HOMEOPÁTICOS
Publicação Digital Quadrimestral Gratuita
Uma realização do Grupo Livre de Terapeutas Homeopatas do Centro-Oeste
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Nesta edição...
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Homeopatia!
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Ano 6
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N° 17
Dezembro/2022
Como as pessoas veem a
Mantenedores da Revista -
TICOS:
ANUNCIANTES
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HOMEOPATIA E NÓS
DIÁRIO
DE BORDO – RETROSPECTIVA DO TRABALHO DO GRUPO LIVRE DE HOMEOPATAS DO CENTRO-OESTE
De agosto a novembro, o Grupo Livre de Terapeutas Homeopatas do Centro-Oeste envolveu-se diretamente com o planejamento e a produção do 4º Saberth – Seminário Aberto de Terapeutas Homeopatas. Por meio de reuniões semanais, foi montada toda a logística do evento, feitos os contatos, fechada a grade de programação, criada a estratégia de comunicação e divulgação.
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Os documentos de patrocínio, inscrição, cessão de direitos de uso de imagem e voz foram revisados e atualizados, e criados outros que deram mais estrutura à parte organizacional.
Contratou-se mais uma vez o editor de imagem e vídeo para a produção
do material de divulgação. O conteúdo dos cards e vídeos foi criado colaborativamente, por meio de pesquisas bibliográficas na Revista de Estudos Homeopáticos, em livros de Homeopatia e páginas de homeopatia com acesso digital. Três categorias foram estabelecidas para os cards e vídeos: frases de homeopatas, conteúdo da Revista e conteúdo explicativo sobre as sequelas da Covid 19, conforme se pode ver a seguir. Foram 35 cards e 6 vídeos, todos disponíveis nas redes sociais do Saberth no YouTube, no Facebook e no Instagram, além de no blogue oficial: www.saberth.com.br
Paralelamente a todo esse movimento, foram retomados os encontros presenciais, com limitação física de até 15 participantes, e participação ilimitada pela internet, por meio do Google Meet. Muito alegremente, os membros que se inscreveram para o presencial retomaram o contato face a face, sempre muito prazeroso para todos, mas mantivemos a transmissão interativa para acolher também a quem ainda podia estar presente. As gravações dos estudos mensais continuaram sendo feitas e disponibilizadas no grupo de WhatsApp, para os interessados.
A preparação da décima sétima edição da Revista de Estudos Homeopáticos continuou em andamento e os projetos de atendimento social permaneceram ativos, uma vez ao mês, em
Goiânia, Brasília, Tocantins, Bahia, Minas Gerais e Alto Paraíso.
Membros do Grupo juntaram-se a outros homeopatas clínicos e gestores, no Grupo de Trabalho em Prol da Homeopatia e participaram da elaboração de uma petição digital solicitando a volta do nosódio Coroninum, temporariamente proibido pela Anvisa; e de uma carta aberta em defesa da Homeopatia, a ser assinada pelos institutos, conselhos e associações de classe dos terapeutas homeopatas.
Enfim, o Grupo continuou desempenhando seu papel e buscando cumprir sua missão como divulgador da Homeopatia como opção cidadã de acesso à saúde integral e patrimônio da Humanidade.
Acompanhe todo o conteúdo disponibilizado em nossas redes sociais e comente, auxiliando a dar mais visibilidade aos nossos perfis!
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E em nosso blogue oficial: https://www.saberth.com.br/
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Foto: Reprodução/Gaeb.
Eurípedes Barsanulfo nasceu em Sacramento, no Estado de Minas Gerais, em 1º de maio de 1880. Filho de Hermógenes Ernesto de Araújo e Jerônima Pereira de Almeida, manifestou cedo profunda inteligência e senso de responsabilidade, recebendo de seu professor de instrução primária a responsabilidade de ensinar os próprios colegas de sala.
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Em 1902 fundou, com dois de seus antigos professores, o Liceu Sacramentano, onde passou a lecionar. Alguns alunos do Liceu, estimulados por Eurípedes, mais tarde fundaram um serviço de assistência aos necessitados, denominado Sociedade dos Amiguinhos dos Pobres. Na mesma época, Eurípedes participou da fundação do jornal semanal Gazeta de
Sacramento, em que publicava artigos sobre economia, literatura, filosofia, etc., estreando, assim, como jornalista.
Autodidata, adquiriu conhecimentos de Medicina e Direito, além de Astronomia, Filosofia, Matemática, Ciências Físicas e Naturais e Literatura, mesmo sem ter cursado o ensino superior.
Antes dos 30 anos, tornou-se ativo nas atividades políticas de sua comunidade, assumindo a posição de secretário da Irmandade de São Vicente de Paulo e participando ativamente da fundação do jornal Gazeta de Sacramento e do Liceu Sacramentano.
Sempre foi um católico fervoroso que via na prática da caridade um compromisso pessoal. Alguns membros de sua família eram espíritas e, certa vez, um tio lhe emprestou a obra “Depois da Morte”, de Léon Denis. Eurípedes Barsanulfo se encantou com o livro, e sentiu interesse em se aprofundar na doutrina. Ao visitar o centro que seu tio frequentava, recebeu uma mensagem psicografada do Dr. Bezerra de Menezes, dando-lhe as boas-vindas, e também foi instruído de que sua missão era praticar a caridade por meio da cura, contando com o auxílio de seu espírito protetor e amigo de outras encarnações, São Vicente de Paulo, que o acompanhava desde seu nascimento.
Barsanulfo deixou o catolicismo e dedicou-se integralmente ao Espiritismo, disseminando a doutrina em suas palestras sobre o Evangelho Segundo o Espiritismo. No ano de 1905, fundou o “Grupo Espírita Esperança e Caridade”, com apoio de familiares e amigos, passando a desenvolver trabalhos interessantes, tanto no campo doutrinário, como nas atividades de assistência social, em especial pela homeopatia, o que resultou na inauguração da Farmácia Espírita Esperança e Caridade, que distribuía preparados homeopáticos gratuitamente, graças ao salário de Barsanulfo e de doações. A farmácia contava com laboratório próprio, e recebia suprimentos das melhores firmas especializadas do ramo.
Em 1º de abril de 1907, Eurípedes fundou o Colégio Allan Kardec, cujo currículo escolar incluía aulas de astronomia e fundamentos do Espiritismo. A instituição atendeu cerca de 200 alunos até o dia 18 de outubro, quando foi obrigada a fechar as portas temporariamente, devido à epidemia de gripe espanhola que assolou o Brasil.
Entre 1907 e 1912, Eurípedes Barsanulfo também foi vereador de Sacramento, e continuou trabalhando incessantemente em benefício da comunidade. Apesar de sua trajetória de dedicação aos pobres, acabou sendo perseguido pela Igreja Católica. De início, o preconceito foi velado, mas logo se tornou uma campanha difamatória contra Barsanulfo e o Espiritismo. Ele, por sua vez, defendeu suas ideias por meio das colunas do jornal Alavanca.
Com isso, a Igreja enviou um representante a Sacramento, o reverendo Feliciano Yague, para confrontar Barsanulfo e o Espiritismo. O debate aconteceu em praça pública, e foi aceito e combinado por ambas as partes.
No dia marcado, Yague iniciou suas observações insultando o Espiritismo e os espíritas,
usando termos como “doutrina do demônio” e chamando os espíritas de loucos “passíveis de penas eternas” numa demonstração pública de ódio. Já Barsanulfo respondeu com uma prece serena e humilde, implorando por paz e luz antes de defender os princípios da doutrina espírita, e foi aplaudido pela multidão que observava a conversa.
Algum tempo depois, Barsanulfo foi processado por exercício ilegal da Medicina, já que não era formado em Medicina, mas atendia com medicação homeopática, inclusive manipulando ele mesmo os remédios, dada a falta de farmacêuticos especializados. Contudo, não encontrando juiz que o quisesse julgar, o tal processo foi arquivado e o réu “impronunciado”.
A epidemia de gripe espanhola chegou a Sacramento, conforme previsão feita pelo próprio Eurípedes Barsanulfo, e ele se desdobrou dia e noite à cabeceira dos enfermos, ajudando centenas de famílias pobres. Contaminado pela doença, ele sentiu que o fim de sua missão na Terra havia chegado.
Ele faleceu às 18 horas do dia 1º de novembro de 1918, aos 38 anos de idade, rodeado de parentes, amigos e discípulos. Deixou, como publicações, Novos rumos da Medicina e A Psiquiatria em função da Reencarnação.
Fontes: UEM
TV Mundo Maior
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Lançada pela editora Cultrix em 2009, esta obra foi escrita pelo autor best-seller e homeopata de renome mundial Colin Griffith. Ele estudou Homeopatia em Londres por volta de 1989, e trabalha como homeopata desde 1991, tanto tratando pacientes quanto atuando como professor da prática homeopática e palestrante da área.
Durante a leitura de seu “Manual Prático de Homeopatia”, os leitores encontrarão orientações objetivas relacionadas à prescrição caseira de preparados homeopáticos que ajudam o leitor a compreender quando um quadro de saúde pode ser tratado em casa ou necessita de ajuda profissional, seja ou não
de um profissional homeopata. Além disso, o livro também oferece explicações sobre sinais de alerta e sintomas que podem colaborar para o diagnóstico prematuro de doenças, e dicas para tratar ferimentos com o objetivo de acelerar o processo de recuperação do corpo.
Tanto profissionais da Homeopatia quanto pessoas leigas podem encontrar neste guia simples e direto um livro de cabeceira que pode ser consultado pontualmente, mas que também serve para embasar estudos contínuos acerca da prática homeopática.
É possível encomendar a obra no site:
NOTÍCIAS
Segundo dois estudos realizados pelo médico-veterinário da Real H e jornalista, Dener Dias, publicado no site O Presente Rural, três das doenças mais comuns e prejudiciais à pecuária são transmitidas pelos parasitas babesiose e a anaplasmose (contágio via carrapato) e a tripanossomíase (contágio por moscas hematófagas), e podem ser combatidas com tratamento homeopático.
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Ainda de acordo com o texto, o controle estratégico de tais vetores é fundamental para quem deseja obter sucesso no segmento, o que envolve questões de “investimento x benefício”, além da necessidade de atender um mercado cada
vez mais voltado para a sustentabilidade. É essencial escolher métodos com e cácia comprovada para controlar vetores, e que também sejam compatíveis com o orçamento disponível. Para Dias, a Homeopatia oferece ferramentas para controle de parasitas que garantem que essas preocupações sejam atendidas, reduzindo a mão de obra e favorecendo o bem-estar dos animais.
Os animais podem consumir os complexos homeopáticos misturados nos alimentos que serão ingeridos, e estes podem ser misturados tanto através de procedimentos mecanizados, como os vagões forrageiros, ou na mistura no cocho, sem o uso obrigatório de luvas, devido à segurança dos produtos.
