Revista Reparação Automotiva 154

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EDIÇÃO 154 | Julho de 2021

VERSÃO IMPRESSA E

DIGITAL

DIAGNÓSTICO E TROCA DOS FREIOS DO FIAT ARGO A maneira correta de realizar o diagnóstico, manutenção e a troca dos componentes no sistema de freio do hatchback

EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE CARGA E PARTIDA

Do dínamo aos alternadores pilotados, os sistemas de carga e partida evoluem e exigem conhecimento técnico para realizar a manutenção

OFICINA MAIS LUCRATIVA

Os 5 passos para avaliar a produtividade das oficinas

LUCRO OU PREJUÍZO?

Definir as metas da oficina mostra a diferença entre ganhar ou perder

OFICINA PRODUTIVA

Agendar serviços permite ter uma visão antecipada da demanda

TRANSMISSÃO

Dicas para a instalação correta do conversor de torque

E MAIS: TODAS AS NOVIDADES DO SETOR- POR DENTRO DA REPOSIÇÃO


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Edição 154 | Julho 2021 Consultores de Gestão | Dicas Técnicas | Notícias de Mercado | Reparação Pesados | Motos

Editorial Editada pela IBR Editora e Marketing Digital, de circulação dirigida aos profissionais do segmento automotivo para contribuir com o desenvolvimento do setor. Tiragem 30 mil exemplares. Enviada para 60 mil e-mails cadastrados. Fale com o profissional que decide a compra. Anuncie! comercial@ibreditora.com.br

A evolução do mercado Equipe Revista Reparação Automotiva

N

o inicio do mês de julho, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), divulgou as projeções da produção total de autoveículos em 2021. Esta projeção foi revista para baixo, pois era estimada em 2.520 mil unidades (alta de 25% sobre 2020), ela foi reduzida para 2.463 mil (alta de 22% sobre o ano passado). Mas, ao separar os veículos leves dos pesados, a alta na produção estimada 2021/2020 caiu de 25% para 21% no segmento de automóveis e comerciais leves, e subiu de 23% para 42% no caso de caminhões e ônibus. Estas projeções confirmam que, por falta de componentes e insumos, o segmento de veículos leves deve retomar aos patamares alcançados antes da pandemia em 2022.

Diretoria Flavio Guerra guerra@ibreditora.com.br

Já ao analisar o segmento de reposição, o qual os reparadores independentes estão incluídos, as perspectivas de crescer o volume de negócios é grande.

Carlos Oliveira carlos@zmix.com.br Editor Responsável Edison Ragassi (MTB 38.204) redacao@ibreditora.com.br

Não há um estudo aprofundado como o da ANFAVEA, mas nas conversas que a equipe da Revista Reparação Automotiva mantém com os proprietários de oficinas reparadoras espalhadas pelo Brasil, o sentimento é de muito otimismo. De maneira geral, todos os segmentos econômicos precisaram se adaptar a realidade de manter o isolamento social, seguir protocolos de biossegurança e buscar novas maneiras de atender o cliente. E os empresários do setor que buscam informações, estão sempre antenados com as mudanças do mercado, conseguiram se adequar a esta nova realidade, inclusive com o auxilio da Revista.

Design Gráfico Marcos Bravo criacao1@ibreditora.com.br Comercial Fernanda Bononi comercial1@ibreditora.com.br Consultor de Negócios Jeison Lima jeison@zmix.com.br Coordenadora Financeira Luciene Alves luciene@ibreditora.com.br

SUMÁRIO

Impressão Gráfica Oceano Auditorias de tiragem, distribuição e circulação

Acesse a Banca on-line Anatec e leia a revista Reparação Automotiva, única mídia do mercado de reparação filiada à Anatec e Mídia Dados.

Apoios e Parceiras

04. ARTIGO RODIMAR Definir as metas da oficina mostra a diferença entre ganhar ou perder 06. ARTIGO KARINE Os 5 passos para avaliar a produtividade da oficina reparadora 08. ARTIGO ALEXANDRE Agendar serviços permite ter uma visão antecipada da demanda 10. CAPA A maneira correta de diagnosticar e fazer a manutenção do sistema de freio do Fiat Argo

Desde a sua criação, a publicação mescla nas plataformas que atua informações técnicas e de gestão e logo no inicio das regras de quarentena, selecionou os melhores especialistas para indicar caminhos e esclarecer duvidas. Estas dicas foram publicadas nas edições impressas, e também estão disponíveis para serem revistas no canal TV Reparação Automotiva do YouTube, área de vídeos do Facebook e arquivo em PDF no nosso portal (https://www.reparacaoautomotiva.com.br/) . Seguindo na linha de levar informações relevantes, esta Edição destaca o processo para realizar diagnóstico e fazer a manutenção nos freios do Fiat Argo, um carro que chega este ano no mercado independente. O câmbio automático está cada vez mais presente nos automóveis mais vendidos, sendo assim, preparamos uma matéria especial que explica como fazer a montagem do conversor de torque. A evolução do sistema de carga e partida também é destaque, junto com as dicas dos nossos consultores. Boa leitura e até o próximo mês!

