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Homenagens dia das Mamães
Em que eu sonho acordado, Mesmo assim eu vou voando Quem sabe vou encontrando Mais alguém neste voo encantado. Sim sei que não sonho sozinho Que cá dentro e bem pertinho Alguém sonha comigo, Se calhar voa a meu lado Neste voo descontrolado Vou encontrar outro amigo. Que tenha os mesmos ideais Que nem sempre tenha sonhos reais Mas que tenha os pés no chão, Que sonho com delicadeza E que do alto veja a natureza Como quem sonha com emoção... E HAJA SAÚDE. José Duarte Soares.
O INFINITO DAS LETRAS
Há letras que são infinitas Que podem ou não ser escritas Em momentos de emoção, São como linhas paralelas Onde o poeta escreve nelas O que lhe vai no coração. Letras que formam poemas Outras formam dilemas Nas folhas amarrotadas da vida, Letras escritas por vezes sem pensar Outras ainda que as deixemos voar Não torna a vida mais colorida. Há letras guardadas em segredo Enterradas no mais profundo Degredo Onde a mente e o corpo é o Baú, Mesmo que as queiramos esconder Ou então tentar a custo esquecer Elas “as letras” são mais fortes do que tu. A vida é feita de várias letras Umas a cores outras brancas e pretas É como um livro de banda desenhada, O personagem pode nem falar Mas estão lá os balões a apontar E dizem tudo mesmo de boca calada. Mas como são infinitas as letras Mesmo as que ficam nas gavetas Ou apenas no pensamento, Podem ser poemas ou rascunhos Em prosa rima ou testemunhos Pois virá o dia que são levadas pelo vento… José Duarte Soares, E HAJA SAÚDE, 12-03-2018
DA MINHA JANELA
Da minha janela vejo o mar E ouço-o comigo a falar Mas está muito zangado, O tempo está frio e escuro Não sei se será seguro Junto dele estar sentado. Amigo porque te zangas tanto Sabes que não sou santo Mas preciso desabafar, Mas como estás exaltado Tenho medo de estar sentado A teu lado e contigo falar. Sabes mar falo-te aqui de longe Da clausura do meu quarto como monge Pois tu serás sempre o meu confessor, Da minha vida contigo tenho desabafado E como hoje estou um pouco desanimado Contigo preciso falar, acalma-te por favor. Sabes como a vida é bela e florida Mas também faz parte da vida Dias de sofrimento e dor, Não sei porque me sinto assim Mas tem dias que para mim São difíceis, e de algum pudor. Mas penso que é comum Dias iguais não existe nenhum Mas sei que hoje não vai dar, Como estás bravo e enraivecido E eu um pouco perdido Fico aqui de longe para ti a olhar. Da minha janela estou-te vendo Mas não ouço o que estás dizendo Vou-me fechar no meu casulo, Quem sabe o tempo melhora E amanhã há mesma hora Darei aí abaixo um pulo. Desculpa se te incomodei Mas somos amigos eu sei E gosto de contigo falar, Sabes, és um amigo importante Por vezes pouco falante Mas sei que em ti posso confiar… José Duarte Soares, E HAJA SAÚDE, 26-02-2018
www.divulgaescritor.com | maio 2018
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