O primeiro experimento cientí co, que avaliou o uso da Homeopatia no controle do carrapato Rhipicephalus (Boophilus) microplus, em bovinos de corte pastejando em campo natural, foi realizado na Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, Unidade Cachoeira do Sul, pela bacharel em Agronomia Natália Freitas Scherer; sob a orientação da professora doutora Mônica Vizzotto Re atti e da co-orientação do médico-veterinário Sinval Corrêa de Freitas Filho. Foram avaliados dois grupos de vacas com cria ao pé, da raça Braford, dos quais um grupo recebia sal mineral adicionado do produto homeopático (VH), e outro grupo apenas sal mineral
(VA). A utilização de produto homeopático foi e ciente no controle da infestação por carrapato em bovinos de corte na pastagem natural, mostrando-se uma alternativa e caz aos acaricidas químicos tradicionalmente utilizados.
O segundo experimento foi realizado em Incon dentes, MG, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais pela engenheira agrônoma Stela Soares Zamboin, sob orientação do Dr. Edu Max da Silva e com apoio do médico veterinário Ricardo Melotti. Dessa vez, o objetivo foi controlar a infestação de carrapatos em animais em lactação da raça holandesa preto e branco (HPB), incluindo medicamento homeopático na dieta. De janeiro a julho, o rebanho de 30 vacas foi dividido em dois grupos, o de tratados (GT) e o de controle (GC). Os animais do GT receberam 30g do medicamento homeopático via dieta total uma vez ao dia.
Ao nal dos dois experimentos, ainda de acordo com Dias, os pro ssionais envolvidos notaram que a Homeopatia permitiu o controle efetivo da infestação por carrapatos nos bovinos e que o custo do tratamento homeopático foi mais de 80% menor em comparação ao tratamento convencional. Além disso, os pesquisadores também concluíram que o manejo dos preparados homeopáticos é simples e objetivo, dispensando a necessidade de contenção animal, o uso de equipamentos de segurança e que não há risco de intoxicação para funcionários e para os próprios animais.
É possível ler o estudo na íntegra, conferindo fotos e tabelas, no site “O Presente Rural.”
Fonte: O Presente Rural
O uso de plantas para a prevenção e tratamento de doenças é uma tradição milenar. Com o objetivo de integrar esses saberes populares a conhecimentos científicos, ocorreram, em 24 e 25 de agosto, o VII Seminário Regional de Plantas Bioativas e Homeopatia e a IV Jornada Sul Brasileira de Pesquisa em Plantas Medicinais e Homeopatia. Os eventos foram realizados no Centro de Eventos da Universidade de Passo Fundo (UPF), localizada no Rio Grande do Sul, e reuniram cerca de 700 participantes, entre profissionais da saúde, empreendedores da área, pesquisadores e pessoas interessadas na temática.
“Os eventos vêm para integrar, sem dividir, abrir portas para receber todo esse público, o que consequentemente vai trazer ainda mais pesquisa. Percebemos o quanto de interesse e procura há na área, e pouca pesquisa sendo desenvolvida ainda”, afirmou a bióloga
Flávia Biondo da Silva em um comunicado disponibilizado no site da UPF. Silva é a responsável técnica pelo Museu Zoobotânico Augusto Ruschi (Muzar/IS/UPF) e uma das coordenadoras do Seminário e da Jornada. A programação dos eventos incluiu palestras, feiras de empreendimentos, oficinas e apresentações de estudos relacionados à área.
Em 2020 e 2021, os eventos foram realizados de forma virtual, o que possibilitou a participação de pessoas de todas as regiões brasileiras e até do exterior. Para continuar abrangendo esse público, a UPF fez a transmissão online dos eventos.
Fonte: UFP
A Prefeitura de Novo Cabrais, Instituto São Jorge e Associação Brasileira de Homeopatia Popular realizaram, junto à população cabraisense e região, o III Seminário Regional de Homeopatia e Saúde Popular Comunitária, no dia 21 de novembro, dia Nacional da Homeopatia, no Centro de Eventos de Novo Cabrais (CTG Presilha Pampiana), durante todo o dia.
Com o tema “Práticas Integrativas e Complementares e Homeopatia como Direito e Patrimônio da Humanidade”, o evento contou com a
colaboração de diversos pro ssionais e entidades da área homeopática, e desenvolveu diversas atividades como Formação/Audiência Pública; Roda de Conversa; Almoço Ecológico Comunitário Partilhado; Exposição, Mostra e Feira Livre Homeopatizada; Relato de Experiências; Carta de Compromissos e Ações A rmativas e Arrecadação de Alimentos não-perecíveis.
Fonte: Imprensa Municipal de Novo Cabrais - RS
A Organização Mundial da Saúde (OMS) denomina as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) como Medicinas Tradicionais, Complementares e Integrativas (MTCI), por serem baseadas em teorias e experiências de diversas culturas, garantindo maior integralidade e resolutividade da atenção à saúde.
As PICS integram e complementam tratamentos convencionais, contribuindo para a identicação das causas e melhoria de sintomas que afetam o bem-estar das pessoas, e podem inclusive ajudar a tratar problemas crônicos de saúde.
Entre as PICS ofertadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a critério da gestão de cada estado e município, estão:
Prática terapêutica utilizada desde a antiguidade para a promoção da saúde, a partir do uso de produtos derivados de abelhas – como apitoxinas, mel, pólen, geleia real e própolis.
Prática terapêutica que utiliza propriedades de óleos essenciais extraídos de vegetais para restabelecer o equilíbrio do organismo, visando à promoção da saúde física e mental.
Prática milenar expressiva artística e visual, feita de forma individual ou em grupo, que atua como elemento terapêutico para a análise do consciente e do inconsciente, estabelecendo comunicação entre o indivíduo e o mundo externo por meio da pintura, colagem, modelagem, poesia, dança, fotografia, tecelagem, expressão corporal, teatro, sons, músicas, entre outros.
Prática milenar indiana que utiliza técnicas como massagem, nutrição, aromaterapia, toterapia, dentre outras, para prevenção, diagnóstico e cura, baseada em estudos do corpo, da mente e da alma.
Prática expressiva corporal que promove vivências integradoras por meio da música, do canto, da dança e de atividades em grupo, buscando restabelecer a coordenação e o equilíbrio físico e emocional.
Trabalha as emoções por meio da verbalização, da educação corporal e da respiração, utilizando exercícios para liberar as tensões do corpo e facilitar a expressão dos sentimentos.
Método psicoterapêutico que busca reconhecer a origem dos problemas e/ou alterações trazidas por cada pessoa, além de identi car o que está encoberto nas relações familiares para criar condições propícias para a compreensão, a cura e o crescimento individual.
Prática terapêutica que utiliza as cores do espectro solar (vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta) para restaurar o equilíbrio físico e energético do corpo.
Prática expressiva corporal ancestral, geralmente realizada em grupos, que utiliza a dança de roda (tradicional e contemporânea), o canto e o ritmo para favorecer a aprendizagem, a interconexão e a promoção da integração humana harmoniosa, visando o bem-estar físico, mental, emocional e social.
Prática terapêutica natural que consiste na utilização de elementos da natureza como argila, barro, lamas medicinais, pedras e cristais, com o objetivo de amenizar e cuidar de desequilíbrios físicos e emocionais por meio dos diferentes tipos de energia e propriedades químicas desses elementos.
e cujo método terapêutico envolve três princípios fundamentais: lei dos semelhantes, experimentação no homem sadio e uso da ultra diluição de medicamentos. Os medicamentos homeopáticos da farmacopeia homeopática brasileira estão incluídos na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename).
Prática terapêutica secular que a partir do esforço meditativo realiza a transferência de energia vital (Qi, prana) por meio das mãos com intuito de restabelecer o equilíbrio do campo energético humano.
Abordagem terapêutica que integra as teorias e práticas da medicina moderna com conceitos especí cos antroposó cos, que avaliam o ser humano a partir de três divisões distintas: trimembração (cabeça, corpo e membros), quadrimembração (corpo físico, corpo etérico, corpo astral e espírito) e biogra a (história de vida). Atua de maneira integrativa e utiliza diversos recursos terapêuticos para a recuperação ou manutenção da saúde, conciliando medicamentos e terapias convencionais com outros especí cos de sua abordagem.
A Medicina Tradicional Chinesa (MTC) é uma abordagem terapêutica milenar que utiliza como procedimentos diagnósticos a anamnese integrativa, a palpação do pulso, a inspeção da língua e da face entre outros; tem como procedimentos terapêuticos, acupuntura, ventosaterapia, moxabustão, plantas medicinais, práticas corporais e mentais e dietoterapia chinesa.
Conjunto de técnicas de intenso relaxamento, concentração e/ou foco que permite ao indivíduo alcançar um estado de consciência aumentado, alterar diversas condições ou comportamentos indesejados, como medos, fobias, insônia, depressão, angústia, estresse e dores crônicas.
Abordagem terapêutica de caráter holístico e vitalista, que enxerga a pessoa como um todo
Prática mental individual que consiste em treinar a focalização da atenção, a diminuição do pensamento repetitivo e a reorientação cognitiva, promovendo alterações favoráveis no humor e no desempenho cognitivo, proporcionando maior integração entre mente, corpo e mundo exterior.
Prática integrativa conduzida em grupo ou de forma individualizada, que utiliza a música e/ ou seus elementos para promover a comunicação, as relações, a aprendizagem, a mobilização, a expressão, a organização, entre outros, com o objetivo de atender necessidades físicas, emo-
cionais, mentais, espirituais, sociais e cognitivas do indivíduo ou do grupo.
Prática terapêutica que adota visão ampliada do processo de vida, saúde e doença e utiliza um conjunto de métodos e recursos naturais no cuidado e na atenção à saúde.
Prática terapêutica que utiliza várias técnicas manuais para auxiliar no tratamento de doenças, tendo como exemplo a manipulação do sistema musculoesquelético (ossos, músculos e articulações) e o stretching (alongamento).
Prática integrativa que auxilia na promoção da melhoria de diversas doenças por meio da aplicação de uma mistura dos gases oxigênio e ozônio por diversas vias corporais, com nalidade terapêutica.
Tratamento terapêutico caracterizado pelo uso de plantas medicinais em suas diferentes formas farmacêuticas, sem a utilização de substâncias ativas isoladas, voltada para a promoção, proteção e recuperação da saúde.
Prática terapêutica, feita manualmente, que atua na prevenção, diagnóstico e tratamento das disfunções mecânicas do sistema neuromusculoesquelético e seus efeitos na função normal do sistema nervoso e na saúde geral.
Utiliza estímulos em áreas re exas (microssistemas e pontos re exos existentes nos pés, mãos e orelhas) para auxiliar na eliminação de toxinas e no processo de relaxamento e sedação das dores.
Utiliza a imposição das mãos para canalização da energia vital, com o objetivo de promover o equilíbrio energético necessário ao bem-estar físico e mental.
numa atividade de construção de redes sociais solidárias para a promoção da vida e mobilização dos recursos e competências dos indivíduos, famílias e comunidades.