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18. TRANSMISSÃO Dicas para instalar o conversor de torque

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22. ELÉTRICA Evolução dos sistemas de carga e partida

Rua Acarapé, 245, Chácara Inglesa CEP: 04139-090, São Paulo/SP Atendimento ao Leitor: tel. 11 5677-7773 | contato@ibreditora.com.br

28. POR DENTRO DA REPOSIÇÃO Todas as novidades do setor

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ARTIGO / DICAS PRA NÃO ERRAR

Quinta dica

COMO BLINDAR SUA OFICINA PARA TEMPOS DE CRISE

por RODIMAR MARCHIORI - Diretor da Marchiori Consultoria

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lá pessoal, na edição passada falamos sobre a importância e simbologia da meta para sua empresa, e em momentos de crise como reavalia-la. Nesta edição eu chamo a atenção da maioria dos empresários do setor de reparação automotiva, pois negligenciam uma das principais informações do seu negócio, sua oficina está gerando lucros ou prejuízos? Isso mesmo, para alguns empresários parece óbvio fazer esta análise, mas acredite a maioria não faz, não monitoram e muitos nem conhecem o processo de apuração de lucros, fazem confusão com a análise de fluxo de caixa e tomam decisões de investimentos com essa base, o que pode ser um grande risco. Para saber se sua oficina está gerando lucros utiliza-se a ferramenta gerencial ou contábil chamada DRE – Demonstrativo de Resultado do Exercício, que irá evidenciar se os números atuais estão gerando lucratividade ou prejuízo. Quando você define as principais metas da sua oficina, você deve considerar a projeção de lucros que deseja obter, após definir essa projeção é preciso monitorar mensalmente se está acontecendo conforme o planejado, portanto fazer apuração de lucros mensal é primordial para o sucesso do seu negócio. Em tempos de crise, com baixa de 04 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

faturamento e resposta lenta do mercado, o empresário deve reavaliar suas estratégias de custos fixos, variáveis e planejamento de vendas, sempre avaliando o impacto na lucratividade, através da análise do DRE. O motivo mais comum das oficinas não fazerem esta análise, é pela falta de conhecimento gerencial, por histórico do setor a maioria dos empresários surgiram da área técnica, valorizando assim sempre a atualização técnica na empresa e pouco investimento na área gerencial e administrativa. Mas o tempo passou, o mercado está mais competitivo, os clientes mais exigentes e as margens menores, e isso exige que os empresários do setor de reparação entendam, não é opcional você querer aprender sobre gestão, mas sim exigência básica e tão importante quanto a qualificação técnica para o sucesso da sua oficina. Portanto se você não faz apuração de lucros fica a dica, primeiro aprenda como fazer, depois determine como regra todos os meses avaliar o resultado, quanto realmente sobrou de lucro sobre o faturamento gerado. Para receber mais dicas de gestão, siga nas redes sociais Instagram, Facebook e no Youtube Rodimar Marchiori, e participe do Grupo no Telegram envie seu Nome, Cidade e Estado para o WhatsApp (48) 9 9959 9733.



ARTIGO / OFICINA MAIS LUCRATIVA

CINCO PASSOS PARA AVALIAR SUA PRODUTIVIDADE COMERCIAL por KARINE QUINJALMO, mãe do Enzo, mentora de soluções em sistemas para a reparação automotiva, especialista em processos e custos, mentora e consultora empresarial e diretora da Oficina Mais Sistemas de Gestão. www.oficinamais.com.br

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lá, pessoal! Tudo bem com vocês? Para quem me acompanha aqui, sabe que eu escrevo sobre o meu dia a dia. Tudo o que acontece comigo, com nossos clientes e com as mais diversas pessoas do segmento automotivo é o que me inspira a traduzir em palavras e compartilhá-las com vocês. Iniciamos o segundo semestre de 2021 e nestes dias de encerramento de um ciclo e início de outro, foi muito latente o questionamento sobre o desempenho de produtividade das equipes. Se isto, está muito presente pra você também... continue aqui comigo... Inicio respondendo o que me perguntam com muita frequência: não é necessário um software para apurar este resultado? Todo e qualquer software, te auxiliará no refinamento da informação e na construção da melhoria! É possível sim, você iniciar esta apuração baseada nas informações que você já possuiu sobre sua oficina mecânica. Vamos levantar este resultado? Então, tenha em mãos os registros do seu último mês de vendas e mãos à obra! Vamos avaliar sua produtividade comercial, ou seja, o quanto você transformou em venda a sua capacidade de produção. PASSO 01: Levante o quanto você vendeu em serviços, ou seja, o quanto você faturou de mão de obra. Em meu exemplo ilustrativo, a oficina faturou R$15.000 em serviços próprios. PASSO 02: Qual a referência de valor por hora vendida? Se você forma o peço por tarefa, calcule da seguinte forma: Baseado num serviço muito freqüente e rotineiro na sua oficina, divida o valor cobrado, pelo tempo estimado de serviço. Como exemplo: o valor da manutenção do sistema de freios é de R$ 330,00 e aqui a estimativa é de 3 horas de serviço.

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Então R$330,00 divido por 3 horas é igual a R$ 110,00 por hora. Agora que já temos definido o valor de referência da hora, vamos ao passo seguinte. PASSO 03: Calcular o quanto conseguimos vender em horas o faturamento realizado. Então, divida o faturamento R$ 15.000 por R$ 110,00 (resultado do passo número 02). Sendo assim, neste exemplo, o resultado foi de 136,36 horas vendidas. Agora já temos a nossa produtividade comercial em horas! Vamos identificar o quanto isto representa da capacidade de venda? PASSO 04: Levantar a capacidade de produção da oficina. Em junho, como exemplo, tivemos aqui, 22 dias úteis com uma jornada de 8,80 horas por dia (relógio centesimal) a cada dia. Ou seja, 193,60 horas disponíveis. E agora, vamos levantar o índice de conversão. PASSO 05: Cálculo da produtividade comercial: 136,36 horas vendidas dividido por 193,60 horas disponíveis. Neste exemplo: 70,43% das horas disponíveis foram transformadas em vendas. Um bom resultado! Enfim, de forma bastante simplificada e objetiva, você pode sim, levantar e analisar o desempenho comercial da sua oficina. Avalie o resultado geral e da mesma forma, o resultado por técnico. Isto te auxiliará na orientação profissional dos reparadores e na sua análise sobre como você ainda pode melhorar para que seu resultado seja ainda melhor. Pense nisto! E se de base nesta orientação, você tiver dúvidas, ou maiores informações do mercado e seu resultado, entre em contato pelos nossos canais de atendimento. Esta é nossa especialidade e estamos aqui para te auxiliar. Esta é minha dica, para a sua oficina ainda mais lucrativa!


