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Por Célia Esteves*
Plano de Recuperação e Resiliência:
que oportunidades existem para as empresas ainda em 2021?
O
PRR é composto por 20 componentes que representam um financiamento de 16,6 mil milhões de euros. Para percebermos as oportunidades relevantes para o setor empresarial até ao final do ano, analisaremos as Componentes que implicam mais investimento em 2021. Terminou há poucas semanas a primeira fase do concurso de ideias no âmbito das Agendas Mobilizadoras Verdes e para a Inovação Empresarial. De acordo com a Estrutura de Missão Recuperar Portugal, os resultados superaram as expectativas com 140 candidaturas. Os consórcios entre empresas, universidades e entidades ligadas à investigação e inovação propõem-se investir 14 mil milhões de euros para desenvolverem projetos em setores como energia, biotecnologia, saúde, aeroespacial ou automóvel. Nas próximas semanas serão avaliadas as manifestações de interesse e os consórcios para verificar se cumprem as condições de elegibilidade para participarem no programa. A Estrutura
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NOVEMBRO DE 2021
de Missão Recuperar Portugal divulgará atempadamente os resultados e as fases de seleção. E que outras oportunidades existem para as empresas no âmbito do PRR ainda em 2021? Relembrando, o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), é composto por 20 componentes que representam um financiamento de 16,6 mil milhões de euros. Para percebermos as oportunidades relevantes para o setor empresarial até ao final do ano, analisaremos as Componentes que implicam mais investimento em 2021. Na Componente C1 – SNS, será expectável a continuação da abertura de concursos públicos para aquisição dos sistemas de informação e informáticos para operacionalizar a transição digital da saúde. As empresas fornecedoras de tecnologias de informação e comunicação para o setor da saúde podem contar com um total de 70 milhões de euros de contratualizações para aquisições programadas para este ano. Na Componente C2 – Habitação, está programada a
contratualização de 123 milhões de euros em 2021 para resolver problemas de infraestruturas e equipamentos básicos, insalubridade e insegurança do local de residência, assim como de sobrelotação ou inadequação da habitação às necessidades especiais dos residentes com deficiência ou mobilidade reduzida. As empresas serão as prestadoras destes serviços, cuja responsabilidade de implementação cabe às autarquias. Na Componente C5 – Capitalização e Inovação empresarial, representando apenas 10% do valor das Agendas mobilizadoras para a inovação empresarial, faladas acima, já foram publicados avisos para a Agenda de investigação e inovação para a sustentabilidade da agricultura, alimentação e agroindústria. Todos os projetos têm de incluir empresas, que são convidadas a participar em parcerias com outras entidades relevantes para a investigação e inovação do setor agrícola. Ainda nesta componente, o maior pacote de financiamen-