Utiliza essências derivadas de ores para atuar nos estados mentais e emocionais.
Consiste no uso da água com propriedades físicas, térmicas, radioativas, entre outras, como agente em tratamentos de saúde.
Técnica para controlar o equilíbrio entre corpo e mente, que associada à meditação, trabalha os aspectos físico, mental, emocional, energético e espiritual do indivíduo.
O usuário do SUS pode fazer uso das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde a partir da avaliação, indicação e condução de um pro ssional capacitado e, assim, ter acesso a um cuidado continuado, humanizado e integral da saúde.
Até abril de 2022, 5,8 mil estabelecimentos registraram oferta de alguma prática na Atenção Primária à Saúde (APS) e 4.207 municípios brasileiros possuíam registros de procedimentos com PICS. Entre 2019 e abril de 2022, mais de 7 milhões de procedimentos utilizando PICS foram registrados, entre os serviços da Atenção Primária e Atenção Especializada de média e alta complexidade.
Consiste em uma massagem para bebês e crianças, realizada pelos pais e/ou cuidadores, composta por uma série de movimentos que favorecem o vínculo entre eles e proporcionam inúmeros benefícios devido ao alongamento dos membros e da ativação da circulação.
Prática terapêutica coletiva, de origem brasileira, que envolve os membros da comunidade
A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC) recomendou as PICS como abordagens de cuidado integral à população. Atualmente, a PNPIC recomenda a oferta de 29 PICS de forma integral e gratuita. Os atendimentos começam na APS, a principal porta de entrada para o SUS. Para saber quais municípios e/ou estabelecimentos ofertam Práticas Integrativas e Complementares em determinado estado brasileiro, acesse o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde.
Fonte: Governo Federal
Nos últimos 40 anos, Charles III, ou Charles Philip Arthur George, o novo rei da Inglaterra, destacou-se como um dos principais defensores de tratamentos complementares à medicina, principalmente a Homeopatia. Ele é patrono da Faculdade de Homeopatia do Reino Unido desde 2019, e defende que a prática seja oferecida em larga escala pelo Sistema Nacional de Saúde (NHS). Inaugurado em 1948, o NHS já contava com vários hospitais homeopáticos, alguns com já mais de meio século de existência.
A subida de Carlos III ao trono britânico após a morte da rainha Elizabeth, em outubro deste ano, é um marco importante para os promotores de terapias complementares, em particular o tratamento homeopático, do qual o novo rei é um dos maiores defensores.
Fonte: Público
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Um estudo recente da CVS Health confirmou que a pandemia alterou a visão dos consumidores sobre sua saúde e os passos que estão dispostos a tomar para mantê-la. O 2022 Health Care Insights Study descobriu que os consumidores estão mais abertos a experimentar opções de saúde não tradicionais, com mais da metade (54%) dizendo que as opções de cuidados holísticos são importantes para eles.
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À medida que o autocuidado continua a aumentar, a demanda por produtos naturais, incluindo os homeopáticos, está aumentando. Em 2021, as vendas em dólar subiram 5,9% contra 1,9% dos produtos convencionais. Além disso, o mercado global de medicamentos homeopáticos está experimentando um crescimento paralelo e deve aumentar 52%, chegando a U$1,3 bilhão até 2028.
“A pandemia está no topo da pilha quando se trata de questões que moldam o comportamento e as compras dos consumidores, especialmente na categoria de remédios pediátricos”, disse Joyce Dales, CEO e fundadora da Buzzagogo, fabricante de produtos homeopáticos. “À medida que as pessoas tentam voltar à normalidade, elas estão vendo os remédios homeopáticos e naturais com valor equivalente à necessidade de proteção de seus familiares contra doenças”.
A segunda faceta dessa explosão de crescimento pós-pandemia foi criada por falhas na cadeia de suprimentos, observou Dales. Como os grandes produtos tradicionais lutam para permanecer em produção, pequenas empresas sediadas nos EUA que não dependem muito de produção ou materiais estrangeiros preencheram essas lacunas e ganharam uma visibilidade que normalmente seria impossível de alcançar sem grandes financiamentos.
“Uma das maiores vantagens que os produtos homeopáticos oferece em relação à medicina tradicional é a ausência de efeitos colaterais, interações com outros medicamentos ou contraindicações”, disse Susan Hanson, COO da plataforma TRP. “Com quase metade de todos os americanos (44%) tomando pelo menos um medicamento prescrito, os consumidores agora sabem que podem evitar possíveis complicações ou interações com seus medicamentos usando produtos homeopáticos”.
Fonte: Drug Store News
Recentemente foram avistados sobre o palácio de Buckingham, residência oficial da monarquia britânica, um duplo arco-íris. Antes disso, um arco-íris também foi visto brevemente sobre o Castelo de Windsor, assim que a bandeira do Reino Unido estava sendo abaixada. Esses incidentes ocorreram no dia do falecimento da monarca britânica mais antiga, a rainha Elizabeth II, também conhecida como Rainha Mãe, que reinou por 70 anos e faleceu em 8 de setembro de 2022. Os homeopatas de todo o mundo se lembrarão de Sua Majestade por permanecer forte ao lado da verdade na prática médica, apesar das tentativas tempestuosas de demonização da medicina homeopática. Estendemos nossas condolências sem reservas à família real britânica por sua morte. A rainha Elizabeth II empregou a medicina homeopática durante toda a sua vida. Ela era uma defensora fervorosa da Homeo -
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patia. Sabe-se que a rainha sempre viajava com um kit de homeopatia com 60 remédios em estojo de couro.
Desde que a rainha Adelaide (1792-1849), esposa do rei Guilherme IV, manifestou publicamente interesse no “novo sistema de medicina” em 1835, a família real britânica tem apreciado profundamente e apoiado muito a medicina homeopática. A rainha Adelaide sofria de uma doença grave que desafiava os melhores esforços dos médicos da corte. O Dr. John Ernst Stapf (1788-1860), um dos colegas mais antigos e fiéis de Samuel Hahnemann, foi consultado. Com o seu tratamento a rainha foi curada, dando origem ao início do apoio inabalável à Homeopatia por parte da família real britânica. Vários reis e rainhas da Grã-Bretanha desde então procuraram abertamente os serviços médicos de médicos homeopatas.
Entre os aristocratas britânicos que se interessaram particularmente pela homeopatia estava a Marquesa de Angelesey, que atravessou o Canal Britânico para ir a Paris para ser tratada pelo fundador da homeopatia, Dr. Samuel Hahnemann. Ela foi imensamente instrumental para a publicidade inicial e popularidade da do tratamento homeopático, especialmente entre as classes altas da Inglaterra.
A princesa Mary, que mais tarde se tornou rainha Mary (1855-1953), esposa do rei George V, liderou os esforços de angariação de fundos para mover e expandir o Hospital Homeopático de Londres. Este foi um ato de apreço à homeopatia por parte do rei George V como consequência do tratamento do enjoo que ele sofria.
O rei Eduardo VII (1841-1910) continuou com a tradição real de empregar a medicina homeopática tanto para si quanto para seus animais. Ele tinha um parceiro próximo para comer e beber, o Dr. Frederick Hervey Forster Quin (1799-1878), que foi o primeiro médico britânico a se tornar um homeopata. A filha do rei Eduardo, Maud (1869-1938), casou-se com o rei Haakon VII da Noruega e ambos contrataram os serviços médicos do homeopata Dr. John Weir, que foi médico homeopata de seis monarcas.
Rei Edward VIII (1894-1972) conhecido como Príncipe Edward, o Duque de Windsor, após sua abdicação em 1936, dizia-se que carregava seus medicamentos homeopáticos em doses em pó no bolso. Seu irmão, o rei George VI (1895-1952) também tinha um gosto especial pela homeopatia. Ele nomeou um de seus cavalos de corrida premiados como Hypericum, em homenagem a um medicamento homeopático usado para lesões nervosas. Conhecido por
ser um usuário habilidoso da homeopatia, ele concedeu formalmente o uso do título real ao hospital homeopático de Londres, agora chamado Royal London Homeopathic Hospital. Até sua morte, a Rainha Mãe (1900-2002) foi a principal patrona real da British Homeopathic Association. Ela viveu até a idade de 101 anos, a segunda mais longa da realeza britânica, sendo a primeira a princesa Alice (1901-2004) nora da rainha Maria e do rei George V. Ambos foram influenciadores apaixonados pela Homeopatia ao longo da vida.
Por uma década e meia, o médico de Sua Majestade, a falecida Rainha Elizabeth II, foi o médico homeopata, Dr. Peter Fisher. O Dr. Peter Fisher foi o Diretor de Pesquisa do “Royal London Homeopathic Hospital for Integrated Medicine”, o maior centro de medicina integrativa da Europa. Até sua morte recente, a rainha Elizabeth II era a patrona do “Royal Homeopathic Hospital”, em Londres, enquanto em 2019 o príncipe Charles, agora rei Charles, tornou-se o patrono da “Faculty of Homeopathy”, a organização profissional de homeopatas médicos no Reino Unido. Em resumo, todas as famílias reais na Europa não estão apenas intimamente relacionadas, elas dependem fortemente da homeopatia para seus cuidados de saúde.
Concluindo, não deve ser surpresa para ninguém que a família real britânica tenha acesso aos melhores serviços médicos do mundo. No entanto, em sua sabedoria familiar, inteligência e percepção desimpedidas, eles optaram por promover a homeopatia como um componente-chave de uma abordagem integrativa para o bem-estar e a longevidade.
Fonte: Vanguard
Crore (abr.: cr) é uma unidade da numeração indiana igual a 10 000 000. É amplamente usada na Índia,em Bangladesh, no Nepal e no Paquistão.
A primeira cúpula de Saúde Internacional de Homeopatia organizada por Dubai teve como objetivo ensinar e promover um sistema homeopático de medicina, medicamentos e práticas, e aconteceu em setembro deste ano.
A empresa “Burnett Homeopathy Pvt Limited”, responsável por diluições homeopáticas, tintura-mãe, comprimidos de baixa trituração, medicamentos exclusivos, incluindo gotas, xaropes, cuidados com a pele, cabelos e outros remédios homeopáticos, organizou o evento, que contou com a presença de um grande número de médicos renomados da Índia e de outros países.
Um dos pontos discutidos durante a cúpula foi o impacto das mudanças climáticas: até
2030, prevê-se que a indústria da saúde indiana precisará gastar entre 200 e 400 crore[ Crore (abr.: cr) é uma unidade da numeração indiana igual a 10 000 000. É amplamente usada na Índia, em Bangladesh, no Nepal e no Paquistão.] de rúpias anualmente para tentar minimizar as consequências do problema, o que representa uma ameaça para reverter os cinquenta anos de progresso alcançados na redução da pobreza e na melhoria da saúde global, bem como para exacerbar as disparidades de saúde já existentes entre e dentro das comunidades. Dessa forma, o governo da Índia também está tomando iniciativas para promover o avanço das práticas médicas homeopáticas no país.