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ARTIGO / OFICINA PRODUTIVA

SUA OFICINA NÃO VAI CRESCER SEM AGENDAMENTO por ALEXANDRE COSTA, consultor sênior especializado em inovação para o setor automotivo, com 25 anos de experiência. Palestrante convidado a participar dos principais eventos do mercado em todo o País e diretor da ALPHA Consultoria, empresa dedicada ao segmento automotivo

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omo falei na edição passada da coluna, coloquei aqui questionamentos a respeito do porquê as oficinas e centros automotivos não realizam atendimento, se grande parte dos serviços prestados são previsíveis e de fácil programação. Nesse artigo de hoje, passo a afirmar, categoricamente, que se sua oficina não implementar um processo de agendamento dos serviços ela nunca irá crescer. Mas não falo só da dificuldade de crescimento no aspecto financeiro, falo como negócio, em si, onde nunca será uma empresa madura sem ter um processo de agendamento. Por isso não se engane, por mais que sua empresa tenha bons resultados de vendas, sem agendar, nunca terá um processo efetivamente eficiente, controlado e previsível. Nunca será uma “empresa”, no sentido mais completo da palavra! Será sim, apenas um negócio que atende clientes a esmo, que depende de demandas espontâneas, sendo por conta disso difícil de gerir e quase impossível de realizar projeções para o futuro. O “Agendar”, permite ao empresário ter uma visão antecipada da demanda que está por vir, e assim, poder se antecipar a isso, contribuindo para uma melhor gestão da área de compras, principal-

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mente relacionado a materiais de consumo e itens de maior giro. Outra vantagem é que os serviços passam a ser distribuídos pelos dias da semana, evitando o acúmulo de trabalho em um único dia, o que pode saturar a capacidade produtiva da oficina, comprometendo a produtividade. Mas não é simplesmente agendar, por agendar. Há todo um processo por trás disso! É preciso ter critérios para agendar, que levem em consideração o tipo de serviço, nível de urgência, grau de complexidade do trabalho, e os recurso disponíveis para o atendimento. Porém, algo importante: agendamento é compromisso! E agendar um cliente e não ser capaz de realizar o serviço ou não saber ao menos estimar um prazo para conclusão do trabalho é uma clara perda de oportunidade com cliente, e frustação de suas expectativas. Então, se não é capaz de cumprir esses pontos, melhor se organizar antes. Para finalizar, entenda que implementar um processo de agendamento só traz benefícios, e se bem executado, não burocratiza o processo, muito pelo contrário, dá fluidez ao trabalho, organiza as rotinas e elenca prioridades. É tudo que sua oficina hoje precisa.


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CAPA / TROCA DE FREIOS DO FIAT ARGO Por Felipe Salomão/ Texto técnico: Cobreq/ Fotos: Saulo Mazzoni

DIAGNÓSTICO E TROCA DOS FREIOS DO FIAT ARGO Acompanhe a maneira correta de diagnosticar e, também, de fazer a manutenção do sistema de freio do hatchback

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ançado em 2017, o Fiat Argo tem feito bastante sucesso no mercado nacional, uma vez que ficou em quinto lugar no ranking de vendas em sua categoria com 65.943 unidades emplacadas em 2020. Já neste ano, o hatchback teve 32.230 unidades licenciadas até maio, o que mantém a mesma posição do ano passado. Com isso, o modelo, que já tem 4 anos de mercado, começa a chegar nas oficinas reparadoras independentes e, assim, gerando dúvidas de como fazer a manutenção de diversos equipamentos, componentes e sistemas, como o de freio. Para mostrar a maneira correta de diagnosticar e, também, de fazer a manutenção dos freios dian10 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

teiros e traseiros, a equipe de reportagem da Revista Reparação Automotiva viajou até Campinas, onde fica o Centro de Treinamento da DPaschoal – CTTi para fazer a troca do sistema por completo. Além disso, todo o procedimento de reparabilidade foi realizado com a supervisão de Luiz Castro, técnico da Cobreq. O reparo foi realizado em um Fiat Argo com 40 mil quilômetros rodados. DIAGNÓSTICO Para saber se o veículo está com problemas no sistema de freio é preciso observar as luzes do painel, claro, sempre acompanhado do proprietário do veículo.

1. Ligar o contato do veículo para

que todas as luzes acendam. Ao fazer isso, a luz de ABS se apagará rapidamente, o que mostra o funcionamento pleno do equipamento. Ficaram acessas apenas as luzes de ignição e de freio, que indica que o freio de estacionamento está acionado.

2. Ligar o veículo sem acelerar até estabilizar a marcha lenta. Com isso, o pedal de freio tende a descer, o que possibilita fazer o teste de curso de pedal. Basta


Assista o vídeo deste passo a passo no canal TV Reparação Automotiva

segurar o pedal do freio como se estivesse dirigindo. Depois de fazer isso, desligar o motor para parar de gerar o vácuo na câmara do servo freio. Se estiver tudo em ordem o pedal não se moverá. Caso haja algum vazamento a tendência é o pedal se mover.

3. Olhar se o reservatório do fluido de freio não tem vazamento e, também, a coloração. É importante dizer que fluidos das categorias DOT3, DOT4 e DOT5.1 são desenvolvidos a base de poliglicol. Deste modo, absorvem a umidade e passam para estado ácido com o tempo de uso e variações da temperatura.

transmissão da pressão aplicada ao pedal de freios, máxima capacidade de lubrificação do sistema, e também a capacidade de manter se inerte em todo o sistema. O fluído para freios não pode reagir interferindo de modo nocivo em partes ou em componentes dos sistemas, mesmo que esteja aplicado em uma condição de diversidade de materiais no mesmo sistema. Ocorre que a medida em que o produto vai se aproximando do final de sua de vida útil, sua estrutura química vai se alterando gradativamente. Seus diferentes componentes perdem pouco a pouco estas capacidades, ou seja, a transmissão da força, a lubrificação e principalmente a capacidade de se manter inerte aos diferentes componentes de todos o sistemas que operam com fluído, que passa de um estado alcalino (inerte aos sistemas), para um estado ácido. Em veículos onde o acionamento do sistema de embreagem é feito por atuador hidráulico que utiliza o fluído de freios ocorrem estas mesmas transformações.

