresentou três casos que obtiveram recuperação da visão após o tratamento isopático:
1- Para inibir o fator angiogênico gerador da rede de capilares e evitar brose, prescreveu-se Fator de crescimento endotelial a 10.000 CH.
2- Fator ativador de broblastos 10.000 CH para evitar brose.
3- 3- Para atenuar o processo in amatório, PGE 2 10.000 CH.
4- S.O.D., Catalase, peroxidade, ubiquinona, todas em 6CH.
5- Retina 6 CH.
6- Em caso de participação viral ou bacteriana, foi incluído o nosódio correspondente em 10.000 CH.
O primeiro caso era um paciente de 79 anos que apresentou diminuição da acuidade visual, visão borrada e com a forma alterada (metamorfopsia), devido à membrana epirretiniana. Em seis meses iniciou o tratamento homeopático, referindo melhora após quatro meses. Comprovou-se através dos exames que a membrana epirretiniana havia desaparecido. O segundo e o terceiro casos eram pacientes que apresentavam catarata e degeneração macular relacionada à idade e obtiveram melhora do quadro após o tratamento homeopático.
Em outro artigo, Sebastião José Ferreira Duque em 1992 descreve o caso de um paciente com hemorragia vítrea pós-traumática que obteve resposta favorável após o tratamento com homeopatia. Neste caso, o paciente apresentou hifema (hemorragia na câmara anterior) e hemorragia vítrea devido ao impacto direto de fragmento metálico após explosão de um equipamento no trabalho.
O caso foi documentado pelo Eco-oculograma tipo B evidenciando o extenso hematoma vítreo. Na ocasião, a opção pelo tratamento cirúrgico (vitrectomia posterior) poderia apresentar várias complicações. Foi prescrito o medicamento de
fundo e medicamentos organoterápicos. Era uma pessoa comunicativa que gostava de ajudar o próximo, porém nunca esquecia uma ofensa. Dizia-se teimoso e muito conservador, ligado à família, temendo que algo acontecesse com um dos familiares. Não gostava de multidões ou de ser consolado. Referia medo de ladrão e de passar necessidades. Tinha o sono leve e sonhava com casas velhas e com parentes e amigos que já haviam falecido.
Foi prescrito Natrum muriaticum 200 CH – 01 papel aos domingos em jejum, Arnica montana 12 CH – 3 glóbulos, 3 vezes ao dia, Crotalus horridus 9 CH - 3 glóbulos, 3 vezes ao dia. Após 1 mês, manteve acuidade visual de vultos, porém referiu melhora do estado geral. A dinamização das medicações organotrópicas foram aumentadas em seis meses, chegando a Arnica montana 10M - 1 papel e Crotalus horridus 1M – 1 papel. A acuidade visual chegou a 0,4, a hemorragia vítrea deu lugar a uma área de brose vítrea discreta em periferia de retina e o Eco-oculograma tipo B evidenciou opacidades vítreas moderadamente densas em quadrante inferior sem tração vítreo-retinianas.
2.8 NERVO ÓPTICO
O nervo óptico é formado dos axônios das células ganglionares da retina, transmitindo impulsos aferentes visuais e pupilomotores, formando sinapses no corpo geniculado lateral. Ele se continua com o quiasma óptico, onde há uma semidecussação das bras nervosas, prosseguindo com os tratos ópticos (direito e esquerdo), transmitindo o estímulo do quiasma aos corpos geniculados laterais, para então se dirigir ao córtex cerebral. A porção intra-orbitária do nervo óptico é nutrida pela artéria central do nervo óptico, enquanto a porção intracraniana (quiasma óptico) é nutrida pelas artérias carótida interna, cerebral anterior e comunicante anterior.
As alterações do nervo óptico podem ser consequentes as anomalias de desenvolvimento, in amações (neurites), atro as primária ou secundária (glaucomatosa), distúrbios circulatórios (edema de papila) e tumores. As neuropatias ópticas secundárias ao glaucoma são as alterações
mais comuns que observamos na prática. O dano manifesta-se morfologicamente pelo aumento da escavação papilar, alterações no campo visual e podem estar associados ao aumento da pressão intraocular. A evolução natural de um glaucoma não tratado é a cegueira irreversível, sendo uma das principais causas de cegueira no mundo. A escavação glaucomatosa apresenta alguns sinais característicos como a assimetria, a presença dos vasos em baioneta, assim como a palidez e atro a. O glaucoma é uma neuropatia óptica degenerativa que se apresenta ao médico em diversos estágios de um processo contínuo caracterizado por morte acelerada das células ganglionares, perda axonal subsequente e lesão do nervo óptico, como também perda do campo visual.