Fonte: Current A airs
Segundo o site português NIT, o príncipe Charles provocou a ira de alguns críticos em 2019, quando se tornou patrono da “Faculty of Homeopathy”, grupo que regula e promove a medicina homeopática no Reino Unido. Organizações de medicina tradicional criticaram o gesto, entre elas a “Good inking Society”, que de niu a atitude como “obscena”.
“Esta notícia não é surpreendente, dada a forma rotineira com que o príncipe Charles tem usado a sua plataforma real para assumir uma posição anti-ciência no que diz respeito à Homeopatia”, disse o comunicado. “Mas é obsceno pensar que o próximo líder do Reino Unido acredite que este é um assunto apropriado e no qual se deve apostar para usar a sua in uência”.
Ainda de acordo com a publicação, em 2014, a BBC citou um ex-ministro que alegava que o monarca teria pedido aos responsáveis do País de Gales para tentarem adicionar esta medicina alternativa ao leque de terapias do Serviço Nacional de Saúde Britânico. “Ele estava constantemente frustrado com a sua incapacidade
em persuadir os ministros da saúde de que esta era uma boa ideia. Por isso, ele achava que eu era um tipo único, no sentido em que era a única pessoa que realmente tinha concordado com ele”, explicou Peter Hain.
Em 2009, Edzard Ernst, antigo professor de medicina, chegou a lançar o livro “Charles, o Príncipe Alternativo: Uma Biogra a Não Autorizada”, onde dizia que Charles “contribuía para a frágil saúde da nação ao ngir que podemos todos cometer excessos e depois resolver tudo com uma tintura” e que “sob a bandeira dos cuidados de saúde holísticos, ele promove estes pensos rápidos que não são mais do que pura charlatanice.”
No ano de 2005, um relatório encomendado pelo hoje rei Charles III acabaria por ser publicado, recomendando que terapias alternativas fossem usadas nos cuidados prestados pelos hospitais públicos britânicos, o que nunca chegou a acontecer.
Fonte: NIT
Casos de infertilidade podem causar desgastes emocionais tão intensos que se tornam crises existenciais, afetando as esferas conjugal, sexual e social.
Segundo a psicóloga Kátia Maria Straube, especialista em terapia sistêmica e atenção à infertilidade e membro da Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), tal diagnóstico causa um impacto complexo por conta de in uências socioculturais, visto que há uma crença popular de que qualquer pessoa pode engravidar naturalmente e sem di culdades.
“O diagnóstico de infertilidade costuma impactar indivíduos e casais em diferentes níveis.”, aponta a especialista. “É capaz de provocar uma crise vital que pode afetar todos os setores da vida, pois coloca a pessoa em um lugar de estigma, ou seja, um lugar diferente do que é tido como norma social e que motiva sentimentos de exclusão, de estar à margem, de não corresponder ao que é esperado socialmente de cada um. Em geral, as pessoas não estão preparadas para esse diagnóstico, pois há uma crença generalizada de que todos podemos engravidar naturalmente, quando quisermos. A possibilidade de que haja obstáculos para a realização desse desejo traz a necessidade de manejo sobre as emoções que são desencadeadas em função desta circunstância, que, na maioria das vezes, é frustrante e decepcionante.”
Para o terapeuta homeopata Fernando José Tomás Neves, doutor em Medicina Alternativa pela “ e Open International University” e fundador da T.C.P.N-Sa, empresa fabricante de produtos Homeopáticos em Portugal, o quadro de infertilidade possui interpretações complexas na Homeopatia.
“Pessoalmente, eu entendo que não há milagres, mas sim soluções dependentes das capacidades do homeopata.”, assinala Neves. “Estas capacidades são de variados níveis, desde o ter ou não capacidade de fabrico, e a capacidade de perceber se o termo ‘Gravidez’ envolve incapacidade física real, incapacidade emocional, incapacidade sentimental, quer no homem, quer na mulher.” Novamente de acordo com Kátia Straube, a psicologia reconhece o momento delicado do indivíduo que é surpreendido com a possibilidade de não construir uma família de modo natural. “Reconhece-se que se vive uma verdadeira montanha russa emocional, pois, uma vez detectada a di culdade procriativa, é esperado que o estado emocional se altere manifestando sintomas de ansiedade e depressão, que podem levar a uma importante situação de desgaste e estresse. Para isso, a atenção psicológica se pauta no acolhimento à situação vivenciada pelo casal, ou indivíduo, oferecendo um espaço de escuta humanizada que contribua para a expressão das emoções, melhore a compreensão sobre o momento vivido, reduza os níveis de ansiedade, favoreça a conscientização das reais possibilidades reprodutivas e a melhora na comunicação paciente-equipe de saúde, bem como auxilie nos processos de decisão, que acontecem no percurso da jornada reprodutiva que se inicia.”, ressalta. “A psicologia oferece um lugar muitas vezes não encontrado no entorno familiar e social, visto que as pessoas com diagnóstico de infertilidade frequentemente não o compartilham, vivem na privacidade todas as suas repercussões, o que costuma potencializar o estado emocional, o qual, vale dizer, não é patológico, mas esperado e comum nestas circunstâncias.”
Segundo Fernando Tomás Neves, é importante que a mulher tenha três ciclos menstruais com-
pletos, sem tentar engravidar, antes de iniciar o tratamento homeopático.
“Esta situação permite tempo para alterar a alimentação incorreta, dar a possibilidade ao organismo feminino de se preparar física, emocional e mentalmente para uma gravidez na melhor forma física possível.”, esclarece. “O organismo feminino é dotado de alto grau de complexidade, no que concerne à procriação. Pelo aporte do conhecimento oriundo da acupuntura, tudo se inicia no elemento madeira [corresponde no físico ao fígado/vesícula] e, num aborto espontâneo até ao mês de gestação, o que “aparece” é uma massa de sangue coesa [semelhante ao fígado]. Os Homeopáticos com melhor efeito em propiciar uma gravidez são os provenientes do reino vegetal. No caso do homem, as considerações gerais são as mesmas e também é do reino vegetal que se obtêm os melhores resultados.”
Apesar dos inúmeros confrontos internos que o diagnóstico de infertilidade pode gerar, Straube deixa claro que os problemas emocionais são tratáveis.
“A ideia de que o corpo físico não tem a possibilidade conceptiva que se imaginava ter pode agir como gatilho para a desconstrução de outras ideias sobre nós mesmos e nossas capacidades e, assim, gerar sentimentos con itantes que podem comprometer a adaptação aos diversos âmbitos de nosso viver.”, analisa a psicóloga. “O quadro emocional presente na infertilidade é esperado, temporário, comum de acontecer, porém exige cuidado e atenção para que se desenvolva de modo saudável, possibilitando a que a pessoa saia fortalecida, tendo aprendido mais sobre si mesma, ou seja, tendo seu autoconhecimento ampliado.”
De acordo com Fernando Tomás Neves, a Homeopatia pode tratar qualquer caso de infertilidade, desde que não tenha origem numa deciência física, como a malformação de órgãos ligados à reprodução.
“No Reino vegetal existem espécimes caracteristicamente femininas e outras masculinas”,
analisa. “O organismo masculino e o feminino têm funções diferentes para a reprodução. Mesmo nos quadros emocionais ou mentais as diferenças existem, e têm de ser consideradas na escolha da melhor terapia [homeopática].”
Ainda segundo Neves, os preparados homeopáticos mais utilizados no tratamento de infertilidade de mulheres são aqueles que estimulam o bom funcionamento de: intestino, bexiga, rins, fígado, pâncreas, coluna vertebral, ovários e útero. Já no de homens: fígado, rim, próstata e testículos.
“Não vejo qualquer inconveniente em a Homeopatia ser concomitante com outros protocolos”, destaca Neves. “[Ela] pode ser um excelente coadjuvante ao tratamento convencional.”
Para Straube, a atenção psicológica à infertilidade deve acontecer antes, durante e depois dos tratamentos reprodutivos.
“A jornada inicia com a investigação sobre o que pode estar acontecendo uma vez que a desejada gravidez não está ocorrendo naturalmente”, registra a especialista. “Antes mesmo de iniciar essa jornada, o casal, ou indivíduo, vem se deparando com sentimentos de dúvida e ansiedade, importantes agentes para a busca pela consulta médica que possa de nir o quadro. Assim, esse estado emocional tende a se incrementar ou não, tendo em vista o grau de surpresa que o diagnóstico médico traz: quanto mais inesperado for, maior a tendência a se potencializar e gerar emoções fortes e muitas vezes, desconhecidas. Deste modo, à medida que as pessoas prosseguem em sua trajetória, surgem demandas no sentido de elucidar o quadro, monitorar o funcionamento de seu organismo, acompanhar de perto seu desempenho. Essas demandas são sempre acompanhadas de emoções especí cas a cada momento deste percurso, antes, durante e depois do diagnóstico e tratamento. São muitas vezes desconhecidas, ainda não vivenciadas, e necessitam ser compreendidas para que não comprometam o percurso e possam torná-lo mais leve.”, conclui.
Sempre gostei de remédios naturais, acho que aprendi inicialmente com minha mãe, por ser descendente de índios. A Homeopatia entrou na minha vida através de uma amiga, que me apresentou esta terapia alternativa de tratamento e prevenção da saúde. Não me recordo de ter iniciado um tratamento logo no início. Comecei usando Arnica montana, devido a dores na coluna e problemas circulatórios. Percebi melhora logo após tomar a medicação no 3º dia. Hoje, raramente tenho problema de coluna. Claro que quando abuso de movimentos dói, mas nada que um repouso e umas doses de Arnica não resolvam. Me encantei com os resultados e comecei a buscar conhecer melhor.
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Em seguida, surgiu a oportunidade de fazer o curso [de formação em Homeopatia], e vi aí a chance de poder fazer uso e também de poder ajudar pessoas que necessitassem de auxílio para melhorar a saúde de maneira global. Em 2018 precisei realmente fazer tratamento homeopático, pois apresentei transtorno de ansiedade associado à depressão e síndrome de pânico. De início, por insistência e também por estar em
crise aguda, busquei a alopatia, mas não deu certo, aí consultei uma homeopata. Ela me passou um composto homeopático, e também após usá-lo por três dias, já saí da prostração causada pelo “combo” psíquico no qual me encontrava. Usei este composto por mais ou menos dois anos seguidos, associado a terapia cognitiva comportamental. Graças a Deus, hoje estou bem e não necessito mais do uso deste composto. Só quando percebo que o nível de ansiedade sobe muito faço uso não mais do que por dois dias.
A Homeopatia faz parte da minha vida e de toda minha família. Todos, quando têm algum problema de saúde, fazem uso dela. Não signi ca que não usamos alopatia, mas só quando é realmente necessário. Vale a pena, pois os resultados são duradouros e, na maioria dos casos, alcançamos a cura. Se for para relatar todas as curas e melhoras que já tive, e das pessoas que já se bene ciaram dos tratamentos com Homeopatia, acho que dá pra escrever quase um livro.