OBS: O DOT4 é utilizado no Fiat Argo. Este lubrificante suporta até 230º de temperatura, mas ao absorver a umidade pode diminuir este suporte a temperatura em mais de 60º, gera desgaste ao sistema de freio. Além disso, a acidez acontece por conta do contato com outros componentes do veículo. Os fluidos para freios são produzidos a partir da junção de vários produtos químicos. Esta junção confere aos fluídos características funcionais tais como: máxima

da degradação dos componentes dos sistemas que utilizam fluído para freios. Estas alterações, comprometem a eficácia, e a segurança do veículo. Assim cabe mais um importante alerta. As partes mecânicas (tais como válvulas solenoides ou equalizadoras, centralinas), dos sistemas eletrônicos (ABS, EBD, ESP, ASR.), estão em contato de forma permanente com o fluído para freios. Para a garantia da segurança e das melhores condições de operação de todos os sistemas que operam com fluído para freios recomenda-se a revisão periódica, e a substituição total do fluido, uma vez ao ano ou a cada 10.000 km, o que ocorrer primeiro. 4. Para analisar o estado do fluído de freio é necessário utilizar o equipamento Textar Brake Fluid Tester, que mostra como está a real condição de umidade do fluido. O equipamento é ligado na própria bateria do veículo, o que permite também fazer um rápido diagnóstico na bateria do carro.

A transformação de estrutura química ocorre principalmente durante o tempo de vida do fluído. E neste período o fluido para freios também absorve umidade do ar, reduzindo em alguns casos em 50% sua capacidade de suportar temperatura. Desta forma no final de vida útil teremos, na maioria dos casos, um fluído com duas condições nocivas aos sistemas de freio, e de embreagem assistida por atuadores hidráulicos. Teremos um liquido ácido e úmido. É esta a somatória de condições a principal causa REPARAÇÃO AUTOMOTIVA | 11


CAPA / TROCA DE FREIOS DO FIAT ARGO 5. Com uma seringa, e com bastante cuidado, uma vez que os fluídos para freios são corrosivos, retirar uma pequena amostra e colocar em um recipiente.

6. Levar a ponta do equipamento até o recipiente onde está localizado o fluído. No caso do Fiat Argo, o lubrificante estava em 192º. Apesar do número, não há necessidade de fazer a troca, já que o DOT4 tem pleno funcionamento até 155º. É importante informar que o DOT3 precisa estar até 140º e o DOT5.1 tem que chegar até 180º.

12. Instalar o recipiente para o fluido do freio. Soltar o flexível com a chave estrela.

FERRAMENTAS UTILIZADAS 9. Serão utilizadas duas chaves estrelas para soltar o guia e para abrir o sangrador, um alicate para flexível de freio, uma chave allen de 7 mm para soltar o suporte de pinça, uma chave torx 12 para soltar o cavalete da manga de eixo, um tambor para fazer a sangria do sistema e, por fim, um equipamento para retornar o êmbolo de maneira paralela.

13. Soltar a pinça de freio com a chave allen de 7 mm

14. Retirar com as mãos a pastilha. Caso necessério, utilizar uma chave de fenda. DESMONTAGEM 10. Com uma chave de fenda retirar as molas que prendem a pinça de freio.

7. Com o carro suspenso, olhar primeiro o sensor de ABS.

11. Obstruir o flexível com o alicate próprio para este uso.

8. Depois de analisar o estado do ABS, checar se as junções do flexível não têm vazamentos. Após fazer todo esse procedimento começar a desmontagem. 12 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

15. Colocar a ferramenta dentro da pinça para realocar o êmbolo. Com ela, não é necessário fazer muito esforço e, também, não danifica a peça.



CAPA / TROCA DE FREIOS DO FIAT ARGO 16. Evitar que a pinça fique pendurada, pois pode causar um desgaste desnecessário nesta região. Utilizar uma corrente ou um arame para prendê-la corretamente.

17. Utilizar a chave estrela 12mm para soltar o parafuso que fixa o cavalete da manga de eixo. Ao retirá-lo observe se está em perfeito estado.

18. Com a chave estrela de 12 mm soltar os guias do disco de freio, que são os parafusos responsáveis por prender o disco no cubo.

20. Utilizar o relógio comparador. Antes de montar o relógio comparador no disco, limpar com uma lixa fina para tirar a oxidação e depois passar o produto feito especialmente para limpeza do sistema de freio.

21. Montar o relógio comparador no rolamento para testar a oscilação. No caso do cubo é recomendado uma variação que fique inferior à de 5 centésimos para carros do porte do Fiat Argo. No disco essa variação não deve ser maior do que 10 centésimos.

22. Depois de montar, é necessário dar uma volta no cubo para observar a oscilação.

24. Fazer a limpeza do disco novo com um pano que esteja totalmente limpo. Não é necessário utilizar gasolina, thinner ou qualquer outro tipo de solvente. 25. Montar os guias para que o disco fique apoiado no cubo. Utilizar a chave de 12 mm para prender os guias.

26. Montar o relógio comparador para realizar a medida do disco. É preciso colocar sempre a ponta seca no limite da borda do disco. Esse procedimento é feito para saber se há algum problema de usinagem no disco.

