Fotos: Marcos Hermes
8/UBC : HOMENAGEM
ENCONTRO DE
FAGNER E ZÉ RAMALHO CELEBRAM SUCESSO DE SEU PRIMEIRO PROJETO CONJUNTO E JÁ PLANEJAM UMA TURNÊ PELO PAÍS: 'ESTAMOS EM FORMA!' Por Guilherme Scarpa, do Rio Fagner e Zé Ramalho permaneceram cada um na sua, mas com alguma coisa em comum, por quase quatro décadas de paralelas e mais do que produtivas carreiras artísticas. Embora tenham diversas afinidades - os dois nasceram em outubro de 1949 e, surpreendente e coincidentemente, moram até no mesmo prédio, no Leblon, Zona Sul do Rio -, só em 2014 conseguiram realizar um antigo desejo: “comungar no mesmo palco”, como define Fagner. Desde que apareceram no cenário musical, na década de 1970, o cearense Fagner e o paraibano Zé Ramalho traçaram caminhos paralelos, sempre de ouvidos bem atentos um ao outro. “Zé é um cara que se entrega, tem um trabalho
diferenciado, gosto muito das músicas dele, de seu jeito de cantar”, confirma Fagner. A recíproca é verdadeiríssima. “Sempre tive admiração por ele”, entrega o outro. O resultado dessa “cerimônia” movida “pela musicalidade e a poesia mútuas”, nas palavras de Zé, também idealizador do projeto, está registrado no CD e DVD “Fagner & Zé Ramalho Ao Vivo”, em que os dois cantam e tocam juntos 17 sucessos de suas carreiras. “A ideia nasceu há uns três anos”, explica à Revista UBC o paraibano, numa de suas bissextas entrevistas. “Num dos nossos encontros, falei para ele que já tínhamos cinco fonogramas em comum espalhados em nossos discos”, prossegue. Fagner já tinha gravado músicas de Zé, como “Pelo Vinho e Pelo Pão” (1978) e “Eternas Ondas” (1980), por exemplo, que, naturalmente, marcam presença no setlist do show. “Disse assim: 'se a gente fizer mais cinco ou seis canções, teremos um disco nosso'”, lembra Zé. Fagner curtiu o convite, mas achou melhor amadurecer a ideia. “Sabia que ia pintar
“Zé é um cara que se entrega” Fagner