Desde a infância eu tinha eventos esporádicos de arritmia cardíaca. A partir dos 40 anos esse quadro se agravou, por isso, a minha qualidade
de vida cou comprometida. Sentia mal-estar, queda de pressão, aumento do ritmo cardíaco e sensação de choque no coração.
Na maioria das vezes, à noite. Fui muitas vezes ao pronto socorro, mas, nada era detectado por meio de exame de eletrocardiograma. Fazia exames cardíacos periódicos, que acusavam alterações leves, e que não justi cavam tamanho mal-estar. O quadro normalmente era associado à ansiedade ou Síndrome do Pânico. Cheguei a procurar um psiquiatra, mas, os medicamentos prescritos só pioraram os sintomas.
Quando estava com 49 anos, depois de passar mal no trabalho, fui levada ao Instituto do Coração. Naquele dia, por meio de um exame, fui diagnosticada com “Extrassístole”. Fui tratada com remédios [betabloqueadores] por seis meses. Depois disso, fui submetida a uma cirurgia de ablação. Houve uma melhora do quadro, mas eu ainda tinha eventos de arritmia. Dessa forma, procurei a Homeopatia, da qual eu já fazia uso para outras nalidades. Após um mês usando fórmulas contendo Crataegus, Cactus, Digtoxinum e Hypericum, os sintomas desapareceram completamente.
Atualmente, ainda me trato com Homeopatia, e uso alopatia em casos muitos raros. Meu organismo responde muito bem ao medicamento homeopático.
Dalva Lúcia do Nascimento, 63 anos
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Santa Maria - Distrito Federal
Conheci a Homeopatia na comunidade onde moro, em 2007. Tinha um Centro Espírita chamado Casa do Caminho, com atendimento gratuito. Fiz dois tratamentos lá. Eu não conseguia parar de fumar. Em 2007 comecei com o medicamento Nux Vomuxa CH 200 DU. No atendimento eu já tive essa dose, eles tinham remédios de homeopatia de emergência). Também tomei o Tabacum CH 5 e o Suphilinum CH 12. Parei de fumar e não tive reacaída. Em 2012, tive o diagnóstico de câncer no pulmão direito. Antes da cirurgia de lobectomia, também fiz tratamento homeopático com a medicação Carsinosinum CH 200 DU e CH 9/12/15, a Staphysagria CH 30/100/200, Arnica Montana CH 6, e Phophorys CH 200 DU e CH 6.
Eu queria a cura do câncer igual todos querem. A Homeopatia ajudou muito. Tanto que na recuperação pós-cirurgia, em 15 dias, parecia que eu nunca tinha feito cirurgia.
O câncer estava no início e não tive sintomas. Foi descoberto porque fui internada com suspeita de embolia pulmonar, que foi descartada. Deus sempre trabalha para nosso bem. Foi através dessa suspeita que descobriram o câncer.
Fui curada. O câncer pode voltar em outro órgão segundo meu médico, então de vez em quando, se há qualquer sintoma, os médicos fazem exames para garantir que não é nada demais.
Eu faria tratamento homeopático novamente se precisasse e indico para as pessoas que estão precisando tratar qualquer problema de saúde.
HOMEOPATIA TAMBÉM É CIÊNCIA
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Rhus
CURANDO COM
O complexo homeopático ou simplesmente , é feito a partir de um arbusto da família das Anacardiáceas, também chamado “hera do Canadá”, ou Sumagre venenoso. É originário da América Setentrional e também encontrado nos bosques úmidos do sul da França e da Europa. Tem ramos grandes e exíveis, nos, chegando a atingir muitos metros de altura, podendo se ligar às árvores vizinhas e, por meio de suas radículas, chega a se implantar em suas cascas. Seus frutos são pequenos, carnudos e brancos, e a planta possui um suco marrom amarelado que é encontrado em maior concentração em suas folhas. Colhidas sempre ao mês de maio, é através delas que se prepara a tintura-mãe, a forma farmacêutica básica que serve de ponto de partida para a criação do complexo Na farmácia homeopática, é possível encontrá-lo no formato líquido ou em glóbulos.
De acordo com Virginia Goulart Stefanichen, terapeuta homeopata e médica veterinária, o é um medicamento homeopático que consta
na obra “Matéria Médica Pura”, do próprio Samuel Hahnemann:
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“Foi publicada entre 1811 e 1826, com um total de 64 medicamentos experimentados por ele, portanto, foi o próprio Hahnemann quem o usou pela primeira vez”, ressalta.
“Esse medicamento foi experimentado por Hanhemann, o criador da Homeopatia, e mais 5 auxiliares experimentadores – pessoas saudáveis que ingeriram a substância para observar que sintomas e sinais surgiriam no corpo, na mente e na emoção a partir dessa ingestão”, complementa Sheila da Costa Oliveira, terapeuta homeopata e coordenadora do Grupo Livre de Terapeutas Homeopatas do Centro-Oeste. “Consta do segundo volume de Matéria Médica Pura, escrito por Hanhemann. Trata-se, portanto, de um preparado da primeira geração de medicamentos homeopáticos e, como tem um amplo espectro de atuação, é também um dos integrantes da lista de policrestos homeopáticos, ou seja, medica-
mentos que servem para tratar sinais e sintomas os mais diversos.”
Ainda segundo Oliveira, o pode ser indicado para tratar tanto sintomas físicos quanto emocionais:
“A amplitude desse policresto [medicamento homeopático de amplo espectro] é bem grande”, aponta. “Abrange sintomas mentais-emocionais como a agitação, a ansiedade e a depressão, até os problemas osteomusculares e de pele, como o reumatismo, os traumas por torsão, luxação, rompimentos ligamentares, as dores crônicas e a herpes. É excelente na recuperação da catapora, das brotoejas e eczemas, da insônia, entre muitos outros sintomas desagradáveis que acometem tantas pessoas. A escolha de sua aplicação depende fundamentalmente de a pessoa a ser tratada se encaixar no per l medicamentoso [similimum], pelo menos naquele momento adoecedor [similimum momentum].”
Para Stefanichen, deve-se ter cuidado no momento de analisar sintomas:
“Devemos pensar em sintomas de alta hierarquia, ou seja, levar mais em consideração sintomas energéticos, mentais e emocionais”, assinala. “Mesmo assim, qualquer Homeopatia apresenta alguns sintomas físicos. No caso do sua grande particularidade são as características de suas dores, que pioram ao começar o movimento, mas principalmente com o repouso. Essa piora com o repouso é tão forte, que muitas vezes di culta o descanso e o sono, fugindo da regra geral que seria: descansar e me-
lhorar. É um grande remédio para dores reumáticas e articulares, artrite, luxações, tendinites, entorses, problemas de coluna, e também para dores por abuso de trabalho ou exercícios, que podem chegar a ser insuportáveis, como no caso das lesões por esforço repetitivo (LER). Além disso, é excelente para o tratamento de erupções de pele, incluindo urticária, erisipela e varíola. Suas lesões geralmente apresentam vesículas e/ ou bolhas. Muito usado também para conjuntivite, resfriados, gripe e infecções febris, principalmente se ocorrer após uma exposição ao frio úmido. Como principais sintomas emocionais de Rhus toxicodendron podemos citar: ansiedade, agitação e inquietude. Levando em conta essas características, é uma das Homeopatias que pode ser usada no Mal de Parkinson.”
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Lucivânia Keule Bezerra, 43 anos, mãe de Rafael Augusto, de seis anos de idade, conta que chegou a usar o Rhus tox para tratar o lho quando ele tinha três anos:
“Ele estava tendo crises respiratórias recorrentes, pneumonia, bronquite e tosse, além de falta de ar, cansaço, irritabilidade, inapetência e sono quebrado, acordando muito à noite, e ainda teve catapora”, explica. “Busquei [a Homeopatia] devido ao excesso de químicos que a alopatia traz, aumentando os efeitos colaterais. Ele estava muito agitado, mas com apenas 2 erupções. Começamos com o e, no prazo de 4 horas, ele se acalmou e as demais erupções vieram à tona, cicatrizando em alguns dias, sem maiores problemas. Na Homeopatia, o tratamento é para a cura e não para o sintoma. Tratar para curar é melhor do que mascarar o problema”.
Novamente de acordo com Oliveira, o perfil do paciente que geralmente precisa do preparado homeopático é fundamentalmente um ansioso agitado, tanto física quanto mentalmente:
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“[O paciente] carrega um cansaço da vida que é o companheiro de suas ansiedades e medos”, analisa a terapeuta homeopata. “Teme, principalmente, perder sua posição social, pois quer ter tudo sob seu controle, já que se considera muito eficaz, modelo o mais aproximado possível da perfeição. Faz tudo com rapidez, mesmo que esteja cansado, e quer tudo e todos no seu ritmo rápido, que os demais precisam acompanhar, para se tornarem tão bons quanto ele. No entanto, como não pode perder sua posição de poder, engaja-se continuamente na crítica e na desconsideração dos esforços dos
outros, assegurando que ninguém se sinta bom o bastante para dividir com ele o trono. A luta por ter seguidores que não o questionem e se esforcem continuamente para acompanhá-lo como modelo de eficiência o mantém preso no ciclo da agitação, da ansiedade e do medo, fazendo-o presa fácil dos adoecimentos crônicos, especialmente das dores de longa duração e da insônia. A mente não descansa, e, por isso, esse perfil é também um sério candidato a crises hipertensivas, cefaleias intensas e/ou duradouras. Essa mente agitada força o corpo à atividade contínua, sem respeitar os limites do repouso. Ao começar algo, não importa a magnitude da tarefa, só sossega depois de terminar tudo, mesmo à custa da exaustão, que pode acamá-lo por longos períodos, aumentando ainda mais sua agitação, seu medo e sua ansiedade.”
O tratamento do pequeno Rafael Augusto continua, mas segundo a mãe, muitas mudanças positivas foram observadas:
“Os problemas respiratórios melhoraram e o sono ficou melhor”, conta. “Ele dorme cedo, não acorda à noite, e as crises respiratórias ficaram mais espaçadas. Depois que ele pegou Covid 19, ele ficou mais suscetível aos sintomas nasofaríngeos e pulmonares, mas continua se tratando com Homeopatia.”
Para Stefanichen, nunca se deve falar em cura completa na Homeopatia:
“Dependemos de diversos fatores, como modo de vida, traumas, fatores genéticos, etc.”, destaca. “Mas o que observo em meus atendimentos é que sempre conseguimos trazer uma melhoria na qualidade de vida das pessoas que se tratam com a Homeopatia em geral. Já tive um caso específico de Rhus toxicodendron, de uma dentista que não conseguia dormir à noite, pois sempre tinha que se levantar da cama e caminhar, para aliviar suas dores. Em apenas um mês de tratamento esse incômodo desapareceu completamente, mas nem sempre é tão fácil e rápido assim.”