19. Após fazer isso, o disco sai totalmente. 23. Utilizar um paquímetro de ponta seca para medir a espessura do disco de freio, no ponto de maior desgaste, que no caso do Fiat Argo não deve ser inferior a 10,20 mm. Discos abaixo do TH devem ser substituídos. 14 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

27. Girar o disco para fazer o teste de medição.


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CAPA / TROCA DE FREIOS DO FIAT ARGO dois lados. Geralmente esse problema acontece por causa do fluído de freio ter atingido seu prazo final de vida útil.

28. Antes de colocar as pinças, realizar a limpeza da pinça e dos pinos. Deste modo, não ficará nenhum resíduo das pastilhas, poeira ou sujeiras. Utilizar o produto Textar Formula XT.

32. Colocar a mola com as mãos. Neste caso, também deve utilizar um pequeno martelo para ajustá-la. Não é necessário usar alicate. 35. Retirar com um pincel a poeira do sistema a tambor.

29. Prender o cavalete na manga de eixo com a chave estrela 12 mm.

30. Após realizar este procedimento, montar as pastilhas. A utilizada no Fiat Argo é da Cobreq N598 com anti ruído.

31. Utilizar chave allen de 7 mm para fazer a montagem do conjunto de pastilhas. 16 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

TROCA FREIO TRASEIRO 33. Ao realizar a manutenção do sistema de freios, sempre verificar os tambores na traseira, isso porque o freio traseiro, além de manter o veículo na direção correta, é nesta parte do sistema onde ocorrem de 30 a 35% da potência necessária ao processo de frenagem.

34. Depois de abrir, verificar se o cilindro não está úmido. Caso esteja, é preciso fazer a troca dos

36. Com duas chaves de fenda fazer a regulagem do tambor até que a folga fique menor. Isso irá tirar a folga do pedal. Este procedimento não deve ser realizado por meio dos furos do tambor.


Assista o vídeo deste passo a passo no canal TV Reparação Automotiva

SANGRIA 37.Encaixar o bujão com uma mangueira transparente no sangrador localizado na dianteira.

38. Bombar o freio levemente para que o fluído de freio novo empurre o antigo que está na tubulação. É importante dizer que esta técnica sempre deve ser feita em formato de “Z”, começando pela roda dianteira esquerda passando para a roda traseira direita depois para roda dianteira direita e, por fim, a roda traseira esquerda. Também sempre faça a substituição total do fluído de freio, nunca complete. O fluido tem validade de um ano ou 10 mil km.

REGULAGEM DE FREIO DE MÃO E PRÉ-ASSENTAMENTO

Depois de montar todo o sistema, basta retirar o carro do elevador e colocá-lo no chão para fazer a regulagem do cabo de freio de mão. Além disso, é preciso fazer o pré-assentamento de pastilhas. Em uma rua com pouco tráfego, deve-se acionar o freio para que

a velocidade caia de 60 km/h até 20 km/h. Logo após, é preciso dar um “respiro” ao sistema para que ele se refrigere. Em ambiente com segurança, repita a operação de pré assentamento de 60 km até 20 km por hora entre 5 e 10 vezes com intervalos de 1 minuto para refrigeração do conjunto.

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CTTi DPaschoal: faleconosco@dpaschoal.com.br

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REPARAÇÃO AUTOMOTIVA | 17


TRANSMISSÃO / CONVERSOR DE TORQUE

DICAS PARA INSTALAÇÃO BEM SUCEDIDA DO CONVERSOR DE TORQUE

A

lgumas vezes, quando se pratica algum esporte, é necessário dar uns passos para trás e voltar ao básico para se obter o melhor desempenho. Isto se aplica também a outras coisas em nossa vida também. Neste artigo, vamos olhar o básico de uma instalação do conversor de torque. Seguindo estes procedimentos básicos, seremos ajudados a evitar o odiado retorno e possível serviço em garantia em nossa oficina.

esteja limpo e livre de óleo.

nos de alinhamento.

Uma das áreas mais negligenciadas a serem verificadas é o alojamento do piloto do conversor, na parte traseira do virabrequim ou adaptador do flexplate. As transmissões 4L80-E e A4LD/4L55 tiveram problemas nesta área. Certifique-se que o alojamento do piloto do conversor esteja limpo e não apresente desgaste, e então aplique uma leve camada de graxa ao alojamento.

Com este procedimento realizado, estamos prontos para dar atenção ao próprio conversor. Compare o novo conversor com o original, prestando atenção ao diâmetro e comprimento do piloto e do cubo. Remova qualquer tinta do piloto, e certifique-se que as orelhas de montagem são do tipo correto e as roscas estejam em boas condições, limpas e isentas de tinta.

O primeiro passo na instalação do conversor começa antes de abrirmos a transmissão. Inspecione a face traseira do bloco do motor onde a transmissão é fixada por parafusos, para se certificar que ela está limpa e livre de quaisquer tinta ou rebarbas. E verifique se os pinos de alinhamento estão em seus alojamentos e são longos o suficiente para alinhar a transmissão com o centro do motor. Se o motor de arranque teve de ser removido, certifique-se que ele

Inspecione o flexplate quanto a desgaste na superfície de montagem dele ao conversor e certifique-se que não haja trincas. Bata no flexplate com uma chave; ele deverá soar como um sino. Se ouvirmos qualquer vibração ou som cavo, o flexplate poderá estar trincado.

Devemos também verificar se os ângulos das palhetas são iguais (figura 1). Se houver qualquer diferença entre os dois conversores, ligue para seu fornecedor de conversores para se certificar se existe alguma alteração aprovada nele.

