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Durante a primeira metade do século XX, a Semana de Arte Moderna e a Revolução de 1930 influenciaram a área educacional e a arquitetura. O edifício, aos poucos, deixou de ser compacto, extinguiu-se a divisão entre os sexos, a implantação apresentava características mais flexíveis, como o uso de pilotis, deixando o térreo livre para atividades recreativas. (FDE, 1998b apud KOWALTOWSKI, p.85).
A criação da Constituição de 1934 também influenciou o cenário da educação, já que obrigava os municípios a investirem 10% dos impostos neste setor. Além disso, com a ascensão de Getúlio Vargas, a educação pública foi idealizada para o remodelamento do país em busca da democracia (KOWALTOWSK, 2011). Para Kowaltowski (2011), nesse período, inicia-se o funcionalismo com integração entre espaços internos e externos, grandes corredores e plantas em formato de “L” ou “U”, para uma boa circulação. Um exemplo é o Grupo Escolar Visconde de Congonhas do Campo, de 1936, localizado no bairro do Tatuapé, um projeto do arquiteto José Maria da Silva Neves, que passa a refletir novas concepções pedagógicas, com espaços como o auditório, por exemplo, que passam a ser uma ferramenta para a integração, levando a uma educação mais completa (BUFFA; PINTO, 2002). Figura 04 - Fachada do Grupo Escolar Visconde de Congonhas
Fonte: BUFFA e PINTO, 20025.
Segundo Kowaltowski (2011), no Brasil, a questão de quantidade de vagas atropelava a qualidade da arquitetura, porém, o Secretário de Educação da Bahia, Anísio Teixeira, inspirado pelo programa escola-parque norte-americano, propôs um
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Disponível em: < https://biblioteca.univap.br/dados/000038/00003848.pdf> Acesso em: 06 de abril de 2021.