O glaucoma pode ser primário, secundário ou congênito. O glaucoma primário pode ser classicado de ângulo aberto ou fechado. O glaucoma primário de ângulo aberto (GPAA) apresenta o ângulo de drenagem do humor aquoso aberto. Por outro lado, no glaucoma de ângulo fechado, o ângulo entre a córnea e a íris encontra-se fechado, di cultando o escoamento do humor aquoso através do trabeculado. O glaucoma pode ser secundário a diversas situações: traumatismo ocular, catarata, uso de corticoide tópico ou sistêmico, in amações intraoculares, entre outras condições. Já o glaucoma congênito pode ser primário ou secundário associado a alterações oculares ou a anomalias congênitas. O tratamento alopático do glaucoma depende da causa, podendo ser realizado de forma tópica e sistêmica, assim como através de procedimentos a laser e cirurgias.
2.9 RELATOS DE CASOS DE NEUROPATIAS ÓPTICAS
De acordo com o artigo “Role of homeopathy in ophthalmological conditions”, Diwan Harish Chand relata que apesar das neuropatias serem irreversíveis, ele testemunhou melhora clínica em alguns pacientes com a utilização de Phosphorus e Tabacum. O autor também relata o uso de Spigelia anthelmia para os casos de glaucoma (principalmente no olho esquerdo), além de Phosphorus. O médico naturista, especialista em homeopatia, Luis Rekarte de Silva, descreveu em seu artigo “Tratamiento homeopático del glaucoma”, um caso de glaucoma secundário ao uso de corticoide devido a laringo-traqueíte crônica. Na anamnese, o paciente relatou piora do quadro pela manhã com tosse e opressão no peito. A luz incomodava e era visto um halo colorido ao redor dos objetos. Todo o quadro melhorava ao ar livre. O paciente queixava-se de uma dor ao redor dos olhos, na parte anterior da cabeça e mais à direita, além do lacrimejamento que piorava com a dor de cabeça. Esta, melhorava com a pressão. O cansaço era pior à noite. O paciente dizia-se impaciente, inquieto e muito sensível ao odor. Relatava medo de perder o seu posto no trabalho e também o medo ilógico de achar que poderia ser causador de acidentes ocorridos com outras pessoas. Foi prescrito Osmium 7 – 9 – 15 CH durante dois meses. Nesse interim o paciente referiu piora da cefaleia e foi medicado com Cobaltum, onde apresentou melhoras. No exame o almológico, a pressão intraocular havia cedido bastante, obrigando o o almologista a suspender a medicação (dispendiosa) tópica para o glaucoma (Latanoprosta). A tosse desapareceu. Nesta ocasião foi medicado com Osmium 30 CH a cada mês, até que retorne ao o almologista em 6 meses para revisão do quadro.
3 CONCLUSÃO
Através da exposição dos casos relatados é evidenciado o êxito do tratamento homeopático nas afecções de diversos segmentos do globo ocular. Além do efeito no órgão afetado, a homeopatia também pode proporcionar bem-estar físico e emocional ao paciente, melhorando sua qualidade de vida, proporcionando um tratamento mais cômodo, sem efeitos colaterais irreversíveis e de melhor acesso financeiro, em comparação aos tratamentos alopáticos disponíveis. É necessária a divulgação do uso da homeopatia nas diversas especialidades médicas, principalmente na oftalmologia, que foi o propósito deste trabalho. A oftalmologia é uma especialidade médica que se desenvolveu enormemente nos últimos 25 anos, no que tange à tecnologia de exames complementares e procedimentos, criação de novos fármacos, assim como na inovação cirúrgica. No entanto, o acesso a esta tecnologia é restrito a poucos. Não só devido a questões geográficas, onde é preciso o paciente deslocar-se para as grandes metrópoles que estão concentrados os parques tecnológicos em questão, como também do ponto de vista político-econômico, onde o governo não incentiva programas de inovação tecnológica de seus hospitais, assim como o acesso facilitado do atendimento ao público. Ainda possuímos no Brasil um alto índice de cegueira total devido à catarata. Estamos distantes do slogan “Oftalmologia para todos”. Diante deste cenário, contamos com uma grande “aliada” que é a homeopatia, pois esta arte de curar facilita o seu usuário a manter-se fisicamente e emocionalmente saudável para alcançar “os mais altos fins de sua existência”.
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