6/UBC : NOTÍCIAS
NOVIDADES NACIONAIS com raízes brasileiras. Creio que a década de 1970 foi o start mutacional da música gospel no Brasil. O pontapé foi dado lá atrás para que hoje a música gospel (ou evangélica) cantada na língua portuguesa chegasse até a premiação com o Grammy. Como avalia o mercado de música religiosa hoje no Brasil? O mercado fonográfico da música religiosa no país deu um salto estupendo, e ouso atribuir isso à inserção de algumas canções evangélicas em trilhas sonoras de novelas, bem como à gravação de gospel evangélico por intérpretes de linha católica, uns até com mais de três milhões de discos vendidos.
'O MERCADO EVANGÉLICO DEU UM SALTO ESTUPENDO' UM DOS GRANDES NOMES DA MÚSICA GOSPEL NO PAÍS, AUTOR DE CANÇÕES DE SUCESSO, ELVIS TAVARES COMEMORA OS 30 ANOS DO LANÇAMENTO DA SUA PRIMEIRA OBRA E OS 15 DA CRIAÇÃO DA SUA EDITORA, A EFRATA MUSIC Há exatos 30 anos, o cantor, compositor e empresário Elvis Tavares lançou uma música cujo título, com pegada metalinguística, resume bem sua própria trajetória. Com “Não Há Barreiras”, gravada por Álvaro Tito, ele se lançou artisticamente e iniciou uma carreira de sucessos, alguns gravados por estrelas do gospel como Aline Barros e Cristina Mel. Quinze anos atrás, lançou o selo Efrata Music, que se tornou um dos mais respeitados do mercado evangélico. Histórico associado da UBC, o carioca Tavares, que apresenta o programa de flashbacks “Onde os Fracos Têm Vez”, com bastante repercussão na rádio Sara Brasil FM de Florianópolis, onde vive, esteve alguns anos fora da associação, mas acaba de se refiliar. Por que decidiu voltar para a UBC? Sempre tive a UBC como uma sociedade muito bem estruturada. Estive fora por contingências várias, mas, como diz aquela canção do Erasmo (que é da UBC), “eu voltei porque aqui é o meu lugar!” (risos). A criação da Efrata, há 15 anos, sedimentou uma relação bem mais antiga com o gospel, certo? Criamos a Efrata Music em 2001, motivados pela ideia fixa de levar ao autor de gospel a certeza de que os direitos deles são os mesmos direitos conferidos por lei ao autor de MPB (isonomia constitucional). Quanto a mim, que sou autor de gospel music, tenho minha história com gênese nos anos oitenta, quando tive a primeira obra gravada em disco. O que o atraiu para o mundo gospel? A primeira atração, de fato, foi fazer parte de uma igreja muito antes mesmo de a música fluir nos poros. Depois veio a clara percepção de que o gospel, quando aportou por aqui - no limiar da chegada de missionários protestantes -, tinha deixado uma herança de canções estrangeiras, ou seja, cantava-se um punhado de versões sem nenhuma identificação rítmica
O seu programa de rádio é local? Pode ser ouvido por pessoas de outras partes do país? Primeiro quero confessar que sempre quis fazer rádio, mas no Rio a coisa não vingou. Estou morando há dois anos em Floripa, e fui presenteado com a possibilidade de apresentar o programa “Onde os Fracos Têm Vez”, aos sábados, às 8h, na Sara Brasil FM. A proposta é trazer aos ouvintes aquelas músicas que acalentaram gerações e hoje, infelizmente, pouco são executadas no 'dial'. Os ouvintes em outros rincões podem ouvir graças à internet. O programa tem transmissão simultânea pelo site da rádio (http://www.radios.com.br/ aovivo/Radio-Sara-Brasil-89.1-FM/14538). Para se ter uma ideia, até mensagens do Qatar eu já recebi.
RAPPER JAPÃO LANÇA DVD PARA CELEBRAR SEUS 26 ANOS DE CARREIRA O rapper Japão, líder do Viela 17, celebra seus 26 anos de carreira com o lançamento de um DVD comemorativo, “Japão (Viela 17) – 26 anos de rap nacional”, em que repassa uma trajetória marcada pela denúncia coerente das desigualdades do país e da dura rotina das comunidades mais pobres. No dia 3 de setembro, a comemoração será num show no maior festival de arte e música urbana da América Latina, o Yo! Music, na área externa do estádio Mané Garrincha, na capital federal, onde ele vive e trabalha. “Fazer música em Brasília ainda é muito complicado! Nos anos 1980, o rock explodiu no grande centro e nas garagens da classe média alta brasiliense. Com contatos e parcerias, eles se destacaram, e Brasília foi eleita capital do rock. Já no final da década de 1980 e no início dos anos 1990, o rap veio com tudo, mas sem as condições financeiras favoráveis, pois o sistema analógico era caríssimo para nós. Tocamos de forma guerreira e conseguimos espaços, mas com pouca atenção da cultura local”, descreve o artista, que prepara uma turnê para 2017 e se orgulha de continuar na ativa apesar das adversidades: “Vendemos realidade e pagamos um preço caro por isso.”