Grisham,
o rei dos tribunais Texto: Thiago Souza
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Nas últimas três décadas, ele manteve a notável média de produção de um livro por ano, sem comprometer em nada sua engenhosidade e sua qualidade literária. Embora a mesma temática permeie toda a sua obra, ele jamais se repete nos enredos. Já vendeu mais de 300 milhões de exemplares e se tornou um fenômeno de leitura não apenas nos Estados Unidos, onde nasceu, mas no mundo todo, tendo sido traduzido para mais de 40 idiomas. Antes de construir essa sólida carreira como escritor de thrillers jurídicos, John Grisham atuava como advogado em Southaven, no Mississipi. Foi só a partir dessa experiência profissional que começou a elaborar suas histórias. Seus livros são repletos de tramas e personagens situados nesse universo dos tribunais. “Duvido seriamente que alguma vez teria escrito a primeira história se não fosse advogado. Eu nunca sonhei em ser escritor. Escrevi apenas depois de testemunhar um julgamento”, conta. Como se dedicava de 60 a 70 horas por semana ao escritório de advocacia, sobrava-lhe pouco tempo para escrever – algo que ainda era um hobby nessa época. Grisham, então, passou a acordar às cinco da manhã todos os dias para dedicar as primeiras horas do dia, antes do trabalho formal, à escrita. Aproveitava também os recessos dos tribunais para escrever. Assim concluiu o seu primeiro romance, Tempo de