Oliveira acrescenta:
“Os medicamentos homeopáticos sempre são utilizados visando à cura, e não apenas ao alívio dos sintomas. Mas, somente a ingestão
do medicamento pode não ser suficiente para produzir esse efeito profundo, caso a pessoa tratada não se proponha a realizar as mudanças necessárias em seu regime de vida, de modo a estancar as causas do adoecimento em sua raiz.
Ainda segundo Oliveira, não existe um limite de tempo para o tratamento:
“Todo medicamento homeopático deve ser tomado até que toda a sua mensagem terapêutica seja absorvida pelo organismo adoecido, provocando todas as mudanças que consiga realizar”, garante. “Esse tempo varia de pessoa para pessoa, de acordo com a gravidade do adoecimento e a intensidade dos danos provocados. Pode ser, também, que a ação de seja complementada por outros medicamentos afins com a natureza dessa substância e com a personalidade que esteja sendo tratada. Essa sequência terapêutica precisa ser acompanhada por um bom homeopata, que saberá traçar a trajetória harmonizadora que conduzirá a pessoa em tratamento de volta ao caminho da saúde. Por isso, é fundamental fazer o acompanhamento longitudinal com alguém capacitado, para que o percurso seja exitoso, ao final”, conclui.
Artigo
Homeopatia no Sistema Único de Saúde: representações dos usuários sobre o tratamento homeopático
Apesar de ter sido o cialmente introduzida no Brasil em 1840, a homeopatia só foi reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina como uma especialidade médica em 1980. Sua presença no Sistema Único de Saúde (SUS) ainda é reduzida, existindo poucas experiências de serviços de homeopatia em não muitos municípios brasileiros. Este estudo tem como objetivo conhecer as representações dos usuários do SUS sobre a homeopatia. A metodologia da pesquisa foi qualitativa, tendo sido realizado um estudo de caso em uma unidade de saúde em Salvador, Bahia. Para a coleta de dados, foram aplicados 112 questionários aos usuários do serviço de homeopatia na unidade selecionada, com os quais foram realizadas 19 entrevistas em profundidade. Os resultados do estudo mostraram que a principal motivação para a procura da homeopatia foi o insucesso do tratamento alopático anterior. A perspectiva holística, o uso de medicamentos naturais,
o tempo longo da consulta e a escuta atenta do paciente foram trazidos como características diferenciais positivas na comparação com o tratamento alopático. Os resultados apontaram para o potencial ainda pouco explorado da contribuição de alternativas terapêuticas como a homeopatia, no SUS.
Homeopatia; Representações Sociais; Sistema Único de Saúde; Terapias Complementares
Homeopathy was o cially introduced in Brazil in 1840 but was only recognized by the Federal Board of Medicine as a medical specialty in 1980. It still has a limited presence in the Uni ed National Health System (SUS), with only a few homeopathy services in a handful of Brazilian counties. e current study aimed to analyze National Health System users’ representations of homeopathy. A case study
was conducted in a health unit in Salvador, Bahia State, using a qualitative methodology. Data collection used 112 questionnaires and 19 in-depth interviews with users of homeopathy services. e study results showed that the main motivation for seeking homeopathic treatment was the failure of previous allopathic treatment. e holistic perspective, use of natural medications, longer consultations, and attentive listening to patients appeared as positive characteristics of homeopathy as compared to allopathy. e results point to the potential contribution of alternative therapeutic practices like homeopathy to the Brazilian National Health System.
Na segunda metade do século XIX, ocorreu a aproximação da homeopatia com o espiritismo kardecista, doutrina religiosa francesa que se disseminou na sociedade brasileira e se propagou entre os médicos, fazendo muitos adeptos, principalmente entre os homeopatas 1.
Homeopathy; Social Representations; Single Health System; Complementary erapies
A homeopatia chegou o cialmente ao Brasil em 1840, por meio do ex-comerciante, estudante de medicina francês e militante socialista Benoit Mure. Há relatos, entretanto, de que, em 1820, os imigrantes alemães, que se estabeleceram em colônias no Sul do Brasil, já a utilizavam como uma medicina caseira e seguiam as orientações presentes nos livros escritos pelo médico conterrâneo e criador da nova medicina, Dr. Samuel Hahnemann.
No seu início, a história da homeopatia no Brasil esteve atrelada a uma prática liberal, com tímidas incursões institucionais nos ambulatórios mantidos pelas ordens católicas, no Rio de Janeiro, que prestavam cuidados aos socialmente desassistidos, inclusive, escravos. Os pro ssionais adeptos e defensores da nova terapêutica sustentaram embates na imprensa e nos órgãos o ciais ligados à saúde, contrapondo-se à elite socioeconômica que, nos meios acadêmicos, bloqueava a o cialização e acusava a homeopatia de charlatanismo.
No século seguinte, tanto as classes privilegiadas quanto as populares, principalmente na zona rural, tiveram um papel relevante na propagação da terapêutica, através das boticas homeopáticas, comercializadas pelos mascates itinerantes, que compunham o arsenal de medicamentos das famílias tradicionais. Concomitantemente, a umbanda começou a ganhar popularidade, e os seus médiuns, homeopatas leigos, como acontecia na Europa, receitavam as “gotinhas” homeopáticas (além dos tradicionais banhos de ervas e beberagens), disseminando essa prática nos centros urbanos e zonas rurais, enraizando-a no itinerário terapêutico da massa populacional em crescimento, excluída da assistência médica o cial, e contribuindo para que a homeopatia alcançasse o de medicina popular.
A expansão da homeopatia nas classes populares ocorreu à margem dos órgãos o ciais de saúde, interiorizando-se pelos vários recantos do Brasil por meio de práticas bene centes de farmacêuticos, que dispensavam medicamentos gratuitamente, e de médicos que prestavam assistência lantrópica nos hospitais de ordens religiosas, militares ou nos consultórios particulares. Segundo Luz 1, este percurso, de falta de espaço nas instituições médicas públicas e da associação com o catolicismo, o espiritismo e o umbandismo, como forma de resistência e expansão, contribuiu para que, mesmo nos dias atuais, a homeopatia ainda seja considerada para muitos uma medicina religiosa ou mística.
A partir da década de 70, com o acirramento da crise do modelo médico hegemônico, a homeopatia começou a ser vista como uma alternativa terapêutica à
(p. 42), cujas motivações econômico- nanceiras, organizacionais e gerenciais de acessibilidade, e cácia, e políticas corporativas e éticas eram alvo de críticas 6,7. A dimensão cultural dessa crise apontava para o grau de insatisfação dos usuários com o que era oferecido pela medicina o cial, tendo em vista que sua prática mais tecnicista e menos integralizadora, desconsiderava
vam com o apoio do gestor local, permitindo-lhes o exercício da homeopatia nas unidades básicas de saúde, nos serviços mais complexos e nas equipes do Programa Saúde da Família (PSF) 8. Pouco se sabe, no entanto, sobre como os usuários do SUS se relacionam com a homeopatia e o tratamento homeopático. Visando a contribuir para preencher essa lacuna do conhecimento, este estudo teve por objetivo conhecer as representações dos usuários do SUS sobre a homeopatia. Mais especi camente, buscou-se compreender as motivações dos usuários para procurar a homeopatia, como eles representam e explicam a ação dos medicamentos e o tratamento homeopáticos.
(p. 275), favorecendo a busca de terapias nas quais os aspectos simbólicos, psicossociais e existenciais pudessem ser contemplados.
Nas duas últimas décadas, os homeopatas vêm ampliando campos de atuação que lhes têm garantido maior aceitação e credibilidade entre os usuários e nas instituições normativas e prestadoras de serviço de saúde. Reconhecida desde 1980 entre as especialidades médicas regulamentadas pelo Conselho Federal de Medicina, a homeopatia tem sido praticada, principalmente, em consultórios médicos particulares e nos ambulatórios dos cursos de formação, ou por disponibilidade de médicos que fazem atendimentos gratuitos à população de baixa renda, muitos deles ligados a grupos que professam a religião espírita.
Em 1998, constatou-se que havia médicos homeopatas atendendo no Sistema Único de Saúde (SUS) em apenas vinte municípios brasileiros; em algumas dessas cidades, as consultas homeopáticas na rede pública eram iniciativas pessoais de médicos homeopatas, que conta-
Segundo Queiroz (p. 25), as representações sociais são conhecimentos culturalmente carregados, são
Cada grupo social constrói códigos culturais que articulam representações sobre diversas esferas sociais, entre as quais se incluem representações sobre corpo, saúde e doença, formando uma matriz cultural ou um sistema simbólico. É a cultura que fornece as lentes através das quais será realizada a leitura dos sinais corporais, contribuindo para determinar se eles serão avaliados como irrelevantes ou se, ao contrário, serão percebidos como indicadores de doença que demande ajuda terapêutica imediata. As representações podem, também, in uenciar na escolha e na avaliação das alternativas terapêuticas pelos indivíduos, segundo a proximidade ou distanciamento com relação ao contexto cultural em que estão inseridos. Parte-se do pressuposto que os indivíduos, no encontro terapêutico, sempre fazem uma releitura do discurso médico a partir da sua matriz cultural. É importante, então, compreender como os elementos da racionalidade homeo-
pática são incorporados e reinterpretados pelos usuários do SUS, na cidade de Salvador.
O conceito de racionalidades médicas, defendido por Luz, diz respeito a um sistema de tratamento que, visando a restabelecer a saúde dos seres humanos ou combater doenças, demonstra sua e cácia prática, sendo sustentado por um arcabouço teórico que, por sua vez, traduz a competência empírica daquela teoria. A homeopatia e a biomedicina possuem diferentes racionalidades médicas e ambas podem ser de nidas como sistemas médicos complexos, uma vez que são estruturalmente constituídas por cinco dimensões básicas, com abordagens teórico-práticas: (1) morfologia humana, ou anatomia; (2) dinâmica vital, ou siologia; (3) doutrina médica, ou corpus doutrinário; (4) sistema de diagnose e (5) sistema terapêutico. As racionalidades médicas da biomedicina e da homeopatia têm na medicina moderna uma origem comum; Hanhemann, inclusive, era um clínico conceituado, que fazia uso das técnicas e da terapêutica de seu tempo 1. Nesses dois séculos de convivência, entretanto, a homeopatia ocupou uma posição marginal em relação à biomedicina, uma vez que esta, legitimada pelo grande desenvolvimento tecnológico e pela ocupação competente de espaços e papéis sociais, transformou-se na medicina que responde às demandas (ainda que questionável em algumas oportunidades) de saúde e dá sustentação ao modelo econômico dominante no mundo ocidental.
na se fundamenta numa racionalidade embasada em leis e princípios positivistas que classi cam, enquadram e normatizam o homem e a sociedade a partir dos pressupostos das ciências naturais. A racionalidade da biomedicina se baseia em três proposições que se vinculam à racionalidade da mecânica clássica, a qual isola as partes do todo para compreendê-las e, adiante, reintegrá-las ao seu mecanismo original: (1) o caráter universal e generalizante do discurso, secundarizando os casos individuais;
(2) o caráter mecanicista na naturalização das máquinas criadas pelo homem e mecanização do universo, subordinando-o ao princípio de causalidade linear; (3) o caráter analítico no qual as leis gerais ou a leitura do todo é resultado da leitura das partes isoladas.
