EM IEC 60079-10-1:2020 (PARTE I) ESTELLITO RANGEL JÚNIOR
e
mitida em dezembro de 2020, esta “norma” voluntária, que aborda a classificação de áreas por atmosferas de gases e vapores inflamáveis, trouxe algumas mudanças interessantes em relação à edição anterior. Algumas des sas alterações são abordadas a seguir. Manutenção das instalações O estudo de classificação de áreas tem como objetivo identificar as pos síveis fontes de liberação ao ambiente de produtos inf lamáveis presentes no processo industrial, e estimar a exten são de uma atmosfera com concentra ção acima do limite inferior de explo sividade, LIE. Na etapa do projeto da unidade indus trial, as premissas adotadas no estudo são para condições “ideais”, como, por exem plo, tubulações e equipamentos com suas resistências mecânicas preservadas. Com o tempo, tanto fatores climáti cos, quanto contaminantes intrínsecos ao próprio processo industrial, podem afetar a integridade dos equipamentos, sendo a corrosão um dos principais “vilões”. Além das edições anteriores terem ressaltado a necessidade de revisões pe riódicas no estudo de classificação de áreas, em especial para analisar o impacto de possíveis mudanças operacionais, esta nova edição destaca a importância da ma nutenção preventiva, pois os termos “ma nutenção”, “inspeção” e “monitoramento” são citados 22 vezes no documento. Gás combustível em
baixa pressão A edição anterior excluía de seu es copo, as “aplicações comerciais e industriais, onde o gás combustível é usado apenas em baixa pressão, por exemplo, para cozinhar alimentos, aquecer água e usos semelhantes, e onde o sistema é 60 EM NOVEMBRO/DEZEMBRO, 2021
Fig. 1 – Diagrama logarítmico para determinação do grau de diluição
construído em conformidade com a regulamentação específica do setor de gás”. Extensões desprezíveis (NE) Na edição anterior, uma área “NE” era definida como um volume em que a atmosfera explosiva devida a gases e vapores inflamáveis teria uma exten são tão pequena, que, se uma explosão acontecesse, traria “consequências in significantes”. A novidade é que o fator de segu rança “k” foi removido nesta edição, e a área “NE” passou a depender do parâ metro característico de emissão Wg*. A figura 1 mostra o diagrama logarítmico para o cálculo da diluição. Agora, para se apontar uma área como NE, além de verificar se ocorre rá uma “alta” diluição dos gases infla máveis e uma “boa” disponibilidade da ventilação, será necessário garantir que: • a formação da atmosfera explosiva não causará danos por sobrepressão; • a ignição da atmosfera explosiva não gerará calor suficiente para causar danos ou incêndios no material circundante; • uma avaliação de risco seja feita para
fontes de emissão de gás distribuído em pressões acima de 10 barg; • não será atribuída como NE fontes de emissão de gás em pressões acima de 20 barg, salvo se embasada por uma avalia ção detalhada do risco. (Continua na próxima edição) Caso você tenha dúvidas sobre ele tricidade estática, envie para o e-mail em@arandaeditora.com.br. Elas pode rão ser abordadas em uma próxima edição. Estellito Rangel Júnior, engenheiro eletricista, primeiro representante brasileiro de Technical Committee 31 da IEC, apresenta e discute nesta coluna temas relativos a instalações elétricas em atmosferas potencialmente explosivas, incluindo normas brasileiras e internacionais, certificação de conformidade, novos produtos em análises de casos. Os leitores podem apresentar dúvidas e sugestões ao especialista pelo e-mail em@arandaeditora.com.br, mencionando em “assunto” EM-Ex.