Brasil, 2016), seja desde a perspectiva mais holística, sintética e integradora, que hoje está sendo incorporada nos PDU, e nos planos metropolitanos, da paisagem como conceito de sínteses nas análises urbanas e/ou territoriais, mas também como ferramenta para o planejamento.
Patrimônio Cultural “Constituem o patrimônio cultural brasileiro, os bens, de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem as formas de expressão; os modos de criar, fazer e viver; as criações científicas, artísticas e tecnológicas; as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.” (Presidência da República, 1988, pág. art. 216)
O Patrimônio cultural tem sua origem no sentimento de pertencimento, na lembrança comum ou coletiva, de que algo faz parte de nossa memória, da nossa cultura, e que por tanto tem que ser preservado. Quando se fala em Patrimônio, logo nos vem à mente a ideia de Patrimônio Arquitetônico, de construído. Mas o patrimônio cultural hoje vai bem além, englobando três categorias de elementos: naturais e culturais, materiais e imateriais, ou elementos simbólicos da memória. Por tanto a paisagem está formada pelos elementos que pertencem à natureza, como, rios, mares, montanhas, pelas lembranças; as construções, os artefatos, objetos, obras, edificações, infraestruturas ou criações advindas das mãos humanas; e por último, as tradições e as técnicas e os elementos referentes às experiencias vividas pelo homem para poder viver em seu meio ambiente. Também devemos incorporar, desde uma visão mais ampla, os elementos documentais, artísticos, científicos e históricos, que descrevem esses bens, e seus entorno, recuperando assim as narrativas com as quais se relacionam. O Patrimônio Federal. Já passamos um periodo importante de inventario, identificação e inicio das primeiras ações de planejamento, chamados de periodos de preservação, conservação e restauração (Castriota, 2007; Hoyuela Jayo, 2014 c). Hoje, estamos entrando num periodo que denominamos de modelo Paisagístico, onde continuamos preservando e protegendo, mas onde precisamos incorporar propostas e medidas para o desenvolvimento do nosso patrimônio e sua integracao em modelos de desenvolvimento sustentável (Hoyuela Jayo, 2016). Hoje devemos pensar a preservação dos bens de interesse cultural integrada no paradigma do desenvolvimento sustentável. Um planejamento integrado deve cumprir o requisito constitucional de “defender e valorizar” o patrimônio através de instrumentos de proteção específicos e de uma programação de ações que promovam de forma coesa a sustentabilidade económica, ambiental e social desde uma perspectiva
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