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Agora, vejamos a transmissão. Certifique-se que a face da carcaça da transmissão está limpa e livre de tinta e rebarbas, e não existe desgaste nos furos dos pi-

Agora, inspecione a folga final do conversor: ü Selecione um eixo ou peça similar que seja maior que as estrias da turbina e menor que as


estrias do estator. ü Inverta o conversor de maneira que o cubo da bomba do conversor fique voltado para baixo e use o eixo para empurrar o cubo da turbina para cima. De maneira geral, deveríamos obter um movimento entre 0,25 mm e 0,75 mm de folga. Alguns modelos de conversores variam esta medida, assim, quando em dúvida, fale com seu fornecedor acerca da medição correta de cada tipo. Estamos agora prontos para colocar o conversor contra o flexplate

e certificarmo-nos que o piloto e as orelhas de montagem estão bem ajustados. Se tudo estiver OK, agora procedemos ao pré-abastecimento do conversor utilizando cerca de 1 litro de fluido recomendado para a transmissão. Além de lubrificar os rolamentos internos do conversor, isto ao revestimento da cinta do lock-up tempo para absorver o fluido da transmissão. Muitas oficinas que recondicionam conversores não mergulham previamente as embreagens, devido à grande quantidade de fluidos disponíveis exigidos pelos fabricantes. Isto torna o preenchimento do conversor com fluido especialmente importante.

Ao instalar o conversor na transmissão, certifique-se de seguir as instruções do fabricante, e tenha cuidado de não danificar o retentor interno do mesmo. Lubrifique o vedador da bomba e sua bucha com fluido, não graxa. Em algumas transmissões de modelos mais recentes, tais como a 6F50 e a 6T70, devemos instalar o conversor na transmissão em posição vertical. Em outras unidades, tais como a 45RFE, uma instalação descuidada pode facilmente danificar a arruela de apoio do cubo da turbina à tampa, que é feita de material plástico.


TRANSMISSÃO / CONVERSOR DE TORQUE No momento de instalar a transmissão, certifique-se que a superfície de apoio assenta completamente o bloco do motor, com os pinos guias instalados corretamente e não haja folgas entre a superfície de assentamento do bloco e a transmissão, antes de apertar seus parafusos. Empurre o conversor totalmente para dentro da transmissão e meça a folga entre o flexplate e as orelhas de fixação. Em muitas unidades, esta folga deve estar entre 3,5 mm e 6,0 mm. Em conversores que possuem prisioneiros soldados, empurre até a base do prisioneiro para forçar o conversor de volta à transmissão e então puxe o conversor para a frente na direção do flexplate.

Isto facilitará a colocação inicial da porca no prisioneiro. Se houver folga muito grande, podemos adicionar espaçadores entre o flexplate e as orelhas de fixação. Os espaçadores deve-

rão ter todos a mesma espessura e devemos nos certificar que o pilot do conversor ainda se encaixa perfeitamente em seu alojamento no virabrequim. Instale todos os parafusos do


conversor somente com as mãos inicialmente. Nunca utilize uma ferramenta de impacto para apertar os parafusos de fixação do conversor. Isto com certeza vai danificar o conversor. Utilize uma ferramenta manual ou a catraca. Em unidades com montagem cega, certifique-se de estar utilizando o comprimento correto dos parafusos e nunca ultrapasse o torque recomendado. Ultrapassar o torque recomendado ou parafusos que são compridos demais poderão danificar a superfície de reação da embreagem do lock-up, na face interna do conversor. Ao abastecer a transmissão,

CARLOS NAPOLETANO Diretor Técnico da Aptta Brasil www.apttabrasil.com

sempre siga os procedimentos indicados pelo fabricante. Transmissões modernas possuem bombas de alta capacidade e tubos de alimentação ou portas de alimentação pequenos, portanto é possível que a bomba funcione sem o devido suprimento de fluido e assim seja danificada durante seu fun-

cionamento inicial. Quando tomamos um tempo extra e cuidados básicos ao instalarmos um conversor de torque, podemos evitar muitos problemas e economizar tempo e dinheiro a médio e longo prazo no atendimento de nosso clientes, e preservação de nossa reputação como técnicos.


ELÉTRICA / SISTEMAS DE CARGA DE PARTIDA

A EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE CARGA E PARTIDA

Parece novidade, não é mesmo? Em 1998, eles voltam com o alternador reversível nos modelos da Mercedes Benz. Em 2010, a PSA (Peugeot e Citroën), apresentou a tecnologia STOP-START, não está escrito errado, é outro sistema mesmo.

PARTE 1

O

lá, amigo reparador, tudo bem? Vamos para mais uma edição da Revista Reparação Automotiva. Nosso tema: A evolução dos sistemas de carga e partida. Na edição anterior de número 153, falamos da evolução dos sistemas de freios. Pois bem, apresentamos o veículo Hudson super SIX de 1925, e estamos de volta com ele, para mostrar uma novidade, da década de 20 e 30 aplicadas nestes veículos, e ela voltou em 1998 ao mercado automotivo nos carros avançados, cujo setor de reparação automotiva brasileira não detinha conhecimento destas tecnologias aplicadas.

SISTEMA DE CARGA E PARTIDA UNIFICADOS Lembro-me de um amigo de profissão que me contou a seguinte situação vivida por eles em 1968, quando chegou o Corcel e o Opala, os quais traziam uma novidade: o alternador. “Puxa vida, agora não vamos conseguir trabalhar, o gerador (dínamo utilizado antigamente) destes carros tem um circuito diferente, na concessionária me informaram que chama diodo, e não haverá mais reparo na oficina, vamos trocar tudo completo” falava ele. Passou-se o tempo, e fazendo cursos de aperfeiçoamento, os reparadores independentes dominaram as informações sobre o alternador. EVOLUÇÃO DO SISTEMA O Hudson Super Six, já em 1925 trazia o GERA-ARRANQUE. O sistema é unificado, gerador e motor de partida em uma só estrutura, era fabricado pela americana DELCO REMY.

´´O STOP-START, trazia um alternador desenvolvido pelo Valeo, chamado de alternador reversível, onde em cada parada o veículo desliga o motor e parte pelo alternador, como no Hudson Super Six de 1925, um único componente. Em 2019 a Valeo apresenta a evolução deste alternador nomeando o mesmo com i-Stars.

