Poema “Dona Gina” JackMichel | Revista Divulga Escritor N° 34

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Homenagens

DIVULGA ESCRITOR

dia das Mamães

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL | ESCRITORA ANA PAULA QUINTANILHA BASTOS

Do Patrono:

Solano Trindade, patrono da cátedra número 13, nasceu no bairro São José em Recife, no dia 24 de julho de 1908, e faleceu em 1974, no Rio de Janeiro. Possuidor de grande carisma e visão, para quem a arte representava parte essencial da vida, tornou-se poeta, teatrólogo, pintor e pesquisador das tradições populares. Seu pai, Manuel Abílio, era sapateiro e apreciava dançar Pastoril e Bumba-meu-boi, acompanhado por Solano, que também lia para sua mãe, D. Emerenciana, quituteira e operária, novelas, literatura de cordel e poesia romântica. Solano realizou em 1934 o I e II Congresso Afro-Brasileiros no Recife e em Salvador. Em 1936 funda o Centro Cultura Afro-Brasileiro e a Frente Negra Pernambucana, uma extensão da Frente Negra Brasileira, e publicou o trabalho Poemas Negros. Em 1944 publicou o livro Poemas de uma Vida Simples. Sua experiência mais bem-sucedida foi a realização do Teatro Popular Brasileiro, criado por ele, por sua esposa Margarida Trindade e pelo sociólogo Édison Carneiro em 1950. O TPB se dedicava a uma leitura de danças como maracatu e bumba-meu-boi, e oferecia cursos de interpretação e dicção, e era formado por operários, estudantes, gente do povo; tendo a oportunidade de expor seu trabalho na Europa. Ao retornar ao Brasil, Solano vem a São Paulo e é convidado pelo escultor Assis para apresentar-se no Embu. Os trabalhos de Solano e Assis, irrompem na feira de artesanato e revolucionam o local, aumentando o fluxo turístico. Solano era conhecido como “o patriarca do Embu”. Solano, orgulhava-se ser chamado de “poeta negro”, sendo comparado a importantes escritores como o cubano Nicolas Guilhén, de que se tornou amigo, e ao americano Langston Hughes. Nos versos da sua poesia afirma sua ascendência com orgulho: Sou negro meus avós foram queimados pelo sol da África minh’alma recebeu o batismo dos tambores atabaques, gonguês e agogôs. Foi essa extraordinária e multifacética personagem que ornamentou, com dignidade, a cátedra nº 13, Ana Paula Quintanilha Bastos de Jesus, desta ilustre e querida Academia de Letras e Artes de Poetas Trovadores – ACLAPT-C.

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www.divulgaescritor.com | maio 2018


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