Na perspectiva biomédica, as doenças são entendidas como se fossem objetos com existência autônoma, expressas em lesões de uni ou multicausalidades, que alteram a morfologia e a dinâmica do corpo, tratáveis com substâncias que atinjam as causas das enfermidades. Os conhecimentos da morfologia e da siologia são parâmetros classi catórios do que é normal ou patológico na aparência e na dinâmica do organismo. Os sintomas que não são constatados empiricamente são abandonados, porque são da ordem do metafísico, e esse campo não é considerado objeto da ciência clássica.
Foucault data o nascimento da medicina moderna nos ns do século XVII, período a partir do qual tanto o que era percebido pelos sentidos, como o que era escondido no interior do corpo foram testemunhados pelo olhar, descritos, revelados e traduzidos pela linguagem da emergente racionalidade clínica. A biomedici-
Hanhemann abandonou a medicina de sua época por insatisfação com o que ele considerava falta de princípios da terapêutica médica 1. Com base em sua autoexperimentação, ele concluiu que a quinina curava, no homem portador da malária, os sintomas que ela tinha potencialidade para causar no homem saudável. O que causa o mal (doença arti cial provocada pelo medicamento no experimentador) é capaz de curar o mal (a doença natural que acomete o doente). A partir dessa e de outras experiências, foram estabelecidos dois dos três princípios universais da homeopatia: (1) lei da
similitude: o semelhante cura o semelhante; (2) experimentação no homem são.
O terceiro princípio, doses in nitesimais, o uso do medicamento diluído, foi descoberto na prática com seus pacientes. Inicialmente, ele tratava com doses ponderais, segundo a posologia farmacêutica da época, mas a frequência e a intensidade das agravações eram constantes. Percebeu que à medida que diluía as doses, o efeito curativo persistia e as agravações tendiam a diminuir e a desaparecer, até que decresceu às doses in nitamente pequenas da substância matriz.
A terapêutica homeopática se diferencia de outros sistemas terapêuticos (alopático e do enantiopático) no raciocínio clínico, no tipo e na preparação do medicamento utilizado. O princípio da similitude expresso no aforismo “similia similibus curantur” (o semelhante cura o semelhante) é a sustentação losó ca da homeopatia, inspirada nos ensinamentos da medicina hipocrática. O sistema médico homeopático se baseia nos mesmos conhecimentos anatômicos, siológicos e propedêuticos que são utilizados pela biomedicina, diferindo desta na abordagem semiológica e no ato de prescrição, como se constata na anamnese para tratamento homeopático 19. No entanto, é na concepção de organismo, saúde, doença e terapêutica que o compreender diferente é mais intenso e marcante, uma vez que o sistema terapêutico homeopático preconiza a busca integralizadora e holística do paciente e de sua realidade, no que diz respeito a sua dinâmica biopsíquica-relacional, tanto no adoecer, quanto no tratamento. Assim dito, a doença não é a lesão; é, porém, um desequilíbrio no todo que se manifesta de múltiplas formas, que pode, inclusive, traduzir-se em lesão.
Para Hanhemann, esse todo dinâmico responsável pelo equilíbrio é a força ou energia vital: o atributo imaterial, automático, inerente ao
homem, que coordena as funções orgânicas e psicoemocionais integralizando-as, tornando o homem uma unidade 17. Diferindo da biomedicina cuja representação da enfermidade se encontra fortemente atrelada ao corpo biológico, que deve ser reparado para retornar ao seu automatismo na engrenagem socioeconômica do existir e sobreviver, a medicina homeopática busca nos sintomas subjetivos o desvendar do todo que é o sujeito no seu processo particular, interrelacional e coletivo de saúde e doença. O conhecimento da forma de ser e estar doente de cada um é revelado principalmente pela fala do paciente, segundo a representação que faz do próprio corpo, a qual traz o sintoma como consciência real de seu momento histórico, através de uma linguagem própria 19.
Foi realizado um estudo de caso com utilização de metodologias qualitativas em uma unidade de saúde do SUS, localizada em um bairro popular de Salvador, Bahia, Brasil, que oferece atendimento homeopático à população desde 1986. A unidade foi escolhida por ser, atualmente, a única no serviço público na cidade a contar com pro ssional concursado no quadro regular exercendo rotineiramente a clínica homeopática.
O trabalho de campo se desenvolveu de janeiro a outubro de 2004, quando foram aplicados questionários, realizadas entrevistas semiestruturadas e quando foi feita observação participante na sala de espera do consultório homeopático.
Para conhecer o per l socioeconômico dos usuários e a natureza das queixas que motivaram a busca da homeopatia, foi aplicado um questionário fechado a todas as pessoas que aguardavam a consulta com o homeopata entre os meses de março a julho de 2004. No total, foram aplicados 112 questionários.
O questionário continha questões fechadas, visando a obter informação sobre idade, escolaridade, pro ssão/ocupação, cor, religião, renda familiar e tempo de tratamento com homeopatia, e uma questão aberta, a m de obter a identi cação das queixas que motivaram a consulta homeopática.
Entre os usuários que responderam ao questionário, foram selecionados os informantes para as entrevistas em profundidade. Essas entrevistas tiveram por objetivo conhecer as representações associadas à homeopatia, utilizando-se abordagem qualitativa adequada ao estudo do universo de signi cados, motivos, crenças, valores e atitudes 21.
Na seleção dos informantes para as entrevistas, foram levados em conta critérios como o interesse e a disponibilidade para participar da pesquisa, além da capacidade de verbalização do informante. Procurou-se contemplar, no corpus, informantes de ambos os sexos, maiores de 18 anos e com maior ou menor experiência na homeopatia (pacientes na primeira consulta e pacientes com várias consultas). No total, foram realizadas 19 entrevistas em profundidade, empregando-se um roteiro semiestruturado, no qual foram abordadas as motivações para a busca da homeopatia e as representações associadas aos medicamentos, ao tratamento e à consulta homeopática. As entrevistas foram gravadas e transcritas.
A análise dos dados privilegiou a compreensão e interpretação dos signi cados construídos nos discursos dos informantes à luz do seu contexto sociocultural. Foi realizada uma análise de conteúdo temática, na qual os dados das entrevistas em profundidade foram codi cados segundo as categorias analíticas (motivação para a busca do tratamento homeopático, representações da homeopatia, do medicamento homeopático, da consulta homeopática e de saúde/doença), com abertura, no entanto,
para a exploração de categorias nativas que, porventura, emergissem nos discursos. Para análise do questionário fechado, foi utilizado o programa Epi Info (Centers for Disease Control and Prevention, Atlanta, Estados Unidos). Em consonância com os parâmetros do Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP), o projeto que deu origem a este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, Instituto de Saúde Coletiva (ISC), Universidade Federal da Bahia (UFBA). Todos os participantes da pesquisa foram informados dos objetivos desta e dos seus direitos enquanto sujeitos participantes. A participação dos entrevistados somente era con rmada após o seu entendimento da explicação dos objetivos e dos procedimentos da pesquisa e depois de obtida a sua anuência. Para proteger a identidade dos participantes, todos os nomes apresentados neste estudo são ctícios.
Per l dos usuários da homeopatia Composta por 112 clientes do Serviço de Homeopatia, a população do estudo contava, na sua grande maioria, com mulheres (79%), de cor predominante parda (54%) e média de idade de 44 anos e 2 meses. A maior parte era constituída de pessoas nascidas na capital (55%), todas residentes em bairros populares, que referiram ser adeptas do catolicismo (62%). A escolaridade era baixa, considerando-se que 45% relataram não ter nalizado o ensino fundamental e trabalhar em pro ssões variadas e de pouca quali cação, principalmente serviços domésticos, no caso das mulheres. Quando não desempregadas, estavam inseridas no mercado informal com renda familiar de menos de dois salários mínimos (65%).
Neste serviço, o tempo médio de tratamento homeopático foi estimado em quatro anos e sete meses. A grande maioria (78%) procurou a homeopatia queixando-se de mais de um problema de saúde. Entre estas, as queixas
mais comuns foram sintomas gerais e inespecí cos (24%), problemas respiratórios (21%), dores osteomusculares (12%) e doenças de pele (12%). Interessante notar que alguns pacientes zeram menção a doenças, como problemas endócrinos, cistos e tumorações, que são consideradas pelos médicos homeopatas exemplos de limites terapêuticos da homeopatia 23.
A maior parte das pessoas entrevistadas não procurou a homeopatia em decorrência de um conhecimento prévio dessa prática terapêutica. A análise dos dados qualitativos mostra que o desconhecimento do que seja homeopatia é comum entre os usuários e entre os próprios servidores da unidade de saúde na qual o serviço é oferecido. Em geral, a procura da consulta homeopática pelos informantes se deu ao longo de um processo de busca de solução para um problema de saúde para o qual o tratamento convencional se mostrou inecaz. Assim, a falência do tratamento alopático anterior constituiu-se na principal motivação para a busca da consulta homeopática entre as pessoas entrevistadas. Elas chegaram ao Serviço de Homeopatia através da indicação de familiares, amigos, vizinhos ou conhecidos que tiveram uma experiência positiva com essa prática terapêutica e a recomendaram. Alguns informantes relataram, ainda, ter recebido indicação para a homeopatia por parte dos médicos com os quais anteriormente se tratavam.
56,7% desconheciam que o Serviço de Homeopatia era oferecido nas unidades de saúde investigadas; 58,5% receberam indicação do tratamento homeopático por meio de parentes, amigos e conhecidos, enquanto 66,3% buscaram a homeopatia por falha do tratamento anterior. Os achados contrastam, no entanto, com os resultados da pesquisa realizada por Loyola junto às pessoas de classe média que fazem consultas homeopáticas em consultórios particulares. Neste caso, a demanda espontânea ao tratamento homeopático aparece como preponderante, motivada por uma tendência de confrontação ao tratamento alopático hegemônico. No caso da população de baixa renda que utiliza o serviço homeopático no SUS entrevistada neste estudo, a homeopatia é menos uma escolha ideológica e mais uma busca pragmática de uma alternativa terapêutica para a solução de um problema de saúde que a medicina tradicional não conseguiu resolver.
A visão do tratamento homeopático como natural foi a representação mais recorrente no discurso das pessoas entrevistadas, mesmo entre aquelas que aguardavam na sala de espera pela primeira consulta. A noção de natural se relaciona com o que é produzido pela natureza, em oposição a aquilo que é fabricado, que é químico, sintético, arti cial. O medicamento homeopático foi descrito pelas pessoas como análogo aos medicamentos toterápicos, que são naturais, pois utilizam plantas, folhas e raízes. Os elementos da natureza são vistos como saudáveis, não prejudiciais e até vitais, como é o caso da água:
Os achados deste estudo corroboram o que foi encontrado por Mendicelli 24 na cidade de São Paulo, com população semelhante. Segundo a autora, do total da população entrevistada,
(Rute, 36 anos).