Alternador reversível instalado em um motor Mercedes-Benz

Alternador i-Stars da Valeo

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LEANDRO MARCO Professor de manutenção automotiva, graduado em Produção Mecânica Industrial, Mecatrônica Automotiva, Pós Graduado em Engenharia de Manutenção Automotiva, atua na reparação automotiva há 34 anos, proprietário da General Tech, Oficina de linha Premium em Uberaba MG.

SOLUÇÃO: Estes alternadores são controlados por unidades eletrônicas, cuja programação é voltada para a busca de eficiência energética e redução de emissões de poluentes.

Ainda em nosso mercado é raro ver veículos com frequência nas oficinas independentes, mas esteja preparado, pois a qualquer momento um entrará pelo portão da oficina, e cliente dirá: “Meu veículo está com problema no motor de partida”, e você poderá encontrar um alternador reversível instalado. A MANUTENÇÃO A manutenção como qualquer outra, deve seguir padrões técnicos, possuir conhecimento técnico e ferramental adequado. Quando falamos de ferramental, lembramos que biblioteca técnica é considerada ferramenta de trabalho na oficina. Aqui na General Tech Automotive Diagnostic, utilizamos: ü Sistema de Informação das montadoras, ü Simplo-Plus, üCatálogos das Fabricantes de autopeças.

Diagrama do Alternador reversível DS3 2010.

Pelo diagrama, talvez você pergunte:

“Mas como pode apenas um fio que realiza este comando de carga e partida?”. É através da rede de comunicação veicular LIN. Através da rede LIN, a central de comando do motor, realiza leituras do alternador, bem como seu estado de carga, temperatura e comanda a partida através do mesmo. No próprio alternador em sua placa traseira, existe um módulo de comando. Para fechar, vamos apresentar uma falha, vivida na oficina com um Peugeot 3008 1.6 THP. FALHA: P0A3B – Alternador Pilotado – Temperatura muito elevada

Diagrama do Alternador reversível do Mercedes C350 2007.

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Estes novos sistemas de carga e partida pilotados são monitorados de forma a prevenir quaisquer situações que venham trazer danos ao funcionamento do veículo.

Observe esta imagem:

Existe uma capa defletora de calor em torno do catalisador. O veículo que apresentou a falha P0A3B, estava sem este defletor, transmitindo calor excessivo ao alternador. Para o motorista, aparece na tela multimídia, a mensagem de alternador com defeito, acende um triângulo vermelho no painel de instrumentos e mensgem de STOP. O triangulo e a mensagem de STOP, aparecerão sempre que houver alguma falha a ser corrigida, por isto a necessidade de realizar diagnostico com scanner para saber qual a real origem da falha apresentada. Outra mensagem será o eletroventilador que aciona na velociadade alta o tempo todo. Bom meu amigo, você já deve ter notado pelo título, que teremos a segunda parte desta matéria, onde vamos mostrar a manutenção de um alternador pilotado, seu interior e identificação dos componentes. Até a próxima!


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REPARAÇÃO PESADOS & UTILITÁRIOS por Redação | fotos Divulgação

CNH INDUSTRIAL AMPLIA A GARANTIA DE PEÇAS As peças genuínas e NEXPRO passam a contar com seis meses de garantia nas compras diretas no balcão da concessionária. Os componentes de reposição foram desenvolvidos para as máquinas agrícolas da Case IH e da New Holland Agriculture; equipamentos de construção da CASE e da New Holland Construction; para os veículos IVECO e para os motores da FPT Industrial, todas marcas da CNH Industrial. Segundo Eduardo Baruel, responsável pelo departamento de garantia e qualidade da empresa, o prazo prolongado é uma forma de beneficiar os clientes e reforçar a credibilidade das peças. A garantia estendida de seis meses é válida também para as peças adquiridas no comércio eletrônico das marcas CASE e New Holland Construction. Já as peças adquiridas e instaladas nas oficinas da rede de concessionárias permanecem com doze meses de garantia.

CAMINHÃO VOLKSWAGEN ELÉTRICO ESTÁ NO MERCADO BRASILEIRO A VW Caminhões e Ônibus lança o VW e-Delivery, o caminhão urbano leve totalmente movido a energia elétrica, passa a ser oferecido com um serviço inédito de consultoria e serviços para a mobilidade elétrica. Totalmente desenvolvidos, testados e fabricados no Brasil, os modelos e-Delivery com 11 e 14 toneladas de peso bruto consumiram R$ 150 milhões em investimentos. Isso equivale a mais de 400 mil quilômetros de testes e a participação de 150 engenheiros e técnicos brasileiros. Os lançamentos VW e-Delivery 11 e 14 toneladas têm a bordo tecnologia de ponta com os mais refinados sistemas de inteligência. E também chegam às lojas com exclusiva consultoria comercial, novos planos de manutenção Volks|Total e-Prev e e-Prime, além de uma estrutura de serviços e pós-vendas Volks|Care, especialmente desenhados para assegurar a disponibilidade do veículo e reduzir seu custo operacional.

PLANO DE MANUTENÇÃO SCANIA A Scania apresenta o Programa de Manutenção Scania Premium Flexível Uptime. Entre as novidades está o Control Tower, que promete reduzir em até 30% o tempo de parada nas concessionárias, e a modalidade Pay per Use com cobertura customizável (pague o que usar), ambas as soluções foram criadas pela Scania Brasil em relação à atuação global da marca. Até o final de julho, todos os clientes do PMS Premium Flexível terão a adição da Control Tower sem custo adicional. Ele contempla as manutenções preventivas e as corretivas de forma individualizada e personalizada e que influência também diretamente na disponibilidade, pois há menos paradas para manutenções. Há contratos de adesão de três, quatro ou cinco anos.