De maneira geral, as pessoas entrevistadas desconhecem a origem do medicamento homeopático e sua forma de preparação. Ele se aproxima e se insere, no entanto, no universo cultural das classes populares a partir da relação que as pessoas estabelecem entre o remédio homeopático e os elementos da natureza que estão presentes nos chás, infusões, banhos e garrafadas preparadas sob orientação das raizeiras, benzedeiras, mães e pais de santo na medicina tradicional e nas práticas religiosas 5.
A representação do medicamento homeopático como natural e não prejudicial à saúde está em oposição à representação dos medicamentos alopáticos como arti ciais e passíveis de causarem sintomas desagradáveis ou dano a outros órgãos do corpo que estavam sadios.
corpo. A maior demora na ação do tratamento homeopático está associada ao tempo necessário para que se descubra a verdade mais fundamental sobre a pessoa e seu sofrimento. É necessário tempo para agir sobre o que não está acessível super cialmente, pois é preciso ir lá no fundo buscar a origem da coisa para poder proceder a uma cura profunda ou, no dizer de um informante, para que se descubra a realidade da vida.
(Lídia, 46 anos).
Para a maioria dos informantes, o remédio homeopático age de forma lenta, o que está associado ao fato de ser natural e agir respeitando o ritmo da natureza. É interessante notar que a ação lenta do medicamento homeopático passa a adquirir uma série de signi cados positivos. Segundo os entrevistados, ao agir em consonância com a natureza, ele não perturba o ritmo do organismo, o que explica a ausência de efeitos colaterais. Sua ação lenta, mas equilibrada e profunda, é vista em oposição à ação rápida, mas, por vezes, agressiva e super cial, dos remédios alopáticos. O imediatismo atribuído a estes últimos é visto pelos informantes como uma violência ao estado siológico do
A lógica do tempo no tratamento homeopático contrapõe-se ao imediatismo e à velocidade característicos da modernidade globalizada. A rapidez do tratamento e dos medicamentos alopáticos, referida em muitos discursos dos entrevistados, ajusta-se ao ritmo da vida moderna, no qual as soluções devem chegar velozmente, uma vez que se vive sob a in uência do fator econômico. A rápida remissão dos sintomas é importante para que os pacientes possam voltar a desempenhar normalmente suas atividades cotidianas e, sobretudo aqueles que são trabalhadores, possam retornar ao trabalho na maior brevidade.
Queiroz 25, em estudo realizado com usuários do SUS em Paulínia, São Paulo, discute como essa lógica re ete-se na expectativa, em rela-
ção ao médico, para a utilização de remédios potentes capazes de erradicar o mal de forma quase instantânea e representa di culdade para médicos do SUS que defendem uma ação terapêutica menos medicalizada. Esses resultados, contudo, mostram que os usuários da homeopatia não apenas aceitam a ação mais lenta dos medicamentos homeopáticos, como valorizam positivamente essa temporalidade. É possível que o fato de muitos dos informantes serem donas de casa ou aposentados e, portanto, não sofrerem pressão direta de empregadores para rápida solução do problemas de saúde e retorno imediato ao trabalho favoreça a aceitabilidade de um tempo de tratamento mais longo. A noção de ser lento está vinculada também à abrangência holística do tratamento e da ação do medicamento homeopático, que age no sujeito em sua totalidade (extensão e profundidade), sem agredir parte alguma de seu todo não segmentado. No processo terapêutico, qualquer adoecimento expresso em sinais ou em sensações é entendido como manifestação do ser integral.
o sujeito, não importando se os seus sinais e sintomas surgiram na sua infância, adolescência, juventude, maturidade ou senilidade. Essa abordagem não segmentada na dinâmica biopsicossocial pode ser entendida como holismo ou integralidade horizontal 4, que acontece quando se busca, sem recortes temporais, o conhecimento do sujeito desde a sua vida intrauterina até ao momento da consulta. Ambas as formas semiológicas são contempladas simultaneamente na terapêutica homeopática, que não compartimentaliza o sujeito na sua dinâmica biopsicocultural, nem faz um recorte temporal de sua vida, uma vez que entende que o sujeito é um todo funcional em qualquer momento de sua existência e não apenas uma parte adoecida 17.
Nessa representação do que é lento, emerge, também, a noção de um tratamento que é voltado para toda uma vida, que tem um tempo inde nido de existência, demandando tratamento continuado. Aliado a isso, está o tempo de que se necessita para curar cada um dos novos sintomas que surgem, enquanto viver
(Bete, 56 anos).
(Lídia, 43 anos).
A abordagem holística da homeopatia encontra boa receptividade entre os usuários do SUS entrevistados, por se encontrar em consonância com o holismo característico das práticas médicas populares e religiosas. De forma semelhante ao que ocorre nas religiões populares, a exemplo do candomblé, das igrejas pentecostais, do catolicismo e espiritismo populares, o médico homeopata não se centra apenas no corpo físico e nos processos siopatológicos; ele busca, nas várias dimensões da vida do paciente, os elementos que contribuem para explicar a origem dos problemas de saúde 10.
(Sabina, 40 anos).
(Lúcia, 45 anos).
Por m, o baixo custo do tratamento homeopático foi trazido também pelos informantes como importante aspecto para adesão a essa terapêutica. O preço médio do medicamento homeopático, em gotas ou glóbulos, nas dinamizações mais prescritas, gira em torno de menos de 2% do salário mínimo, que na época do estudo valia duzentos e sessenta reais, podendo durar mais de trinta dias, mesmo sendo utilizado de duas a três vezes por dia.
paciente pelo médico homeopata é percebida pelos informantes como um ato de atenção e de respeito, que contrasta com a consulta apressada e pouco dialógica na clínica biomédica. Esta última foi descrita por uma informante como aquela na qual o médico não olha o paciente e não faz as perguntas que ele gostaria de responder.
A visão que os informantes trazem da consulta homeopática é construída em oposição ao referencial que possuem da consulta para o tratamento alopático. Alguns informantes mantêm o tratamento biomédico em paralelo ao homeopático por conta da gravidade de sua doença, que não pode prescindir dos medicamentos alopáticos. Os entrevistados percebem, no entanto, a situação marginal da homeopatia em face da biomedicina:
(Narcisa, 66 anos).
(Anita, 63 anos).
O que é marcante nos discursos, porém, é o espaço diferenciado que a consulta homeopática representa, durante a qual os entrevistados referem poder falar tudo o que sentem, com calma, e sem pressa. O tempo longo da consulta homeopática foi considerado pelos informantes como uma característica diferencial importante em relação às consultas médicas alopáticas. A escuta atenta à narrativa do
O valor da escuta no processo terapêutico da biomedicina é geralmente voltado para se focar na informação trazida pelo paciente que se presta à diagnose; tudo que não cumpre esse m é ignorado, ou visto como ignorância e crendice popular. O pragmatismo do ouvido clínico não reconhece o valor terapêutico de uma consulta quando ao sujeito é dada uma escuta mais abrangente e menos focal. Segundo Caprara & Rodrigues, estudos mostram que 25% dos benefícios oriundos da prática médica não estão relacionados com a quali cação tecnológica do médico ou com os efeitos terapêuticos dos medicamentos ou do placebo, mas com os efeitos terapêuticos da própria palavra do médico, sobre uma série de sintomas que surgem como eventos ligados aos fenômenos de estresse (cefaleia, cansaço, constipação, problemas gástricos, modi cações do peso etc.). Esses autores chegaram à conclusão de que o maior tempo de consulta favorece uma melhor qualidade de atendimento, que se caracteriza por uma melhor anamnese:
(p. 143-4).
Vale pontuar que a satisfação com a consulta homeopática, em virtude da atenção do pro ssional, do tempo de duração, da boa vontade do médico em perguntar e ouvir, foi expressa por um dos informantes como uma consulta de qualidade, diferenciada, como se fosse uma consulta particular. Essa a rmação expressa a insatisfação com a precariedade da assistência médica na rede pública, onde, além da lógica tecnicista própria da racionalidade biomédica 1, diversos fatores estruturais e grande demanda por atendimento impactam diretamente no tempo disponível para a consulta e na qualidade do encontro terapêutico. O tratamento homeopático no SUS representa, para os informantes, um momento e um espaço que não se sujeita a essa lógica, no qual eles se sentem como se estivessem recebendo atenção e respeito de forma semelhante à que eles imaginam recebam as pessoas que nanciam uma consulta em um consultório particular.
É importante ressaltar, entretanto, que o tempo diferenciado da consulta é próprio da racionalidade homeopática. A semiologia que conduz à terapêutica homeopática leva o médico a ouvir, a dar tempo ao paciente para pensar, observar-se, autodescobrir-se e revelar-se para o médico. Não é uma mera manifestação do perl humanista do médico, mas uma imposição semiológica para se completar o raciocínio clínico. O interrogatório que embasa a anamnese da homeopatia busca nos eventos orgânicos e emocionais do passado causas desencadeantes da enfermidade que motiva a consulta; é por isso que se precisa de tempo para
Os resultados deste estudo mostram que o tratamento homeopático foi bem avaliado pelos usuários do SUS entrevistados com base em sua experiência pessoal. A proximidade da loso a homeopática com aspectos das práticas populares e religiosas de saúde, tal como a perspectiva holista, o uso de medicamentos naturais e a escuta aberta e atenta ao discurso do paciente, favorece a aceitação e a incorporação de elementos simbólicos da homeopatia pelos usuários das classes populares. Estes percebem a situação marginal da homeopatia em relação à medicina hegemônica e respondem enfatizando a natureza não iatrogênica dos medicamentos homeopáticos e a ação de cura lenta, mas profunda, que eles permitem. Para a maior parte dos entrevistados, a principal motivação para a procura do tratamento homeopático foi o insucesso do tratamento alopático anterior. A migração terapêutica para a homeopatia, a adesão ao tratamento e a propaganda do serviço para outros pacientes pode ser compreendido como uma resistência ética, conforme o proposto por Luz. Ela é a forma pela qual esses indivíduos das classes populares encontram meios de dar materialidade à sua crítica à biomedicina dominante, que não lhe traz sensação de familiaridade e com a qual eles não se identi cam, não se reconhecendo no que lhes é oferecido.
Os resultados do estudo apontam, de um lado, para a necessidade de maior humanização da prática biomédica, em especial a atenção à subjetividade do paciente, e, de outro, para o potencial ainda pouco explorado da contribuição de alternativas terapêuticas como a homeopatia no serviço público de saúde.
(p. 16-7).
D. A. Monteiro e J. A. B. Iriart participaram igualmente de todas as etapas da elaboração do artigo. Correspondência
D. A. Monteiro
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Revista de Estudos
HOMEOPÁTICOS
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