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por: Edison Ragassi / Fotos: Divulgação

GRUPO UNIVERSAL AUTOMOTIVE LANÇA LINHA DE QUÍMICOS O Grupo Universal Automotive Systems lança a linha UNI1000 de químicos. Ela é composta por limpa contato aerossol, descarbonizante aerossol, silicone spray, graxa multiuso aerossol, álcool 70° multiuso aerossol, e desengripante. “Apostamos na UNI1000 para diversificar ainda mais a nossa oferta de produtos para o aftermarket, que soma mais de 23 mil itens. Temos a maior rede de vendas do mercado, com múltiplos canais, como presencial, televendas e loja virtual, com atuação em todo o Brasil e no exterior”, afirma Ricardo Ferreira, fundador e presidente do Grupo.

ANDAP COMPLETA 50 ANOS A ANDAP – Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças, comemora 50 anos e promove uma série de ações que envolvem mudanças na comunicação e eventos online para celebrar a data especial. A entidade congrega os maiores e mais representativos grupos da distribuição de autopeças do Brasil. Ela reuni empresas tradicionais que fizeram história no aftermarket brasileiro presentes com suas filiais em todo o território nacional, bem como importantes fabricantes.

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MANUAL DE NORMAS TÉCNICAS PARA PNEUS A ALAPA– Associação Latino Americana de Pneus e Aros, disponibiliza o Manual de Normas Técnicas 2021 de forma totalmente gratuita. O arquivo esta disponível no site www. alapa.org.br, que traz a versão em língua portuguesa e espanhola. O manual possui 12 capítulos e mais de 300 páginas de informações técnicas voltadas para pneus, aros e válvulas de automóveis, camionetas, motocicletas, caminhões, ônibus, veículos industriais, tratores e máquinas fora de estrada.

AMORTECEDORES PARA CHERY, FIAT, CHEVROLET, MERCEDES-BENZ E MINI A Nakata passa a disponibilizar amortecedores HG para veículos de cinco montadoras. No total são 25 lançamentos que atendem o Chery Tiggo 5 e Tiggo 7, Fiat Mobi, Uno, Strada, Grand Siena, Palio e Palio Weekend, Chevrolet Camaro, Mercedes-Benz A 200 e Mini Cooper, One, Clubman, D e S. Os códigos e outros lançamentos estão no catálogo eletrônico: wwww.catalogonakata.com.br

KITS DE RODA COM ROLAMENTO Presente em mais de 70% das montadoras do país, a Freudenberg-Corteco fornece para o mercado de reposição kits de roda com rolamento 54006k (VW), 54010k (GM) e 54002k (Ford). Seu portfólio de produtos também inclui retentores, juntas para linha pesada, coxins, transmissão automática e kit de direção hidráulica. Para auxiliar os reparadores, também disponibiliza vídeos com dicas técnicas em seu canal Corteco Brasil do YouTube.


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DAS PISTAS PARA AS RUAS A Viemar Automotive é fornecedora técnica das principais categorias do automobilismo nacional, como Stock Car, Stock Light, Império Endurance Brasil e Mercedes-Benz Challenge, entre outras. Também apoia o veterano piloto Paulo Gomes na Old Stock Race. A empresa utiliza as informações obtidas nas competições para aprimorar seus produtos. Apesar das dificuldades causadas por causa da pandemia, ela fechou 2020 com 27% de aumento de vendas e 20% de aumento no seu quadro de funcionários.

NOVO MOTOR TURBO RENAULT A Renault passa a utilizar no novo Captur 2022 o motor TCe 1.3L Flex Turbo com 170 cv de potência e 27,5 kgfm de torque. Fabricado na Espanha, ele foi desenvolvido em parceria com a Daimler e trás soluções utilizadas nos motores da F1 como, por exemplo, injetores centrais com pressão de 250 bar na injeção direta de combustível e Tratamento DLC (Diamond-Light Carbon), o qual utiliza nano tecnologia para os componentes móveis do cabeçote, anéis e pinos dos pistões.

BIELETAS PARA LAND ROVER EVOQUE A Marelli Cofap Aftermarket amplia seu portfólio de bieletas. O novo código (BTC36102) atende os SUVs Premium Land Rover Evoque fabricados a partir de 2011. A empresa avisa que é preciso ficar atento aos sinais de desgastes, causados principalmente devido às condições das ruas e estradas brasileiras. Normalmente, ocorrem folgas nas articulações, ou seja, nos pivôs de fixação das bieletas, o que ocasiona ruídos constantes, como se houvesse algo solto na suspensão.

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SINDIREPA-SP COMEMORA 80 ANOS Atualmente presidido por Antonio Fiola,o Sindirepa-SP – Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo, completa 80 anos de atividades. Neste período foram várias as conquistas, entre elas, a entidade atua como membro do Conselho Diretor do Comitê Brasileiro Automotivo (CB05), o qual assumiu a coordenação do Subcomitê de Serviços, manutenção e reparação para elaboração de normas técnicas de serviços que contribuem para orientar o setor, isso desde o final da década de 90. Conseguiu instituir, em São Paulo, no calendário oficial da cidade, junho como o mês da manutenção preventiva dos veículos. Também criou a Lei Alvarenga nº 15297/14 para regulamentação nas oficinas no Estado de São Paulo.

ERRATA Na edição 152 (maio 2021), na reportagem: Troca da correia dentada do motor Renault K 4M, no parágrafo: “Antes do atual SCe, a Renault utilizou nos modelos Clio, Sandero e Logan o motor K4M 1.0 16V, o qual também foi fornecido para sua principal concorrente a Peugeot, já que o mesmo propulsor equipou o hatch compacto Peugeot 206 entre 2001 e 2004” . O correto é: “Antes do atual SCe, a Renault utilizou nos modelos Clio, Sandero e Logan o motor K4M 1.6 16V”.




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